Paranoia escrita por Yasmim Rosa


Capítulo 16
Of all the times I loved I, this was the worst


Notas iniciais do capítulo

Oie queridos Yayanáticos e Sweetnáticos hahaha voltamos! u.u
Nem demoramos tanto assim não é?
Estávamos tão apressadas pra escrever esse capítulo que fizemos ele em um dia apenas!
Pois é, digamos que ele não seja o melhor, mas está demais, eu mesma me surpreendi!

Queria agradecer a Bruna Fic pela maravilhosa recomendação, amamos... muito obrigada, este capítulo é pra você!
Eu e a Sweet agradecemos por todo o apoio que estamos recebendo!
Bom, sem mais delongas, aí vai o capítulo!

/Yaya Blanco



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Estava inconformado, como Germán podia ter feito aquilo com uma simples garota. Tudo bem que ela não reagira nada bem em relação à morte de León, mas não era necessário que a internasse num manicômio dizendo que estava louca. Suas visões com certeza não passavam de reações ao ocorrido.

Saiu da casa dos Castillos nervoso, queria entender o motivo de tal ato idiota de Germán, por mais que ele quisesse o bem da filha, não ajudava em nada. Agora entendia porque Angie havia ido embora e largado tudo para trás, Germán nunca tomaria jeito, sempre seria o mesmo.

Entrou no carro apressado e dirigiu ao mais rápido que pode em direção ao tal Manicômio Shodol Fouver, ele já ouvira falar desse lugar, mas nunca pensou que um dia iria visitar alguém ali. O local era falado na cidade inteira pelo famoso doutor Diego, talvez ele fora o médico de Violetta também.

Parou o carro na portaria, três homens sérios o encararam, não entendia pra que tanta segurança num lugar onde só tinham “loucos”. O que de mais poderia acontecer? Assim que autorizada sua entrada seguiu diretamente para a recepção. Uma mulher ruiva, baixinha e sorridente teclava algo no computador.

– Pois não? Em que posso te ajudar? – Perguntou sorridente.

– Vim fazer uma visita!

– A qual paciente?

– Violetta Castillo.

Sua respiração quente bateu em seu rosto, fechou os olhos se deliciando com a caricia dele no seu rosto, Lucas estava na sua frente com as mãos presas na sua cintura, enquanto Violetta estava presa entre ele e a parede, depois daquela conversa com Tomas, o mesmo saiu dali sem deixar um vestígio que voltaria, e isso a alegrou em partes.

– Então você aceita? - Perguntou Lucas no seu ouvido descendo e subindo com as mãos na sua cintura.

– Eu aceitaria se não fosse perigoso, Lucas se a gente sair daqui de noite, escondidos, e se nos descobrirem você vai ser demitido, e todos aqui sabemos que é proibido sair por ai, ainda mais de noite do Manicômio. - Sussurrou com a voz fraca devida a aproximação dos dois.

– Não custa nada, vai ser apenas um encontro, e se não for do jeito que você esperar, eu deixo você em paz. - Arqueou as sobrancelhas sorrindo enigmático.

Violetta revirou os olhos, não tinha como não dizer não ao enfermeiro que estava ali na sua frete a convidando para sair a noite e viver pelo menos uma coisa juntos fora daquela manicômio, isso a fez pensar, se nunca estivesse vindo parar aqui talvez jamais teria o conhecido, e não estaria tão envolvida como esta agora.

– Tudo bem, eu aceito sair com você, mas se a gente for pego...

– Eu te pego as onze. - Lhe beijou a testa e saiu do quarto com um sorriso maroto nos lábios.

Violetta caiu na risada, por algum motivo as atitudes do enfermeiro a intrigavam, ele parecia ser muito como Léon, a mesma forma de se entregar a vida e não ligar para o depois, e aproveitar o agora, foram interrompida de seus pensamentos quando alguém que jamais pensou em ver na vida apareceu na porta do quarto.

Diego entrou ao seu lado com um sorriso no canto da boca, parecia estar feliz. Mas o que mais a intrigava era o fato de Pablo estar ali, o que seu ex-professor queria com ela?

– Violetta, você tem visita. – Diego disse como se fosse a coisa mais obvia. – Com licença. – E saiu.

– Pablo, o que faz aqui? – Sua foz saiu falha. – Se veio pra falar do Studio ou dos meus amigos nem precisava ter vindo e...

– Não Violetta, não estou aqui pra isso! – Disse cortando-a. – Se quer saber, eu nem trabalho mais no Studio. – Falou causando uma expressão confusa em Violetta. – Mas isso não vem ao caso agora. Vim conversar com você a respeito de outra coisa.

– Outra coisa? E o que seria?

– Bem, é a respeito do motivo de você estar aqui. – Disse com cautela, fazendo a menina suspirar. – Eu tenho uma notícia que pode te deixar feliz, ou não.

– Como assim?

– É sobre a morte do León. – Disse cansado. – Eu sou delegado agora Violetta, e descobri algo sobre seu falecimento.

– Descobriu o que? Quem o matou Pablo? – Gritou entusiasmada, precisava saber quem tinha feito aquilo.

– Acalme-se Violetta. – A fez se sentar na cama e sentou-se ao seu lado. – Eu não descobri quem fez isso, mas tem algo mais importante.

– O que Pablo, me diga!

– Eu encontrei o corpo dele. – Disse por fim fazendo lágrimas escorrerem no rosto da menina.

Violetta respirou fundo, fechou os olhos tentando manter a calma, não, eles tinham mesmo encontrado, só que para ela, ele ainda estava vivo, e estava, como poderia estar morto? Passou esse tempo todo esperando por uma noticia como essa, e agora que ela lhe veio, não sabia como agir e nem como pensar em relação a tudo que estava vindo a tona.

– E já descobriram que o matou? - Sussurrou enxugando as lagrimas.

– Não, mas eu irei verificar, eu realmente nunca soube que você esteve todo esse tempo aqui Violetta, pensei que ainda frequentava o Studio como todos. - Falou com uma pontada de tristeza na sua voz. - Mas eu estou aqui mesmo para saber se você sabe de alguma coisa que possa nos auxiliar nessa investigação.

– Eu realmente não sei muito, o pouco que sei é o que vocês já sabem, mas Pablo, eu fico em partes "feliz" por saber que vocês irão resolver tudo isso, e que finalmente eu saiba da verdade e que talvez possa sair daqui o mais breve possível. - Sorriu forçado tentando parecer forte.

– E nós vamos resolver, então, eu tenho que ir, mas qualquer coisa que eu saiba, eu lhe aviso. - Pablo abraçou a menina rapidamente e saiu do quarto em seguida.

Violetta sentiu uma dor aguda lhe tomar conta, se jogou na cama e se pôs a chorar, lagrimas escorriam dos seus olhos deixando o travesseiro molhado, os soluços dominavam o quarto completamente, pensou em Léon, e em todas as vezes que ela sonhou que um dia se casaria com ele, que teria filhos lindos como ele, que envelheceria ao seu lado e que estariam tomando chá na varanda com os netos aos seus lados, era um sonho bom, que nunca se tornaria realidade, não agora que tudo estava pronto para ser solucionado.

Lucas entrou no quarto trazendo os remédios quando a viu, caída na cama com a respiração rápida e com os soluços dominando o quarto, se sentou ao seu lado e afagou seus cabelos, Violetta levantou o olhar assustada e se jogou nos braços do enfermeiro não ligando mais para nada.

– O que aconteceu? – Perguntou enquanto acariciava seus cabelos.

– Lucas... – Ela não conseguia falar. – O León...

– O que tem ele? – Suspirou cansado.

– Pablo veio aqui e... disse que encontraram seu corpo. – Disse entre soluços. O enfermeiro arregalou os olhos assustado.

– Calma, vai ficar tudo bem. – A abraçou tentando conter seu nervosismo. – Olha tenho que terminar de atender os outros pacientes, mas já volto. – Levantou-se, beijou a testa da menina e saiu.

Violetta ficou ali parada sentada em sua cama. Não sabia o que fazer, não sabia se chorava, se dormia, se comia. Não tinha vontade de fazer absolutamente nada depois que recebera aquela noticia de Pablo.

Olhou para porta do banheiro e pensou na coisa mais idiota que podia pensar naquele momento. Caminhou até o banheiro e parou em frente ao espelho do lavabo. Abriu o armário dali e mirou em um objeto, um objeto que já fizera parte de sua loucura. Pegou a gilete e tirou a lâmina cortante.

Olhou seu reflexo no espelho. Estava pálida, parecia uma morta. Talvez fosse bom que estivesse morta, assim poderia estar com León. Agora que ela tinha plena certeza de sua morte, não fazia sentido continuar ali.

Respirou fundo e antes de fazer tal ato sussurrou “Me espere, eu estou chegando León”. Olhou novamente para seu próprio reflexo e assentiu para si mesma, como se fosse o certo a se fazer. Pegou a lâmina e passou em seu pulso, doía demais aquilo, mas era preciso. Ela estava cometendo uma grande loucura, mas era por amor.

Seu pulso esquerdo já sangrava, achou que daquela forma demoraria demais para morrer. Desistiu de cortar seus pulsos e mirou naquilo que a mantinha viva, seu pescoço. Estava prestes a cortá-lo, mas uma voz ecoou atrás de si.

– Violetta! O que está fazendo? – Diego correu até ela e pegou a lâmina de suas mãos. – O que pensa que está fazendo?

– Eu não posso mais continuar aqui Diego! – Gritou desesperada. – Não tem sentido.

– Violetta, estou aqui pra te ajudar! Pare com isso.

– Diego, eu não aguento! Dói demais!

– Calma, eu to aqui! – A abraçou. – Vem, temos que fazer um curativo no seu braço. – Disse a puxando de volta para o quarto.

Enquanto Diego cuidava dos seus ferimentos, ela se perdia em seus olhos castanhos. Violetta não podia negar que Diego era sim muito bonito, talvez até mais que Lucas. Ela sabia que o seu médico sentia algo por ela e querendo ou não ele também era especial. Ela a ajudara sempre.

– Pronto. Vê se não faz mais isso ta? – Disse rindo.

– Obrigada Diego. – Deu um sorriso torto.

– Bom, agora eu tenho que ir. – Se levantou. – Se cuida, volto de noite. – Disse já saindo.

– Diego, espera. – Aproximou-se e dele.

– O que foi? – Virou-se para ela e ficou nervoso com tanto proximidade da garota, ela estava a menos de cinco centímetros dele.

Em um impulso desconhecido, Violetta o puxou pela gola do casaco e o tomou em um beijo ardente. Ela não sabia por que, mas precisava beijá-lo. Diego a princípio não havia entendido, mas o retribuiu segurando a garota pela cintura e a empurrando na parede.

Suas mãos não se decidiam se ficavam presas em sua nuca ou eu sei peito, Diego a prendeu mais forte na parede suas mãos se mantinham pressas na cintura da garota a puxando para mais perto, seu coração martelava no peito e chegava a doer, toda aquela dor que sentia por um momento se cessou, mas foi quando se deu conta do que estava fazendo, não poderia beija-lo, Léon poderia voltar, e deixa-la ainda pior, se afastou de Diego e abrir os olhos horrorizada, Léon estava no lugar dele, sorrindo para ela, fechou os olhos com raiva, tentando afastar aquilo da memória, abri-os e agora Diego estava ali, á olhando confuso sem entender nada do que acontecia.

–Violetta eu... - Começou a falar, mas foi interrompido por ela.

– Diego, saia daqui, por favor, é o melhor que pode fazer no momento. - Murmurou nervosa, Diego acariciou o rosto dela. - Por favor Diego, eu imploro. - Diego assentiu e saiu dali a deixando sozinha novamente no quarto.

Violetta deslizou pela parede gelada e novamente as lagrimas a invadiram, se não fosse por Diego chegando naquele momento agora estaria morta, e com Léon, e não naquele chão gelado e sozinha, apenas com as lembranças que um dia a fizeram feliz, que a fizeram acreditar em tudo, e pensar que nunca, que nunca seria infeliz com ele ao seu lado, enterrou sua cabeça entre os joelhos e suspirou cansada, então, aquele frio na sua nuca lhe atingiu, abriu os olhos e Léon estava ali, agachado na sua frente, a olhando com pena, e com dor nos olhos.

–Porque fez isso? - Perguntou triste. - Tudo nessa vida tem um propósito meu amor, e se você esta aqui foi porque era o seu destino, e eu morri por algum motivo também, e não, eu não quero que você morra para estar comigo, você sempre esteve, e sempre estará, no meu coração, tudo tem a sua hora, e quando for a nossa, estaremos juntos novamente. - E novamente ele sumiu como se fosse absolutamente normal.

Gritou, gritar era a única coisa que aliviava suas dores, sua infelicidade, em um ato desconhecido por si mesma, tomou as regias de sua vida, rumou até o banheiro e olhou o cabelo castanho, dourado nas pontas, até as costas nesse momento, abriu a gaveta do armário e tirou a tesoura afiada de alumínio de dentro, prendeu os cabelos em um punhado em sua mão, e passou a tesoura,as mechas caíram no piso branco, mechas e mais mechas se sucederam ao mesmo processo depois, seu cabelo agora se encontrava na altura dos ombros, liso, sem a presença dos cachos como antes, estava sem vida, assim como ela.

A tesoura caiu no chão assim que viu Lucas atrás de si, com uma das mãos apoiada no seu ombro magro, havia perdido muitos quilos desde que entrara ali, estava sumindo mais a cada dia que passava, e nada parecia cura-la, nada parecia fazer ter saúde, apenas a felicidade lhe trazia isso, e ela não tinha nada disso.

– Porque você fez isso? - Perguntou á olhando sobre o espelho com os olhos tristes.

Violetta se virou para ele, estava sem o jaleco branco e com apenas uma camisa azul clara e calça jeans, seu cabelo todo bagunçado, Violetta passou os dedos pelos seus cabelos macios, olhou em seus olhos escuros e castanhos como o céu à noite, e fechou os olhos, se deixou dominar pelo seu aroma marcante, e pelos braços que a envolveram naquele instante, tudo estava desabando, ela tinha perdido sua base quando descobriu do corpo e tudo o que estava acontecendo fora dali, e nem Lucas e muito menos Diego poderiam afugentar suas dores emocionais.

– Eu quero que você me beije. - Pediu a garota com a voz embargada.

Violetta sorriu tímida e envolveu suas mãos na nuca do rapaz, ele fez o mesmo envolvendo seus braços na cintura dela. Aproximou seu rosto do dele e deixou que ele tomasse a atitude, mas ela se enganou. Percebeu que ele ria de sua expressão, sem mais enrolação, puxou-o para si em um beijo quente, melhor de todos que já deram.


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Notas finais do capítulo

E então, estão gostando da história?
Queremos Reviews hein ;)

Bjos