Meu Doce Professor escrita por Margot


Capítulo 14
Love Story


Notas iniciais do capítulo

Oi!!! E o carnaval gente? Como tá? ^^'
Agradecimentos: Shiver LK, Lady Smile, AmandaPaiva, Blueberry, Maaka Evans, Larissa Jennyfer, S2SuAndSu, Snow Withe, Maaayrah, nathyy, Biannca, PretoéVida, Ane Gonçalves, Heroine Route, Lucie Nightraven, Vik Baldibia, Taina, Melanie Foreman, Make your dreams come true, Yumi Chan, Daiane Black Malfoy, Mei, Snow Withe, Twilighter Castiete, Moale, Shiver LK, MidNight chan, Jullya Uchiha, AmuLucyKagome, Menininha Indefesa, Leeh, Marcelinha DelGaudio, Blueberry, Filipah.
GALERA >>> Bora fazer uma enquete? Quem prefere o Castiel? Armin? Lysandre (logo logo ele chega)? E por que? Quero saber a opinião de vocês.
Música: Love Story - Taylor Swift
Boa leitura!!!
03/03/2014



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Acordei abrindo os olhos lentamente, e quem estava a minha frente, era o Armin. Isso me deixou tão feliz. Ele dormia tranquilamente, um sono tão leve e ao mesmo tempo tão profundo. Tinha alguns fios de seu cabelo em seu rosto. Eles caiam delicadamente.... Decidi, então, tira-los da frente do seu rosto.

Com delicadeza para não acorda-lo, tirei levemente alguns fios, podendo me mostrar mais claramente o seu rosto. Sorri com isso.

ESPERA! O que eu estou fazendo?! Ao me dar conta disso, levantei da cama em um pulo. Não sei como o Armin não acordou com isso. Droga, preciso sair um pouco daqui, talvez se eu tomar um copo d’água me ajude.

Fui até o corredor e deixei a porta do quarto encostada. Quando eu estava chegando próxima a escada, escutei uma discussão vindo do quarto ao lado do Armin.

– VOCÊ VIU COMO ELA CHEGOU AQUI MÔNICA?! – Uma voz masculina pareceu brigar com Mônica... Por minha causa.

Eu sei que é errado, mas decidi escutar a conversa atrás da porta.

– Gustavo, foi ela que conseguiu fazer o nosso Armin voltar para casa quando ele descobriu que era adotado! – Mônica respondeu.

– Ok, ela ajudou, mas você viu como ela chegou aqui?! Eu sei quem é o pai dela, e ele é um vigarista! E é como diz o ditado: Filho de peixe, peixinho é! – Exclamou furioso Gustavo.

Sabe o que é pior? Não posso culpa-lo. Henrique é uma pessoa nojenta, repulsiva. Ainda mais depois do que quase aconteceu ontem...

– Querido, por favor, deixe ela ficar... Ela é uma boa garota, o Armin me disse isso – Mônica disse gentilmente.

Depois de um longo suspiro de Gustavo, ele respondeu:

– Tudo bem, ela pode ficar – Ouvi daqui os pulos que a Mônica dava – Mas eu aviso uma coisa: Não quero que ela fique no mesmo quarto que o do Armin, não quero que eles tenham esse “tipo” de contato. Já imaginou se ela aparece grávida?! Esse filho pode até não ser dele, caso acontecesse.

Ao ouvir isso, desencostei da porta, incrédula. Eu nunca fiz nada, para ter esse tipo de julgamento. Me julgar por causa de Henrique é uma coisa, mas... Eu não sou assim. Gustavo não quer que eu tenha contato com Armin? Ele é meu... amigo? Só dormimos no mesmo quarto! Só por isso, ele me trata como uma vadia que quer dar o golpe da barriga?! Senti os meu olhos encherem de lágrimas. Eu estava tão chocada, que nem ouvi passos atras de mim.

– Elena? – Disse uma voz levemente rouca.

Virei-me para trás, e vi Armin, com cara de sono. Sequei rapidamente as lágrimas que estavam quase rolando pelo o meu rosto.

– O-oi Armin, bom dia... – Eu disse.

– Bom dia – Ele coçou levemente o olho direito – Vamos tomar café da manhã? AH! Eu tenho planos para esse sábado... Com você.

Ele havia planejado algo? O que era? Seja lá o que for, eu não posso ir. Tenho que sair daqui, afinal, o pai dele não quer que eu fique aqui.

– Armin, eu não posso sair hoje – Falei.

– Pode sim, nós VAMOS passear hoje – Sorriu – Alias, vamos tomar logo o café da manhã, porque daqui a pouco nós já vamos! – Então, Armin veio e bagunçou de leve o meu cabelo.

Desci as escadas atras de Armin, e fomos até a cozinha. Ao chegar lá, vimos Alexy procurando algo na geladeira. Eu estava com vontade de rir, pois seu pijama era muito engraçado! Era de onça e na calça, tinha até um rabinho! E nos pés, ele estava com uma pantufa que imita as garras.

– Bom dia – Disse Armin para o Alexy.

– Bom dia... – Respondeu Alexy abrindo a boca de sono, não olhando para Armin e eu.

– Bom dia – Eu disse baixinho.

Alexy levantou a cabeça rapidamente, e ficou surpreso ao me ver.

– ELENA! O que você está fazendo aqui, menina? – Disse Alexy, então, ele pareceu lembrar e algo – OMG! O meu pijama! Ai que vergonha...

Eu tive que rir.

– Alexy, a Elena dormiu aqui hoje – Armin o respondeu.

– Ok, mas espera. O quarto de hospedes está em reforma, no meu quarto ela não dormiu, no do papis e da mamis acredito que também não. Então, onde ela dormiu? – Ele levou a mão até o queixo pensativo – Só se... Elena, você dormiu no quarto do Armin?! Gente, que danadinhos! – Alexy nos olhou pervertido.

Eu e Armin coramos.

Depois de passar por essa vergonha, nós sentamos em volta da mesa e começamos a tomar o café da manhã tranquilamente, até Mônica chegou acompanhada de Gustavo.

– Bom dia meus amores – Disse Mônica contente.

– Bom dia, mãe... – Alexy parecia estar desconfortável, não sei exatamente o porque.

– Bom dia – Disse Gustavo indo se sentar.

Alexy não olhou para o pai, nem Gustavo o olhou. Ele deu um sorriso apenas para o Armin. Pelo o que parecia, eu me sentia como o Alexy: Desconfortável.

O clima na mesa estava um pouco “pesado”, até que Mônica decidiu se pronunciar:

– Então crianças, quais são os seus planos para hoje? – Perguntou sorrindo.

– Eu e Elena vamos passear – Disse Armin pegando a jarra de suco.

Eu não estava olhando para Gustavo, mas com certeza senti o seu olhar sobre mim.

– E para onde os dois vão? – Perguntou Gustavo.

– Eu quero fazer uma surpresa para Elena – Disse Armin.

Gustavo não disse nada. Apenas continuou o comendo normalmente. Decidi me servir apenas de uma fruta. Isso era o sufiente. Assim que todos acabaram de comer, Armin disse que iria para o seu quarto se arrumar para o passeio, e me sugeriu colocar roupas leves e confortáveis. Ok, mas que roupas? Eu não tenho absolutamente nada.

– Elena! – Mônica veio até mim – Vamos, eu tenho a roupa ideal para você! – Então, ela me puxou pela mão até um cômodo da casa.

Nesse cômodo, haviam várias roupas. Era como uma boutique. Cada peça de roupa mais linda que a outra. No canto, havia uma porta, que estava aberta, e por essa razão, dava para ver que era um banheiro. E pelo que parecia, não era nada simples.

– Elena, vá tomar um banho, enquanto eu escolho a sua roupa para o encon... quer dizer! Para o passeio! Hihi – Mônica deu uma risadinha.

Então... Tá né.

Fui até o banheiro e fechei a porta. Me despi e tomei banho normalmente. Assim que terminei, me enrolei na toalha. Fiquei em dúvida sobre o que eu deveria fazer, então, sai do banheiro. E lá estava Mônica me esperando com as peças de roupas.

– Querida, já arrumei o seu look. Devo dizer que está di-vi-no? Lógico, fui eu que montei – Ela dizia – Bom, vamos continuar. Primeiro, coloque essa lingerie.

Peguei a lingerie e fui até o banheiro. A lingerie era preta com renda. Muito bonita. A vesti e voltei até Mônica. Eu estava envergonha de estar seminua.

– Ora, vamos. Não fique envergonhada! – Ela começou a me olhar – Sabe, Elena, você poderia ser uma modelo com esse corpo que você tem... Ele é muito bonito!

– Ah, Mônica, não exagere... Meu corpo é normal, e para ser uma modelo, eu teria que fazer um regime, com certeza... - Falei.

– Hoje em dia, o tamanho das modelos mudou! Você não precisa mais ser tão magra, o seu tamanho está ótimo! Na medida certa! – Ela insistia.

– Ok,ok... Mas então, que roupa você escolheu? – Decidi mudar de assunto.

Então, ela me mostrou a roupa que ela escolheu. Era uma camisa xadrez, um short jeans e uma botinha. Vesti tudo, e quando terminei, Mônica estava me olhando.

– Bom, muito bom... – Disse – Que tal se eu fizesse um rabo-de-cavalo no seu cabelo? – Ela perguntou, eu assenti.

Não sei da onde ela tirou uma escova de cabelo, e começou a escovar o mesmo. Depois, o prendeu, fazendo o rabo-de-cavalo.

– Agora sim! Vamos, o Arminzinho deve estar te esperando! – Me apressou.

Ao sairmos da “boutique”, Armin já estava nos esperando. Ele estava com uma camisa branca e uma bermuda azul xadrez. Nós pés, um tênis simples. Em seu braço, tinha uma cesta de piquenique, e em sua mão, parecia que era uma chave de carro.

– Oi – Eu disse tímida.

– Oi – Sorriu – Você está linda.

– O-obrigada... – Sorri de leve.

– ENTÃO – Gritou Mônica nos fazendo dar um pulo – Pelo visto vocês vão fazer um piquenique, mas cuidado. A previsão do tempo disse que para hoje está previsto chuva.

– Calma mãe, não somos feitos de açúcar – Armin riu.

– Do jeito que vocês dois estão doces, eu duvido... – Disse baixo, mas não o suficiente para que não ouvíssemos. Tivemos que rir.

Armin foi até a mãe e lhe abraçou e deu um beijo no rosto. Eu fiz o mesmo com Mônica. Ela nos desejou um bom e passeio e também que nós tivéssemos juízo.

Quando estávamos indo até a garagem, olhei para a casa. Na janela do andar de cima, dava para ver Gustavo nos observando. Ele estava sério. Depois do que ouvi dele hoje de manhã sobre mim, isso já era de se esperar.

Chegamos na garagem, e Armin foi até um jipe amarelo. Ele é muito bonito. Subimos no jipe e Armin abriu o portão da garagem. Ele ligou o carro, e então saímos. O caminho no começou foi silencioso, mas então decidi quebra-lo.

– E então... Por que o Alexy fica desconfortável na presença do seu pai? – Perguntei.

– Ual, você deixa escapar nada – Deu uma risada um pouco força, mas então ficou sério – É que você sabe, o Alexy é homossexual – Ok, eu não sabia, mas desconfiava – E o meu pai sabe, e digamos que ele não aceita muito bem isso, e para ele o Alexy não existe. Sou só eu.

Nossa... Que raiva que eu estou sentido do Gustavo. O Alexy é uma pessoa adoravel, independente da sua sexualidade. Ele deveria aceitar o fato de que ele é seu filho! E não é se ele é homossexual ou heterossexual que vai mudar isso!

Preferi não dizer o que eu estava pensando para o Armin, afinal, era o pai dele. Eu poderia acabar o magoando de alguma forma. Por isso, fiquei quieta.

Depois de alguns minutos, foi a vez de Armin quebrar o silêncio.

– Sabe, minha mãe parece ter gostado de você – Ele me olhou rapidamente pelo canto dos olhos.

– Quem sabe – Em disse exibida, só para brincar com ele.

– Exibida! – Disse, então tirou uma das mãos do volante e começou a fazer cócegas em mim.

– Para Armin! Haha – Eu ria – Dirija... sempre... com... as duas.... mãos... no volante! – Eu dizia quase sem ar.

– Ok, mas eu só vou parar porque nós já chegamos – Disse.

Então ele entrou em uma estrada de terra que tinha no meio de uma floresta... ESPERA, uma floresta?!

Armin percebeu o meu olhar assustado, e riu.

– Calma, é só que aqui é o melhor lugar para se fazer um piquenique. Vem, vamos descer – Disse e desceu do jipe.

Desci também do jipe. Armin pegou a cesta e começamos a andar.

– Vamos ter que fazer uma pequena caminhada até chegarmos no nosso lugar, tudo bem? – Pergunto.

– Aham – Respondi.

Caminhamos um pouco onde a terra era um pouco mais elevada, e teve um momento que eu escorreguei e quase cai, mas Armin me segurou rapidamente pela cintura. Fiquei corada, por isso desviei o olhar do dele. Continuamos o caminho.

O caminho era cercado por árvores, mas isso era considerado um charme. Eu, pelo menos, gostava. Era tão bonito ver o sol ser cortado pelas árvores. Elas nos protegiam.

Então, Armin mexeu em alguns galhos que estavam juntos, e os abriu. Então, a nossa frente, estava uma belíssima campina coberta de flores brancas.

– Ual – Foi só o que eu consegui dizer.

– Eu também fiquei surpreso da primeira vez – Armin disse.

Adentramos a campina, e eu ainda estava maravilhada com a sua bela. Dava vontade de morar aqui até a morte.

– Aqui vai ser o nosso piquenique – Armin sorriu.

– Nunca imaginei que você gostasse de lugares que não tem wi-fi – Ri.

– Tem um montão de coisas que você ainda não sabe sobre mim – Piscou o olho direito.

– Convencido – Disse.

Armin pegou uma toalha branca e vermelha (sério isso?) e esticou sobre a grama. Depois, tirou da cesta alguns pães, queijos, geleia, dois copos plásticos, dois pratos... E para beber, ele trouxe um refrigerante.

Sentamos na toalha e começamos a nos servir. Comi pão com queijo e geleia, depois tomei um pouco de refrigerante. Armin fez o mesmo. Quando terminamos de comer, arrumamos as coisas e deixamos somente a toalha, onde deitamos.

– Elena – Me chamou.

– Hm? – Respondi.

– Você vai voltar para a casa do Henrique? – Perguntou.

– O que? – Me sentei – Armin, se eu estiver incomodando...

Armin se sentou na mesma hora.

– Não é isso Elena, você não incomoda... É que, apesar de tudo, ele é o seu pai – Armin me disse.

– Só no quesito biológico, não é mesmo? Quem fez o que ele fez, não merece ser chamado de pai – Comecei a ficar triste.

– Elena, não fique assim – Armin me abraçou de lado, e olhou nos meus olhos – Eu vou sempre estar aqui, para o que você precisar.

Então, Armin foi se aproximando lentamente. Seus lábios estavam ficando cada vez mais próximos dos meus. Eu já podia sentir o seu halito, quando...

– Armin? – O chamei.

– Oi... – Ele disse.

– Eu senti um pingo de chuva na minha cabeça – Falei, Armin se afastou rapidamente.

E foi só falar, que começou a chover. Nós nos levantamos com pressa, e eu peguei a toalha e Armin a cesta, então ele pegou a minha mão e começou a me puxar para um lugar que eu não sabia onde. Ele conhece esse lugar melhor do eu, então, acho que está tudo bem.

Chegamos até uma pequena gruta que estava mais no centro da floresta e um pouco escondida, entramos nela para nos proteger da chuva. Um pouco mais ao fundo da gruta, havia um pequeno lago dentro dela.

Armin e eu estávamos encharcados. Eu estava sentindo frio, e imaginei que Armin também. A chuva estava ficando cada vez mais forte. A toalha estava molhada, mas acho que ela serviria contra o frio, por enquanto.

Fui ao lado de Armin e nos cobri. Nós estávamos bem próximos um do outro. Ouvi um suspiro vindo de Armin, até que ele decidiu falar:

– Elena, o que você acha do professor Castiel? – Ele perguntou.

Ah, Armin, me pergunte qualquer coisa, menos isso...

– P-por que? – Gaguegei. Droga.

– Eu sei que vocês tiveram... algo – Armin foi direto.

– Como você soube?! – Eu pensei um pouco e cheguei a seguinte conclusão.

– Alexy – Armin e eu falamos juntos.

– Nós não temos mais nada – Eu acho.

– Tem certeza? – Armin foi se aproximando.

– Tenho... Se você for pensar em tudo... – Armin estava me desconcentrando com essa proximidade.

– Você não gostaria de parar de pensar um pouco, e só sentir? – Disse quase com os lábios colados aos meus.

– Adoraria – Respondi.

Ao dizer essas palavras, Armin cobriu os meus lábios com os seus. No começo, foi só um selinho, mas ali pude sentir carinho. Armin mordeu o meu lábio inferior, e foi ai que o verdadeiro beijo começou.

Nossas línguas começaram a se enroscar. Levei minhas mãos até o seu cabelo e as mãos de Armin foram até a minha cintura. Ele me sentou em seu colo, e minhas pernas cada uma ficou de um lado do seu quadril. Suas mãos davam pequenos apertos em minha cintura, e, como retribuição, eu puxava de leve seu cabelo.

Depois de um longo tempo sem ar, separamos nossos lábios. Ficamos por alguns segundos de testas coladas, depois nos olhamos.

– Em que jogo você aprendeu a beijar? – Perguntei o provocando.

– Ah, nem queira saber – Disse e voltou a me beijar com fúria.

E nós ficamos bastante tempo assim, nos beijando. E a nossa trilha sonora, era o som da chuva.


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Notas finais do capítulo

Link: https://www.youtube.com/watch?v=8xg3vE8Ie_E

Beijos, e até a próxima!