A Pequena Lady De Ferro escrita por Lady Danvers


Capítulo 7
Nao pode ser!!!É ele!!!




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Louise chegou em casa procurando pela filha, foi de cômodo em cômodo, Julie não parecia estar em casa. Provavelmente estava com Brad,  aqueles dois não se desgrudavam por nada. Quando chega ao quarto de Julie, ela notou o  pequeno papel preso por uma borracha em cima da cama da filha.

— Não acredito que você fez isso, Julie - Louise murmurou, sentando sobre a cama da filha e pegando o bilhete que Julie escrevera.

Louise levantou-se e começou a tomar ação.  Sabia muito bem para onde sua filha tinha ido. No momento em que ela havia lhe contado que seu pai era Tony Stark, Louise já deveria ter esperado que sua filha agisse desse modo. 

—Minha pequena... Cuide-se... Que seus anjos lhe protejam...

Ela sabia que a filha era corajosa e acreditava nela, o problema era que Julie era muito teimosa. E ela sabia de quem ela havia herdado isso.

 

Em Nova York

Enquanto Julie permanecia abraçada a sua bolsa e encantada com a cidade, ela não percebeu que começou a chover. Ela correu para dentro da rodoviária e se sentou em um banco. Ela não se importava de estar chovendo, de estar com fome ou de estar cansada, o que mais importava para ela nesse exato momento é que finalmente chegara em Nova York e que iria encontrar seu pai.

— Como será que ele vai agir quando me ver? - Ela perguntou para si mesma - Será que vai gostar de mim?E se não gostar?E se...

Ela se virou e percebeu um grupo de adolescentes, que pareciam ter entre 17 e 19 anos. Eles estavam maltratando um morador de rua, pegando as coisas dele. Em um momento de reflexo, eles olharam para ela, deram um sorrisinho e vieram em sua direção. Julie pegou suas coisas e saiu correndo.

De vez em quando olhava para trás e lá estavam eles. Ela correu o mais rápido que podia, quando de repente tropeçou em uma latinha jogada na rua, ela olhou para os lados na esperança de achar alguém para ajudar, mas nada. A rua estava deserta, será que eles tinham desistido de pegar ela?

Quando ela ia atravessar a rua naquele lugar escuro em que ela foi parar percebeu uma luz forte vindo em sua direção e gritou, desesperada. O carro freiou bruscamente, quase a acertando. Ela, em estado de choque, percebeu os meninos se aproximando, e nesse exato momento, a porta se abre.

"Não é possível"., pensou a garota, é ele. Ele saiu do carro e olha para a menina que estava sentada no chão.

—Saiam daqui - Ele gritou para os meninos que a perseguiam - Ela está comigo, e se vocês fizerem algo contra essa menina irão se ver comigo - Ele disse em um tom firme, deixando Julie com os olhos brilhando.

Ele se virou para ela e a encarou por um instante, se aproximando. 

Julie estava se segurando para não chorar ou dizer algo que se arrependeria futuramente.

— Me chamo Tony Stark - Ele fala, simplesmente. 

— Eu sei que você é  – Ela respondeu.

— Pode me chamar de Julie ahn...Julie Martinez - ela corrigiu dando um sorriso meio tímido.

Ele a ajudou a levantar, a menina estava encharcada. Então decidiu levá-la para o apartamento que tinha em Nova York. Ao chegar  ele jogou seu guarda chuva em qualquer canto da sala.

—O que você estava fazendo sozinha a uma hora dessas na rua e ainda mais em dia de chuva?- Ele perguntou para a menina.

— Estou a procura do meu pai - Julie respondeu.

— Seu pai deixou você sozinha? – Ele perguntou e ela tinha que inventar alguma coisa.

— Ahn bem...bem... ele ia me buscar na rodoviária mas aí eu liguei para ele por um celular emprestado e ele disse que só viria me buscar amanhã– Foi a primeira coisa que veio a cabeça dela.

— Que tipo de pai deixa a filha sozinha? – Ele perguntou enquanto reclamava. – Em Nova York logo.

Na verdade ela sabia muito bem onde ele estava ela estava. Ela sentou naquele sofá que parecia ter custado milhões enquanto admirava o homem a sua frente. Sua mãe tinha razão, ela se parece muito com o pai. Principalmente os olhos escuros.

— E onde pretende passar a noite? - Ele perguntou, secando seus cabelos.

— Eu ia passar a noite na rodoviária, mas aqueles meninos apareceram então... - ela fez um bico.

— Eu não sou fã de hospedes, mas estamos falando de uma criança então se quiser.... - Julie interrompeu.

—Eu ia adorar. – Ele ficou meio surpreso, nem tinha terminado de falar, mas resolveu não gastar tanto sua voz.

Tony apresentou um quarto para Julie e a deixou a vontade. Ela jogou suas coisas sobre a cama e admirou o grande quarto, ”isso é maior que minha casa” a menina pensou. Depois de arrumar suas coisas e tomar banho, ela deitou sobre a cama com sua revista e um pacote de salgadinho. Folheou a revista até chegar à foto principal de Tony Stark. ”Você é completamente diferente do que dizem,  é legal e parece gostar de crianças”, pensou Julie. Depois de terminar de comer, ela desceu as escadas em silêncio, pegou o telefone e discou o numero do celular de Brad.

— Alô? - o garoto perguntou com voz sonolenta.

— Alô! - ela respondeu, feliz por ouvir a voz do amigo.

— Julie!!

— Brad!!

— Como vão as coisas por ai?

— Ótimas muito boas mesmos.

— Já o encontrou?

— Já sim.

— Que bom!Parabéns

— Obrigada.E como vão as coisas por ai?

— Muito boa, cidade pequena e um pouco fria. Diferente do Texas, as pessoas aqui são mais calmas. Vivíamos em uma cidade ensolarada de 750 mil habitantes, aqui só tem 84 mil.

— Brad...

— Oi?

— Obrigada por tudo

— De nada, e tem mais uma coisa.

— O que ? – Ela perguntou.

— Você deixou seu livro do PJ na picape. – Julie estava irritada no outro lado da linha, se não fosse por estar tão perto de seu pai, ela seria capaz de correr até o Missouri para pegar aquele livro.

— Bom agora vou deitar antes que meu pai venha me ver - Ela riu e ele também - Boa noite Brad.

— Boa noite, Julie.

Ela desligou o telefone e se virou, vendo uma luz na cozinha, foi ate lá e viu seu pai enchendo um prato de biscoitos. Ele a viu e fez sinal de rendição, ela riu e sentou junto dele.

— Quem era no telefone? - ele perguntou.

— Meu amigo Brad.

— Amigo, tem certeza? – Ele perguntou, desconfiado.

—Sim amigo - Ela cruzou os braços - O que esta fazendo?

— Sempre me dá fome uma hora dessas - Ele respondeu.

—Jura? - ela não acreditava, além de serem iguais na aparência pareciam ter as mesmas manias.

—Sim - ele disse, engolindo um biscoito.

—Em mim também dá fome essas horas.

—Ótimo, uma companheira - Ele entregou o pacote de biscoitos e encheu um copo de leite para Julie - Bom apetite senhorita.

— Bom apetite. – Ela disse, com um sorriso.

Eles comeram e conversaram por um longo tempo, depois ela subiu e se deitou. ”finalmente conversei com o meu pai, ele sim me entende”ela pensou, depois fechou os olhos e sorriu antes de dormir.


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