LEIAM AS NOTAS INICIAIS E FINAIS!!! IMPORTANTE!!!

(POV. Harry)

Acordei sentindo um leve cheiro de camomila e sangue, provavelmente meu nariz estava sangrando . Obrigado, Malfoy .Tentei abrir os olhos, mas não consegui, minhas pálpebras estavam muito pesadas. Tentei me mexer, mas ao fazer isso senti uma dor alucinante.

Depois de alguns minutos eu já estava realmente desperto então consegui abrir levemente os olhos. Eu estava em uma cama de lençóis brancos, em uma sala branca. Enfermaria. Ao lado da cama estava uma mesinha com um bule de chá, algumas xícaras, um potinho de gelatina verde e algumas torradas. Uma das xícaras estava suja. Até aquele momento eu não tinha percebido que havia mais alguém no quarto.

Hermione estava me encarando, sentada em uma cadeira do meu lado e uma cortina em volta escondia alguém na última cama ao lado aposto do cômodo.

– Olá – sussurrou Hermione

– Olá

– Como está se sentindo?

– Minha cabeça dói, meu corpo dói, minha alma dói, acho que até os meus fios de cabelo estão doendo – eu respondi teatralmente, fingindo uma careta

– Apresento a vocês: Harry Potter, a drama queen – disse ela rindo de leve

– Não estou fazendo drama – eu disse fingindo estar ofendido

– Harry...

– Diz

– Por que entrou naquela briga?

– Eu sei, Mione. Eu sou um idiota. Eu prometi a você que...

– Harry esquece isso! Os problemas te perseguem, você não consegue ficar longe de confusão. Te conheci quando um dos nossos antigos professores mandou que eu o levasse para a detenção, isso já diz muita coisa.

Começou o sermão. Estou ferrado.

– Eu... – suspirei – desculpa

– Por que está se desculpando? Sabe como eu fiquei preocupada? – disse ela se jogando e me abraçando.

Eu realmente não esperava por aquilo. Estava aguardando o maior sermão da história, quer dizer... não o maior, mas seria um enorme sermão. Esperava que ela fosse gritar comigo e falar que eu era um irresponsável que não sabia cumprir promessas. Mas aí ela me abraça.

– Mione... – comecei – Mas a promessa, eu...

– Já disse para esquecer isso, ok? – ela disse me interrompendo

– Ok.

– Diga-me – ela suspirou, parecendo cansada – Por que entrou naquela briga com o Malfoy?

– É ele que está naquela última cama, coberta pela cortina? – disse eu olhando para o outro lado do cômodo.

– Sim, mas não mude de assunto.

– Eu...

A briga. Por que eu havia socado o Malfoy? A discursão começou por ele ser um otário mimado que não recebeu o que queria no momento que queria, mas não foi por isso que o soquei. Bati nele porque ele insultou a Mione e algo em mim acordou. Meus reflexos acordaram. Bem na cara do Malfoy.

– Eu... – continuei – Sua causa. Entrei na briga por sua causa, Mione.

( POV. Mione)

– Por minha causa? – eu disse quase gritando – Como assim ?

– Mione, relaxa. Vai acabar acordando o Malfoy

– Como se você se importasse! Que ele acorde então! – disse finalmente gritando

– Não me importo mesmo com aquela cara de doninha, mas Madame Pomfrey pode aparecer aqui a qualquer momento ao ouvir seus gritos.

– Harry, pare de mudar de assunto e conte logo o motivo de ter entrado na briga com o Malfoy.

– Eu já disse o motivo, entrei naquela briga por sua causa – ele disse pausadamente – O Malfoy te ofendeu e eu meio que não aguentei isso.

– Do que ele me chamou?

– De gostosa – ele disse corando levemente – achei que talvez ele estivesse insinuando que iria fazer algo contigo ou sei lá, eu apenas surtei e quando eu vi já tinha socado a cara dele.

– Harry, você é muito idiota – disse, sem poder acreditar naquilo.

– Idiota por te defender? – ele disse magoado – Ah! Me desculpe então!

– Não foi isso que eu quis dizer, você me entendeu mal. Disse que você era idiota porque mesmo que quisesse, o Malfoy nunca faria nada comigo, eu não deixaria. E me chamar de gostosa foi grosseiro da parte dele, mas não é tecnicamente uma ofensa. Talvez uma mentira, mas não um ofensa – respondi rindo

– Sei que você não deixaria, mas não conheço aquele cara, ele podia querer te forçar a fazer alguma coisa que você não quisesse. Não sei! Vieram muitas coisas na minha cabeça e eu já estava com vontade de socar ele então eu soquei.

– Entendi. Obrigada, então.

Passamos alguns minutos em silêncio até que ele disse:

– E não, não é um mentira. – fiquei sem entender no começo, mas quando eu entendi, comecei a rir. – Sério, Mione, você é bonita.

– Desde quando?

– Sei lá, desde sempre, eu acho. – disse ele pensativo – Talvez no começo seus cabelos fossem mais volumosos e seus dentes um pouco grandes demais, mas ainda assim era bonita.

– Quer dizer então que meus cabelos são volumosos e que eu tenho dentões? – dei-lhe um tapa de brincadeira no ombro.

– Não mais – ele riu e depois ficou sério – Você cresceu Mione – acho que ele disse aquilo mais para ele do que para mim, mas talvez tenha sido só a minha imaginação.

– Obrigada novamente, Harry.

– De nada, só estou falando a verdade – fez uma pequena pausa – Rony diria o mesmo, não é?

– Ah, ele... é, talvez sim – disse em tom de dúvida

– Por que “ talvez”?

– Ultimamente, tudo o que ele sabe fazer é me dar gritos. Estamos juntos faz pouco tempo, uma semana, eu acho, mas já estamos brigando mais que seus tios. E aliás, não vi o Ronald desde que nós brigamos hoje cedo. – minha voz mudou da dúvida para um tom de raiva e desgosto.

– Pensei que ele estivesse lá fora...

– Ele ainda não veio aqui e ainda não saí lá fora, não posso dizer se ele está lá ou não.

– Não tem nada – ele disse fingindo um sorriso, mas eu sabia que ele estava meio chateado pelo melhor amigo dele não estar ali – Você está aqui. Obrigada por ficar comigo quando eu acabo assim – ele apontou para os machucados – por causa das minhas estupidezes.

– Não foi uma estupidez... bem, em parte sim.

– Mione...

– Diz

– Você deveria conversar com o Rony, sem gritos, sabe. Procure ele e fale o que está a chateado, talvez ele entenda, mas se não entender é porque ele é um idiota cabeça dura que tem o emocional de...

– Um pedra – completei – Eu sei, Harry. Vou deixar você descansar agora. Madame Pomfrey disse que daqui a algumas horas você já vai poder sair.

– Ok.

E depois disso eu peguei a xícara suja e me levantei indo em direção à saída. Harry estava certo, eu precisava conversar com o Ronald. Coloquei a xícara em cima do balcão onde alguém pudesse pega-la e saí da enfermaria.