Fix You. escrita por Autumn


Capítulo 8
Capítulo 7 – Um jantar nada agradável.


Notas iniciais do capítulo

E aí? Adivinha quem sumiu por quase umas duas semanas? Eu aquiii. Bem, eu me explico; eu tenho preguiça, estava fazendo greve de tudo até receber as capas que eu pedi para a minha nova fanfic e só hoje eu descobri a maioria das minhas médias na escola. Adivinha? Eu fiquei utra, mega, super feliz porque eu fiquei de recuperação só em matemática e tirei nota máxima num trabalho maldito que eu demorei para fazer, também fechei com 9,4 em geografia *-* Além disso, eu tive uma nota boa em física e fiquei entre as sete únicas pessoas da sala que não bombaram em Espanhol e entre as três que tiraram a maior nota por bom comportamento. Ou seja... eu estou fucking happy. Mas, parando de falar da minha vida escolar... Eu vim saciar os desejos de você e hoje tem conversa com o Percy! Espero que vocês gostem do jeito dele aqui :)



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Depois que eu cheguei em casa e vi minha mãe discutindo no telefone até perceber minha presença, Afrodite mandou beijinhos para ela e saiu pela porta rebolando. Nós duas reviramos os olhos juntas e ela sorriu. Desta vez só eu revirei.

– Annabeth, você está linda - ela me elogiou, quebrando o silêncio. - Vamos, querida?

– Eu tenho escolha? - perguntei irônica e ela revirou os olhos. - O que significa isso, afinal? Quem nós vamos encontrar e... para onde nós estamos indo?

Ela não me respondeu e apenas me ultrapassou suspirando, estava começando a perder a paciência logo agora - eu era a única que conseguia fazer ela ficar assim. Eu a segui e nós saímos de casa, indo para o carro. Quando nos entramos coloquei o sinto automaticamente, desde pequena eu era obrigada a colocar o sinto de segurança, mesmo que nós estivéssemos fazendo um trajeto curto, então eu meio que acostumei e ficar sem o sinto era estranho.

Nos ficamos em silêncio por uns dez minutos, eu não me importava. Escorada no vidro fica vendo o movimento lá fora e toda hora que nós passávamos por um buraco reprimia um grito de dor por causa que eu me distraía e batia a cabeça contra a janela dura.

– Annabeth... - minha mãe começou a falar quando ela estacionou na frente de um restaurante chique da cidade, se virando para mim. - Eu preciso pedir um favor para você. Você pode... só... Se comportar hoje?

– Você não gosta de como eu me comporto? Me desculpe se meu o modo que eu ajo te deixa irritada.

– Não é isso. - Ela parecia magoada. - É um jantar importante, hoje nos vamos resolver alguns... problemas. Eu preciso que você se comporte como uma adulta, por favor.

Eu não estava afim de discutir e apenas assenti para ela. Nós duas saímos do carro e um motorista pediu a chave do carro para a minha mãe. Ela sorriu e fez como ele pediu. Era bonita, muito bonita. Principalmente arrumada. Minha mãe tinha um rosto jovem mesmo com a idade que tinha e sempre estava impecável mesmo que não se importasse muito com essas coisas. O homem sorriu de volta e nós o deixamos levar o carro para o estacionamento enquanto entravamos no restaurante e íamos falar de nossas reservas para uma mulher ali na entrada.

– Boa-noite. Eu tenho reservas com... - mamãe disse e eu não consegui terminar de ouvi-la pois falou de uma forma muito baixa apenas para a mulher conseguir ouvir.

– Sobrenome? - ela perguntou.

– Não, não. Ele reservou apenas com o primeiro nome. Uma mesa para seis pessoas, pode conferir.

Ótimo, nós tínhamos companhia. Era o que meu mais queria naquele instante.

– Claro, por favor... Eric! - gritou a moça para um dos poucos garçons por perto. - Acompanhe-as à mesa quarenta e três, por favor.

Nós o seguimos pelo restaurante lotado. Era muito cheio e tinha muito falatório baixinho, como no shopping. Não estava acostumada com aquele ambiente e achei tudo muito exagerado. Todas as mesas tinham pratos de porções pequenas muito delicadas.

– Eles fazem comida ou esculturas aqui? - perguntei irônica.

– Queria, o que eu falei sobre a classe? - mamãe me interrompeu e eu revirei os olhos. - Vamos, ali nossa mesa.

Eric, o garçom, nos guiou até a mesa quarenta e três, que ficava ao lado de uma janela. Eu dei um jeito de me esgueirar e sentar ao lado dela rapidinho. Ver o movimento lá fora me livraria da chateação que estaria sendo lá dentro. Eu não gostava dessas coisas.

– E a nossa companhia? - perguntei depois de uns cinco minutos para me distrair daquele zumbido chato de gente conversando.

– Annabeth, olhe a postura - me corrigiu. - Eles já iram chegar, seja paciente.

– Um garçom já passou aqui uma duas vezes para ver se nós queríamos fazer nosso pedido, não é melhor tipo... Pedir algo antes que eles cheguem?

– Isso é falta de educação, querida, e na verdade ele não está aqui por causa dos nossos pedidos mesmo... Eles só são orientados a vir até nossas mesas quando ela está cheia aqui. - Ela percebeu que eu não estava entendendo e arqueou as sobrancelhas. - Pensei que a minha filha era mais esperta. - Revirei os olhos. - Você pelo menos notou como era aquele garçom? Ele não tem menos de dezoito anos e olhou para você... diferente.

– Diferente como? - perguntei e ela riu, ignorando. - Sério!

– Annabeth, você é uma vergonha quando o assunto são garoto, meu Deus!

Ela continuou rindo quando o mesmo garçom voltou pela terceira vez para ver se nós queríamos fazer nossos pedidos. Ele era idiota? Não era para vir até a mesa estar completa! Minha mãe conhecia essas coisas da ponta dos pés até o último fio de cabelo. Era um cara iniciante? Eu perguntei tudo isso para ele, retirando a parte do idiota.

– Annabeth! - minha mãe me cortou antes que eu pudesse terminar de perguntar. - Me desculpe... Er...

– Carlos - o cara respondeu.

– Sim, sim. Carlos, me desculpe pela minha filha. - Ela me olhou brava para dar ênfase e depois se voltou para ele. - Nós estamos esperando algumas pessoas, só vamos pedir depois disso e...

– Eu já cheguei... Pelo menos eu não estou atrasada - disse uma voz familiar. Thalia! - Pode pedir agora se quiser. Oi, tia.

– Olá, Thalia. Como vai seu pai? - ela perguntou e riu ao ver Thalia revirando os olhos. - Nervoso?

– Como sempre - respondeu, se sentando ao meu lado. - Então, o... Ele já vem com ela e ele.

– Meu Deus! - eu explodi. - Dá para alguém me explicar porque eu não posso saber quem...

– Quem? - perguntaram antes que eu terminasse de falar. Outra voz familiar; uma voz que eu odiava. Poseidon...

– O que... Mas... - Eu engasguei ao meu virar e ver aquela figura na minha frente. - Você não estava...

– Morto? - minha terminou minhas pergunta. Porque todos estavam me cortando hoje?! - Bem, não exatamente.

– Po... O Percy... - Outra voz. Eu estava começando a ficar louca deste jeito! - Olá, Annie! Com você vai?

Era Sally. O que ela estava fazendo ali?

– Meu Deus! Deixa eu ver, o cara que devia estar morto, a minha melhor amiga, a minha mãe e a minha psicóloga? O que nós estamos perdendo? Vamos logo começar a reunião bonitinha e... - Todo mundo se sentou à mesa. Eles estavam de brincadeira, né? Eu estava sendo irônica!

– Vocês se esqueceram de mim... - outro alguém falou, timidamente.

– Brincadeira, né? - Eu levantei, farta daquilo. Todo mundo não deixava eu terminar de falar nada! - O que raios está...

Eu parei de falar quando notei o silêncio no restaurante todo. Droga, eu havia chamado atenção de todo mundo... Minha mãe, o pescador-maldito (lê-se Poseidon) e a minha psicóloga estavam me olhando assustados, Thalia sorria como era típico dela e tinha mais um. Tinham aqueles olhos verdes. Tinha Percy.

~*~

– Er... Você querem pedir agora? - Carlos, o garçom que estava ali até agora, depois daquele problema meu em que eu levantei e gritei, perguntou.

Todos nós já havíamos nos sentado eu eu ignorava todo mundo, observando o tempo lá fora. Chovia e não tinha ninguém nas ruas, além disso... o olhar que aquele maldito, Percy, mantinha sobre mim me deixava desconfortável. Thalia fazia tudo piorar, já que falava toda hora no meu ouvido que ele não parava de me encarar. Mamãe me observava curiosa e as vezes trocava olhares com Sally e com aquele pescador idiota.

– Sim... - Thalia foi a primeira a falar. - Por que nós não pedimos esse rodízio?

Ninguém falou nada e ela olhou para o garçom. Mas antes que ela podesse falar algo eu a cortei.

– Eu sou vegetariana - falei.

– Desde quando? - minha mãe perguntou e Percy finalmente abriu a boca para pergunta o porquê.

– Desde agora e... porque eu quero - respondi, o olhando brava. - Não devo satisfações a ninguém aqui.

– Eu só perguntei o porquê de você ser vegetariana - ele devolveu.

– Porque eu quero, eu já disse.

Ficou um clima estranho na mesa e nós dois ficamos nos encarando por um tempo. Por que ele não se tocava logo que

– Nós vamos querer esse rodízio e... - Ela levantou a mão e tapou minha boca antes que eu começasse a discutir. - Ela não é vegetariana, está só tento uma crise de identidade. Os três maiores ali vão querer suco de limão, eu quero uma soda e a irritada vai querer água... Ah! O bonitão do cabelo preto quer uma água também.

O Carlos saiu com nossos pedidos anotados e eu olhei feio para Thalia. Como ela era decisiva, meu Deus! Era aquilo e ponto final, e eu estava brava com todo mundo e aquilo estava me irritando mais ainda. Resolvi levantar, ajeitando a saia daquele vestido que eu estava com vontade de tirar e rasgar e fui me distanciando da mesa, indo para perto da entrada. Precisava de ar puro e aquele lugar estava me sufocando... Porque eu não podia ter asma? Aí não precisaria ir para lugares com aqueles. Pouparia esse show que eu fiz...

– Annabeth... - me chamaram quando eu parava na frente do da entrada, me abraçando. Estava frio lá fora, mas eu não iria voltar lá para dentro por um bom tempo.

– Você... Meu Deus, o que você quer? - perguntei, me virando para aqueles olhos verdes. Eu só conseguia me focar neles...

– Não é isso, seu nome é interessante - ele disse e se encostou na parede do restaurante ao meu lado. Parei de me abraçar, não queria que ele percebesse que eu estava com frio. - O que significa?

– Não sei, nunca parei para pensar nisso e... Por que eu estou dizendo isso para você?

Ele riu daquilo e levou a cabeça para trás. Tinha a mesma risada que o pescador maldito. Sinceramente, era a única parte que eu considerava aceitável naquele maldito que namorou minha mãe. Falando nisso, porque aquele maldito estava vivo? E porque esse maldito que eu vi hoje mesmo no hospital estava com jeans e camisa polo, com uma cara tão normal e sadia?

– Você está bem arrumar, ficou... diferente do modo que estava no hospital - ele falou. Ah! Então ele tinha percebido que eu estava ali?

– E você está muito diferente para quem usava roupa de paciente, com cara de zombie pálido - rebati e ele riu de novo. Droga, porque ele não ficava bravo?

– Bem... Vale fazer uma forcinha para encontra alguém.

– Como assim? - eu perguntei, confusa.

Ele deu os ombros e deitou a cabeça para cima, olhando o céu. Agora ele não ria, nossa! Obrigada. Quando eu queria saber algo.

– Só te falo se você me disser o motivo de ser vegetariana! - ele falou rindo e eu olhei brava para ele. - Sério, nunca conheci um vegetariano.

– Eu não sou vegetariana e... Como? Nunca conheceu um vegetariano?! - perguntei pasma e ele assentiu calmamente para mim. - Meu Deus... Pera! É sua vez de falar agora.

– O.k.... - Ele riu de novo. Risada do pescador. Arg... - Você me pegou... Por onde eu começo? É uma longa história. Eu tenho problemas... A cada dois meses paro internado num hospital e nesses dias eu descobri um possível "caroço" que se alojou em mim. - Eu ri da forma patética que ele usava para falar a coisas. "Caroço que se alojou em mim"? - Você... Riu! Uau, Thalia disse que você não ria.

– O quê?

– Não que ela disse que você não ria. É que eu achei meio difícil de você rir e... pelo que ela me contou você é bem amiga dela e eu queria por a culpara em alguém!

– Meus Deuses, você é meio maluco!

– Um pouquinho... Nem tanto. - Ele piscou para mim e eu fiquei vermelha. Eu não sabia como me comportar na frente de garotos, minha mãe estava certa.

No fim, Percy tinha problemas; como eu, como qualquer um. Nós todos temos problemas, mas cada um tem um problema diferente do outro. Ele me falou sobre o tal caroço de uma forma que parecia ser normal, sem estar triste ou nervoso com isso. Depois me explicou que tinha feito alguns exames e descobriu que não tinha nada naquela tarde mesmo. Tanto que Poseidon teve que pagar uma grana preta par arrumar as reservas.

– Por quê? - perguntei.

– Não sei direito... Ele falou sobre a filha de Atena que iria vir junto e tudo mais. Minha mãe já falou dela para mim, fiquei curioso. Eu pedi para que ele arrumasse, porque eu queria conhecer essa tal filha de Atena.

– Aí você descobriu que era eu? E... Poseidon é um cara ruim! Ele só finge ser bonzinho.

– Mais ou menos, mas isso não é tão ruim e... Poseidon não é um cara mal, é chato e irritante, mas não é um cara mal.

– Você conhece ele? Sabe o que ele já fez? Ele acabou... - Parei de falar no instante que percebi o que havia começado a dizer. Não iria me abrir para esse garoto! Nem conhecia ele direito. O interessante foi que ele arqueou as sobrancelhas confuso.

– Poseidon não é ruim...

– Por que você está defendendo o cara? Você não sabe... - Eu tinha vontade de chorar. Aquele cara tinha acabado com a minha felicidade e esse dai vem defendê-lo? Ele não sabe o que ele fez.

– Ele... Arg! Deixa para lá. É melhor nós entramos, acho que nosso jantar já chegou e o pessoal lá dentro está esperando.

Eu falei que queria tomar um pouco mais de ar e ele deixou, dando os ombros. Mas antes que entrasse de novo no restaurante eu chamei sua atenção de volta.

– Por que você me falou essas coisas? Tipo... sobre você. Nem me conhece.

– As vezes... É bom dividir essas coisas com os outros. Por que você não experimenta? Ajuda a aliviar o stress, e você tá precisando, estressadinha!

Antes que eu pudesse brigar com ele aquele maldito entrou no restaurante rindo. Tudo estava bem, ao não se o fato dele ter me chamado de estressada! Mas parecia que ele escondia parte da verdade, e eu também queria entender o que significava aquele jantar. E porquê raios o maldito pescador estava vivo? Além disso, porque Thalia estava ali!

Eu entrei no restaurante de novo, para terminar aquele jantar logo e poder ir embora para esclarecer as minhas dúvidas mais tarde com Thalia. Com certeza ela dormiria em casa hoje já que estava tarde e ela morava lá no fim da cidade, na divisa com a próxima.

O problema era que eu iria mesmo perguntar para ela depois; e eu iria ficar mais confusa do que eu já estava também.


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Notas finais do capítulo

Enton... Por que eu postei hoje, nesse horário? Bem, eu fico triste porque tem muita pouca fanfic para se ler nesse horário e eu quero protestar contra isso. Tudo bem que atraí menos atenção do que nos horários de pico, mas eu estou brava com isso e pronto, acabou.
Bein, me desculpem os erros, depois eu reviso, e... Eu to terminando de arrumar a minha nova fic! Ou seja; no próximo capítulo eu coloco link para vocês irem ler... porque a minha macumba ainda tá de pé.
Bye :*