A Maldita Aposta escrita por BellaNTV


Capítulo 1
Capítulo Unico - A perseguição


Notas iniciais do capítulo

Volto a repetir: É minha primeira fic de suspense,se ficou ruim, peguem leve!

Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/428766/chapter/1

Ela corria sem parar pela floresta. Ela sabia que tinha feito errado ao fazer aquela aposta com os amigos. Ainda mais em uma noite de Halloween.

Ela corria e corria, suas pernas já fraquejavam e seus joelhos e pés doíam, e seus pulmões já não conseguiam trabalhar direito. Mas ela não podia parar. Não por frescuras de seu corpo despreparado para uma maratona como essa.

Já não era como se ela tivesse passado o dia inteiro trabalhando, era pior. Não era questão de idiotice, era de sobrevivência mesmo. Mas quem suspeitaria que as lendas tão tenebrosas envolvendo a casa, ou melhor, abandonada mansão nº 13 fossem verdade?

A ideia era simplesmente: Entrar na casa, tirar o quadro da família que antigamente morava ali, abrir o cofre cujo a senha era: 9 - 8 - 7 - 4 - 3 - 1, pegar o colar de rubis, fechar o cofre, colocar o quadro de volta, sair da casa e entregar o colar para Ashley e Caroline.

Mas porque será que ela não tinha ouvido seus instintos quando eles a avisaram que era errado fazer aquilo? Porque? Ela sabia que estava roubando algo. Algo valioso. Algo que não era seu. Pior: Algo que era de alguém já morto.

Porque não parara mesmo quando se lembrou de sua avó lhe falando: “Minha pequena Claire, preste bem atenção no que lhe digo! Nunca mexa com os mortos! Nem com nada deles. Não quando isso se encontra no tumulo! Não se você não conhecia o morto. Se o morto não lhe deixou isso ou não deixou pra alguém próximo seu, seja parente, amigo, não pegue. Eles podem ficar extremamente raivosos com isso’’

Mas ela simplesmente achou: É só mais um conto... Uma lenda antiga pra assustar as crianças e evitar que elas roubem aquelas flores e objetos bonitos que ficam em cima dos túmulos. Só mais uma forma boba de educação...

Se ela soubesse que estaria nesse estado duas horas depois não teria feito isso. Na verdade ela teria mandado a própria Ashley buscar. Elas nunca foram amigas de verdade. Parecia que viviam numa competição pra ver quem era melhor.

Ela correu mais ainda do nada. Parecia que quanto mais se esforçava e quanto mais raiva e medo sentia, mais rápida ficava.

Essas eram as vantagens do desespero.

Ela correu mais ainda. Não podia parar. Não agora. Logo ela viu que estava chegando de volta a cidade. Ela estaria deserta, mas por ser cidade pequena haviam muitas casas e velhas fofoqueiras alertas a qualquer barulho.

Então sorriu, estaria em casa logo. Pularia no colo da mãe, mesmo que ela estivesse dormindo, e então nada poderia fazer mal a ela.

Ela correu mais rápido. E quando chegou no meio da rua olhou pra trás. E viu aquela maldita capa preta. Andando lentamente ainda. Nem um sinal de cansaço. Como aquilo tinha alcançado ela?

Ela não fazia ideia. Tinha corrido como se não houvesse amanhã – porque se não corresse muito e ao invés disso tivesse ficado parada olhando o que ia acontecer, realmente não haveria um amanhã pra ela – Mas a capa não. Ela tinha andado. Com graça e suavidade. Na maior calma. Será que ela tinha pegado um atalho? Será que tinha voado? Teletransportado? Ela não sabia, mas quando a capa parou seus instintos gritaram: “ PERIGO! CORRA! SOBREVIVA! ‘’

E ela correu.

Desceu a rua o mais rápido que podia. Ela não sabia se aquela descida toda ajudava ou atrapalhava. Logo Ela sentiu braços a envolverem pela cintura e uma mão ser colocada sobre sua boca quando ela ameaçou gritar.

A criatura a virou de frente pra ela e ela respirou fundo vendo seu namorado a olhando confuso.

- Tudo bem amor?

- Tá sim... Agora tá... Eu acho... – Ela disse tentando normalizar a respiração. Ela o abraçou sentindo que suas pernas podiam fraquejar a qualquer momento.

- Você tá tremendo e tá gelada. Vem, vamos entrar na minha casa, assim você toma um chá, come algo e tira essa fantasia.

Ele a abraçou de lado e a levou até dentro de sua casa. Ela sentia que não precisava mais ter medo.

Ele a fez beber um chá de camomila. Depois de terminar o chá e conversar um pouco com ele, ela foi até o quarto tão conhecido e pegou uma blusa dele. Foi até o banheiro tirou aquela fantasia apertada, suja, rasgada em algumas partes e meio molhada e trocou pela blusa confortável que lhe provocou arrepios. Aquele cheiro... Lhe dava uma sensação estranha. Parecia que era um cheiro daquela Mansão... Ela se arrepiou mais quando percebeu isso. Ela saiu do banheiro e viu seu namorado deitado na cama mexendo em algo que ela não pode ver direito o que era. Ela se deitou com calma ao seu lado. Ele a abraçou colocando aquela coisa na cômoda ao lado da cama.

Ele beijou seus cabelos e ela sentiu uma curiosidade meio mórbida.

- Amor, como você chegou em mim?

- Eu sabia onde você estava o tempo todo.

- Como assim? – Ela se sentou indignada – Você sabia e não foi me ajudar?

- Desde quando o caçador ajuda a presa?

- Co-Como? – Ela perguntou assustada.

- Já olhou em sua volta minha querida Claire?

Ela apesar de estar com medo olhou em volta dela mesma. Todas as fantasias que seus amigos usaram naquela noite estavam em cabides. Com sangue nos ombros. E na cabeceira o colar de Rubis que ela havia pegado – ou melhor, roubado - da Mansão nº 13. E o detalhe mais assustador: A capa preta estava ali.

Ela olhou pra ele assustada e se levantou, nunca quebrando os olhares que davam um pro outro. Ele sorria de um jeito debochado, arrogante, mas ao mesmo tempo carinhoso. Aquele mesmo sorriso. Aquele mesmo olhar. A expressão que a fez se apaixonar a primeira vista.

Tudo aquilo tinha sido uma armadilha. Não havia nada de maldição. Era só um vampiro sedento, doentio e maníaco querendo ela.

Ele se levantou rápido. Ela nem viu direito o movimento. Era só um borrão. Ele se aproximou dela calmamente. E falou com sua voz mais sedutora.

- Ah minha pequena e inocente Claire... Se eu soubesse que você era minha teria aparecido por aqui antes... – Ele segurou seu pescoço com delicadeza. Ela viu seus olhos ficando cada vez mais escuros, até chegarem a ficar preto carvão. Completamente assustador. – Você não faz ideia do futuro que planejei pra nós... Só eu e você... - Ela viu presas crescendo e então ele então mordeu seu próprio pulso e com nenhuma delicadeza colocou na boca dela, a forçando tomar seu sangue. Depois de um tempo forçando ela a tomar o líquido vermelho. Ele lambeu o pulso e ela viu o corte se cicatrizar na mesma hora. Ele sorriu pra ela deu um beijo casto em seus lábios rosados e sussurrou um pequeno “eu te amo meu amor, te vejo em outra vida” e depois quebrou seu pescoço.

Ela então adormeceu. No dia seguinte acordaria com uma fome inacabável, não importasse o quanto comeria nada a satisfaria, só uma coisa. A luz do sol incomodaria seus olhos. E então seu amado lhe serviria um humano e o colar de Lápis Lazuli vermelho que a protegeria do sol.

Seu namorado, com delicadeza a colocou na cama. Ela seria como ele agora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ficou tosca né? E final meio troll confesso XD Mas eu não sei escrever terror e suspense, então resolvi terminar com algo meio romance água com açúcar.

Espero que tenham gostado pelo menos um pouquinho!