Paranoia escrita por Yasmim Rosa


Capítulo 24
She Will Be Loved


Notas iniciais do capítulo

Olá galerinha, as sumidas apareceram uhuhu
Pois é, não nos matem okey? Temos uma explicação hasusha
Andamos muito ocupadas nesses últimos meses, escola e tals... vocês sabem como é
Então, e pra ajudar a nossa querida Tia Luce teve um colapso mental kkkk ela esteve durante um tempo sem ideias, mas isso é normal, acontece comigo direto
Mas voltamos, o capítulo está menor, mas a partir de agora eles realmente vão se menores, pois o final está chegando hehehe
Agora que está chegando as ferias do mês de Julho prometemos tentar escrever mais okey?
Bom, ai vai o capítulo...




Boa Leitura



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Andava impaciente de um lado pro outro dentro daquele quarto frio, o som de seus passos ecoavam no ambiente. Mas ela já nem ligava mais, não se irritaria com aquilo facilmente enquanto outro motivo consumia sua mente, sua vida corria perigo.

Esperava ansiosa pela porta se abrindo, havia chamado León, ou melhor, Lucas a quase meia hora para avisar-lhe do pequeno ocorrido que mudaria seus planos. Mas o jovem nem fizera questão de aparecer, talvez estivesse muito ocupado para ela naquele instante.

Respirou fundo e se sentou na cama, suas pernas já doíam. Encostou a cabeça na cabeceira e fechou os olhos. Incrível como sua vida havia mudado tanto em pouco tempo. Por um instante pensou em sua mãe, como ela estaria agora se estivesse viva?

Jogou seus pensamentos para longe e bufou, já se assara quase uma hora nenhum sinal de seu enfermeiro. Soava estranho dizer isso, “León seu enfermeiro”. Nunca sequer imaginou nesse fato.

Bufou frustrada e levantou-se da cama, se León não iria até ela, ela iria até ele. Saiu do quarto apressada, nem prestou atenção no que ocorria a sua volta. Vozes de médicos, enfermeiros e talvez “pacientes” que gritavam em seus quartos. Aquilo começou a lhe atormentar. Foi quando se deu conta de que entrara em uma sala desconhecida por ela, havia se perdido dentro daquele Manicomio.

A sala pequena era composta por milhares de caixas, todas seladas com fitas e com escritas que não eram legíveis para ela. Sua atenção se prendeu exclusivamente a uma caixa no chão, aberta. O pó não a cobria, denunciando que ali alguém esteve a pouco tempo. Se ajoelhou, levando suas mãos com desdém até ela.

Sua mão encostou em algo frio, era um porta retrato, o vidro rachado. Era uma foto velha, Diego sorria radiante ao lado de uma mulher, os cabelos loiros e compridos lhe causaram uma onda de inveja. Ela nunca virá Diego esboçar um sorriso daqueles, ou até mesmo parecer feliz ao lado de alguém. Ele sempre mantinha sua posição de médico, o olhar preocupado, pensamentos perdidos em um universo paralelo.

Levou a mão a caixa, pegando um álbum grosso de fotos, sabia que era errado, mas sua curiosidade era maior que tudo. Folheou a primeira página, a mesma mulher ao lado dele, ela usava um vestido curto de flores e um chapéu, Diego estava ao seu lado, com uma camisa branca e gravata borboleta. Os mesmo sorrisos, a mesma alegria invejável.

Outras fotos se passaram, até seus olhos toparem com uma diferente de todas, Diego estava de casaco escuro, com olheiras profundas, e a mulher linda ao seu lado não era mais a mesma, ela tinha poucos cabelos, magra, uma cânula em seu nariz. A felicidade havia ido embora.

Outras fotos se seguiram exatamente iguais a aquela, cada vez a garota pior, logo depois, seus cabelos já voltando, e ela voltando a sorrir, Diego continuava o mesmo, até parecia pior. Era como se não a amasse mais.

Até se deparar com a última foto.

O manicômio atrás dos dois, Diego com a roupa de médico. E a mulher de saia e camisa bem passada. Era a reconhecia.

Jackie.

– O que faz aqui Violetta? – Uma voz autoritária ecoou atrás de si. Levantou-se lentamente dando de cara com Diego.

– Eu estava procurando o Le...Lucas e acabei encontrando essa sala. – Disfarçou a voz, estava assustada.

– Deveria estar em seu quarto... – Puxou-a pelo braço pra fora da sala. – Era só pedir pra chama-lo.

– Mas eu pedi, só que ele não veio, então resolvi ir atrás pra ver se tinha acontecido alguma coisa. – Disse puxando seu braço que ainda era segurado pelo medico.

– Qual é Violetta? Acha que é a única paciente, que é só chamar que ele vem? – A encarou. – Ele tem outros deveres, você não é exclusividade pra ninguém.

– Eu sei disso Diego. – Falou ríspida. – Mas era urgente.

– Se é tão urgente assim, posso te ajudar. – Sorriu tentando concertar sua grosseria de instantes atrás.

– Não, obrigada. – Sorriu irônica. – Apenas Lucas pode me ajudar. – Bufou e seguiu caminhando para seu quarto.

– Espera Violetta. – Segurou seu braço novamente. – Eu não quis ser grosso, me desculpe... – Suspirou. – É que você não pode sair andando pela manicômio desse jeito, é perigoso.

– Tudo bem Diego, já entendi que não me queria naquela sala. – Revirou os olhos.

– Não é isso... – Foi interrompido.

– Onde estava Violetta, fui até seu quarto e não te encontrei. – Lucas se aproximou, estava ofegante.

Diego encontrou o olhar do enfermeiro, a raiva o dominou como sempre, Lucas sempre o irritava, tanto por ser o que Violetta buscava e exatamente era o que ela precisava. Diego não poderia ser o mesmo para ela. Não depois de tudo o que havia acontecido. Não depois de ter sido tão egoísta no passado.

– Eu estava apenas conversando com Diego. - Abriu um sorriso fraco. - Mas já podemos ir.

Diego assentiu, e Violetta tomou um lugar ao lado do enfermeiro, indo em direção ao quarto. O curso dos dois foi dominado pelo silencio, as fotos de Jackie com Diego martelavam em sua mente, o que ela havia passado e agora ela estava sozinha, mas recuperada.

– No que tanto pensa? - Léon perguntou assim que adentraram no quarto.

– Em Diego e Jackie... - Suspirou se sentando na cama. - Quando fui procura-lo acabei me perdendo e descobrindo uma sala. Onde encontrei coisas particulares de Diego com alguém que ele amava, Jackie. - Sua voz saiu baixa, sem vida, o que a surpreendeu.

– E o que isso tem haver?

– Será que não nota? Jackie teve câncer quando namorava Diego e tudo indica que ele a deixou exatamente por isso, por medo se entregar a um amor que não sucederia. - Uma lágrima escorreu de seus olhos.

Porque pensar assim, a fez comparar a situação dela com a de Léon? Porque tudo parecia ser tão complicado, porque nada era como em um filme? Em que poderiam ser felizes? Porque tinha que estar ali?

– Eu também conversei com Angie mais cedo. - Um frio percorreu sua espinha. - Ela disse que estou livre para sair daqui.

León que até então a ouvia atentamente fitando distraído a parede branca do quarto, virou-se robusto para a paciente. A encarou curiosamente e percebeu o olhar triste em seu rosto.

– Calma... – Segurou sua mão. – Eu conversei com ela ontem também assim que saiu de seu quarto, acabei ouvindo toda a sua conversa pela porta...

– E então...? – O abraçou tentando manter-se calma.

– Eu expliquei que você precisava de mais um tempo aqui, que estava se recuperando de alguns traumas do passado e ela concordou em te manter aqui por mais um mês...

– Ah... – respirou aliviada. – Mas e depois León? – O encarou.

– Terei que apressar meus planos. – Suspirou pesado.

– Do que está falando?

– Da vingança Violetta. – Soltou-a. – Terei que me vingar o mais rápido possível.

– Sabe que não gosto quando fala sobre essa tal vingança, por que não deixa isso quieto? – Disse calma. – Podemos ser felizes sem ela.

– Não, não podemos. – A olhou. – Será que não entende que se não houver vingança, você jamais estará livre? Nós jamais seremos felizes nos escondendo dessa forma.

– Eu só não entendo porque essa pessoa quer me matar, o que eu fiz pra ela?

– Você não fez nada, exatamente nada... – Passou a mão pelos seus cabelos soados. – Eu que fiz... – Levantou da cama e seguiu até a porta. – Na hora certa você vai entender.

– Mas...

– Volto mais tarde com o seu jantar. – Beijou a testa da menina e saiu do quarto deixando-a atormentada por aquele assunto: a vingança.


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Notas finais do capítulo

E então o que estão achando? Queremos nossos devidos reviews, mesmo que demoremos, preparamos com muito carinho todos os capítulos. E não custa nada deixar seu comentário aqui, isso além de nos motivar nos deixa felizes em saber que não temos tantos leitores fantasmas.

Bjus, até a próxima!!!