Heaven Base ~ ONE PIECE escrita por Dr Chopper


Capítulo 22
Start #22 - Um relampago, o trovão e ferro-fumaça-faísca.


Notas iniciais do capítulo

Acho que esse é um dos capítulos que definem o que é Heaven Base. Tenho certeza que vai se tornar o capitulo favorito de muito dos leitores.

Ele é um relampago, o trovão e ferro-fumaça-faísca.
~~TODOS CONTRA O GIGANTE DE FERRO.



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A CAIXA MISTERIOSA TEVE um de seus lados estourados. O sol batia de cima deixando seu interior em escuridão, a única coisa que se via era um punho gigantesco todo de metal saindo para fora da caixa. É notável que havia dado o soco gerando a explosão da parede do lugar.

Sanji deu um trago do cigarro e bateu o punho para que as bitucas caíssem no chão.

—Ora, ora—disse, soltando a fumaça pela boca. Não estava surpreso com o gigante em sí, mas sim com Zoro que aterrissou no terraço de um prédio próximo, Tobias chegou em seguida e fizeram um toque de mão. O gesto causou risos em Sanji.—Marimo patético.—Fez um pausa e levantou a mão abanando—EI, MARIMO!

Zoro olhou para baixo e viu o cozinheiro, e atrás dele o grupo de homens com roupas brancas, amigos de Tobias. Estavam chegando, cumprimentaram Sanji e acenaram para Tobias.

—Cozinheiro de merda. —Zoro gargalhou. Pulou lá de cima e pousou no chão com delicadeza semelhante à de uma folha no outono que toca sem peso o solo.

—As pessoas já estão sendo colocadas na arca. Então resolvemos vir para cá.—disse Tigre, apontando para os outros do grupo.—O único que ficou foi o Humano. Ele não é bom com brigas, sabe como é.

—O gigante está estranho—murmurou Sanji—, socou a parede mas parou de se movimentar. Eu até entraria e buscaria o filho da mãe que está lá em cima comandando ele, mas a Nami linda não deixou.

—Marica—vociferou Zoro—, obedece todas as ordens que são dadas... Se ordenassem para que você botasse a cara num monte de bosta você o faria?

—Ela está certa. É muito perigoso—interveio Sapo.—, não sabemos o que tem lá—elevou a voz—o que vai acontecer.

Sanji olhou com os olhos serrilhados, franziu a testa. Jogou o cigarro no chão.

—Tá de brincadeira—gritou—fui proibido de entrar só porque é perigoso.—exagerou nos movimentos na última palavra.

Cerrou os dentes e se virou na direção da caixa e foi caminhando. Zoro ajeitou as espadas e foi caminhando logo em seguida, apertando o passo para ficar à frente de Sanji.

—Esperem, é perigoso. Estão malucos? —vociferou Tobias.

—Eles são malucos ou o quê?—disse Lebre.

—Teimosos, são teimosos. — concluiu Tigre.

Sanji e Zoro chegaram até a caixa, foram cobertos pela enorme sombra e viram dois enormes pés do gigante que eram maiores que eles todo feito em metal, com fios cruzando o dorso parecendo artérias. Olharam atentamente. Aquela área rangia fraco, como o choro de uma criança, comparando com o tamanho do gigante. Vapor dançava por entre as pernas do gigante. Gotas de agua quente pingavam no chão.

—Deve ter uns vinte metros. — palpitou Sanji.

—Por ai...

Viram uma escada vertical que subia até próximo à uma passarela que dava acesso à nuca do gigante. Sanji colocou a mão no degrau da escada e com um puxo foi subindo. Quando havia subido dois metros olhou para baixou e viu que Zoro não havia se movimentado.

—Você vai pelas escadas? —disse Zoro, ironizando Sanji.—Eu vou voando.

Tomou uma certa distância e correu na direção da parede onde deu um chute e impulsionou-se para o alto. Apertou um botão, fazendo seu novo apetrecho soltar um zumbido de ar comprimido sendo expulso com força fazendo-o voar como um bote de cobra. Com velocidade foi subindo. Fazendo espirais de fumaça e desviando dos cabos de aço presos no gigante

—Droga—Sanji vociferou para si mesmo.

Se jogou da escada e bateu as pernas com força no ar fazendo-o ser jogado cada vez mais para o alto. E foi sapateando no ar com seu Sky walk.

No fim os dois chegaram quase que ao mesmo tempo, trocando olhares de desgosto um para o outro.

Caminharam pela passarela de metal, chegando próximo da nuca do gigante. Olharam para baixo, e observaram os cabos de aço.

—Havia bastante desses cabos lá embaixo. —comentou Sanji—Usei eles para derrotar um tal de Galaxy Best.

—Então foi você que fez essa bagunça toda? —disse. Ajeitou as espadas—Precisa de toda essa destruição?

—Imbecil. —vociferou—Fala isso porque não teve que lutar com ele. Sem falar que eu vi o buraco enorme que você abriu no castelo.

Zoro grunhiu com força.

—Agora não poderemos utilizar o castelo como refúgio da tempestade.

Se aproximaram da nuca do gigante, ficaram surpresos ao verem uma portinhola.

—Deve ser a cabine do piloto.—opinou Zoro. Bateu com os nós dos dedos na portinhola.

—Oh de casa! —brincou Sanji. Zoro girou a válvula. —Vou entrar, fique avisado!

Zoro puxou abrindo com força. Sanji se colocou em posição para dar um chute.

—Não acredito! Quem está controlando o gigante é...

Sanji deu passos para trás. Zoro o olhou na altura dos olhos.

—Ninguém—concluiu, atônito.

Sanji se esticou para olhar dentro da cabine.

Havia nela vários botões nas partes frontais, uma tela na frente, duas alavancas. O piloto sentava num banco acolchoado, todo confortável. Três log pose num canto próximo da tela apontando cada um para um lado, o da esquerda verde, azul o do meio e o da direita amarelo. No centro havia um joystick com um gatilho e três botões na parte superior, na base havia uma fenda para girar a chave.

—Seria interessante pilotar um gigante—disse, rindo. —Mas precisa de chave.

Puxou o ar da cabine respirando fundo.

—Tem cheiro de novo. —ponderou. Olhou para Zoro que andava pelas placas de metal.— O que conclui que ninguém usou isso desde que foi feito.

Zoro reclinou no parapeito da passarela de metal, tentando ouvir algo.

—Ei, cozinheiro...—balbuciou. Apontou para fora da caixa misteriosa.

Sanji caminhou até ficar ao lado dele, levantou os olhos para onde o espadachim olhava. Sua visão foi para além da sombra penumbre da caixa, onde o sol tocava com grande força. Viu os “guerreiros de branco”, parados. Viu o buraco que havia feito antes na luta contra o General Seiza. Até seus olhos chegarem na figura de alguém vindo correndo na outra ponta da avenida. Os sons de seus passos corridos esparramavam por toda a via, ecoando para dentro da caixa.

O sujeito passou correndo com estrema velocidade do lado de Tigre.

—Não acredito...—disse Tigre. Colocou a mão na cabeça—Ele vai destruir tudo.

Olhou de cima à baixo. Os chinelos. Bermuda azul. Camiseta vermelha.

—É o chapéu de palha! —gritou Tobias.

O corpo de Luffy estava vermelho, exalando fumaça, explicava a sua velocidade de corrida. Ele levantou as duas mãos na altura da boca. Mordeu-os. Soprou-os.

—Se o tal Deus existe—opinou Zoro.—, que ele nos proteja agora.

Os braços de Luffy se encheram de ar, ele se aproximava do gigante em velocidade assustadora, uma velocidade que, talvez, um cavalo no maior dos seus galopes não o acompanharia. Jogou os braços para trás, eles ficaram pretos como ferro, se esticaram para trás.

—GOMU GOMU NO—gritou com toda força. Puxou os braços.—... GRIZZLY MAGNUM.

—Os dois ainda estão lá dentro—disse Tobias, sabendo que havia dito algo óbvio.

Tudo se silenciou.

O cenário a seguir foi de certa maneira assustador. Os enormes punhos de Luffy acertaram o peito do gigante que foi jogado para trás atravessando a parede de ferro e o arrastando seus pés para trás, jorrando faíscas. Até chegar na borda de Heaven Base. Ficou por um fio para despencar da ilha, deixando os calcanhares do gigante prestes a cair da imensa altura que estava.

Fumaça se espalhou por toda a avenida, deslizando até o outro lado da ilha. No momento em que foi arrastado os pés do gigante jogou faíscas para todos os lados como cachoeira. O grupo de guerreiros de branco ficaram todos no meio da fumaça que os deixava apenas enxergar o topo da caixa. A fumaça havia sido causada, provavelmente, devido ao calor nos locais atingidos.

Luffy puxou os braços novamente para trás, cercado de fumaça e de pequenos estilhaços de ferro, alguns até que cortaram sua pele. Deu um grito que fez o som voltar ao lugar. E golpeou mais uma vez o gigante que despencou de onde estava.

O ranger de ferro que antes era como um grito de bebê se transformou em um estrondo ensurdecedor que, mesmo com a ilha a quilômetros do mar, faria alguém de uma ilha próxima se assustar enquanto almoçava calmamente.

Nos ombros do gigante uma corrente que despencava junto ao gigante agitava de forma diferente. Zoro e Sanji haviam agarrado a uma delas. Aos gritos!

De um instante até mesmo imprevisível, a ilha se inclinou vagarosamente e assustadoramente na direção em que o gigante caíra. Barris e garrafas de vinho começaram a rolar na mesma direção.

Junto do gigante havia caído também as correntes, que apararam sua queda. As correntes estavam conectando a caixa ao gigante. Fazendo-lhe balançar e retardando sua queda. O mesmo ficou balançando preso as correntes. Nesse instante a corrente da qual Zoro e Sanji se seguravam parou de cair fazendo-os se chocar contra o ombro do gigante.

—Merda!—Zoro grunhiu de dor.

Sanji parou se segurando na beirada. Entretanto. Zoro bateu quicando e continuou a cair. Fazendo o cozinheiro se esticar para segurar a mão do espadachim que segurou a respiração pasmo.

—Imbecil!—vociferou Sanji. Puxou-o até poder se segurar no gigante—Você quase caiu. Devia ter deixado você cair.

Zoro subiu e ficou de pé novamente em cima, olhou pra o alto e viu os enormes cabos e correntes segurando o gigante. No meio deles, parecendo um bichinho pequeno, Luffy olhava curioso.

—Ei, Luffy!—gritou.—Aqui está sob controle, não havia ninguém.

—Ah! Zoro, Sanji!—disse Luffy, abrindo um sorriso e rindo alegre—Vocês estão ai. Quase eu machuquei vocês—tornou a rir só que com mais gargalhada.

—Estamos bem, Luffy!—gritou Sanji. Olhou para Zoro e balbuciou:—A força dele me assusta as vezes.

Zoro só pode olhar e concordar com a cabeça, pois sua boca não conseguia descrever o que acabara de presenciar

~~De dentro do emaranhado de ferro haviam olhos fitando-os~~


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Notas finais do capítulo

Um abraço para os que acompanham. E até a semana que vem!



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