Fernanda E Caio - O Político. escrita por Vanessa Carvalho


Capítulo 6
Capítulo 06.




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Os dias que se seguiram não foram nada bons. Caio ficou atolado de trabalho com os empreiteiros e Fernanda quase não o via mais. Ele chegava cansado da faculdade, que já estava em seus dias finais, e levantava muito cedo para começar mais cedo. Ela tentava entender seu marido, mas a falta que estava sentindo dele falava mais alto.

Agora eles constantemente discutiam por besteiras. Certa vez, Caio discutiu por Fernanda não ter avisado que teria uma turma extra aos sábados. O problema é que o cursinho começou a ficar conhecido e as turmas começaram a aumentar. A diretoria sabia que logo teria que contratar mais professores, mas por enquanto eles não tinham estrutura para isso. Fernanda estava esgotada havia semanas.

Mas ela também tinha suas queixas com ele. Ele constantemente faltava aos compromissos com ela e até mesmo Cristina começou a se queixar com saudades do pai. Andava tristinha e mal comia. E a primeira vez que viu os pais brigando, passou a noite chorando. Fernanda teve que dormir junto com ela para que ela pudesse se acalmar.

Para esquecer esses problemas, Fernanda se focou mais que o necessário nas investigações. Começou a fazer diligências com Thiago e Marcelo e isso aumentou ainda mais os ciúmes de Caio. A maior parte do tempo em que se falavam Fernanda estava em alguma parte da cidade analisando informações. Irritado, Caio pediu a Tião que não ajudasse mais a mulher, para que ela pudesse ficar afastada de toda aquela intriga, mas Tião já estava envolvido demais. Eram raras as tardes que ela ficava em casa. Cristina passou a ficar mais com a babá, ou com Inês.

– Mamãe, hoje você vai ter que ir trabalhar? Você e o papai? Cristina perguntou certo dia tomando café para ir para o colégio. Caio já havia saído.
– A mamãe vai sim... Quando ela falou isso, Cristina começou a lagrimar.
– Sinto sua falta. E a do papai.
– Oh meu amor. Fernanda a colocou no colo a abraçando forte.
– Ela chora todo dia, senhora. Pedindo o pai e a mãe. Maria falou em tom de represália.
– A mamãe tem uma ideia. Que tal se a gente passar o dia todo juntas?
– E o papai também? Cristina começou a ficar mais animada.
– Ligarei pra ele. Que tal?
– A gente pode ir lá no shopping pra brincar?
– Você quer ir ao shopping? Então, vamos ao shopping.
– Oba. Cristina gritou feliz.
– Vá trocar de roupa.

Enquanto Cristina subia junto com a babá para trocar de roupa, Fernanda ligou para o colégio avisando que hoje eles teriam uma aluna a menos. Depois, avisou no cursinho que teria uns problemas familiares para resolver. Porém a veia criminalista gritava. Pediu a Thiago que continuasse com as investigações, explicou que Cristina estava meio ruim e que hoje não iria trabalhar. Thiago compreendeu e falou para ela não se preocupar, disse que com os contatos de Tião as coisas estavam indo melhor que o esperado.

Elas ficaram sentadas brincando no quarto de Cristina até o horário das lojas abrirem. Fernanda fez questão de vestir a filha com um vestidinho floral e uma sapatilha. Já passava um pouco depois das 10 horas da manhã quando as duas chegaram ao shopping.

– Então, o que você quer fazer primeiro, filha?
– Ir naquela loja pra você comprar um brinquedo pra mim.
– Você não acha que já tem brinquedos demais não? Que tal irmos naquele parquinho que tem aqui?
– Oba. Gritou a criança correndo pelos corredores do shopping.
– Cristina Costa, espere por mim.

As duas foram as primeiras a entrar no parque. Cristina se divertiu como nunca. Fernanda se sentia aliviada ao ver sua filha voltar a sorrir, mas ela sabia que isso era por um tempo determinado. O hoje não mudaria o clima em sua casa. Ela mesma havia passado umas noites chorando no escritório sozinha, mas jamais deixou a filha ou o marido notarem.

Caio, por sua vez estava mau humorado. Jamais imaginou que esse seu sonho fosse prejudicar aquilo que ele mais tinha de valor. Ele não via a hora dessa construção terminar para que as coisas pudessem voltar ao normal. E sentia culpado pelas brigas que andava tendo com Fernanda. Sabia que seu ciúme era infundado. Fernanda jamais seria capaz de traí-lo, mesmo ela não falando sempre que o amava, ele sentia isso.

– Então, estamos mais que adiantados heim?
– Aguiar... Não vi você chegando. Caio falou deixando seus pensamentos de Fernanda de lado.
– Não se preocupe. Caio quero lhe apresentar uma pessoa. Meu braço direito e esquerdo. Henrique Gomes.
– Então você é o famoso Caio. Aguiar tem falado muito bem de você. Henrique falou apertando a mão de Caio.
– Gostaria de poder dizer o mesmo. Falou cumprimentando-o forte.
– Vamos Henrique. Quero lhe mostrar onde ficarão nossas salas. Você vem Caio?
– Não, vou esperar meu sócio para discutirmos os últimos detalhes. Vão na frente. - Caio ficou observando os dois homens se afastarem. Logo Ruy se aproximou para falar sobre os preparativos do Coquetel. O que impediu Caio de ver que Henrique e Aguiar estavam entrando no prédio.

Fernanda estava sentada em um banco vigiando a filha. Ela estava com a mochilinha de Cristina onde havia uma garrafinha com água, alguns biscoitos e uma toalhinha para que ela pudesse enxugar o suor da filha. De tempos em tempos Cristina chegava perto da mãe, lhe dava um beijo e voltava a brincar. Numa dessas, Cristina estava tomando água, quando escutou o celular da mãe tocando.

– PAPAI! Ela falou animada pegando o celular sem dar tempo de Fernanda atender.
– Filha? O que você está fazendo com o celular da sua mãe? Não era para você estar no colégio? Ele perguntou preocupado.
– Ela tá aqui do meu lado. Pera. Mamãe é o papai.
– Onde vocês estão?
– No shopping.
– Está tudo bem?
– Sim, ela estava meio tristonha, resolvi tirar o dia de folga para ficar com ela.
– Amor eu...
– Papai, papai, eu estou andando na roda gigante sabia? Mamãe deixou. Foi, ela deixou sim. Estou com saudades. Te amo.
– Oi desculpe ela pegou o celular das minhas mãos. Fernanda estava sendo um pouco fria com ele. Por mais que ela não quisesse, ficava apreensiva ao conversar com o marido ultimamente.
– Tu-Tudo bem. Eu estou morrendo de saudades de vocês duas. Amor, logo vai estar pronto. Fernanda notou o quanto Caio ficou emocionado depois de falar com Cristina. Sorriu.
– Caio?
– Sim...
– Eu amo você. Fernanda falou tentando esconder a voz rouca. Eles ainda se falaram por alguns minutos. Depois que desligaram Cristina notou os olhos da mãe molhados e a abraçou forte.

Assim que terminou o horário de Cristina no parque, as duas saíram. Fernanda ficou andando escolhendo algumas coisas para ela e a filha. Resolveram procurar um presente para Caio já que seu aniversário estava se aproximando. Fernanda comprou um vestido preto, de costa nua e saia rodada com um sapato fechado lindo. Para Cristina, um vestido branco com detalhes em rosa.

– Então filha, o que vamos comprar pro papai?
– Algo bem bonito.
– Sim, algo bem... Bonito. Fernanda falou entrando numa joalheira.

Ela escolheu uns óculos escuros, um par de abotoaduras e um relógio que ela sabia que há tempos ele estava querendo. Pediu que embrulhassem numa embalagem de presente.

Enquanto as duas andavam pelo shopping, os seguranças as vigiavam. Como Caio falou, o número subiu. Mas os rapazes eram discretos e ficavam a uma distância boa. Vestidos com jeans e camiseta, dificilmente eram vistos como seguranças. Por este motivo, eles não avistaram que Fernanda e Cristina estavam sendo observadas de longe.

– O chefe não falou que havia criança no meio.
– Nem a mim, mas é apenas pra pegar a mulher.
– O Seu Henrique não vai gostar de saber que ela tem quatro armários andando na cola dela.
– Mas onde você... Ah sim, já vi. O que vamos fazer agora?
– Ligue pra ele. Precisamos saber o que vamos fazer.

Fernanda e Cristina estavam escolhendo um restaurante quando Fernanda sentiu alguém puxando sua bolsa. Sua reação foi de virar puxando sua bolsa procurando os seguranças quando deu de cara com Caio. Sorrindo o abraçou forte.

– Amor, o que você está fazendo aqui?
– Deixei a construção nas mãos do Ruy e vim ver meus dois tesouros. Caio falou enquanto colocava Cristina no colo que o abraçava forte.
– Papai, papai, você vai almoçar com a gente vai?
– Vou sim, você deixa o papai almoçar com vocês?
– Claro.
– Você não vai se encrencar?
– Que se foda, eu sou o dono daquela porra. Hoje quem vai ficar cuidando daquilo lá é o Ruy. Ele falou abraçando a mulher e lhe dando um beijo. Algumas pessoas que estavam perto olhavam sorrindo para eles.
– Amor, estamos num restaurante. Fernanda falou completamente envergonhada.
– E dai? Quero que todos saibam que eu tenho a melhor mulher do mundo. Ele falou alto para todos escutarem. Algumas pessoas aplaudiram. De longe os seguranças balançavam afirmativamente a cabeça.

Com um telefone no ouvido, os dois homens relatavam ao seu contato tudo o que estavam vendo. Inclusive a hora em que Caio chegou perto da mulher abraçando-a.

– Isso vai ficar o dobro do preço. Ninguém me falou que teria que lidar com uma família inteira. Diga a seu chefe que é assim ou encontre outra pessoa. E ele desligou analisando todas as suas opções.

Depois do almoço Caio levou as duas para casa. Pediu para que um dos seguranças levasse o carro de Fernanda para lavar. Eles passaram a tarde juntos. Primeiro foram para a piscina. Cristina brincou, pulou, correu com o cachorro da família. Fernanda e Caio ficaram observando a filha conversando e brincando um com o outro.

No finalzinho da tarde, os três entraram para tomar banho e jantar. Deixaram Cristina aos cuidados da babá e foram se arrumar. Os três jantaram juntos, mas logo Cristina, levada pelo cansaço, adormeceu. Caio a pôs em sua cama fechando a porta cuidadosamente para ela não acordar. Se recolheu cedo. Fernanda estava deitada lendo. Ele se deitou ao lado dela beijando sua mão.

– Senti sua falta.
– Eu também. Tem certeza que não será problema pra você?
– Amor, a construção logo terminará e isso vai acabar. Prometo. Mas hoje quando você me falou que estava no shopping... Deixei tudo nas mãos do Ruy e fui encontrar vocês. Estava louco de saudades. Precisava ver você. Eu preciso de você da sua força, da sua vitalidade.

Ela tentou falar alguma coisa, mas já era tarde demais. Caio a estava beijando intensamente. Há alguns dias eles não faziam amor e o toque de Caio na pele de Fernanda a deixava nas nuvens. Ele ajudou Fernanda a tirar a roupa enquanto tirava a dele também. Passaram quase toda a noite se amando.

Nos dias que se seguiram, Caio diminuiu um pouco o ritmo. Passava mais tempo em casa. Fernanda voltou ao seu ritmo normal, mas ainda fazia as pesquisas dela. Tião ajudava no que podia. E logo mais nomes surgiram.

– Amor, está pronto. E você será a primeira pessoa a olhar todo o complexo. Caio chegou em casa depois de um mês.

Eles festejaram como sabiam. No dia seguinte seria o coquetel de inauguração e todos os figurões da cidade estariam lá. Fernanda passou o dia no salão junto com Cristina. À noite as duas estavam prontas esperando Caio.

– Meu Deus. Ele falou ao ver Fernanda. Você está linda.

Ela sorriu um pouco sem jeito. Ele a beijou delicadamente para não estragar a maquiagem e segurando nas mãos da filha partiram para o coquetel. Naquele dia, Cristina iria para a casa de Júlio passar o final de semana com o padrinho. Aproveitando essa oportunidade, Fernanda aproveitou para aprender algumas coisas novas para agradar ao seu marido.

Eles chegaram uma hora antes da hora marcada no convite. Caio queria que a mulher conhecesse cada parte do seu complexo. Fernanda ficou encantada com tudo; do acabamento à decoração. Ruy ficou responsável por mostrar a ela tudo o que havia. Ele mostrou o complexo de escritórios, todos os que estavam alugados, já estavam com as placas dos ocupantes. Mostrou o restaurante, que àquela hora estava em pleno funcionamento para quando todos os convidados chegassem. Ela conheceu o chef. Um novo, mas competente chef de cozinha formado na Le Cordon bleu. Ela ficou conversando com ele um tempo, pegando o máximo de dicas que ela poderia ter para fazer um jantar de aniversário para Caio.

Enquanto Fernanda conhecia tudo, Caio ficou em sua sala estudando as últimas ofertas para as salas que ainda estavam faltando alugar. Eram as mais escondidas, mas, mesmo assim, havia uma lista enorme de interessados. Isso porque, depois que Aguiar apareceu, todos ficaram sabendo e logo o nome de Caio ficou conhecido.

Ruy foi mostrar a boate para Fernanda. Mas, antes disso, eles passaram na sala de Caio para que eles pudessem ir juntos. Ela se encantou com a sala de reuniões. Caprichosamente decorada. Gostou particularmente de uma foto dela e de Cristina numa mesa perto da cadeira de Caio. Olhou a foto e se lembrou daquele dia. Suspirou fundo. De alguma forma, ela sabia que tudo estava mudado, só não sabia o quanto.

– Algum problema, Nanda? Ruy perguntou ao notar o olhar distante dela.
– Não... Estava apenas lembrando o dia em que ele bateu esta foto.
– Ele falou que foi numa viagem que vocês fizeram de férias, não foi?
– Foi. Estava frio nesse dia e ele ficou enrolando na cama pra sairmos. Acabamos perdendo o ônibus da excursão. O resultado foi sair pelos arredores do hotel. O que foi muito bom. Amsterdam tem mais coisas escondidas que podemos conhecer caminhando, do que no ônibus. Mas... Isso é coisa do passado.
– Não se preocupe, tudo vai voltar ao normal. Ruy falou colocando uma mão no ombro dela.
– Será? Ela falou olhando pra ele com lágrimas nos olhos.
– Escute, enxugue essas lágrimas. Ele te ama de verdade. Se existe essa coisa de alma gêmea, pode acreditar, vocês são o exemplo disso.

Depois de um tempo esperando Fernanda se acalmar, Ruy a levou para junto de Caio. Ele estava com Cristina no colo mostrando à filha o local de trabalho do papai. Cristina estava encantada com cada coisa que ele falava e o abraçava com força. Isso até ela ver Júlio e o filho chegando. Desceu do colo do pai e foi correndo abraçar o padrinho. Depois saiu puxando Julinho para a brinquedoteca que havia.

– Quando você me falou, não imaginava que fosse assim tão suntuoso. Júlio falou abraçando afetuosamente o compadre.
– Você ainda não viu nada. Caio falou rindo.
– Caio essa daqui é Amanda.
– Prazer Amanda. Ele falou a abraçando.
– Júlio. Amanda. Que bom que vocês vieram.
– Nanda. Já ia perguntar desse cara aqui onde você estava. Júlio falou a abraçando.
– Vamos, vamos mostrar a eles a nossa mesa. Vocês vão ficar conosco.
– E as crianças?
– Não se preocupe, elas estão em boas mãos.

À medida que os convidados iam chegando, a boate começou a ficar cada vez mais cheia. A sorte foi que Ruy, sabendo que Fernanda não gostava muito de multidões, escolheu uma mesa afastada de todo o tumulto. Caio ficou um tempo cumprimentando todos que chegavam. E Fernanda rezava para que aquilo acabasse logo.

Aguiar foi um dos últimos a chegar. Caio até pensou que ele não viesse mais, o que, para ele seria um grande alívio. Instintivamente apertou a mão de Fernanda mais forte. Ela logo soube quem era. A foto dele ainda estava gravada em sua mente. Um arrepio correu pelas suas costas. Fernanda notou que ao lado do senador estava um homem. Ela ficou desconfortável com os olhares dele.

– Senador, está é minha mulher. Fernanda.
– Então essa é a famosa Fernanda? Você sabe que ele fala muito de você?
– Gostaria de falar o mesmo, Senador...?
– Aguiar. Me chame de Aguiar. Ele a cortou assim que pode.
– Aguiar. Seja bem vindo.
– Gostaria de dizer Caio, que você tem um ótimo gosto. Para imóveis e para outras coisas também. Henrique falou apertando a mão dele. Fernanda notou uma ruga na testa de Caio. Isso não era bom sinal.
– É só pra quem pode, meu amigo. Não é pra qualquer um não.
– Então, é melhor cuidar bem das coisas, não?
– Pode apostar amigo... Eu cuido. E ai de quem mexer no que é meu.

Somente para um desavisado como Henrique que o tom de ameaça passaria despercebido. Fernanda notando a tensão crescendo entre os dois homens tratou de mostrar a mesa reservada para eles e voltou para sua mesa.

– Você sabia que esse tal Henrique viria? Caio perguntou mau humorado para Ruy.
– Aguiar me pediu uma reserva para cinco pessoas, mas não disse quem seriam essas pessoas. Entreguei senhas para ele. Fiz mal?
– Não... Não. Mas... Fique de olho nesse tal Henrique.

Na mesa estavam Júlio, Amanda, as crianças e Inês que havia chegado há pouco tempo. Eles ficaram conversando, rindo se divertindo enquanto a música começava a tocar. Por ordens precisas de Caio, era uma festa com músicas basicamente dos anos 80 e 90. Até a decoração estava a caráter. O restaurante começou a soltar os aperitivos por volta das dez da noite.

Levado pela bebida, Caio sai puxando Fernanda para a pista de dança e os dois começam a dançar. Já havia algumas pessoas dançando e eles começaram a dançar um com o outro. O vestido preto de Fernanda começou a fazer o efeito desejado no seu marido. Cada vez que ela chegava perto dele sentia a respiração característica de seu marido de quando ele estava desejando jogá-la na cama e tomá-la. Mas, com os anos aprendeu a se controlar. Em outros tempos, ele apenas seguraria na mão dela, a levaria para o primeiro vão deserto que encontrasse e os dois fariam amor. Mas, ele aprendeu a esperar. Sabia que a recompensa era melhor.

Os dois não passaram despercebidos dos olhos atentos de Henrique, que constantemente falava com Aguiar. De longe Ruy ficou se perguntando o que eles tanto conversavam. Mas diante do barulho resolveu deixar pra lá e ir se divertir com a mulher.

– Sim, ela é bonita. Eu falei pra você ter calma. Você teve chance e seus amigos não fizeram nada.
– Havia muita gente, a menina estava lá também. Mas foi bom para conhecer os seguranças que andam com ela.

– Por isso mesmo não fiz nada até agora. Precisamos encontrar o momento perfeito.
– Ou criamos o momento perfeito. Henrique falou olhando para Aguiar, deixando o copo na mesa e indo embora no mesmo instante que Caio puxa a mulher e lhe dá um beijo apaixonado no meio da pista.

Já passava das cinco da manhã quando Caio estacionou o carro em sua casa. Cristina foi com Júlio passar o domingo com o padrinho e brincar com Julinho. Fernanda segurava os sapatos em uma mão enquanto seu marido a carregava até o quarto de casal. Ela, como havia preparado, fez uma dança sensual para seu marido que olhava bobo para a mulher. O vestido preto logo foi parar no chão e ela subiu na cama por cima do marido fazendo-o deitar lentamente.

Ele passou as mãos nas pernas da mulher voltando a beija-la e lentamente indo para cima dela. As roupas dele já estavam no chão ao lado da cama e a noite de amor se estendeu por horas. Já estava dia alto quando eles finalmente caíram no sono. Dormiram um nos braços do outro.


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