Acho que depois que ele entrou eu ainda devo ter ficado mais uns 10 minutos lá, parado no meio da rua como um babaca.  Estava tão feliz que perdi até a noção do ridículo, não sabia nem mais o que é certo, o que era errado, o que é ridículo... eu simplesmente não me preocupava com mais nada, ninguém mais... estava feliz demais para deixar que detalhes inúteis como esses me fizessem perder a chance de aproveitar esse momento, que com certeza era o mais feliz de minha vida.

“como ele estava lindo”

Sim. A única coisa que eu fazia era venera-lo, o tempo todo, a toda hora, a cada minuto, a cada segundo. Eu estava completamente enfeitiçado por ele, e esperava que ele também por mim. Eu não suportaria saber que ele não sente o mesmo por mim... não mesmo, mas isso agora era oi que menos importava, eu não queria pensar em tristeza. Essa era uma palavra que não existia para mim hoje. Estava feliz como uma criança passeando num parquinho, e era exatamente assim que eu me sentia.

“vida lindaaaaaaa!!!”

Entrei em casa como um bobo, cantarolando e girando enquanto atravessava a rua.

“okay... isso sim que é ser patético oO...mas que se foda :p”

Entrei em casa e corri pro meu quarto, coisa que era muito estranha por sinal, porque geralmente ao chegar em casa a primeira coisa que eu fazia era ligar a tv para ver se achava alguma coisa que eu pudesse criticar. Minha vida era tão cretina, monótona e... Inútil (!) que eu simplesmente não podia ver a felicidade alheia. Tinha que fazer de tudo para achar um defeito ou para estragar a vida boa deles.

“bobagem...”

Sim, agora isso era bobagem, e completamente inoportuno.

“vai que me aparece outro Frank da vida para gorar minha felicidade!”

É... qnd se encontra a verdadeira felicidade é possível perceber o quanto é patético levar a vida como um “encosto atrevido” que só quer levar embora a felicidade de quem nem sequer sabe que existimos :///

“como eu sou ruim oO”

Já devo ter estragado a vida de muita gente por aí, viu!kkkk, eu deveria ser o ser mais invejoso da face da terra, e não perdia uma oportunidade de “bugar” a felicidade alheia. Tanto ódio no coração já deve ter feito estragos que eu nem imagino.

“sempre acreditei nesse tipo de coisa, tal como ‘força negativa do pensamento’ “

Ta...mas agora eu tinha coisa mais interessante para pensar...

“e como...”

Finalmente tudo estava bem em minha vida...

“All is good now”