Fangs & Wings - Blue Fury escrita por BlackFang, Axel Isolet


Capítulo 5
Capítulo 5 - Hunters


Notas iniciais do capítulo

" O paradoxo da vida e da morte. Vistos sempre como opostos e extremos, nunca podendo encontrar-se. Mas e quando o símbolo da eternidade é o responsável por dar o fim a qualquer existência?"



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Engolindo o choro depois da briga, Black corria em sua forma humana pela fechada floresta que cercava sua casa, diminuindo a velocidade passando de uma corrida para uma caminhada, até que recostou-se sobre uma pedra.
Olhava para a mão onde o anel de noivado deveria estar e a levou fechada ao peito, como se naquele momento segurasse tudo o que sentia por aquele homem que tanto tempo ficara a seu lado. Cada momento, cada beijo e sensação que tivera parecia refletir-se em seu corpo. Por mais que tivesse dito, aos gritos, que não desejava mais vê-lo, era mentira. Desejava do fundo do coração conseguir odiá-lo naquele momento mas algo a impedia.

– Por quê você tinha que dizer essas coisas, Axel? – perguntou-se baixinho enquanto tocava o próprio rosto dando lugar as lágrimas, que embora tentasse, na conseguia fazer parar de cair. – No final tudo foi...uma grande mentira? Toda a vida que eu dediquei tentando te fazer feliz não teve sentido algum?

Continuou perdida em pensamentos até que seus flashes de nostalgia foram quebrados quando Black foi cercada por oito homens trajando um uniforme de camuflagem.

– Ora, ora, ora, olha o que temos aqui...um lobinho mal. – disse o primeiro que, pelo distintivo diferenciado da roupa, dava a entender ser o chefe.
– Quem são vocês? – rosnou ela, observando cautelosamente os inimigos que a cercavam.
– Apenas caçadores que gostam de animais raros. – retrucou enquanto lançava o cigarro longe. - E acho que....o Espírito Selvagem, Black Fang, merece o seu peso em ouro...
– Como é que vocês...- começou ela, levantando-se assustada.
– Fizemos nossas pesquisas. Achávamos que era um mito, mas parece que você realmente existe, lobinha. Mas tenho te admitir...você é mais bonita do que os rumores dizem.
– Me deixem em paz, malditos. Estou num péssimo dia. – completou enquanto deixava as presas a mostra.
– Acha mesmo que vamos deixar um troféu como você fugir? Sem chance. – concluiu o caçador que já apontava a arma para a garota, seguido pela mesma ação dos outro 7. – Últimas palavras?

O silêncio tomou o local até ser rompido pelos risos da loba que parecia não conseguir se controlar.

– Está rindo do quê?! – perguntou o líder, enraivecido.
– Estou rindo por que todos vocês são patéticos. Pensando agora, não poderia ter uma melhor hora pra sacos de pancada aparecerem.
– Não nos faça de idiotas, maldita! Atirem! Atirem! – ordenou.

O som dos tiros ecoou por toda a floresta chegando aos ouvidos de Axel que estava sentado de bruços sobre uma das mesas da casa.

– Black?! – disse enquanto levantava de supetão.
– Papai? O quê foi isso? – indagou Gwen, assustada.
– Gwen....cuide da sua irmã. Eu já volto. – e caminhou em direção a porta. – Não deixem ninguém entrar, tudo bem?
– S-sim, papai.....

E tendo essa afirmativa, ele dispara a correr pela floresta na direção de onde ouvira o estrondo.

–*-

Na clareira, uma enorme nuvem de poeira levantada pelos disparos finalmente começava a baixar, dando visão a uma névoa branca que protegera Black.

– Mas... o quê...? – balbuciava o líder.
– Armas normais não vão me matar tão fácil. – respondeu ela com um sorriso zombeteiro nos lábios. – Deviam ter pesquisado mais sobre mim. – adicionou enquanto dissipava a névoa a medida que caminhava por ela. – E aí? Ainda querem se meter comigo?

Agora ela se envolvia em outra energia, dessa vez negra e formando uma esfera que, ao sumir, revelou a nova forma da garota: Agora era um enorme lobo de pelagem escura do tamanho de um adulto e olhos amarelos, sem brilho.
Rosnava em enquanto caminhava, diminuindo ainda mais qualquer confiança que ainda restava aos homens e quando um deles tentou fugir, o som de um galho sendo quebrado pela passada despertou o lado selvagem de Black que avançou sem pensar duas vezes, o que resultou numa cabeça sendo arremessada ao chão depois de ser dilacerada pelas enormes presas e um corte enorme no peitoral de um segundo homem, que logo morreu por falta de sangue.

– É....é um monstro! Atirem, seus idiotas! Atirem! – ordenava um deles.

Por mais um impulso do que raciocínio, novamente voltaram a fuzilar Black, mas suas balas não conseguiam penetrar no couro do enorme animal enquanto este derrubava um a um, dando conta de mais dois caçadores.
A matança continuaria se nesse momento, correntes não fossem lançadas sobre as quatro patas, fazendo-a soltar um ganido.

– “O que é isso? Quando foi que eles....” – pensou ela enquanto tentava se soltar, sem aparente sucesso.
– Achava mesmo que não havíamos pesquisado o suficiente? – Começou o líder que parecia não se importar com os corpos inertes a seus pés. – Essas correntes são feitas do mesmo material utilizado nas lâminas dos caçadores de bestas místicas. Pelo visto, elas realmente conseguem causar danos a seres como você, não é? – e ria vitorioso ao mesmo tempo que a rondava, mirando sua cabeça com uma nova pistola. – Assim como as balas dessa belezinha.
–“ Não consigo me soltar...” – pensava enquanto continuava tentando liberar as patas. – “Só pode ser brincadeira... eu vou mesmo morrer desse jeito? Que humilhante. “ – concluiu, abaixando a cabeça enquanto esperava pelo disparo.

No exato momento em que a pistola do caçador se destrava, uma onda de chamas azuis forma um escudo na frente da loba, chamuscando o homem.

– M-mas que merda é essa?! Isso é fogo?! – gritou o líder, caindo para trás.
– Black! – chamou uma voz aos céus. Era Axel que voava em sua direção numa velocidade absurda, com enormes asas flamejantes em suas costas.
– Aquele cara...tem asas? – perguntou um dos caçadores, já sem intenção de entender o que se passava com a chegada de mais uma aberração.

Gerando uma cortina de mormaço, a fênix para a frente do lobo e logo mostra uma cara de choro.

– Black...Milady...eu...eu... – choramingava ele, esfregando a cabeça, mas logo sendo interrompido pela garota que solta um latido, querendo passar a mensagem de “Não temos tempo pra isso agora.”
– Ei! Você veio voando? É isso mesmo que eu vi?! – repetiu o oficial, em meio ao desespero.
– Você apontou uma arma pra ela, não foi?!
– O-o quê?
– Se tem algo que eu odeio mais do que brigar com a minha esposa e ela estar certa, é ver ela brigando com outros e saindo perdendo! – e novamente foi envolto em chamas. – Não vou perdoá-los!

Com um único bater de asas, o restante dos soldados foi instantaneamente carbonizado enquanto o líder ainda tinha seu corpo sendo consumido pelas labaredas azuis que ainda queimavam enquanto ele agonizava.

– Bom, vamos tirá-la daí, né? – disse Axel antes de disparar pequenos projéteis de chamas que prontamente quebraram as correntes, permitindo que Black se envolvesse na névoa, mas dessa vez, ao invés de assumir a forma humana, mantinha algumas características animalescas como orelhas, cauda, olhos e presas. – Você está bem, milady? – Mas obtece apenas uma ‘bufada’ como resposta. – Er...tudo bem. Fico feliz que não tenha se machucado. – disse, desviando o olhar, visivelmente encabulado.
– Por quê se deu ao trabalho de me seguir? Não foi você quem disse que seu tempo comigo tinha sido inútil? Então por que não vai aproveitar sua vida com outra? – perguntou irritada, enquanto seus cabelos bagunçados cobriam parte de seus rosto.
– Black eu...eu não sei o que dizer. Naquela hora, tudo o que eu disse foi detestável, eu sei....e palavras não voltam atrás uma vez ditas. – e a encarou, esperançoso. – Mas eu quero que saiba que eu não consigo me imaginar ao lado de outra mulher além de você! Eu nunca irei me perdoar pelo o que fiz. Eu realmente sou um monstro, mas não pelos meus poderes e sim pelo o que fiz a você... – mas interrompe seu discurso ao perceber o que se passava a sua frente. – Black? – e afastou os fios que cobriam o rosto da garota. – Você está chorando?

Com o toque gentil, ela tenta se afastar daquelas mãos quentes que a seguravam. Em vão, pois com isso ele a segurou com mais firmeza.

– Eu disse algo errado agora? – perguntou preocupado. – Me desculp... – e foi novamente interrompido quando a loba afundou a cabeça em seu peito, escondendo as lágrimas.
– Idiota.
– Hã? Black...?
– Nunca mais...diga aquelas coisas. – disse finalmente, em meio a soluços.

Ele não conseguia entender o que se passava. A última coisa que ele esperava naquela situação era uma demonstração de afeto. Até mesmo uma despedida era mais cabível aquela situação em seus pensamentos.

– Eu não entendo. Depois de tudo aquilo...como você pode me perdoar assim?
– Você sabe muito bem o por que! – retrucou, entrelaçando sua mão direita com a dele, levando o anel de noivado a frente de seus olhos. – 15 anos...eu não quero jogar eles fora.

Agora, a pessoa que era conhecida como o Espírito Selvagem não parecia mais que uma criança sem rumo e isso o fazia lembrar do dia em que se conheceram. O dia em que ela era perseguida e não tinha ninguém para se apoiar. Ninguém que estendesse a mão a uma aberração que tinha sua cabeça a prêmio. Eles não eram diferentes, no final das contas.
Diante disso, ele não aguenta e a envolve em seus braços com força. Por sua vez, como uma criança que se nega a largar seu brinquedo favorito.

– Eu realmente sinto muito, Black. Muito mesmo. Ao seu lado que eu não me sinto um monstro. É ao seu lado eu sinto que encontrei minha razão de ser! – e separando suas mãos, pega o anel que ela deixara para trás antes e coloca a sua frente. – Me faça esquecer da criatura que sou...só mais uma vez!

Ela não deu nenhuma resposta – o que não era necessário naquele momento. Apenas levantou a mão esquerda, permitindo que Axel gentilmente colocasse o anel em seu dedo anelar. Com isso, ela envolveu o pescoço de seu amado com os braços e pressionou seus lábios contra os dele, recriando exatamente a mesma sensação de 20 anos atrás enquanto ele, em resposta, fechou os olhos e a envolveu pela cintura.
Não sabem quanto tempo ficaram daquele jeito. Não importava. Se pudesse, ficariam daquela forma para sempre.
Em meio ao frenesi, o som metálico do gatilho sendo pressionado foi ouvido e mesmo com as queimaduras provenientes das chamas azuis, o líder conseguira disparar contra os dois, mas dessa vez mirando a fênix que estava de costas.
O eco do tiro novamente ecoou e o projétil atingiu um dos corpos, mas diferente do esperado, Black fora a alvejada por ter se posicionado a tempo na frente de Axel, graças a seus reflexos rápidos. Esse por sua vez, rapidamente criou uma onda de chamas para realmente dar fim ao caçador.
Black vomitava uma enorme quantia de sangue mostrando que a bala atingira órgãos vitais e logo vaiu de joelhos enquanto a hemorragia se alastrava pelo corpo.

– Black! – gritou a fênix antes de se posicionar a seu lado e pressionar a ferida que, diferente de outros ferimentos, não dava sinais de coagulação. – Por quê não está cicatrizando?!
– Esses caras... – respondeu, em meio a uma forte crise de tosse. – Eles tinham munição criada com Chroma....Desde o início não importava se iam me capturar viva ou morta.

Sua visão embaçada começava a escurecer enquanto Axel a segurava pelos braços, tentando mantê-la acordada enquanto pensava em todas as possibilidades a seu alcance para evitar o pior.

– Minhas chamas... – começou ele, envolvendo as mãos em labaredas. – Elas sempre me regeneraram! Talvez se eu... – porém, sentiu o fraco toque da garota em seu rosto, seguido de um sinal negativo com a cabeça.
– My lord...você sempre soube que isso era minha fraqueza... – e tentava forçar um sorriso. – Eles me pegaram. Não tem mais volta pra mim.
– Não...Não Black! Por favor não! – gritava ele, inconformado.
– É uma pena....justo agora que anos acertamos. E as nossas filhas...- devagava enquanto deslizava os dedos trêmulos pelo rosto do amado. – Acho que a Gwen e a Elis...vão demorar para superar isso mas... nós sabemos que você é um ótimo pai, não é?
– Pare de falar! Fique quieta e descanse! – e continuava a pressionar a ferida, desesperado enquanto podia sentir que os batimentos dela aos poucos ficavam mais fracos.
– Eu queria....ter tido mais tempo pra passar ao lado de todos vocês.... – e finalmente uma lágrima se formou no canto de seu olho, demonstrando que nem ela estava conformada com a partida iminente. – Me perdoe...my lord....

Axel rugia enquanto ondas azuis queimavam tudo ao redor. A floresta poderia ter sido inteiramente destruída, se uma histérica risada não tivesse tirado sua atenção.

– E agora? Como pretendes trazer tua amada de volta com chamas que regeneram a ti, mas não podem salvar ninguém?
– ....deve ter um jeito! Essas chamas...não podem servir apenas para a destruição! Tem que ter um propósito mais valioso! – gritou, como se falasse com a própria consciência.
– Fênix. O símbolo da vida eterna. Há! Que vale a eternidade em maio a solidão, não é mesmo? De que vale viver se verás todos os que ama morrerem?
– Eu concordo....A imortalidade... é uma maldição! – ruge, intensificando as chamas. – Mas ela disse que tudo isso tem um propósito...
– Por que não paras de divagar e desiste dessa ideia infantil? Afinal, você não tem nem motivos para querer trazê-la de volta. – mas isso faz com que ele encare os céus, com a garota nos braços.
– Não tenho motivos?! Não seja idiota! Eu sei que ela não ficaria sentada se eu morresse! Ela é a pessoa que eu amo! – As ondas de calor eram tão grande que já podiam queimar as árvores próximas. – Nós temos crianças lindas! Com que olhos poderei encará-las sabendo que a mãe delas morreu na minha frente e eu não pude fazer nada?! Não posso deixar as coisas ficarem assim! – e baixou o olhar para o anel de noivado. – Milady...eu vou achar um jeito de te trazer de volta... nem que eu tenha que destruir toda a humanidade!
– Acabar com a humanidade, huh? – e tornou a gargalhar. – Estranho ouvir isso de alguém que é metade humano!
– Cale-se!
– Huh, você realmente parece ter herdado os traços do seu pai. Tem uma determinação admirável, devo dizer. É uma pena que ele morrerá antes, enquanto você continua na sua eterna solidão.
– Co-como é?! – indagou, agora deixando os devaneios de lado e percebendo que realmente se tratava de outro ser. – Como você conhece meu pai?!
– Digamos que falta pouco para ele vir até meu reino.

O som de um animal ganindo é ouvido ao longe, o que logo alarma Axel.

– Ora, ora. Parece que sua amada acaba de chegar aqui. Mas o que será que devo fazer com ela? – e um suspiro pôde ser ouvido. – Viver eternamente é um saco, né? Sempre temos que arranjar algo diferente pra nos divertirmos.
– Black! Droga! Quem é você, maldito! Dê as caras, seu covarde!
– Eu? Sua amada morreu e acabou de parar nos meus domínios....não consegue ligar os pontos? Eu sou aquele que governa o submundo, fênix! Eu sou aquele que traça o destino dos mortais! Sou aquele que os humanos chamam de morte!
– Morte?! – indagou, surpreso, mas logo voltando a expressão indiferente. – Pra mim você é só um covarde tentando brincar comigo.
– Pode dizer o que quiser. Isso não vai me impedir de dar cabo dessa pobre alma.

Um turbilhão de sombras se forma no alto, revelando um ser cadavérico envolto num enorme manto de mesma cor, apenas com o enorme crânio amostra. Em uma das mãos segura Black em sua forma humana pelo pescoço enquanto na outra, carrega uma enorme foice cuja lâmina toca o pescoço da garota.

– Solte-a, agora! – ordena a fênix, abrindo suas asas.
– A...xel... – diz ela em meio a suspiros, sufocada pelas mãos do gigante.
– Calada! – repreendeu ‘Morte’, pressionando ainda mais a lâmina.
– Pare com isso! – gritou novamente, fazendo com que a criatura a afastasse, ao mesmo tempo que parecia conter uma risada. – Black...aguente ai....
– É melhor medir suas palavras, jovem fênix. Tem noção do que essa foice é capas de fazer? – e continuou após perceber o recuo do inimigo. – Pense bem, Ao abandonarmos o corpo terreno, ainda temos nossa vida em forma de alma, mas... E se dermos um fim a alma? Sim, seria o fim total da existência.
– Fim da...existência?
– Sim, Axel. E é por isso que ofereço uma proposta para você agora. Você lutaria contra os maiores demônios do submundo para conseguir a alma dessa garota de volta? Ou seria melhor entregá-la ao Fado? – e fez um minúsculo corte no pescoço da garota, o que causou uma dor direta em sua alma, fazendo-a agonizar.
– Black! – gritou enquanto envolvia as mãos nas garras azuis. – Fala logo o que você quer, maldito!
– Huh, você e a minha foice. Duas armas que tem o atributo de dar um fim total a qualquer existência.... – e em um movimento circular, criou um enorme vórtice que se assemelhava a um turbilhão. – Venha até meu reino. Venha até mim e prova que suas chamas podem ser tão demoníacas quanto a minha lâmina.
– Então tudo o que eu preciso fazer é acabar com a sua raça? – o que não permitiu que ‘Morte’ conseguisse conter a gargalhada diante de sua prepotência.
– Tão confiante quanto o pai! – e aproximou-se do portal. – Então que venha!

Perante tal resposta, Axel avança contra a figura desferindo um corte sobre o manto que o envolvia, sem nenhum efeito aparente. Nisso, a figura cadavérica já começa a ser consumida pelas trevas do portal enquanto a garota tenta, em vão, livrar-se das gigantescas mãos que ainda a seguravam.

– Você tem 5 horas para me alcançar. Do contrário, não importa o que faça, sua amada nunca voltará a seus braços.
– Cinco horas, é? Só preciso de uma, não...de trinta minutos!
– Veremos se é tão poderoso quanto diz, jovem fênix.
– Não me subestime, magricela! – e num impulso, mergulha dentro do portal.


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