Era claro que cedo ou tarde, os enamorados e noivos precisariam se separar, mas o sr. Knightley não pode deixar que Emma regressasse sozinha para Hartfield agora que o dia ficava escuro. Ele a levou para dentro na mansão e esperou que ela lavasse o rosto e cuidasse da anagua suja. Quando voltou Emma estava com a face radiante.

Seguiram a pé mesmo tendo o sr. Knightley mais cavalos que o necessário para montarem ou usarem uma das carruagens, ele preferiu por só trazer um cavalo com o qual regressaria após o jantar. Primeiro vieram em silêncio cada um com os próprios pensamentos de felicidade futura, antes que Emma começasse a dizer em que ficaria feliz em fazer.

- Definitivamente precisarei trocar o forro da cadeira que você costuma se sentar, sr. Knightley.

- Isso realmente manterá suas mãos ocupadas! Imagino eu que não terei o que fazer pelo tempo que a sra. Weston estiver sobre risco*.

- De fato, meu pai anda muito nervoso com a saúde de Anne, não seria propício contar-lhe antes que ela esteja perfeitamente bem.

- Mas devemos comemorar. - Disse pensativo.

- Não podemos, sr. Knightley! - Emma não compreendeu como ele poderia desejar isso.

- Darei um baile em Donwell, assim comemoraremos em segredo!

- O senhor, crítico fervoroso de Franck Churchill irá dar um baile para comemorar em segredo? - Emma o olhou com descrença.

- Diferente de Franck Churchill eu dançaria somente com a moça dos meus olhos se ela me permitir, é claro.

- Devemos então comemorar, provavelmente todos descobrirão nosso compromisso quando souberem do baile e não vivem o senhor desviar os olhos de mim! Seria um mal jeito de comemorar, penso. Mas como não acho que poderemos comemorar depois que contarmos ao meu querido pai e ele nos dizer inúmeras vezes sobre como eu prometi e todas as facilidades de ser uma moça solteira, não restará alguém alegre o suficiente para comemorar conosco. Então, sr. Knightley, eu imploro para que o senhor de um baile!

Eles riram juntos, era fato que ouviriam do sr. Woodhouse várias lamentações sobre uma união, mas havia algo entre eles que importava mais. Seguiram mais um tempo admirando as estrelas nascentes e foi o sr. Knightley após apontar várias estrelas que precisou perguntar.

- Diga, Emma, a quanto tempo não dou um baile em Donwell? Quero ouvir sua opinião sobre meu desleixo.

- Mais tempo do que eu aprovaria. - Disse ela franzindo a testa e os lábios em uma atitude de falsa reprovação.

- Mas como sou um irresponsável! - Brincou em falsa reprovação própria.

- Não sei como o senhor pode condenar Donwell a não ficar belamente iluminada pelo menos três vezes ao ano.

- Hartfield é sem dúvida uma bela propriedade, também. - Knightley queria usar de argumento o fato de tanto sua propriedade como a dela, que pertencia a gerações aos Woodhouse não recebiam muitas festas.

- Veja em que situação me coloca sr. Knightley, eu sou uma jovem solteira que moro com meu pai, que tem uma grande aversão aos aglomerados de pessoas. Como eu poderia dar um baile? Estou tentando convencê-lo desde o natal passado a fazer o jantar em Hartfield no próximo, junto com um pequeno baile. Mas ele se opõem a um baile de Natal!

- E o que, eu como um homem solteiro posso fazer em relação a um baile? Sempre acreditei que eles serviriam para que eu encontrasse uma esposa, mas tenho admiração por você desde seus treze anos.

- O senhor sempre me pareceu tão pouco inclinado a dançar comigo que nunca percebi. E sobre meus treze anos, eu de fato deveria ser uma criatura adorável em meu orgulho extremo.

- De fato, você era adorável e espero que a pequena Emma** seja pelo menos um tanto adorável como você foi.

- Desde que você não se apaixone por ela em seus treze anos, ficarei feliz de incitar seu orgulho desmedido como o meu foi.

Eles finalmente chegaram aos limites de Hartfield, estavam agora tão próximos de um lugar para se manter as aparências que Emma parou a lenta caminhada para observar a sombra do pai na grande janela, ele estava virado de frente para a lareira e esperava pacientemente que ela retornasse.

- Hoje pensei várias vezes em como poderia contar a ele, mas não consigo me convencer que ele ficará feliz por mim.

- Emma, de fato seu pai tem terror as mudanças que a vida impõem e de forma alguma, ele aceitaria bem nossos planos, mas um dia, talvez nem tão cedo como gostaria que fosse, ele perceba que este é o melhor arranjo que poderia existir. Mas sabe, ele não ficará contra sua felicidade, nunca, mas precisará de tempo para perceber que é assim que você quer tê-la. - Disse ele tentando reconfortá-la.

- Obrigada - disse ela segurando a sua mão. - Fico imensamente feliz pelo que ouvi essa tarde, nunca imaginei que pudesse desistir de Donwell por mim. Ou então, nunca desistir de mim.

- Eu jamais cometeria esse erro novamente, Deus sabe wue desisti de você quando fui para Londres pela última vez, eu poderia ter ficado e lutado por você, mas fui embora. Porém sou muito abençoado, meu erro foi perdoado por aquele que está acima das estrelas, eu me culparia todas as noites se soubesse que ao fugir, teria que ficar afastado de você para sempre, ou então chamá-la de sra. Churchill.

- Mas como já disse, e repito, nunca estive apaixonada por Franck Churchill e você nunca diria estas palavras a mim, eu seria sempre a srta. Woodhouse, se não descobrisse como eu gostaria de ser a sra. Knightley. - Eles se entreolharam por um momento, foi neste ponto que seu pai veio a janela e gritou seu nome ao vê-la.

- Emma, Sr. Knightley, entrem ou ficarão resfriados!

- Estamos indo, papai! - Respondeu Emma e então, depois de um último olhar para as estrelas e nos olhos dele, ela se encaminhou para dentro enquanto o sr. Knightley ia ao estábulo.

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*Anne Weston está grávida.

** É assim que eles se referem a sobrinha nascida a não muito tempo a qual Isabela deu o nome da irmã