Eu via indecisão nos olhos de Gale e o pavor nos olhos de Peeta quando eu disse essas palavras, mas eu não poderia deixar uma criança pagar pelos meus erros e pela loucura de um homem lunático que um dia foi meu melhor amigo. Minha vontade é chorar gritar e dizer para que tudo isso pare. Não aguento ver meu melhor amigo virando o pior dos inimigos.

Mas respiro fundo deixo toda essa confusão mental de lado não posso deixar que a tristeza me preencha e me consuma.

–Não Catnip, eu não quero te machucar eu quero fazer você sofrer através das coisas que você ama- estremeço ao ouvir meu antigo apelido saindo da boca dele novamente.

– Gale ela é apenas uma criança, você não quer fazer isso eu te conheço sei que isso não passa de um ódio tolo de uma escolha que você acha que eu não deveria ter feito- engulo em seco- eu o amo mas não como amo Peeta eu te amo como meu irmão.

Vejo os olhos de Gale encher-se de lágimas.

– Gale você não é mal pare com isso por favor.

Ele fecha os olhos uma lágrima escorre por sua bochecha ele rapidamente larga Cristina no chão e corre para o meio da floresta.

Um alivio percorre meu corpo, a adrenalina daquele momento se dissipa meus joelhos cedem mas Peeta me segura. Os seus olhos voltaram a ser azuis como sempre.

Vejo Cristina correndo para os braços do pai ainda devagar porque nem aprendeu a andar direito. Vejo os olhos preocupados de Peeta e de repente tudo escurece.