A Pequena Lady De Ferro escrita por Lady Danvers


Capítulo 31
Fim do Começo


Notas iniciais do capítulo

Hello!
Resultado da Votação: NINA DOBREV!, obrigada por votarem.
Agora, o último capítulo...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/424192/chapter/31

BRAD

Eu estava a uma cidade de distância da minha casa. Eu não tinha para onde ir, tampouco podia voltar para minha casa. Não havia mais nada lá para mim.

Tentei ligar para Julie e Louise de telefones públicos, mas nenhuma delas atendia. Será que elas sabiam o que aconteceu a meu pai? E se sabiam, se importavam?

Não importava mais. Eu tinha que arrumar um lugar para ficar.

A noite foi chegando e eu ainda andava. Na minha mochila só tinha algumas peças de roupa e meus documentos.

Cheguei ao centro e fui direto para o único lugar onde eu poderia ficar. A estação de metrô.

Havia algumas pessoas lá, aparentemente voltando pra casa. Aos poucos, a estação foi ficando vazia, até restar apenas eu.

Deitei no banco e fiquei pensando no que fazer em seguida.

—------------------------------------------

 

 

Tony velava o sono de Julie, preocupado com a chance dela não acordar. Ele estava tão perdido em seus pensamentos que não ouviu uma voz muito conhecida chamá-lo.

— Stark?

Tony virou-se, encarando Natasha Romanoff. Ela parecia diferente de quando estava disfarçada. Seus cabelos ainda estavam iguais, mas suas roupas eram completamente diferentes. Natasha usava um colã preto com o símbolo da SHIELD.

— O que quer aqui? - Tony perguntou.

— Vim em nome da SHIELD e também porque eu queria saber como Julie estava - disse ela.

— Achei que você não gostasse dela - disse ele, encarando Natasha - Nem ela de você - completou.

— Ela pode não gostar de mim, mas eu gosto dela. Julie é uma garota esperta, sabe ver além das aparências. Ela sabia, quando me viu, que eu não era quem dizia ser - falou ela, se aproximando da cama de Julie e olhando a garota - Ela me lembrou eu quando mais nova.

Silêncio percorreu o quarto até Tony se pronunciar:

— O que a SHIELD quer?

— Eles querem lhe oferecer assistência. Você poderia levar Julie até a base da SHIELD, ela será melhor assistida lá.

— Eu passo, Julie vai acordar e além do mais eu não quero me envolver com a SHIELD mais do que já estou como consultor - respondeu Tony.

— Eu sabia que você iria recusar. Bem, eu vou indo. Até mais Stark - disse Natasha, se virando e caminhando até a saída.

— Natasha - disse Tony. Ela parou e virou-se para ele - obrigado por vir.

Natasha assentiu e foi embora. Nunca havia visto Tony Stark ser tão gentil e sincero com alguém.

Tony voltou-se para Julie, desejando que ela acordasse logo.

 

JULIE

Três dias depois

Abri meus olhos devagar. Não conseguia enxergar muita coisa até que consegui focalizar meu pai. Ele parecia murmurar alguma coisa.

— Acorde por favor Julie - papai dizia.

Reuni minhas forças para responder.

— Pai? - minha voz saiu fraca. Como se não fosse usada há algum tempo.

Papai olhou pra mim e eu pude ver o estado lastimável em que ele se encontrava.

— Julie? Meu Deus, você acordou. Eu sabia que conseguiria - ele disse pra mim. Seu sorriso demonstrava a felicidade que ele sentia ao me ver. Eu não estava entendendo nada.

— Eu já volto - ele avisou, saindo do quarto as pressas.

Eu tentava me mexer, mas não conseguia. Parecia que eu estava totalmente imobilizada.

Papai voltou logo depois acompanhado de mamãe, Pepper e um cara que parecia um médico (pelo menos se vestia como um).

— minha princesinha - mamãe disse, vindo em minha direção. Ela parecia pálida.

— Mãe, o que está acontecendo? - perguntei para mamãe.

— Você estava em coma Srta. Stark. Por duas semanas - o médico disse.

Em coma? Como assim? Parecia que eu havia apenas dormido e acordado normalmente.

— De jeito nenhum. Ontem era 31 de maio - afirmei.

— É verdade Julie. Hoje é 13 de junho - Pepper disse.

— O que aconteceu comigo? - perguntei mais pra mim mesma.

— Isso nós vamos conversar quando você estiver recuperada e eu vou querer saber exatamente o que você pensou que estava fazendo em se arriscar daquela forma - papai disse.

Ops. Agora eu estava lembrando. Papai e mamãe vão me matar depois que eu sair daqui.

Tentei me levantar, mas estava totalmente fraca.

— Vou chamar a fisioterapeuta - o médico avisou e saiu.

Silêncio pairou no ambiente.

— Me desculpem - eu disse, olhando para os três - sei que errei, mas não me arrependo do que fiz.

— Como pode dizer isso? Você quase morreu - minha mãe disse.

— Aquele cara poderia ter matado o papai - eu disse - Eu sou uma Stark. Era meu dever.

— Essa é minha garota - papai disse, rindo. Eu ri também, mas mamãe e Pepper não pareceram achar a mínima graça. Tivemos que parar de rir.

— E a minha armadura?

— Confiscada até você ter juízo o suficiente. O que pode nunca acontecer - papai respondeu.

— Isso não é justo, mas prometo não usá-la mais. Por enquanto - falei mais para acalmar minha mãe.

— Onde está o Brad? - perguntei.

— Deve estar na casa dele - papai respondeu - está preocupada com o aspirante a namorado?

— Ele não é meu namorado - disse e senti meu rosto ficar vermelho, lembrando do beijo - ele não veio me ver?

— Não. Ele pode não ter podido vir - Pepper disse.

— Tanto faz. Eu só quero sair daqui - falei. No fundo, alguma coisa estava me incomodando. Eu só não sabia o que.

Passei três semanas apenas na fisioterapia e Brad ainda não havia dado sinal de vida e isso me incomodava. Tentei ligar milhões de vezes pra ele, mas só caía na caixa postal.

As férias pareciam passar rápido e eu teria que contar para mamãe que queria ficar morando com o papai. Não seria fácil, mas agora que ela e Marc estavam namorando e iam se casar talvez ela liberasse.

— Mamãe, posso falar com você? - perguntei, entrando no quarto de hóspedes que ela ocupava.

— Claro. O que foi?

— Eu quero ficar morando com o papai. Desculpe - eu disse, sem conseguir olhar pra ela.

— Filha, está tudo bem. Eu já esperava por isso. Você pode ficar - ela disse, me surpreendendo.

— O que? Você não vai ficar brava ou coisa assim?

— Acredite, eu prefiro que você more comigo, mas essa é a sua escolha. Além do mais, quando eu e Marc nos casarmos, nós vamos morar aqui em Los Angeles - mamãe disse, sorrindo.

— Sério? Vamos poder nos ver todos os dias - eu disse.

—----------------------------------------------

 

 

 

Era mais um dia entediante na vida de Clint Barton. Tirar férias da SHIELD não era como ele esperava. Estava no Tenesee há alguns dias para visitar velhos amigos e uma antiga namorada que agora estava casada. Não havia o que mais fazer ali. Decidiu que amanhã mesmo ia embora e voltaria para as suas missões.

Estava ficando tarde. Pagou sua conta no café local em que estava e foi andando pelos becos até o apartamento em que estava hospedado.

A noite estava estrelada e ele pensava em como estaria Natasha agora. Seus pensamentos foram interrompidos por vozes um tanto exaltadas ao longe.

Ele começou a se aproximar e pode ver dois adolescentes e um garoto loiro de vestes esfarrapadas, com certeza morava na rua. Eles queriam pegar os pertences do garoto.

Barton ia interferir, mas neste instante o garoto começou a lutar com os dois. Ele era rápido e com certeza havia aprendido alguns golpes.

O garoto batia, mas estava em desvantagem. Clint resolveu interferir.

— Vão embora - ele disse, ameaçador, apontando a arma que sempre carregava consigo para os dois adolescentes que saíram correndo de medo.

— Você está bem garoto? - Clint perguntou, analisando o rosto do garoto que tinha um olho roxo.

— Estou. Obrigado e até mais - ele respondeu, pegando sua mochila e fazendo menção de ir embora.

— Tenho que dizer que estou impressionado - Clint começou, fazendo o garoto encará-lo - você é rápido, esperto. É um verdadeiro estrategista.

— Por que está me dizendo tudo isto? - ele perguntou.

— Eu sou Clint Barton, um agente de uma organização chamada SHIELD. Qual é o seu nome garoto?

— Brad Cooper.

— Muito bem, Brad Cooper. Eu estou te oferecendo a chance de ser algo mais. De ser um agente da SHIELD. Topa?

— Topo - respondeu Brad. A resposta que determinou toda a sua vida dali em diante.

 

 

JULIE

Dois meses depois

Hoje era o grande dia. Todos nós já a esperávamos. Marc não conseguia conter o nervosismo. A cerimônia era ao ar livre. O que deixava tudo mais bonito.

A música começou a tocar. Minha mãe apareceu diante de nós, deslumbrante em seu vestido de noiva. Eu estava no pequeno altar (ainda bem que não fui escolhida como dama de honra), observando mamãe chegar até Marc.

O padre começou a falar todas aquelas coisas, mas aquilo não era o importante. O que importava era a mamãe.

Eles trocaram as alianças, se beijaram e todos aplaudiram. Mamãe estava tão feliz que até abraçou o papai.

A festa começou e eu sentei no gramado, apreciando a vista do mar. Eu estava feliz por minha mãe e Marc, mas queria que Brad estivesse aqui.

Depois que eu soube que o Major Cooper morreu, fui até a casa do Brad com minha mãe, mas já havia outras pessoas morando lá.

Papai me ajudou, contratando detetives para procurar por ele, mas de nada adiantou. A última pista foi um orfanato. Descobri que Molly foi adotada e que Brad havia fugido de lá pouco depois. Depois disso ele sumiu.

Era como se ele não existisse mais.

Apesar de tudo, eu sentia que ele estava vivo e tinha a sensação de que o veria de novo.

— Julie vem cá! - mamãe me chamou.

Levantei-me e fui ao encontro dela, tendo a sensação de que tudo estava bem... Por enquanto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Roupa da Julie: http://media-cache-ak0.pinimg.com/736x/df/42/39/df4239625219a5d74440150e75888953.jpg

Obridaga a todos que comentaram, favoritaram e recomendaram. A Segunda Temporada já está em andamento. É uma parceria entre a Sofia Veras e eu.
Aqui está o link da segunda temporada: http://fanfiction.com.br/historia/504145/A_pequena_Lady_de_Ferro_2/

Até mais :)