Liliam Stark ; O Começo De Uma Era escrita por LadyStormborn


Capítulo 13
Inside your memory


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas do meu core
Um new capitulo para vocês e voltamos para o tempo real com a Lily e o Quarteto Fantástico, as suas outras memorias irão ser contada em etapas, para que mostrem o efeito que terão na nossa Lily.



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Edifício Baxter

Dias atuais



– É normal ela ficar tanto tempo desacordada?

As máquinas marcavam se os batimentos regularmente, mostrando que nada tinha dado errado. A tranquilidade de suas feições poderia mostrar que ela não estava consciente, que sua mente estava em outro lugar. Uma vez ou outra via sua face mudar para uma careta, Reed notou que isso era um padrão, era os pontos em que Liliam perdia as lembranças. Quando conseguia encontrar uma nova ela voltava a relaxar e mergulhar nela.

Passaram se três semanas dês que Reed aceitou ajuda-la, e nessas três semanas eles vem tido muito pouco progresso. Não sabia por onde começar a ter chegar em Lilith, retira-la de Liliam seria uma longa etapa, e Reed não recuou em nenhum momento de ajuda-la.

Liliam disse que não se lembra o momento exato em que Lilith a possuiu, disse que o ano interior era um grande buraco e que se recordava de flashes ou memórias dela. Então Reed pediu que ela revisasse cada memória de sua mente, mergulhasse na sua cabeça e visse cada momento que teve, até chegar no momento exato e no que deixou Lilith possui-la depois de um ano inserida. Com a ajuda de uma droga alucinógena e o uso de seus próprios poderes Liliam entrava quase num estado de coma enquanto vaga e si mesma.

Mas tinha problemas além dos mentais.

Lilith, o nome que Liliam deu ao alienígena em seu corpo, alterou tudo de seu DNA, ela o corrompeu. Lilith tinha feito um estrago muito grande com a garota Stark.

– Depende do número de memórias que está enfrentando. - Explicou Reed a sua esposa.

A Stark tinha virado sua nova obsessão, ninguém conseguia fazer o cientista desviar sua atenção dos mistérios que ela o trouxe. Lilith, era um assunto que chegou aos ouvidos de Reed mas tinha sido um tabu no mundo científico há anos, não existia um no ramo que não tenha ouvido falar das lendas e mito que cercava sobre uma simbiose que se funde a qualquer matéria e a transforma com suas células, destruindo qualquer rastro da matéria antiga. O transforma no que o alienígena quer que o transforme.

Reed soube que os cientistas antigos pensaram que era apenas um simples simbiose, não haveria consequências graves se os experimentassem em humanos. No inicio as forças aumentavam e a capacidade de cura, dando alguma vantagem ao exercito Alemão, onde originou-se o experimento. Semanas depois os soldados acabam morrendo pela força esmagadora do alienígena, não conseguiam combinar duas mentes em um só corpo.

Ninguém havia sobrevivido a isso até a garota que estava a sua frente.

– Está tendo alguma sorte? Os dois parecem cada vez mais preocupados. - Sue pousou sua mão no ombro do marido, enquanto ambos estavam de pé ao lado da maca de Liliam, analisando seu corpo.

– Estou encontrando respostas reveladoras de uma pesquisa fantasma, respostas que ninguém que já estudou esse simbiose sabe. - Dizia Reed empolgado. - Mas infelizmente não estou encontrando nenhuma resposta que pode ajuda-la, ou tirar isso dela.

– Me explica o que sabe, talvez eu possa ajudar. - Sue sorriu, acolhedora, e curiosa sobre os resultados que faziam os olhos de Reed brilharem de empolgação.

– Vem aqui.

Reed caminhou até sua mesa de laboratório, ou quase correu, desejando despejar seu conhecimento com alguém, em alguém que podia confiar.

– Eu tirei o sangue de Liliam assim que começamos. - Reed ofereceu o microscópio para Sue. - Aparentemente não parece alterado do modo que eu pensei que estaria.

– Achou que estaria se colidindo. - Completou Sue olhando para o buraquinho e seguindo o mesmo raciocínio.

– Sim,mas parece de humanos normais. Aí está o problema! - Reed bateu as mãos. - Liliam não é uma humana nenhum. Lembra o que nos disse no jantar?

– Disse que era...

– Uma mutante. - Completou cheio de empolgação. - Seu DNA teria que ter apontado HS. Comparei aos outros e não há nada de semelhante, nada parecido! É como o DNA de Ben, não tem registro ou característica que assimile.

– Então ela deixou de ser uma mutante? - perguntou Sue mais interessada no bem estar de Liliam do que no que a experiência que Reed fazia.

– Eu não sei, cientificamente sim. Mas são poderes, podemos explicar até um ponto deles, o resto é incerto. - Reed passou a mão no cabelo, jogando-o para trás. - A mutação é diferente em cada pessoa, de alguma forma Liliam sofreu outra mutação quando seu namorado implantou Lilith dentro dela.

– Você vê algo prejudicial isso ter mudado seu DNA?

– Tem suas vantagens como: ela nunca adoecera, seu processo de cura é acelerado cinco vezes mais, sua resistência se tornou melhor, ela tem mais energia, mais reflexo, mais força. Seu envelhecimento também foi retardado.

– E as desvantagens, Reed?

– Ela não tem mais a carga hereditária dos pais. Se o que estiver dentro dela continuar mudando talvez pode mudar algumas características físicas como seus olhos ou a cor de seus cabelos. Também não poderá doar sangue, nem ao seu irmão, pois o sangue deles já deixou de ser compatível. - Reed suspirou apertando as têmporas. - E o mais grave é que ela não é que talvez esse demônio alienígena não é mais algo que possa ser removido.

– Como assim? - O tom de Sue saiu mais desesperados. O som.da máquina monitorando o coração de Liliam começou a aumentar.

Bip... bip... bip...

– Que talvez não dê para retirar Lilith de seu corpo.

bip...bip...bip...bip...

A máquina acelerou e antes que Sue pudesse assimilar a notícia Reed correu para a maca.

– Liliam... Liliam... - Reed chamava tentando trazer a garota de volta a consciência.

– O que está acontecendo? - Sue apareceu nas suas costas igualmente preocupada.

– Seu coração acelerou mas sua atividade cerebral está diminuindo. - Explicou retirando alguns tubos e agulhas que estavam no braço da garota e puxou pelos braços para desperta-la.

– O que isso significa? - Sue perguntou confusa.

– Que aos poucos seu controle esta se perdendo e pode estar sendo possuída por Lilith. - Reed trocou um olhar desesperado com a esposa e juntos gritavam mais.

– Liliam! Liliam! LILIAM!

Como se tivesse sido ligada a garota deu um solavanco para frente e olhou assustada a Reed. Mas em seus olhos viram que continuava Liliam, pois a doçura e a confusão que estavam ali não eram exibidos por uma demônio.

O casal trocou um suspiro aliviado.

Pov. Liliam





Reed me ajudou a sentar na maca enquanto retirava todos aqueles fios que estavam ligados ao meu corpo. Da cabeça até os pés eu tremia sem alguma explicação, mas já era normal sair um pouco transtornada das sessões de conhecimento interno.

Já fazia semanas que estávamos procurando resposta, e eu sou do tipo que quer tudo para agora. Porém Reed me tem como seu novo rato de laboratório e todos os dias procura um modo de me enrolar com suas perguntas científicas e não me da a que eu quero. Eu não podia esperar muito por essa resposta.

– Qual foi a última memória? - Reed perguntou com uma mão pousada em minhas costas e a outra na prancheta há uns dois metros de nós. Aquilo ainda me assustava.

– Reed deixe ela respirar. - Sue se ajoelhou na minha frente e segurou minhas mãos.

– Tá tudo bem, Sue. - Sorri. - Se eu não disser eu acabo me perdendo. Eu estava nos braços da minha mãe, depois fomos para casa e comecei a brigar com meu pai.

– Um excesso de raiva? - Perguntou me investigando com seus olhos castanhos.

– Sim, por que? - troquei olhares entre Sue e Reed. - Isso é um avanço?

– Você teve uma queda de atividade cerebral, seus batimentos aumentaram. A julgar por sua excelente saúde duvido que seja algum problema cardíaco. - Explicou agora apenas escrevendo na prancheta.

– Então qual foi o motivo?

– Acredito que você estava perdendo o controle da sua mente e Lilith estava se aproveitando.

– Por que ela não tentou das outras vezes?

– Acho que porque ela só pode dominar quando você perde as rédeas como perdeu com o seu pai. A raiva, te deixa irracional, fora do controle. Isso pode fazer que ela aproveite e controle você.

Fazia sentido. No ano passado, antes de me dominar por completo, eu estava passando pelo momento mais perturbado da minha vida. Eu dei uma brecha e o demônio entra.

– É só isso que descobrimos hoje? - Perguntei ansiosa.

– Infelizmente é só, Lily. - Reed.abaixou a prancheta e sorriu. - Vamos resolver tudo isso,ok? Só precisa esperar um pouco mais.

Abaixei a cabeça e sorri. Reed estava se esforçando por mim, não deveria estar reclamando.

– Ah, lembrei! - Exclamou Sue animada a minha frente. - Johnny pediu pra quando terminar aqui e para ir procura-lo.

A curiosidade me fez esquecer um.pouco todo aquele assunto. Todo o tempo que passei na mansão Johnny vem me rondado procurando alguma coisa que não sei o que é. Ele havia continuado a me atazanar com a história de "quebradora de corações", mas tudo eu eu fazia era rir e curtir o tempo que passava com ele. No começo a ideia me empolgou, confesso, mas quem estava querendo enganar...

Eu, uma quebradora de corações? era pra rir.

– Então eu vou lá...

Sai da sala de Reed sentindo medo que ele.não conseguisse me ajudar a tempo.

Eu não posso ficar com eles Não por muito tempo.

– Johnny! - Bati na porta dele repetidamente mas nao tive nenhum sinal de vida.

Olhei de novo no celular e li sua mensagem me chamando. Ele só podia estar em casa.

Sem me importar com a educação, empurrei a porta com toda minha força e assim entrei no quarto dele. Ao contrario do que eu pensava, o quarto dele estava impecável, decoração azul escuro metalizado, com uma cama de casal no centro e uma TV LCD. Eu imagina poster de mulher pelada e sutiãs perdido na cama, ele me surpreendeu.

– Johnny? - Acho que Sue estava errada em dizer que ele estava aqui.

–O que foi, senhorita Stark? - Perguntou atrás de mim, girei meus calcanhares pra poder vê-lo. E me arrependi por isso.

– Meu Deus, você não sabe o sentido da palavra roupa?! - Voltei a me virar tampando os olhos. Ele estava pelado! Totalmente pelado!

Minhas bochechas queimaram, não teve como não morder o lábios pela raiva que fiquei! Ele e uma pessoa degradante e horrível!

– Qual é, vai me dizer que você é virgem e nunca viu um pênis? - Perguntou com deboche, mas deu pra ouvir ele colocando a calça.

– Eu não sou virgem! - Exclamei. - Mas acredite ou não eu não fico vendo todos os homens pelados da face da Terra.

– Eu também não vi todas peladas... Falta você. - Sussurrou no meu ouvido fazendo todo meu corpo arrepiar.

Me afastei antes que minha mão respondesse por mim, e isso não seria muito ético da minha parte já que a casa e dele.

– Por que você me chamou? - Cruzei os braços e me apoiei em seu criado mudo. Sendo um pouco desconfortador ficar olhando pra ele com aquele corpo a exibição.

– Preciso de um favor. - Sua feição pareceu mais seria do que antes, me deixando preocupada. - Haverá um baile beneficente hoje, e o Quarteto foi convidado. Reed vai com a Sue, O pedreira vai com a Alicia e Amber cancelou o encontro de hoje...

Ele deixou a frase morrer, e seu olhos brilharam para mim. Eu entendi seu pedido.

– Não! Nem vem! - Me virei e me retirei do quarto dele antes que seus músculos me fizessem aceitar.

– Lily... - Ele me seguiu até meu quarto e eu fechei a porta na cara dele. - Se eu aparecer naquele baile sozinho as pessoas vão pensar o que de mim?

Fui arrumar a estante e seu chamado ecoava em meu ouvido, implorando pra mim ir com ele. Do nada ele entra no quarto como se a porta não estivesse trancada e começa a me falar como ele pagaria um mico se não fosse com alguém.

– Isso pouco me importa, Johnny. - Respondi com um sorriso nos lábios. - Eu não vou a mais um desses bailes idiotas, já fui o suficiente para uma vida.

Me virei para encara-lo e percebi sua astúcia para poder entrar no quarto: derretendo a fechadura.

– Sue vai ficar louca com você. - Ele deu ombros.

– Ela sempre fica. - Seus olhos azuis brilharam de novo, quase ajoelhando pra me convencer a ir.

– Não vou a lugar nenhum, nem precisa de tanto esforço. - Respondi decidida. - Além disso eu to meio cansada de suas constantes tentativa de sair comigo.

Sorri e dei uma piscadela a ele.

– Por que é tão malvada comigo? - Johnny se jogou na minha cama. - Eu irei ajuda-la sabia? Parece que alguém aqui não sabe se divertir.

– Parece que alguém aqui não sabe o que é crescer. - Joguei o pano sujo na sua cara e ele o chamuscou. - A última vez que fui em que fui uma dessas meu pai me humilhou na frente de todos.

Lágrimas se formaram nas bordas de meus olhos. A memória estava mais que viva em mim, novamente me sentia impotente. Como se não tivesse direito de ser feliz em qualquer dia.

– Vamos, - Johnny surgiu por trás e passou seus braços pela cintura. - não fica presa a suas memórias ruins pra sempre, vai lá e cria novas.

Olhei para ele, não acreditando no seu sermão. Eu iria mesmo seguir conselhos de Johnny Storm?

– Liliam, eu...

Nos separamos em meio ao susto, desconfortados e envergonhados pela situação. Não que eu e Johnny estivéssemos escondendo alguma coisa, porque não estávamos. Só que nessas semanas ele tem sido um amigo muito próximo, mesmo que seja excêntrico, ele consegue ser o melhor amigo que já tive.

– Eu não queria interromper... - O tom de Sue era malicioso enquanto um sorriso divertido crescia em seus lábios. - Vim te chamar para se arrumar comigo... mas pelo vista você tá ocupada...

– Não ! não estou! - Exclamei um pouco exagerada.

– Então to te esperando no quarto. - A loira rodopiou e ia saindo do quarto quando na hora de fechar a porta percebeu que a tranca não estava ali. - Johnny!

– Por que todo mundo acha que o culpado sou eu?



(...)



– Sue, eu acho que ainda não sabe, mas eu odeio vestidos!

Sue estava dedicada a passar a tarde me arrumando para ir ao baile idiota com Johnny. O engraçado que já parecia um ritual comum as pessoas quererem me arrumar, mesmo sabendo que eu não sou muito fã dessas coisas.

– Vai ter que aprender a gostar. - A loira começou a jogar todos os vestidos do seu closet em cima da cama,enquanto eu estava lá, pacientemente esperando ela se decidir sobre qual colocaria em mim.

Instintivamente me lembrei da minha mãe.

– Fico tão feliz que Johnny esteja a levando. - Comentou orgulhosa me fazendo sorrir. - Ele só anda com tanta vagabunda que já ignoro. Ele parecia bem orgulho ao dizer que iria com você.

– Se eu não fosse ele iria tacar fogo em meu cabelo. - Brinquei pegando um vestido de cor rose da imensa pilha de Sue.

Era da mesma cor do vestido que usei na festa de Tony. Depois dessa última sessão com Reed parecia que estava vivendo uma constante nostalgia do meu passado. Normalmente evito pensar ou citar meus pais. A dor fica estancada e eu evito o máximo que ela sangre.

– Acho que ele vê algo em você, sabe, especial. - Deu ombros ainda de costas.

– O que eu posso ter de especial? - Sussurrei jogando o vestido de volta a pilha.

– Muito mais do que espera, Liliam. - Sue se virou, com aquele sorriso compreensível que só conheci nela. Um vestido verde marinho estava em sua mão, porém parecia que faltava um pedaço.

– Eu acho que não me serve, Sue. - Apontei para ele e uma gargalhada saiu da boca dela.

– Claro que serve! - Exclamou trocando os olhares entre o vestido pra mim. - Você é um pouco menor que eu, mas com os saltos certos você vai ficar um mulherão.

– Sue eu...

– Quer saber uma característica sua que a prejudica? - Perguntou retoricamente. - Sua insegurança. Você tem que colocar nessa sua cabeça que você é morena, bonita e gostosa. Não precisa ficar com vergonha de si mesma.

Ela recolocava seus vestidos no guarda roupa, com calma e precisão. Tudo parece ser tão fácil pra ela, estar perto dela sempre me fez admira-la. Ela era uma mulher de verdade, uma esposa, irmã, amiga e quase uma mãe para o Johnny. Sem contar que era uma super heroína.

Se tinha alguém em que eu me espelhava era Sue Storm.

– Eu as vezes queria tanto ter uma irmã. - Sue retirou uma prancha de cabelo de seu imaculado guarda-roupa, depois bateu na cama para me fazer sentar. - É bem mais fácil de lidar do que todas as maluquices de Johnny.

– Também preferia ter uma irmã. - Respondi sentando na cama e deixando que arrumasse meu cabelo da maneira que quisesse. - Talvez eu e ela teríamos um relacionamento bem melhor do que eu e Anthony.

– Você ficou uma semana aqui e ele ainda não ligou pra você? - Sue separava meu cabelo em mechas, vi algumas vezes ela projetar um campo de força para a prancha ficar no ar.

– Tony e eu temos uma relação conturbada. - Sorri tristemente. - Meu irmão esta vivendo um louco sonho americano, tem milhões de dólares e todas as mulheres do Estados Unidos quer estar com ele.

– Menos duas! - Exclamou levantando sua mão.

– Menos duas! - Me ajuntei a ela. - Costumava ser uma boa relação até que...

Fui interrompida pelo Sr. Fantástico entrando no seu quarto tampando os olhos.

– Espero que ninguém esteja nua. Se bem que a Sue não tem nenhum problema...

– Reed! - Exclamou a loira tampando o rosto.

– Não tem ninguém aqui pelada, Reed. - Avisei gargalhando da expressão envergonhada de Sue.

– Ai que bom. - Ele tirou a mão dos olhos. - Só queria avisar as duas donzelas que precisamos estar lá as sete.

– Eu sei, Sr. Richards. - Sue tinha uma certa mania quando dava uma bronca no Reed; ela sempre o chamava pelo sobrenome.

– Sue eu só to avisando porque...

– Porque acha que vamos nos atrasar? - Perguntou retoricamente. - Quer que eu te conte uma injustiça, Liliam? Todos dessa casa me acusam de ser atrasada apenas por ser a única mulher da casa.

– Não é porque você é uma mulher, amor. Você sempre consegue um jeito...

Reed agiu tão rápido que com apenas um piscar de olhos ele conseguiu se pendurar no lustre do teto e desviar da cadeira que a Sue empurrou pra cima dele.

– Amor, eu te amo mais se me apressar de novo... - Sue deu um sorriso doce e diabólico, erguendo as suas finas sobrancelhas ao marido.

– Tudo bem amor, eu já entendi o recado. - Reed se retirou do quarto tão rápido quando entrou.

– Você precisa me ensinar isso. - Virei para ela e não resisti pedir.

– Querida... Você está apenas no começo sobre tudo que vai descobrir sobre o universo masculino.

No final das contas Sue escolheu um vestido mais comportado pra mim vestir, não era tão infantil e eu gostava da cor. Além disso meu cabelo liso me dava um ar diferente da mesma aparência infantil que meus cachos apresentavam. Quando descemos para irmos eu não sabia se Johnny tinha perdido o fôlego ou se ele era gago.

– Você... Você... Vo-cê...

– O faisca não sabe mais falar. - Brincou Ben com Alicia ao seu lado e isso fez a mulher gargalhar. - bate na cabeça dele que sai, Reed.

Reed fez o que Ben pediu e o Storm o encarou seriamente.

– Está linda, Lily. - Johnny pegou na minha mão e a beijou.

– Vamos, gente. - Sue tomou o lado de Reed e o encarou irônica. - Não queremos nos atrasar.



(...)



Tudo corria bem, voltar para aquele mundo era fácil, mas estar com Johnny... Era difícil se lembrar de qualquer regra de etiqueta com alguém que fica te comparando com uma coxinha porque as duas eram, em seus termos, "gostosa". Mas era bom poder estar num ambiente onde ninguém vem te elogiar pelo fato de ser filha de alguém.

Tudo corria muito perfeito... Para ser verdade.

Johnny e eu bebíamos uma taça de champanhe quando uma gota de sangue manchou o liquido, me dando tanto nojo que eu quis jogar o copo no chão.

Não, por favor, aqui não...

Entrei o copo ao Johnny sem pensar duas vezes em correr em direção ao banheiro. Quando entrei tranquei a porta e um segundo depois, apenas um segundo, o sangue já jorrava pela minha boca como uma cachoeira. E nada se pode fazer nesse momento, eu só precisava manter a boca aberta e deixar que o liquido saísse.

Quando terminei agarrei meu vestido, que estava manchado de sangue, e o agarrei numa tentativa falha de tirar aquela mancha do meu próprio sangue.

– Isso foi... nojento!




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Notas finais do capítulo

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