Forever Young escrita por Dafne Federico


Capítulo 4
Capítulo IV: Rachas?


Notas iniciais do capítulo

Como vão, Cupcakes?
I go Crazyyyyyyyyyy, Crazyyyyyyyyyyyyyyyy (Aerosmith !)
Capítulo para vocês ♥
Lembrando que esse capítulo e o próximo é inspirado no filme Paixão Sem Limites, 3 Metros Acima Do Céu!
Comentários e posto o próximo amanhã, O.K ? E não estou flertando com vocês (quem leu A Culpa É das Estrelas entende) Lançarei estupefaça nos fantasmas!
Enjoy mi hijos! Não pera...



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Eu nunca tinha ido ao porto, nem a um racha.

O lugar estava bem acabado, não era a toa que tinha sido desativado e esquecido. A pista acima da água era enorme, não conseguia enxergar o fim, quadrados de madeira, que deveriam ter sido as caixas carga, seguiam enfileirados formando um caminho. Em algumas dessas caixas tinham imagens de adolescentes, velas acesas e mensagens como: Nunca esqueceremos de você. Em outras tinham grafites fluorescentes, rosa, laranja, verde.

Caminhei procurando por Annabeth.

A loira estava agarrada com Perseu Jackson.

Ao redor deles tinham muitas pessoas conhecidas, Clarice La Rue, Chris Rodriguez, Silena Beauregard, Charles Beckendorf, Luke Castellan, Quione Snow, Léo Valdez, Calypso Atlas, Nico Di Ângelo ... Droga.

Iria matar Annabeth.

Silena com seus dreads loiros estava fumando maconha, Léo espirrava Vodka pelo nariz e uns caras gatos, musculosos e sem camisa - talvez, não fosse tão ruim assim- que eu não conhecia participavam de uma competição de flexão.

- Annabeth Chase! - eu gritei o mais alto que consegui.

Ela empurrou Percy assustada, o deixando com um mancha enorme de batom vermelho ao redor da boca, e virou na minha direção. Ficou aliviada quando percebeu que a voz era minha.

Cheguei mais perto dela.

- Seu pai me ligou. Ele está esperando você telefonar para ele quando sair do banho. - expliquei me apoiando na viga que ela e o Jackson estavam tentando derrubar aos beijos.

Ela entrou em pânico.

- Ele o que? - indagou.

- Ele ligou lá em casa querendo falar com você, menti dizendo que você estava tomando banho e agradeça, ele acreditou. - disse - Porém, pediu que você telefonasse assim que saísse do chuveiro, e a menos que você leve quarenta e sete minutos - conferi no relógio - para tomar banho, acho bom dar um jeito de ligar para ele.

Annabeth me abraçou sorridente e ligou para o pai.

Não consegui não reparar nas roupas que ela estava usando. Vestia uma saia de couro colada e muito curta, meia calça escura, botas compridas, regata colada e um cinto enorme e marrom, igual ao de todas as garotas ali. O cabelo loiro enrolado dela estava preso com um coque frouxo e cheio de grampos.

Do meu outro lado estava Nico Di Ângelo.

Ele estava escorado em uma das caixas de cargas da Coca- Cola. Estava fumando e dava tragadas longas como se estivesse tendo um orgasmo de tabaco. O cabelo escuro caindo no olho de qualquer jeito. Vestia calça jeans velha e azul, camiseta branca, jaqueta de couro e coturnos.

Nesses dois anos ele poderia ter se mudado para uma casa ao lado de Mc Donald's e engordado cento e cinquenta quilos, mas não. Precisava voltar incrivelmente bonito e com a língua a ainda mais afiada.

- Grace, não gosto das pessoas me encarando. - demorei alguns segundos para perceber que ele estava falando comigo, mesmo que o tom de xingamento ao dizer meu sobrenome fosse o mesmo.

Ótimo, agora ele vai achar que sou lerda igual ao Percy, pensei.

Mas quem se importa com o que ele pensa? Foda-se!

Estava conversando comigo mesma mentalmente? Balancei a cabeça evitando toda a confusão mental.

- Não estou te encarando, Di Ângelo. - respondi colocando meus pensamentos no lugar - Pode parecer difícil de acreditar, mas você não é o centro do universo.

Esperei que minha resposta mal educada e na voz mais ríspida que conseguia fazer surtisse o efeito desejado, ele reviraria os olhos e voltaria a fumar a porcaria do cigarro dele em paz. Não, ele deixou o riso torto fluir.

- Quer correr na minha? - ele respondeu entre outra tragada demorada.

Não fazia ideia do que ele estava falando.

- Hã?

- Correr comigo na Senhorita O'Leary - ele apontou para a Harley Davidson que estava parada a alguns metros de distância.

Eu ri.

O cara voltava para a cidade vestido feito um delinquente juvenil da Califórnia - minha mãe costumava dizer que todos os canalhas estão aglomerados lá, talvez seja porque ela conheceu meu pai na Califórnia - tinha um chaveiro de Angry Birds e chamava a moto de Senhorita O'Leary?

Afinal, ele tinha voltado Bad Boy ou gay?

- Qual é o motivo do bom humor? - ele quis saber atirando a ponta do cigarro no chão e apagando com a sola do coturno.

- Você chama a sua moto de Senhorita O'Leary? Não tinha nada mais másculo do gênero Fofinha ou Honey Baby? - disse gargalhando.

Finalmente ele revirou os olhos.

- Sim ou não? - insistiu caminhando na direção da moto.

Me surpreendi por ele estar falando sério.

- Sabe aquele frase que te disse no cemitério, do prefiro fazer um boquete no eu avó do que ...? Acrescente: do que participar de um racha com você! - dei as costas para ele e caminhei na direção de Annabeth, que bebia Vodka enquanto dava uns amassos em Percy.

A garota que caminhou para o centro, do que eu achava que era uma pista, parecia uma piranha dos filmes. O cabelo era escuro e tinha um corte moderno com mechas brancas, ela usava um top preto, mostrando a tatuagem de serpente no abdômen, uma saia jeans mais curta que a de Annabeth - e olha que a da loira não tinha muitos centímetros de pano - meia calça arrastão e botas compridas de salto alto.

Hylla.

Ela segurava uma placa verde fluorescente.

- Vamos nos posicionar siamesas! - ela disse e todo mundo que antes estava bebendo, fumando, se pegando ou os três parou e começou a gritar.

Uma motocicleta prateada freou na minha frente.

Eu já estava xingando o individuo de todos os xingamentos possíveis quando desejei ter xingado mais. Era Luke Castellan, o cretino do meu ex-namorado.

Ele estava sorrindo triunfante, ressaltando a cicatriz que tem no rosto. O cabelo loiro estava um pouco arrepiado e ele vestia uma camisa polo azul cintilante, calça jeans tradicional, tênis e uma jaqueta de marca.

- Thalia! Espero que o Di Ângelo não tenha a chamado para correr com ele, porque seria estranho eu fazer a mesma proposta. - ele disse casualmente como se nunca tivesse me xingado e postado aquela droga de vídeo na internet e compartilhado para todas as pessoas que eu conheço.

Ouvir ele falando com aquela voz de veludo enjoada me deixava com ânsia de vômito. Queria derruba-lo daquela droga de moto, que eu não sabia que ele tinha, e atropela-lo com a mesma.

Hylla, a piranha punk, bateu a placa na mão e pediu que todos os quatorze - o que queria dizer isso? - se posicionassem na faixa de largada.

- É ...

- Claro que não. - falou uma voz de garota conhecida nas minhas costas.

Quione Snow surgiu como se tivesse aparatado do nada.

Ela estava usando uma calça jeans tão colada, que se tivesse uma moeda no bolso daria para saber se era cara ou coroa, o mesmo cinto que Annabeth, uma jaqueta preta que provavelmente custaria o preço de um carro popular e salto alto. O cabelo preto estava preso em um rabo, tinha maquiagem forçada nas maçãs do rosto e os olhos cor de café estavam delineados.

- Não me leve a mal, Grace, mas nós duas sabemos que você é tão medrosa quanto é esquisita. - ela sorriu maldosa enquanto subia na moto do Luke - Eu posso correr na sua, Luke. Se você quiser, é claro.

Teria dado uma resposta a altura, mas Luke acelerou com Quione na sua garupa.

- Filho da puta ...

Puxei Annabeth de outro beijo molhado com Percy, ele estava ficando irritado com isso porque tentou me lançar um olhar ameaçador.

- Me empresta o seu cinturão. - apontei para o cinto na cintura dela, ela acompanhou o olhar e decifrou o que eu estava pensando em fazer, depois balançou a cabeça negativamente.

- Você não vai ...

- Me passa a droga do cinturão! - eu puxei o cinturão dela e deixei Annabeth falando sozinha, provavelmente citando um sermão que minha mãe me daria, só que eu não tenho mãe.

Essa parte do plano estava dando certo, mas a seguinte parecia ser completamente maluca. Quando pensei em desistir já tinha alcançado Nico Di Ângelo e a Senhora O'Leary.

Eu gaguejei.

- Hum... Não tenho avô.

Di Ângelo levantou os olhos na minha direção ligeiramente confuso.

- O quanto você bebeu? - ele perguntou.

- Bastante. A questão é, não tenho um avô para fazer boquete, então correr com você é aceitável. - expliquei esperançosa, dizer isso já era humilhante para mim, pedir para correr com ele seria pior.

Nico olhou na direção de Luke Castellan e Quione Snow, os dois sorrindo e trocando beijos sem graça em cima da moto, depois olhou para mim e ergueu as sobrancelhas. E sorriu, um lado da boca mais inclinado que o outro.

Ele apontou para a moto.

- Sobe. Vamos tirar o título de Luke Castellan. - subir na moto de Nico Di Ângelo e colocar as mãos ao redor do abdômen dele era complicado e esperava não passar por essa situação de novo. Como sou ingênua.

- Título? - perguntei.

Nico não respondeu, acelerou.

.

Me arrependi por ter cedido a provocação de Quione Snow, assim que percebi o que significava Corrida de Siamesas, e me arrependi duplamente quando descobri que era disputa de título.

- Siamesas! - gritou Hylla levantando o próprio cinturão.

Todas as garotas nas garupas das motos e um único garoto, namorado de um motociclista ruivo, desceram das motos e levantaram os cinturões sacudindo-os no ar. Eu me levantei, mas não consegui mexer mais do que alguns músculos do corpo, deixando o cinturão caído na minha mão.

Elas sentaram novamente nas motos, dessa vez costa a costa com os motociclistas e passaram o cinturão envolta dos dois.

- Ai meu Deus ... - sussurrei, o que era hipócrita, não sou religiosa.

Estava de costas para Nico, a porcaria do cinturão envolta das nossas cinturas, o que não me tranquilizava em nada. Dessa vez não senti o mínimo constrangimento em me segurar nele com força, embora fazer isso de costas fosse complicado.

Hylla começou a contagem.

- Três. Dois - o Di Ângelo soltou uma gargalhada maníaca e alta, como se a ideia o divertisse - Um. Já! - ele sacudiu a placa verde com força, mas não saiu do caminhou.

Nico acelerou.

Eu gritei.


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Notas finais do capítulo

uahsuahsuahs Quem sabe uma batida trágica, assim seriam eternamente jovens? aushuahs Parei!
O que acharam?
Comentem *-*
Beijos, flor de lótus!



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