Meu Doce Professor escrita por Margot


Capítulo 13
Demons


Notas iniciais do capítulo

Oiii õ/

Agradecimentos: VicWalker, Natalia Silva Nunes, Blueberry, Lady Smile, Rayanne Price, AmandaPaiva, Kotori Aisawa, Jullya Uchiha, S2SuAndSu, AkiBorbolinda LynnTrace, aninha22b, Biannca, PretoéVida, Ane Gonçalves, Maaayrah. Obrigada a também a quem favoritou!!!

Música: Demons - Imagine Dragons

Boa leitura!!!

14/02/2014



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POV – Castiel

– Sempre que precisar, pode me chamar... – Disse Elisa na porta do meu apartamento.

– Aham, pode deixar – Eu NUNCA mais vou te chamar. Isso foi um erro.

Então, ela foi embora, e ainda saiu rebolando. Ok, eu tenho um pouco de atração física por ela, afinal, a Elisa é gostosa.

Olhei para o meu apartamento e... Coitado. Já era bagunçado, agora está muito pior. A garota não parava quieta! Queria que ficássemos apenas no sofá ou no quarto pra transar, mas ela disse que não, que ela queria fazer “diferente”. E eu, como um cavalheiro, lhe concedi o seu desejo.

Eu estava todo suado. Precisava de um banho, e eu ainda estava fervendo de raiva. Quando a Elena ficou tão amiguinha do Armin?! Só de me lembrar...

Fui até o banheiro e tirei minha calça. Eu só estava vestido com ela. Logo entrei no box e liguei o chuveiro. Fiquei pensando.

Por que eu transei com a Elisa? Porque eu estava nervoso e precisa me aliviar, e como a Elisa é irmã da Elena, pensei que talvez eu pudesse imaginar ela ali, no lugar dela. E quer saber? FOI UM ERRO. Eu não consigo imaginar a Elena gemendo e falando coisas eróticas... Daquele jeito.

Sai do box e peguei uma toalha. Enrolei-a na cintura. Lembrei que eu tinha que ligar para a minha madrasta, que estava vindo para a cidade. Acho que para resolver alguns assuntos da empresa do meu falecido pai, que agora ela comanda.

Fui para o meu quarto, e fiquei procurando o meu celular. Sério, na próxima (se tiver) vou fazer a Elisa arrumar tudo depois!

Achei o meu celular debaixo do travesseiro. E olha que louco, a minha madrasta estava me ligando.

– Alô? – Falei.

– Castiel? É a Amélia – Disse com sua voz doce.

– Oi Amélia – Dei uma pausa – Então, quando você vai vir para a cidade? Estou te esperando.

– Oh querido... Sabe, é complicado. Primeiro, eu tenho que achar uma pessoa – Suspirou.

– Que pessoa? Talvez eu conheça – Falei.

– Não querido, mesmo se a conhecesse... É uma assunto que eu tenho que resolver sozinha – Disse, sua voz parecia triste.

– Tudo bem, mas se precisar, estou aqui – Eu queria que ela soubesse que eu a ajudaria.

– Obrigada – Agradeceu – Agora vou ter que desligar, nos falamos mais tarde. Tchau.

– Tchau, Amélia – Me despedi.

Depois disso, desliguei o celular. Sinceramente, espero que ela ache essa pessoa importante.

POV – Elena

Ao entrar dentro de casa, não vi ninguém. Acho que deveriam estar se arrumando. Olhei no relógio, e já estava quase na hora! Subi correndo as escadas, e fui até o meu quarto. Lá, em cima de minha cama, havia um vestido preto muito bonito, porém, parecia ser muito curto. Havia também algumas maquiagens que eu deveria usar, e uma caixa de sapato.

Fui até o banheiro e me despi rapidamente, abri a porta do box e liguei o chuveiro, tomei o banho rapidamente. Assim que terminei, me enrolei na toalha e sai do box, indo até o quarto.

Vesti minhas roupas intimas e coloquei o vestido. Depois, fiz uma maquiagem simples e arrumei o cabelo rapidamente. E, por fim, calçei os sapatos.

Sai do quarto e desci as escadas. Na sala, já estavam Elisa, Erika e Henrique. Todos sentados no sofá esperando os convidados.

Decidi perguntar para Henrique quem viria.

– Henrique, quem são os convidados? – Perguntei.

– São os sócios da minha empresa – Respondeu-me.

Ouvi Elisa soltar um suspiro. O que está acontecendo?

Tocaram a campainha, e Erika foi atender. Logo, apareceram três homens de aparentemente 45 anos. Um era loiro, o outro moreno e o outro tinha algumas mechas brancas no cabelo.

– Boa noite! – Disse Henrique levantando e cumprimentando-os – Roberto – Ele apertou a mão do de cabelo loiro – Julio – Fez o mesmo com o de mechas brancas – Mário – Cumprimentou o moreno – Estou muito feliz que tenham vindo! Essa noite, vamos fechar o negocio! – Os três deram um sorriso estranho, que me fez sentir medo – Então senhores, essas são minhas filhas: Elisa, que vocês já conhecem, e Elena.

Todos cumprimentaram Elisa e a mim com um beijo no rosto, colocando a mão na minha cintura como “apoio”. Mas, devo dizer que não gostei, pois eles apertaram muito a minha cintura além do comum.

Elisa estava com o olhar um pouco tenso. Erika somente sorria, falsa como sempre. E Henrique, bem, parecia animado por fechar o “tal” negocio.

– Então, vocês preferem comer a sobremesa primeiro? – Perguntou Henrique.

– Sim, ainda mais agora que tem um nova sobremesa – Disse Mário.

Do que eles estão falando?!

– Henrique, eu vou ficar com a mesma – Disse Roberto – Sabe, ela é mais saborosa.

– Eu também vou ficar com a de sempre – Disse Julio – Quem sabe, na próxima oportunidade, eu experimente a nova.

– Claro! Oportunidades não vão faltar! – Disse Henrique, até que ele levantou levemente as mãos – Pois bem, podem começar.

Então, Mário veio até a mim e puxou o meu abraço, me levando até a escada.

– O quê você está fazendo?! Me solte! – Tentei me soltar dele, mas ele me segurava com muita força – Henrique, o que está acontecendo?!

– O que você acha que está acontecendo, Elena?! – Gritou Elisa – Está acontecendo os negócios de sempre! É assim que Henrique “fecha” os negocios! Fazendo os seus sócios transarem com as suas filhas, sua idiota!

O...quê?

– C-como assim? – Eu estava tremendo.

– Lembra dos jantares que tinham aqui? Pois então, EU tinha que dormir com os sócios, enquanto você, a pobre Elena, era poupada disso. Bem, até agora – Elisa dizia isso com tristeza nos seus olhos e, é claro, raiva – Com quantos anos você acha que eu perdi a minha virgindade? Com 10 anos. Adivinha com quem? Com um dos sócios dele. Tudo porque essa merda está quase falindo á anos! Só não faliu totalmente, por isso! – Os olhos de Elisa estavam cheios de lágrimas.

– Elisa, vamos, quero me satisfazer logo! – Disse Julio.

– Verdade, vamos logo, Elisa! – Foi a vez de Roberto.

– Ah sim, claro, vamos. Eu me exaltei – Disse Elisa, então cada um segurou um dos braços da Elisa, e passaram por mim na escada.

– Espere! Você vai com os dois?! – Falei, não acreditando.

Então, ela parou de costas para mim. E virou levemente o rosto..

– Não vai ser a primeira vez que faço isso – Ao dizer isso como algo normal, continuou o seu caminho normalmente. Entrando em um dos muitos quartos que tinham nessa casa.

Eu estava sentido ódio, repulsa e nojo. Não acredito que Henrique forçou a Elisa a fazer isso, e agora, quer me forçar também.

– Vamos logo! – Mário me puxou.

– Não! Me solta, seu nojento!!! – Eu tentava me soltar.

– Elena, vá logo, querida. Vai ser melhor – Disse Érika.

– Cala a boca, sua vadia! – Eu gritava tentando me soltar.

– Haha, querida, agora quem vai ser a vadia daqui, vai ser você – Disse Erika.

Então, Erika segurou no braço de Henrique e saíram andando como se nada estivesse acontecendo.

Mário começou a puxar o meu braço muito forte, me fazendo subir as escadas. Mas eu ainda não desisti, eu não vou fazer isso! Nem que eu tenha que morrer!

Chegamos no corredor e ele me puxava. Ele me puxou de maneira tão forte para ele, que quando bati em seu peito, meu corpo inteiro doeu.

– Eu estou doidinho para te experimentar – Dizia no meu ouvido – Sabe o que é mais interessante? Seu pai me disse que você é virgem... Eu vou ter a honra de ser o seu primeiro – Ele começou a passar as mãos nas minhas coxas.

Eu estava sentindo muito nojo. Em um pensamento desesperado, pisei com toda a força que eu tinha em seu pé. Por eu estar de salto, deve ter doido pra caramba.

– AH! – Gritou.

Aproveitei a situação para me soltar dele, e quando eu consegui, o empurrei com toda a força que eu tinha. Mário cambaleou para trás.

Eu corri, mas o salto não me permitia correr muito. Então, os tirei e os segurei nas mãos.

– Você não pode fugir de mim! – Gritou Mário, furioso.

– Me deixe em paz! – Joguei um dos pares do meu sapato nele, errei.

Corri mais, e ele corria também. Joguei o outro sapato, dessa vez pegou em sua testa.

– VADIA! – Gritou. Sua testa sangrava.

Aproveitei a situação e corri até a ultima porta do corredor. Nela, havia uma escadinha que dava o o sotão.

Abri a porta e subi as escadas. O sotão estava repleto de caixas, e, em cima delas, haviam vasos, aparentemente, muito pesados. Logo ouvi passos atras de mim, e Mário apareceu, com os olhos vermelhos e a testa sangrando. Ele fechou a porta que havia atras de si.

– Agora você vai ver! Eu havia pensado em ser gentil com você, mas agora... Ah, você vai sofrer tanto, mas tanto, que vai sangrar e não vai andar por um mês! – Ele disse isso e veio correndo até mim.

Ele me agarrou pela cintura, e eu tentava lhe bater. Meu tapas e socos pareciam não ter efeito. Ele começou a rasgar parte do meu vestido, enquanto eu gritava.

– Se eu fosse você esperaria para gritar! – Falou.

Ele arranhava minhas coxas, e tentava tirar a barra da minha calcinha. Como eu não parava quieta, isso fazia nós nos movimentarmos.

Quando ele estava quase conseguindo mover minha calcinha do lugar, fiz com que ele batesse em uma das caixas, que fez com que um vaso caísse em sua cabeça.

Ele caiu de quatro no chão, mas não ficou desacordado. Eu tinha que pensar rápido! Olhei para tudo que havia no sotão, mas nada me veio a cabeça. Até que eu vi a janela, que tinha uma piscina bem funda embaixo dela. Eu iria pular.

Me apoiei nas bordas da janela e contei mentalmente até três. Um...Dois... Três! Então, eu pulei. Eu não me importava se eu poderia morrer.

Muito rapidamente eu senti o meu corpo na água. Nadei até a borda da piscina. Olhei para cima e lá eu vi Mário me olhando.

– Você não vai fugir de mim! Quando eu quero algo, eu consigo! – Gritou.

Pouco me importava. Eu só queria sair daqui.

Sai de dentro da piscina e corri até o portão da frente. Abri o mesmo e sai. Comecei a sem destino, afinal, para onde eu iria nestas condições? Nem dinheiro eu tinha.

Eu corri até que avistei uma pracinha. Fui até lá e sentei em um banco. Coloquei os meus joelhos em cima do banco, e os abracei. Antes que eu percebesse, já estava chorando.

Era difícil acreditar no que aconteceu, e no que quase aconteceu. Eu me sentia mal, suja. Desejava desesperadamente que aquilo jamais tivesse acontecido, mas infelizmente, não vai ser possível.

Comecei a ficar com frio, afinal eu estava molhada e com o vestido em parte rasgado. O que seria de mim? Dormiria num banco de praça? Acho que é o que me resta.

– Elena?! – Gritou alguém.

Essa voz... Era o Armin!

– Armin! – Levantei do banco e corri até ele, o abraçando.

– O que aconteceu?! – Perguntou.

Me separei dele e olhei nos seus olhos. Eu teria que contar, pelo menos para ele. Contei tudo, desde o momento que aqueles homens entraram naquela casa, até onde nós estávamos nesse momento. Quando contei sobre o que Mário quase fez, Armin ficou pasmo. A cada palavra que eu dizia, uma lágrima caia.

– Não acredito que você passou por tudo isso! – Ele falou – Elena, vamos para a minha casa, não vou deixar você dormir aqui.

– Armin, não quero ser um problema pra você – Falei.

– Elena, você é o tipo de problema que eu quero ter por perto – Disse Armin.

Depois dessa, senti o meu coração dar uma falhada.

– Por favor, vamos para minha casa – Pediu.

Assenti com a cabeça. Armin segurou gentilmente a minha mão e me levou até a sua casa, que não era longe dali. Era só atravessar a rua. Sua casa (mansão, praticamente), era linda.

Armin abriu a porta da frente e logo uma mulher de cabelos azuis e olhos rosas, baixinha, apareceu. Imaginei ser sua mãe.

– Armin, você pode me ajudar com... – Então ela me viu – AVÊ MARIA! O QUÊ ACONTECEU COM VOCÊ?! – Perguntou chocada.

Com certeza ela era a mãe do Alexy.

– Mãe, ela se chama Elena. Ela pode ficar por aqui por um tempo? – Perguntou.

– Claro que pode! – Bateu palminhas – Eu sempre quis ter uma filha! É como um sonho se realizando!Ohhh.... – Ela começou a girar feliz.

Armin veio ao meu lado de sussurrou no meu ouvido:

– Ela é meio doidinha, mas é boa pessoa – Falou.

Ri levemente. Então, a mãe dele parou de rodar.

– Ah, meu nome é Mônica – Sorriu, mas então ficou pensativa – Só tem um probleminha: Estamos pintando o quarto de hospedes.

– Ela pode ficar no meu quarto, por enquanto – Armin ofereceu.

– Ui, Armin! Seu safadinhooo! – Falou fazendo cara maliciosa e subindo e descendo o dedo indicador.

– Mãe! – Armin ficou vermelho.

Nossa, eles são uma comédia.

– Elena, acho melhor você ir tomar um banho, tirar essas roupas... AH! Eu tenho roupas que vão ficar p-e-r-f-e-i-t-a-s em você! Armin, leve ela até o seu quarto e mostre a ela o banheiro, vou ir pegar as roupas – Então, Mônica saiu correndo.

– Vamos Elena – Armin me chamou.

Subimos as escadas e fomos até o seu quarto. Foi como entrar em outro mundo. Seu quarto era verde com alguns detalhes pretos e brancos. Havia um armário preto com alguns posteres de games colados. A cama dele era de casal.

– O banheiro é ali – Armin apontou a porta que estava aberta – Vou pegar umas toalhas para você.

Ele saiu e voltou tão rápido, que nem acreditei. Ele voltou com uma toalha amarela.

– Aqui – Me entregou a toalha.

– Obrigada, por tudo – Sorri.

Ele sorriu também e bagunçou o meu cabelo.

Entrei no banheiro e fechei a porta. Me despi. Ao olhar aquele vestido, o nojo que eu sentia voltava. Mas, pelo menos agora e aqui, eu quero esquecer. Entrei no box e liguei o chuveiro.

Peguei o shampoo e o sabonete e pensei: “Eu vou ficar com o cheiro do Armin”. O que não era uma coisa ruim.

Assim que terminei o banho, desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha. Sai do box e fui até o quarto. Lá, em cima da cama, havia um pijama branco, e uma lingerie branca também.

Vesti a lingerie e logo em seguida o pijama. Havia uma escova de cabelo rosa e uma escova de dentes. Penteei o cabelo depois fui até o banheiro e escovei os dentes.

Eu estava tão cansada, mas eu não sabia onde eu dormiria. Então, Armin deu duas batidas na porta e entrou.

– Então Elena, você fica com a cama e eu durmo no colchão, pode ser? – Perguntou Armin.

O problema era: Eu não queria dormir sozinha. Eu estava com medo. Mas como dizer para ele que eu quero que durma comigo?

– A-Armin... – Gaguejei.

– Oi? – Ele olhou para mim, mas eu não consegui falar – Bom, vou ir tomar banho. Se você quiser, já pode ir dormir.

Então ele entrou no banheiro e fechou a porta.

Fui até a cama e deitei. Peguei o cobertor e me cobri. Apaguei a luz deixando apenas a luz do abajur ligada. Eu iria esperar ele terminar o banho para dizer que eu gostaria que ele dormisse comigo, pelo menos hoje.

Esperei, esperei, esperei... E quando eu já estava quase dormindo, a porta do banheiro foi aberta, e de lá o Armin já saiu vestido com uma camiseta branca e uma calça de moletom. Ele já ia deitar no colchão quando eu juntei coragem e disse:

– Armin, por favor, durma comigo hoje! – Eu falei um pouco rápido, mas acho que ele conseguiu entender.

Ele me olhou e deu um sorriso gentil. Então andou até a cama e deitou do meu lado.

– Melhor assim? – Perguntou.

– Sim, com certeza – Sorri.

Virei-me para ele, e ele estava de olhos fechados. Senti o seu cheiro. Era um cheiro bom e tranquilizante.

– Sabe... Você tá com o meu cheiro – Riu – E eu nunca pensei que fosse tão bom.

Fechei os meus olhos também. E assim dormimos, virados um para o outro, porque nenhum tinha a coragem de virar de costas e, ao acordar, achar que tudo foi apenas um sonho.


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Notas finais do capítulo

Link:http://www.youtube.com/watch?v=mWRsgZuwf_8

Beijos e até o próximo capítulo!!!