A manhã estava gelada como o inverno, havia neve em todo o campo, e foi confirmado que o mesmo era de gelo. Um vento calmo soprava, enquanto o sol vermelho nascia, era o momento perfeito, Janiesta, Jenny, Linia, Allano e Analicta foram avançando calmamente, na verdade foram andando até o castelo. Depois de pouco tempo caminhando os exércitos começaram a aparecer, enormes soldados com armaduras reluzentes, porém não estavam em tão grande número quanto o exercito invocado por Janiesta.

Elas se preparavam, Analicta, preparou seu arco, Linia estava pronta para invocar seus feitiços, Janiesta já tinha bolas de fogo nas mãos prontas para serem lançadas, e Allano levantou vôo. Analicta começou a atirar suas flechas com grande velocidade enquanto o exército inimigo se aproximava. Linia e Janiesta correram em direção ao exército inimigo e lançaram seus feitiços e bolas de fogo. Jenny ficou paralisada por um tempo, ela não conseguia acreditar que isso realmente estava acontecendo, ela realmente era destinada a uma guerra. Um dos soldados se aproximou de Jenny, que ainda estava imóvel. Ele estava com uma espada longa, e Jenny logo "acordou de seu transe", desviou do golpe e jogou uma faca com precisão no centro da cabeça da criatura, se ela não tivesse se movido rapidamente provavelmente estaria morta.

Logo Jenny notou que não teria mais tempo para se desesperar, ela tinha que enfrentar a guerra. Jenny e seus aliados lutaram bravamente, seu enorme exército deu conta do recado e logo só sobraram poucos soltados do rei, o que como previsto o enfureceu.

Cada vez mais o rei mandava mais soldados até que seus soldados acabaram, assim como os de Janiesta. Eles estavam cansados e cheios de sangue e cortes devido a longa batalha, e deduziram que como os soldados acabaram, a guerra tinha sido enfim finalizada. Assim que foram comemorar sua vitória um grande ruído foi ouvido. Os portões do castelo se abriram. De lá o rei saiu, com uma armadura tão dourada quanto seu castelo, e uma lança em sua mão. Ele foi caminhando até o encontro do grupo, tirou seu capacete e disse:

-Eu quero uma luta com a escolhida e se ela ganhar o reino é de vocês.

O rei trabalhou por anos táticas de guerra e sabia lançar sua lança com precisão, afinal ele teve muito tempo para treinar já que não cuidava de seu povo.

Jenny então saiu di meio do grupo, apanhou cinco facas e colocou quatro delas num cinto feito especialmente para isso, enquanto manteve uma em sua mão. Ela se aproximou do rei, e eles começaram a travar uma batalha. Os dois na verdade possuíam a mesma habilidade com suas armas, e cada um tinha seu ponto fraco específico.

Kurelo levou a vantagem pois rapidamente notou que o ponto fraco de Jenny eram confrontos corpo a corpo, o que ele era melhor. Jenny gastou quatro de suas cinco facas, as acertou porém em pontos não letais, o que serviu para deixa-lo lento, porém agora era sua última chance ela tinha que acertar. Kurelo partiu para o combate corpo a corpo e derrubou Jenny, ele apertava a mão de Jenny que possuía a faca com um de seus pés, o que restringiu totalmente seus ataques. Jenny não teria saída, ela morreria naquele instante.

Analicta não se conteve e atirou uma flecha no rei, o que fez ele se distrair, e Jenny conseguiu escapar. Ela se levantou de costas e foi correndo em direção a Analicta, como se fosse uma criança fugindo daquilo que tinha medo, e indo para os braços de seus pais se confortar. Porém Kurelo aproveitou esse momento e lançou sua lança. Foi um lance perfeito, que perfurou o tronco de Jenny. Analicta gritou em desespero, e atirou milhares de flechas em Kurelo, que já estava bem ferido, ele tentou fugir porém Analicta o perseguiu.

Enquanto Analicta sedenta por sangue mata da forma mais dolorosa possível Kurelo. Allano se aproxima com lágrimas nos olhos, se senta ao lado de Jenny. Ele apóia a cabeça dela em seu colo, e lhe diz tudo que seu choro não o impedisse de dizer:

-Jenny, eu sei que eu te conheço a pouco tempo. Mas Jenny eu não posso viver sem você, desde o momento que te vi, vi algo especial em você, eu senti algo que nunca tinha sentido, e sei que você também sentiu pois a sua reação foi a mesma. Por favor Jenny não me abandone, eu te amo.

-Talvez nos encontremos numa próxima vida meu anjo guardião.-Essas foram as últimas palavras ditas por Jenny, até que sua respiração cessa.

Allano fecha os olhos de Jenny, lhe da um beijo nos lábios, dá seu sorriso tímido que encanta Jenny, e então começa a chorar e a soluçar sem controle.

Todos estavam perplexos com a situação. Allano fez um funeral digno para Jenny, em que disse:

-Jenny, todos nos te amamamos de forma incondicional, você deu sua vida pela nossa paz e você merece uma vida digna onde quer que esteja.-Então ele sussurrou baixinho-Eu te amo.

-Nós matamos ele por você.-Completou Analicta.

Linia retomou seu trono no dia seguinte, separou quartos para seus amigos no castelo, agora eles eram fortes aliados da rainha, um cargo de muita honra. Linia fez uma estátua na frente do castelo em homenagem a Jenny, e escreveu na estátua: "Em honra a escolhida que nos salvou e restaurou nosso reino, aquela que lutou mais bravamente e derramou seu sangue por nos." Todos agora sabiam quem era Jenny e milhares de histórias foram criadas para "desvendar" seu passado que ninguém conhecia, ela se tornou um ícone para ser apreciado nos dias ruins do reino.