Com o ódio no olhar, Luffy caminhou de volta para dentro do salão escondido. Chopper cobriuJinbecom ataduras o máximo possível em seus machucados, deu lhe também algumas ervas medicinais que amenizavam a dor.

Luffy não se conformava com tudo aquilo, era algo que deixava-o com muita raiva e fumaçando. Embora soubesse que Jinbe tivesse uma partícula de culpa por ter ficado para fora, e num ato de heroísmo salvar a todos.

A única coisa que podia se fazer agora era dar um jeito naquela situação de igual para igual. Resgatar a garota, as pessoas, a filha do Iro e ter uma "conversinha" com Akakurai.

—Luffy, acalma-se—Nami tocou-lhe no ombro— o melhor a se fazer agora é uma estratégia. Já que não sabemos nada sobre esses androides, ou seja lá o que eles for.

Ele olhou para ela por cima do ombro e caminhou até Jinbe, que conseguia soltar algumas palavras pelo ar.

—Não se preocupe comigo. Faça o que... deve ser f-feito.

—Jinbe?! Mas você...

—Estou com alguns arranhãozinhos, eu sei.—Abriu um pequeno sorriso no canto da boca— Porém você não está.

Luffy balouçou a cabeça, concordou.

* * *

—Certo pessoal, todos estão preparados?—Nami gritou

—Sim—responderam.

Sanji pegou um papel e entregou nas mãos da navegadora.

—A nossa estratégia vai mudar.—Sanji avisou.

Usopp lá de trás saltou com toda a empolgação, enfim não iria entrar no castelo.

—Chopper e eu iremos levar Jinbe para um hospital que tem aqui perto—Apontou para o mapa—Sanji e Zoro sairão chamando a atenção dos androides pela cidade...

—Ok, mas o que fazemos quando juntarmos o suficiente?—Zoro questionou.

—Não sei.—respondeu instantaneamente.

—O que? Não sabe? Sua vadia, está nos botando para morrer lá fora?

—Não posso fazer tudo sozinha. —respondeu como se fosse a mais atarefada.

Usopp teve que segurar Zoro com a maior força possível, ele queria enche–la de cascudos.

—Ora, sua mulher insolente. Tenho cara de isca por acaso?

—Ter espadas não te faz o mais forte do grupo—sibilou—E a isca no caso é Usopp que ira com Luffy para o castelo.

—O que? —Usopp gritou soltando o homem nervoso—Pega ela Zoro!

—Não me dê ordens!—respondeu

Os três começaram um ciclo de ofensas.

—Se acalmem—Chopper guinchava.

Alguns minutos depois, Zoro e Sanji estouraram a porta da frente do lugar, jogando o metal amaçado contra alguns androides que ali esperavam. Zoro estralou o pescoço e cuspiu no chão, Sanji puxou o ultimo trago do cigarro e o cuspiu no chão.

—Que a festa... comece!—Sanji com toda a tranquilidade.

Os androides vieram correndo na direção dos dois, que sentiram apenas vento. A dupla saltou por cima dos robôs que ali estavam e caminharam sobre as cabeças metálicas dos sujeitos.

—Venham atrás de nós, bando de lata—Zoro murmurou

Entrementes, Nami e o resto saia pelos fundos. O grupo de invasão ao castelo ia para um lado e o para o hospital ia para o outro carregando Jinbe em um carrinho que encontraram em um beco próximo a onde estavam, que tinha rodinhas pequenas andava a uma velocidade de uns quarenta quilômetros por hora.

—Até mais Jinbe!—Luffy gritou.— Você vai ficar bem, Chopper é um ótimo médico.

—É, ele é um ótimo médico!—Usopp disse com cara de sério, porém já estava se borrando de medo do castelo.

* * *

Alguns quilômetros de fuga, e o espadachim e o cozinheiro já estavam com quase um exército atrás deles querendo matar os coitados.

—O próximo é meu!—Sanji gritou.

Zoro corria mais rápido e tentava pegar a dianteira para destruir mais dos robôs. Quando um dos androides desavisados ficavam de costas para os dois, chegavam por trás e os cortava ao meio ou chutava para longe. Por azar a maioria ficava na avenida principal, que é onde estavam. "Corra para o navio", Nami havia dito antes de saírem.

Um dos androides saltou na frente e tentou alguns golpes contra os dois que quase caiam no chão tentando desviar. Depois de correr minutos do exército de ferro, começaram a notar com tamanha facilidade eles poderiam ser destruídos, embora não tentassem muitas vezes.

Chegaram em um cruzamento; Avistaram o navio do bando; um grupo enorme de androides apareceram em um cruzamento; tiros de energia atravessavam as suas visões; Sanji pegou o dendenmushi do bolso...

—Ei, Franky, está pronto?—berrou tão alto que nem precisava do uso do comunicador (apesar de estarem consideravelmente longe do navio).

Franky estava ao lado da lateral navio, e a frente havia vários canhões de formatos robustos que se posicionavam apontando para os androides que atormentavam a corrida dos companheiros. O navio estava de lado pra que Brook (agora correndo de um lado ao outro do cais) atirasse com os canhões nativos do Sunny.

—Eeei! Sanji, Zoro... —Brook gritou—Vejo que trouxeram amigos! Yohoho!

—He-he, verdade...—Franky gargalhou—O passeio no parque está caloroso?

E como resposta via Sanji e Zoro resmungando em alto tom palavras que não pareciam ser nada bonitas.

Um dos androides atingiu as costas do Zoro que cambaleou e saltou o máximo que pode para chegar ao navio, caindo sobre o cais. Sanji saltou para trás dos canhões de Franky, que no instante puxou um gatilho que fez os canhões cantarem e perfurarem os androides que iam caindo aos montes.

Em alguns segundos vários dos androides estavam espatifados no chão, porém o numero era ainda muito grandes. A munição acabou; os canhões se silenciaram; os androides avançaram; um grito rouco; vultos brancos...

Os androides começaram a correr para o lado contrario do navio. Não estavam mais querendo matar os piratas que ali estavam. E no mar de ternos pretos, vultos brancos se sobressaiam. Outro grito foi ouvido; um dos robôs foi jogado e vendo que iriam ser acertados, Franky e Sanji, desviaram fazendo o monte de lata passar entre eles e cair logo atrás de cara no chão. Refizeram o caminho da queda, e ficaram imaginando "Qualquer um que faça isso, deve ser muito forte".

Zoro em cima do navio, mesmo com as costas ardentes, se levantou e foi até o parapeito do navio. Observou a cena (estava de um ângulo privilegiado), eram três figuras com vestimentas semelhantes a dele, estilo "monge", só que todas brancas como as nuvens e com um pano vermelho cor de sangue na cintura.

O primeiro era magro e veloz que pulava por cima dos androides, batia a mão no ar e liberava uma corrente fina que saia de seu pulso e dançava em direção da cabeça do androide, girando sobre ela, em seguida era puxada com toda a força arrancando pra fora os circuitos do robô. Alguns metros dali, o segundo, que era mais forte e de velocidade semelhante ao anterior (só que com pouca flexibilidade e leveza), cortava praticamente ao meio todos os inimigos que vinham, passava por debaixo de alguns fazendo giros circulares no ar e atingia suas duas espadas perfeitamente entre um e outro inimigo. Logo mais ao lado, abaixando-se do golpe cortante do espadachim, havia o terceiro, que era extremamente robusto, e dava socos poderosos nos inimigos, destroçando-os com suas luvas de ferro que continha veias de cristal que conjunto a luz do sol dava uma ilusão de item mágico.

—Quem são eles?—Zoro sussurrou para si mesmo, colocando a mão no cabo de sua espada já preparado para o pior.

Faltou apenas um androide. O sujeito com a corrente retrátil puxou-o pelo braço com a corrente, o maior deu um enorme golpe jogando-o para cima do homem de espada que finalizou arrancando a cabeça do androide fora.

Zoro a essa hora estava suando frio eSanji se sentia firme.

Os três estranhos pararam à alguns metros da frente de Sanji e Franky. Zoro saltou caindo ao lado dos dois. Estavam mastigando um estresse terrível, os três estavam parados olhando para eles com calma, fazendo contraste com a zona criada por eles, com muita fumaça saindo dos robôs e várias peças espalhadas pelo chão. E o "tss" da fumaça saindo foi a única coisa que ouviam, junto de pássaros com cantos agonizantes. Até que depois de alguns segundos, um som de espada se desembainhando surge. O espadachim desconhecido apontou sua arma para os integrantes dos mugiwara e rosnou:

—O que te faz temer a vida?