Paranoia escrita por Yasmim Rosa


Capítulo 22
I'm Back


Notas iniciais do capítulo

Tomando as régias dessa história e sendo levada pela emoção do Carnaval, eu, Luce, decidi postar o tão aguardado capitulo de Paranoia, sim, os sonhos de voces se tornaram realidade, esse capitulo foi mais ou menos escrito quando iniciamos a fanfic, e agora ele esta aqui.
Peguem seus lenços, suas bombinhas de oxigenio, seu remedios e marque uma consulta com a Tia Luce aqui se quiser.
Paranoia agora vai demorar para ser atualizada, e uma nova capa irá vir, pela decima vez será? Hum não sei, espero que gostem desse capitulo.



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*Alguns Dias Depois*

Ele adentrou sua sala com cautela e a observou de longe, Violetta estava olhando pela janela o mundo lá fora. O dia estava bem ensolarado para um simples final de semana, mas era possível de ser perceber algumas nuvens que vinham do oeste, estavam carregadas e logo uma forte chuva cairia. Por um instante agradeceu em estar ali naquele lugar e não em sua própria casa, já que em dias assim, ficava sozinha.

Pensou em se deitar e tirar um cochilo, adorava dormir escutando o barulho da chuva, a acalmava ver os pingos escorrerem pela janela, lado a lado. Mas o que mais desejou naquele momento, era estar abraçada a quem tanto amava. Lembrava-se bem que em dias assim, León sempre a levava para sua casa e passavam o dia juntos, abraçados. Um aquecendo ao outro, apenas com o calor de seus corpos. Assistiam filmes, cantavam, brincavam, namoravam, se divertiam demais. Era algo inexplicável. Sentia falta daquele amor.

Quando percebeu que a jovem estava presa em seus pensamentos, resolveu deixá-la sozinha, mas antes mesmo que pudesse dar um passo, a voz ecoou em seus ouvidos.

– Mais remédios? - A menina perguntou entediada ao perceber a presença do enfermeiro.

– Não, apenas trouxe o seu almoço. - Respondeu de prontidão.

– Não estou com fome!

– Eu sei que não está, você nunca tem fome. - Ele pôs sua refeição em cima do criado mudo e se afastou indo em direção a porta. - De qualquer maneira, se sentir fome, a comida está aqui.

– Lucas, por que perde seu tempo aqui nesse lugar? - Violetta se virou para o menino deixando a visão da janela de lado.

– Como assim? Por que essa pergunta agora?

– Não entendo, o que te prende aqui? - Uma expressão de curiosidade se formou em seu rosto. - Sei que Diego só está aqui porque gosta de tratar de loucos. Mas e você?

– É complicado... - Respirou fundo antes de continuar sua resposta. - Uma pessoa me prende aqui que é o único motivo que me faz entrar todos os dias nesse manicômio.

– Ah, sei como é isso. - Disse frustrada ao se lembrar do verdadeiro motivo de sua presença ali. - Agora te entendo. Também passo por isso. - Então a menina se virou novamente para a janela, deixando o enfermeiro de lado. - Sinto falta dos meus dias lá fora, era tão bom.

– Pelo menos está segura aqui.

– Por que ele tinha que ir? A culpa é toda dele... jurou que estaria aqui do meu lado, mesmo que tivesse pessoas que nos separasse, mas... onde ele está agora? - Violetta simplesmente ignorou o comentário de Lucas. - Ele não cumpriu com o que prometeu. Mentiu para mim. Agora estou sozinha... por que ele fez isso comigo? Por que me deixou?

– Talvez ele tenha motivos para isso. - O menino se aproximou um pouco da jovem que ainda permanecia virada para a janela. - Talvez ele não esteja tão longe quanto pensa... talvez ele esteja cumprindo sua promessa.

– Como? Eu não entendo. - Indagou nervosa. - Não o vejo mais, ele sumiu. Antes até aparecia para mim... Talvez fosse tudo loucura mesmo, e o tratamento está fazendo efeito... Isso! - Ela exclamou. - Eu realmente estava ficando louca e Diego está me ajudando a esquecê-lo! León está MORTO! - Gritou feliz.

– E você fica feliz com isso? - A voz do enfermeiro saiu baixa e dengosa, como se quisesse chorar.

– Claro que sim! Agora posso seguir minha vida normalmente, sem visões, sem assombrações...

– E se ele aparecesse aqui agora! E se você o visse de novo?

– Direi para Diego aumentar a dose dos meus remédios, assim o tratamento corre mais rápido.

Violetta então se virou para o jovem, sabia que estava certa. Tinha descoberto o seu problema, a loucura. Agora estava feliz. Mas se deparou com o mesmo triste, seus olhos castanhos não brilhavam como de costume, estavam vermelhos, inchados, algumas lágrimas já escorriam por seu rosto angelical. Ela não entendeu, por que ele chorava?

– Está chorando? - Perguntou sem entender nada.

O garoto não respondeu, apenas abaixou sua cabeça. Violetta que ainda não havia entendido nada, se aproximou do mesmo e quando foi enxugar com seu polegar as lágrimas, ele segurou seu braço com brutalidade, apertava seu pulso com força, machucando-a.

– Me solta, ta machucando! - Ela tentava se soltar, mas era em vão. Ele continuava com a cabeça baixa. - Eu só queria te ajudar. - Ele levantou seu rosto, seus olhos continham fúria. Ela já tinha visto aquele olhar em algum lugar.

– Então é assim que me agradece? Como pode ser capaz de dizer que no estive todo esse tempo ao seu lado? Nunca te abandonei... - Ele dizia furioso. - Quer dizer agora virei uma assombração pra você? Uma visão?

– L-León? - Violetta estava assustada. Não entendia o que acontecia, era León ali. Mas como? Seu amado estava ali.

Ele não respondeu, apenas encarou fundo o olhar confuso dela. Era incrível como continuava linda, mesmo confusa. Precisava dela, precisava saciar sua vontade, sentia falta.

León empurrou a menina na parede, se aproximou e colou seus corpos. Conseguiu sentir sua respiração descompassada, ela estava nervosa assim como ele. Ambos precisavam de um ao outro. Em anos nunca sentiu tanta vontade de fazer algo.

O olhar da mesma não desfocava dele, ela estava em choque, parada, ainda não tinha caído sua ficha. León estava ali. Ela o amava com todas suas forças. Seus lábios se roçaram, o desejo vindo dos dois era enorme. Não podiam conter a ansiedade em fazer aquilo.

León então a tomou em um beijo enfurecedor, era intenso, era maravilhoso. Há três anos não sentia o sabor de seus lábios. Suas mãos apertavam cada vez mais a cintura da jovem, enquanto as mãos dela se entrelaçavam em seu cabelo castanho. Ele então separou seus lábios e começou a dar leves beijos em seu pescoço, Violetta arranhava seus ombros e suas costas, a vontade de tê-lo era mais do que perceptível.

Sobre efeito dos seus desejos, Violetta o beijou novamente, aprofundando mais o beijo. Sentiu as mãos do mesmo seguirem até suas coxas, puxando-as, então as envolveu em sua cintura.

– Léon... Eu... - Violetta estavam sem folego devido ao beijo demorado.

– Achou mesmo que eu te abandonaria dessa maneira? Eu nunca te deixaria, nunca. - Beijou seus lábios de leve. - E me desculpe por ficar tanto tempo fora. - Lagrimas escorreram de seus olhos.

– Não chore, eu sabia que você não tinha morrido, mas depois que vim para cá, você sumiu. - Violetta acariciou seu rosto angelical. - Eu fiquei com medo, e dai veio a conclusão que estava mesmo louca, mas nem tudo é loucura. - Passou as mãos pelo jaleco branco do enfermeiro.

Léon suspirou, acariciou rosto da amada, que havia mudado desde estivera ali, sempre com olheiras e os olhos tristes, mas dessa vez, ele viu um brilho intenso dentro deles, sentiu de volta o que nunca mais tinha sentido a três anos atrás, beijou seus lábios docemente, suas mãos se direcionaram a sua cintura tentando colar ainda mais os corpos, Violetta levou as mãos ao botões do jaleco branco, percebeu que Léon sorriu durante o beijo, com dificuldade desabotoou o primeiro botão, já estava no segundo quando o ar se fez necessário.

– Já cogitou a possibilidade de isso ser errado? - Perguntou Léon beijando o seu pescoço.

– Muitas vezes, mas com você aqui, vale apena, tudo, eu arrisco tudo por você. - Levou novamente aos mãos ao jaleco.

Em questão de segundos, o jaleco estava no chão, a camisa de Léon estava bem colada ao corpo, o que o deixava ainda mais bonito, Léon percebeu o olhar da garota e sorriu malicioso, levou as mãos até o vestido abatido que ela usava, desfez o laço em sua nuca, o vestido caiu sobre os pés dos dois em seguida, Violetta afobada toma Léon em um outro beijo, forte e docemente como ela sempre lhe dava, a anos não se sentia tão completo, a garota ali que estava com ele, não era mais uma, era a garota de sua vida, a que o fez acreditar no amor verdadeiro.

– Isso não é justo. - Violetta bufou. - Minhas roupas são bem mais fáceis de tirar.

– As roupas podem ser fáceis, mas você não. - Léon a beijou novamente.

Com certa fúria, Violetta levou as mãos ao cinto da calça, não entendia como poderia ter sido tão desligada a ponto de nunca notar que Lucas era Léon, que estivera sempre com quem amara sem saber, ele sempre estava ali, quando ela chorava e quando sofria, fazendo o possível para vê-la bem, mas para ela ficar ótima, só precisava que ele existisse de verdade, e isso era real, não era um sonho, perdida em seus pensamentos, bem havia se dado conta que ambos estavam seminus.

– Continua linda, mesmo estando louca. - Léon falou irônico, arrancando risadas de Violetta.

– Poderia ter maneirado nos medicamentos. - Sussurrou o provocando. - Eu poderia ficar louca de verdade.

– Louca por amor? Acho que não. - Léon beijou-lhe o pescoço e a pegou no colo a levando a cama.

A deitou delicadamente, mesmo a cama sendo pequena, ambos entraram ali perfeitamente, Violetta sorriu em seguida, ela nunca havia se sentido tão completa, Léon acariciou o rosto dela com carinho, e ali, no meio de uma briga e um amor escondido, eles voltaram a se amar intensamente.


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Notas finais do capítulo

E então amados? Superamos todas as expectativas de voces? Leonetta fez voces nascerem de volta? Nos esperamos que sim porque perdemos alguns leitores e adiantamos tudo isso por voces, bom, comentem por favor, se não, não sabemos mais o que faremos o que fazer com voces amadinhos.