Capítulo Seis

VI

“Conheço um caçador de deuses gregos.”

- P.O.V.S Beel HengryFord -

Depois mudou para um jovem, era que nem ele. Tinha pela aparência, podia ser alguém com 11 ou 12 anos. Ele estava no mesmo conjunto de salão do pavilhão de refeitório desta escola. Então ele devia ter sido o terceiro último escolhido, já que vem antes de minha mãe e antes de Emily Album Watson. Certo, continuei á ver seu passado. Ele tinha amigos, e os professores não eram os mesmos. Ainda não tinham os táxi's voadores, somente carroças de pégasos e cavalos alados. Mas o diretor ainda era o mesmo, Freed. Ele vestia roupas reais tipo do século dos portugueses, uma camisa ainda alaranjada escrita "HF - 6°".. então, o diretor já foi um estudante pelo visto? E ele estava voando, tinha asas brancas como as de uma águia bem limpinha, em um treino e tinha um professor louro com uma roupa de atleta com um apito na mão. Devia ser o professor de educação física, pelo visto. Ele e o diretor - estudante estavam disputando uma corrida em um caminho rochoso. Pedro ganhava a luta e conseguia ainda ir mais rápido que alguém voando. Logo, Pedro se deparou com um obstáculo de uma cachoeira. Então, ele pegou um cipó e nossa, ele conseguiu passar a cachoeira com um cipó. Mais a frente, o diretor já estava com as asas meio suadas e pousou, fechando-as rapidamente. Ele e Pedro se esbarraram e caíram no chão. Naquela hora, surgiu um homem. Tinha pele mulata para negra e cabelos escuros, e olhos frios e escuros como a morte. Ele estava vestindo uma armadura com asas, sim, asas de metal. Devia ser bem pesada. Porém, a armadura era toda roxa e algumas partes eram detalhadas com preto, e tinha um símbolo no meio da armadura, um K e em cima do K, uma coroa. Ele era Kairon, o rei impétuo que era o inimigo da profecia daquele tempo. Minos surgiu entre a era de ouro e dos mortais primários, lutando contra Adão e Eva, os primeiros escolhidos, foi uma das coisas que o quadro me contou. Mas logo, ele adormeceu e deixou que seus seguidores se tornassem fortes e destruíssem os outros escolhidos para ele. Continuando, o homem era alto, e estava com uma espada de prata, e brilhava feito louca. A sustentação do cabo era um círculo de ouro, e o cabo era de bronze brilhante, que nem o do Pettrick Christopher e o do homem do meu passado.

- Então, você é o escolhido.. Watson? - Ele riu, empunhando a espada ainda mais forte. Freed ficou com uma expressão de medo.

- Escolhido? O-o quê? Eu não sei quem é você, mas eu só estou cumprindo a minha atividade de educação física. - Respondeu o pré-adolescente. Ele parecia encarar o outro como um obstáculo de educação física, queria gritar, avisa-lo que ele não era da educação física, e vinha para mata-lo. Quando Kairon ia empunhar a espada na direção do garoto, Freed se intrometeu na frente e suas asas foram perfuradas. Elas eram resistentes, mas a espada conseguiu adentrar apenas um pouco. Caiu sangue, um sangue brilhante, das asas do diretor - estudante.

- Saia, inútil! - Kairon pegou Freed pelo pescoço e o jogou como se fosse uma bola de basquete, Freed voou e bateu na árvore tão feio.. que deu até medo e pena.

- Você não fará nada á ele, Kairon. - Uma voz saiu do jovem, e seus olhos estavam dourados. Os cabelos encaracolados dele se agitavam, e o vento ficava ao favor dele. As árvores começavam a sair. O professor de educação física notou a atividade de energia maligna e chamou os guardas. Tudo escureceu e mudou para o jovem ainda decepando cabeça de químeras e serpentes - morcegos. Pedro adentrou o castelo, mas seu elmo fora destruído por uma químera de dragão, hipogrifo e hipocampo. Ele estava todo suado, e adentrava o local com a espada dourada ainda brilhando. Um trovão caiu sobre o local do nada, fazendo uma enorme cratera. Em segundos, Pedro estava sendo segurado pelo pescoço por aquele mesmo homem, agora apenas com uma barbinha.

Estava errado, eu não vi todo o passado dele. Mas algo interferiu nisso. Pedro estava com os lábios sangrando e vários arranhões profundos pelo rosto e braço.

- A sua profecia.. termina aqui. - Kairon empurrou a espada sobre o colete de Pedro, que atravessou. Pedro cuspiu sangue, e caiu dos braços do homem ao chão. Ele estava ficando tonto, e estava fechando os olhos. Quando pensei que tudo ia acabar com ele morrendo, ele se levantou e segurou o homem por trás, agarrando seus braços e virando um redemoinho distorcido. Sim, era que nem aquelas alucinações do passado, era tipo efeito de programação que faz as pessoas ficarem distorcidas. Eles se distorceram em um redemoínho em desapareceram. O cenário mudou pro alge das nuvens, e uma enorme pressão sobre eles. Pedro estava o segurando, agora pela parte da frente. Eles iam cair na direção de um vulcão.

- A minha profecia termina aqui, mas.. - Pedro entrelaçava as pernas dele com as de Kairon, que era o inimigo.

- Solte-me, mortal inútil! - Grunhiu Kairon. Mas Pedro ainda o segurava fortemente.

- Vamos acabar com isso do jeito que começamos. - Pedro afirmou, com um sorriso sarcástico enfraquecido. - Juntos! - Gritou ele, e eles rodaram pelo ar na direção do vulcão. Pedro ia se suicidar para matar Kairon, e tudo isso seria em vão. Isso é o peso de ser alguém escolhido pelo destino para acabar com o mal.. Os dois estavam perto do alcance do vulcão, e logo, quando caíram, desapareceram na lava. O vulcão se rompeu, começando a afundar na água. A lava ficava amolecida e virava xirrão, poluindo o lago imenso que parecia ser. Sim, era um lago imenso. O vulcão afundou por completo.. e uma explosão aconteceu. As ondas ricochetearam para todos os lados, e o castelo que estava rodeado por monstros, começou a afundar no oceano também. Os monstros tentaram fugir, mas tudo desabou em questão de segundos, virando destroços na água com o vulcão. O lago tinha virado parte do oceano, agora.

A visão escureceu novamente. Só vi um branco, um eterno branco. Logo, quando recuperei a visão, ela estava embaçada, mais se reconstruía novamente, de pouco em pouco. Percebi que a fumaça estava virando massa sólida novamente. Miza estava ao meu lado, do jeito que fomos.

- O quê foi isso!? - Gritei, estava com raiva e enfurecida pelo destino triste de Pedro Album Watson.

- Beel, você não entende.. - Avancei andando em passos pesados contra o diretor louro. Miza me olhou com um olhar assustado.

- ENTENDER NÃO RESOLVE! - Gritei. A raiva dominava minha mente, era como se tudo significasse : Você é um lixo, otário. Era tipo isso.

- VOCÊ PODIA TER IMPEDIDO DELE FAZER AQUILO! VOCÊ ESTAVA LÁ, E MESMO ASSIM NÃO AJUDOU. - Continuei.

- Beel, acalme-se. - Miza segurou meu braço. O diretor deixou uma lágrima rolar, que caiu no chão.

- Olha.. eu não sei quem é o próximo escolhido ou escolhida, mas isso não é destino. Ninguém merece morrer! - Manifestei-me, estava enfurecida.

- Beel, eu sei que tudo isso é horrível de se ver, mas.. isso é por causa de todo o mal que acontece. -

- E o que tem a ver com tudo isso? - Perguntou Miza.

- Isso pode clarear a mente de vocês para o futuro, já sabemos que o nascimento da escolhida ocorreu 14 anos atrás. - Afirmou Freed.

- Nós vamos acha-la? - Perguntei.

- Não, os professores irão. Mas vocês estão na profecia, vocês tem conexão com a profecia. Inclusive você, Beel. - Freed alertou-me. Queria achar logo essa escolhida.

- Vocês devem ser treinadas fortemente para derrotar Minos no futuro, que já está se recompondo. Bom, seus seguidores estão ajudando. - Alertou Freed, novamente.

Passou-se dois dias, sim, não vou descrever porquê aconteceu o de sempre. A única coisa nova é que temos uma preocupação a mais, graças á essa escolhida. Era dia 13 de outubro, e eu estava ajeitando as coisas no meu dormitório junto com o Ry-Evil que estava me ajudando. Estava tudo perfeito, uma torta alemã gigante escrito : "Miza, melhor amiga do mundo." E vários outros docinhos espalhados. Chamei todas as pessoas que não conhecia dos outros dormitórios para o meu. Miza bateu na porta.

- Oi, Miza. - Comentei, abrindo a porta, mas não completamente.

- Você não vai na aula? - Perguntou Miza.

- Não... sabe por que? Vem. - Puxei-a com força e adentrei o dormitório. Miza olhou para mim e para todos e o bolo, e logo me abraçou tão forte que eu pensei que meus ossos iam se quebrar.

- Parabéns! - Afirmei.

- Obrigada, Beel, obrigada todo mundo! - Miza me agradeceu, e abraçou todo mundo, até o Ry-Evil. Um garoto bateu na porta, fui atender. Ele tinha cabelos louros dourados e olhos vermelhos, e tinha uma cicatriz abaixo do olho. Não era Christopher. A pele dele era pálida e fria, e ele estava vestindo um jaleco normal preto e uma blusa com o desenho de um coração e escrito : "THE SCHOOL THIS MY POWER" e abaixo o "HF 3°" Ele tinha aparência de ter 15 á 16.

- Olá. Meu nome é Nagashi, sou um caçador de deuses gregos. Vim até a festa. - Ele resumiu tudo.

- Ah, oi.. Vem. - Abri a porta, ele entrou, ele tinha uma porta-espada com uma espada com uma lâmina negra, muito negra. Ele entrou e abraçou Miza, como se conhecesse ela á muito tempo, pegou um brigadeiro e depois ficou conversando com algumas garotas. Passou-se horas, dançamos, fizemos besteiras e faltamos o dia todo de aula. Nagashi ia se despedir;

- Vai dormir? - Perguntou Miza.

- Não, vou pegar o mascote do meu amigo Peter que está lá fora, nos bosques. - Afirmou ele.

- Mas.. você.. vai ser comido, se for agora, já são 22:00. - Indaguei.

- Não tem problema, estou sempre armado. - Afirmou ele, olhando para a espada.

- Vou com você, Miza também vai. - Afirmei. Puxei Miza e o segui até uma entrada pela janela, pulamos e caímos muito feio em uma das árvores do bosque. Tinha um pequeno cãozinho fofo nadando no lago, do quadril para baixo era cauda de peixe pequena.

- Que fofinho.. - Observei, quando vi vários vultos passeando pelo local. Não eram vultos, eram fantasmas apenas com braços, e com bocas, sem nenhum outro rosto, totalmente brancos e brilhantes.

- Espíritos da natureza? - Perguntei. Nagashi e Miza assentiram com a cabeça, passamos levemente e de fininho pela borda do lago, sem tentar ser visto pelos espíritos da natureza. Quando pensei que estavamos á salvos e iamos assobiar pro hipocão filhote vir, um espírito da natureza nos olhou e fez um barulho de rugido. Todos os outros começaram a correr em nossa direção, não hesitei e nem pensei, segurei Miza e Nagashi e pulei contra o lago, fomos até o fundo e o hipocão nos seguiu. Os espíritos da natureza nos seguiram até de baixo d'água. Olha, eu ainda não contei nem pra eles que eu tinha 12 anos e ia fazer 13, e ia, mas não era boa hora. Afundamos e eu nadei para o fundo, e pensei que ótimo, agora os espíritos da natureza estão vindo na nossa direção. Miza me puxou para a superfície, minha roupa estava toda molhada. O Hipocão estava nas mãos de Nagashi. Logo saímos do lago, e olhei para trás. Vinha uma enorme onda gigante, com um brilho ao redor. Era magia! E estava sendo controlada pelo espírito da natureza.

- Vamos morrer afogados! - Gritei.

- Corram! - Nagashi me puxou com força, e corremos rapidamente para as árvores, e vi os vários espíritos da natureza nos seguindo. Nagashi puxou a espada fina negra, que liberou chamas roxas, e começou a cortar os vultos brancos brilhantes, fazendo-os cair com a metade dos corpos, se explodindo em brilho logo após de cair no chão mortos e cortados. Avistei a entrada da janela próxima.

Nagashi fatiava os espíritos que estavam vindo. Quando pensei que estava livre, a onda estava maior ainda. Ela bateu contra o chão e eu voei, logo sendo pego pela água e começando a perder a respiração, uma dor terrível cobriu meu nariz e a minha cabeça, era aquela dor de ser afogada. Miza me puxou, ela estava toda molhada, novamente.

- Corra! - Ela gritou. Corremos o mais rápido possível na direção do castelo. Um dos espíritos da natureza formava uma gigantesca bola de fogo, olhei e lembrei do incêndio, mas Miza me fez voltar ao real, me puxando.

- E o Nagashi!? - Gritei.

- Já era. - Ela assentiu.

- Não! - Apontei para o lago. Nagashi foi arrastado para lá novamente pela onda, e ele voltava, ele fatiava os espíritos da natureza e corria para a nossa direção, para entrarmos. O espírito soltou a gigante bola de fogo, que veio como uma onda contra nossa direção. Nagashi que viu que sua corrida não iria dar tempo de se salvar, pulou e pegou a mão de Miza, que puxou. Ela entrou na janela e arremessou Nagashi para dentro, fiquei parada observando o fogo, quando Miza me puxou e se jogou sobre a parede, e eu acabei caindo no corredor.

BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM!

Ouvi uma explosão flamejante gigante.

Nagashi e Miza estavam ilesos, e tinha uma rachadura invísivel no ar.

- O campo mágico foi rachado, rs. - Miza explicou, passando mana para a rachadura, que logo se recompôs.

- Isso, foi, surreal. - Falei, meu cabelos estavam jogados para baixo, minha xuxinha se perdeu na onda, creio.

- Mas e os espíritos da natureza? - Perguntou Miza.

- Espíritos só podem ser destruídos, e eu só fatiei eles. Vão ressurgir em uma hora. - Nagashi comentou.

- Ótimo.. devíamos tê-los destruídos. - Comentei.

- Beel! - Gritou Miza. Tá, eu não posso ser sarcástica um pouquinho?

- Vocês são legais, garotas. Vão, preciso dormir. - Nagashi se levantou, arrumando seus cabelos molhados. Ok, aquilo me deixou quente. Fui pro meu dormitório e adormeci.

O sonho tinha aquela visão de boneco, com a loira ainda como uma criança, e outras pessoas ao redor dela. E das nuvens, surgia outro boneco com uma espada dourada e ele tinha uma aura negra ao redor dele, e tinha vários outros bonecos cheios de sangue ao redor dele. Ele pegava a lâmina e perfurava a loura, e a jogava longe. Eu acordei, e gritei. Miza estava ao meu lado, sonolenta na cadeira da escrivaninha.

- Acorda! Miza, acorda! - Sacudi ela. Ela se explodiu em cinzas. Gritei, e outra Miza entrou no dormitório.

- Clone. Bú! - Gargalhou ela. Era um clone de mana! Que droga!

Ela me levou a sala de aula, passou-se um mês. Fizemos várias coisas, eu aprendi várias coisas, inclusive transformar um animal em qualquer objeto usável, como caderno, caneta e outra qualquer coisa possível. Aprendi várias coisas em magiologia. Esse mês de setembro tinha sido maravilhoso.

Você deve estar se perguntando sobre o cacho de Jingos, mas ele foi adiado pro dia cinco do mês de outubro. Pois é.. agora vou dormir, porque hoje já é dia quatro.. Go!