Tomodachi No Kiochi escrita por Marih Yoshida


Capítulo 29
Sentimento: Medo


Notas iniciais do capítulo

:)



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Ok, eu estava prestes a cantar na "pequena" festa que minha mãe ia dar, na frente de aproximadamente cem pessoas, com uma música ensaiada em poucas horas e em uma banda improvisada, nada demais.

Só aceitei porque sabia que Vanessa estava realmente animada com isso, e também porque minha mãe ia dar um chilique se eu dissesse que não, porém em meio a uma grande animação dos outros, eu estava realmente nervoso.

Me confortava saber que eu não era o único desconfortável, Marina embora tentasse esconder, estava pior do que eu. Meu irmão, Vanessa e Matheus conversavam animadamente, enquanto Marina olhava desconfortável para seu baixo, como se fosse a primeira vez que ela tentava tocá-lo.

– O que foi Marina? - Pedro perguntou preocupado com a expressão da namorada.

– Pedro já passou pela sua cabeça que vamos tocar para mais de cinquenta pessoas? - Ela estremeceu um pouco. - É um pouco assustador não acha?

– Não. - Ele deu de ombros. - Não me importo.

– Mas a música e banda são improvisadas. - Eu me intrometi na conversa. - Podemos errar qualquer coisa a qualquer hora, e também não estamos acostumados a tocas juntos.

Marina estremeceu de novo, acho que não ajudei muito, mas eu também queria protestar.

– Não tem problema se errarmos não é? - Vanessa disse otimista. - Afinal, podemos tentar consertar disfarçadamente. - Ela me abraçou animadamente, me reconfortando.

– E se não conseguirmos? - Marina olhou para a amiga com uma expressão nada agradável. Eu a entendo, de alguma forma.

– Pedimos desculpa e tentamos de novo. - Matheus, que até então estava calado, se pronunciou.

– É mais fácil ensaiarmos ao invés de ficar conversando, assim teremos menos chances de errar. - Vanessa falou um pouco brava enquanto pegava sua guitarra.

Ensaiamos por algumas horas, estávamos até bem, até que Marina subiu no palco para afinar seu baixo.

– T-Tem tudo isso de pessoas? - Marina apontou para o salão onde as pessoas conversavam.

– Mas ainda está cedo. - Pedro falou calmo. - Algumas pessoas ainda não chegaram, ou seja, o número vai dobrar. - Ele deu um leve sorriso, que me fez querer voar no pescoço dele e gritar que ele não ajudava em nada.

Eu e Marina estremecemos e congelamos. Como iriamos nos apresentar para tanta gente?

– Vocês dois parecem dois gatinhos medrosos! - Marina falou em tom de deboche e depois riu.

– Então está bem senhorita-coragem, tente tocar o instrumento que tem que dar cobertura a todos os outros e ainda cantar. - Marina estava brava, acho que a quantidade de pessoas a afetou ainda mais.

– A guitarra é muito importante também sabia? - Vanessa respondeu no mesmo tom de Marina. - E eu também vou cantar.

– O Pedro pode cobrir seu erro a qualquer momento. - Marina gritou um pouco mais alto. - E você só vai cantar algumas partes.

– Querem parar? - Eu e Pedro gritamos em uníssono mais alto que a voz das duas.

– Olha, Marina estou morrendo de medo. - Eu tentei controlar o tom da minha voz para não entrar na briga junto com ela. - E eu sei como é fazer a base da música, mas não se preocupe, você toca muito bem!

– E Vanessa, sim, a guitarra é importante, eu sei disso pois também a toco. - Pedro deu uma pausa. - Mas o baixo e a bateria são basicamente a base, não fique brava por eles estarem nervosos.

As duas pediram desculpa quase sussurrando e voltaram a afinar seus instrumentos.

Enfim chegou a hora de tocarmos, e como Pedro disse, o número de pessoas dobrou, senti minhas pernas bambeando, ainda bem que ficaria sentado enquanto tocava.

– B-Boa Noite! - Marina disse tímida, o que fez a plateia toda soltar um "owww", quem a via assim, não tinha nem ideia do quanto aquela carinha fofa era forte. - Vamos tocar para vocês no lugar da banda que não pode vir.

Pedro ia falar algumas coisa, mas apenas sorriu para a plateia.


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Notas finais do capítulo

Até...



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