POV – Castiel

Uma semana depois...

Uma semana se passou desde que Elena veio morar comigo. Eu ainda mentia para ela sobre o meu nome e sobre nossa relação. O pessoal da escola estava preocupado, pois não tinham mais noticias dela... Principalmente o Armin, que parecia querer entrar em desespero. Bom, eu fingia que não sabia de nada.

De manhã, eu ia para o colégio e a deixava aqui. A tarde ás vezes eu tinha algumas reuniões, e a noite eu vinha ficar com ela. Eu dizia para ela não sair do apartamento, afinal, era muito perigoso.

Eu havia comprado algumas roupas para ela, pois ela não poderia (infelizmente) ficar usando as minhas roupas.

A memória de Elena estava voltando aos poucos, mas eram memórias sem nexo, tipo da infância. Eu não entendia nada.

Quem estava me enchendo o saco para me visitar era a minha madrasta. Ela não podia vir aqui, então eu a enrolava o máximo que podia.

Minha relação com Elena estava... esquentando. Ás vezes, ela aparecia somente de calcinha e sutiã para mim. Eu ficava doido, mas tentava não demonstrar emoção. Ela vem que me beija no pescoço de forma que eu até penso em ceder, mas... Ai eu lembro que talvez não seja isso que ela realmente queira.

Agora, eu estava na cozinha preparando o jantar. Eu iria fazer lasanha. Eu havia prendido o meu cabelo em um rabo de cavalo e eu estava com os meus óculos, para conseguir ler a receita, e um avental.

Preparei a massa, e ao pegar a assadeira, percebi que eu devia fazer a barba novamente ao olhar o meu reflexo nela. Não que estivesse feia a minha barba, mas ela já tinha crescido novamente, então acho que já estava na hora.

Será que a Elena preferiria assim? Ri sozinho. Falando nela, ela estava infurnada no meu quarto já faz um tempo. Ela deve estar bagunçando tudo. Bom, acho que o meu quarto, virou o quarto dela.

Coloquei a massa na assadeira e fiz tudo o que era necessário. Coloquei a assadeira no forno, tirei o avental, e decidi ver o que a Elena estava fazendo.

POV – Elena

Eu estava arrumando o quarto do Armin, quando vi uma caixa preta dentro do guarda-roupa. Fiquei em dúvida se deveria mexer ou não. Bem, acho que ele não se importaria. Peguei a caixa e a abri. Nela, havia várias fotos.

Armin estava tão pequeno nelas! Ele tinha os cabelos pretos, que fofo. Fui tirando as fotos da caixa, mas teve uma que mexeu comigo. Era ele e uma mulher. Uma mulher que não me era estranha.

Uma forte dor de cabeça me atingiu e me fez cair no chão. Parecia que minha cabeça iria explodir! Eu estava querendo chorar, e a porta do quarto foi aberta.

– Elena! – Armin gritou e correu até mim.

– Me ajuda Armin, minha cabeça parece que vai explodir! – Eu pedia chorando deitada no chão.

– Calma – Ele fez carinho no meu cabelo e começou a cantar uma música.

No começo, parecia que a dor havia aumentado, mas depois, foi passando. Essa música me acalmou.

Armin estava sentado e com o rosto em cima do meu, e eu deitada. Ao perceber que eu havia melhorado, ele sorriu. Não havia reparado, mas ele estava muito sexy com aqueles óculos. Verei de barriga para baixo, e fiquei de quatro. Olhei bem fundo nos olhos dele e o beijei.

Armin colocou as mãos na minha cintura, e foi me puxando para baixo, de maneira que nós dois estivéssemos deitados no chão. Levei minhas mãos para a barra de sua blusa e comecei a tira-la. Tivemos que interromper o beijo para eu poder retira-la. Sentei em cima dele com minhas pernas de cada lado de sua cintura. Observei o seu peitoral bem definido.

– Hey, não fique me olhando assim – Armin riu.

Não tive como evitar, corei. Ele riu mais ainda e levantou a coluna, podendo assim me beijar. Ele fez o mesmo com a minha blusa, e começou a retira-la. Fiquei só de sutiã. Armin os olhou com desejo, e os beijou por cima do sutiã. Quando ele ia até o fecho do mesmo, a campainha tocou várias vezes seguidas, seja lá quem for, estava desesperado.

– Por que logo agora... – Armin falou baixinho.

Sai de cima de Armin e o mesmo se levantou. Ele pegou a camiseta que estava jogada no chão e a vestiu.

– Elena, não saia daqui, está bem? – Falou.

– Por que? – Perguntei.

– PORQUE NÃO! – Gritou.

Me encoli. Eu ai fazer o que ele mandou... Ou não.

POV – Castiel

Fala sério! Quem aparece no apartamento dos outros em uma hora dessas?! Droga, eu achei que ia rolar...

Ao sair do quarto, fechei a porta. Fui até a porta da sala, e ao abrir a mesma, vi um homem de cabelos platinados e olhos com heterocromia. Eu estava me lembrando dele, ele estava no hospital quando Elena estava no hospital, e seu nome era... Como era mesmo... Lysan... Lysandro... Ah sim, Lysandre.

– Você é o Castiel? – Ele perguntou.

– Sou sim – Perguntei.

Ele estava sério. Então, ele entrou no meu apartamento sem ser convidado.

– Eu já sei o que você fez – Lysandre falou com raiva olhando tudo ao redor.

Arqueei as sobrancelhas.

– Ah, é? O que foi que eu fiz? – Me fiz de desentendido.

Ele foi até mim e me levantou pela gola da camiseta.

– Não se faça de desentendido, professor. Eu sei que você está com ela – Lysandre dizia cada palavra devagar, como se eu fosse burro.

Fiz ele me soltar, e arrumei minha camiseta.

– Não sei do que você está falando – Falando.

– Anda, assume logo, você SEQUESTROU ELENA! – Gritou.

Droga, ela vai escutar!

– CALA A BOCA – Dei um soco em seu rosto que o fez parar no chão.

Saiu sangue de sua boca. Ele levantou com raiva e socou o meu rosto. Ele subiu em cima de mim e me socou várias vezes.

– ME DEVOLVA! ME DEVOLVA A ELENA, CASTIEL! – Ele gritava.

– PAREM! – Elena gritou.

Olhei para ela, ela havia colocado a blusa. Ali estava a mesma, visivelmente com medo, tremendo e chorando.

– Elena... – Lysandre foi até ela.

– Por que você estava batendo no Armin?! Ele não é esse tal Castiel!!! – Ela falava chorando.

Lysandre me olhou com nojo.

– Além de tudo, você mentiu para ela? – Lysandre falou indignado, então, virou-se para Elena – Elena, o nome dele é Castiel, ele é seu professor. Armin é outra pessoa.

Então, Elena ficou em choque.

– Castiel... – ela disse baixinho. Então, arregalou os olhos parecendo se lembrar de algo. Sua expressão que antes era chocada, virou uma expressão dolorosa – Ai!!! – Ela levou as mão para a cabeça.

Lysandre que estava mais perto, a segurou quando ela estava quase caindo. Logo, ela se soltou dele, e olhou para mim com raiva.

– Eu me lembro... de tudo que se refere a você... – Começou a chorar – SEU DESGRAÇADO! POR QUE MENTINDO PRA MIM?!

Ela pulou em cima de mim e começou a me bater. Sinceramente, seus tapas não eram nada comparados aos socos de Lysandre, mas o que machucava realmente, era que ela estava me odiando.

– Para Elena! – Lysandre a segurou e a tirou de cima de mim.

Então, ela voltou-se para ele.

– Seu nome é realmente Lysandre? – Perguntou.

– Sim, você pode não se lembrar, mas eu sou seu amigo de infância – Sorriu discretamente.

– Por favor, me tire daqui – Pediu.

Me levantei do chão quase rastejando. Eu não estava conseguindo ficar de pé direito. De joelhos, segurei na calça de Elena, e pedi:

– Por favor, não vá... – Pedi, praticamente me humilhando.

Elena, com os olhos cheios de lágrimas, levantou a mão para bater em meu rosto. Mas, quando ela chegou perto, não conseguiu.

– Não me procure mais – Falou.

Então, eles foram embora. Involuntariamente, comecei a chorar silenciosamente. Então percebi, que a lasanha estava queimando. Fui até lá e desliguei o forno. A lasanha que se ferre! Agora que Elena vai me definitivamente me odiar. O paraíso havia chegado ao fim.