Os Mistérios Do Doutor Jekyll (destino indefinido) escrita por Gogetareborn


Capítulo 6
VI. A grande descoberta!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. ;)

*Att: Contém revelações do enredo da obra original



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Eu acho que na pressa, acabei por não explicar um pouco sobre minha casa. Tentarei ser o mais detalhista possível: Eu divido um apartamento Duplex com um velho senhor, eu vivo em cima, ele vive em baixo. É claro que isso constantemente causa problemas, e pra receber visitas é bem difícil! Ela é de porte médio, três cômodas, sendo que a cozinha e a sala estão na mesma. Recentemente recebi um pequeno aumento então aluguei uma cabana velha que fica nos fundos do terreno, que antes era propriedade do Sr. Finkles. É lá onde tenho minha biblioteca particular. (Tenho uma pequena na casa para disfarçar). Estou planejando comprar de vez a cabana e dar uma boa reformada, já que minhas narinas ardem as vezes de tanto pó atrás daquelas mesas que mais parecem catacumbas!

A sala é pequena, na horizontal pode ser visto uma quina que divide a cozinha da sala, e eu tenho pouco espaço pra realmente aproveitar com hobbys de outros tipos. Na maioria das vezes, estou lendo livros que compro numa biblioteca local, cujo a dona não para de tagarelar quando vou lá, "Puxa, aquele Bart era realmente um vagabundo! Que bom que foi embora, pobre coitado! O que deseja, querido? Ah, esse livro? Ele me lembra Harold, ele foi o meu marido de número 412." - É realmente estressante.

Quando cheguei naquela noite, fui recebido pelo velho que partilha do apartamento comigo, ele estava reclamando de algumas dores que estava sentindo no peito. Eu desejei melhoras e passei como um risco, me senti uma locomotiva tentando subir um morro, pois estava bem cansado. Outra coisa que esqueci de falar é como sou magro, as vezes sinto cansaço de qualquer coisa mais "pesada" que faço, é que o problema é que ao mesmo tempo que quase não pratico esportes, quase não como, e isso tem feito-me perder bastante peso.

Estava receoso quanto ao conteúdo do livro, mas sabia que seja lá o que fosse não iria prender tanto minha atenção, já que eu tinha comprado recentemente uma edição remontada de "Sherlock Holmes: O Cão de Baskervilles", e cá entre nós, Sherlock Holmes com figuras é o desejo de qualquer um, e eu recebi antes mesmo de ser lançado! Olhei para a porta entre aberta do meu quarto, enxerguei aquela relaxante e convidativa cama, mas lutei contra os desejos de deitar lá e acordar só na semana seguinte. Mais uma vez lá estava eu descendo as escadas e indo até a minha biblioteca particular, o que me fez lembrar de comprar um saco de pregos para consertar a porta, que quase caia quando eu tentava abri-la.

Ao fazer aquele velho esforço pra destrancar todas as trancas, consegui entrar. Ele estava mais empoeirado que o normal, já que eu não ia lá fazia cerca de uma semana. Me senti o velho e despreocupado Cornelius de novo, joguei o livro sobre a cerrada mesa, olhei para a gloriosa edição remontada de Sherlock Holmes e pensei comigo: "Primeiro o compromisso! Se controle, Marconne!"

Sentei, encaixei minhas duas pernas no meio das duas pernas frontais da mesa. Ela era marrom escuro, fazendo com que o ambiente parece mais o do castelo do Drácula, talvez você não entenda por não ter ido lá, mas é algo realmente tenebroso a noite. Enfim, abri o livro na exata primeira página, lá haviam rabiscos do nome de Moses em diversas línguas, na segunda página (primeira "in-book"), algumas notas sobre o que me aguardava, nossa. saí de minha casa a pouco tão apressadamente que peguei alguns pedaços do diário, então irei colar no diário para lerem.

"NOTA: Isto é o diário de Moses Tibérius Jekyll, caso tenha o encontrado e aberto, FECHE-O imediatamente, a menos que seja um aspirante da ciência, sem preconceitos a novas descobertas e teorias. Estou-lhe avisando com bondade e sensatez."

Os ditos a seguir, abaixo desta declaração do próprio Moses, estava escrito em letra diferente, cursiva e bem achatada, depois da morte do mesmo. Eram apenas declarações em respeito ao falecido. Sem mais pulei para a terceira página, que era outra assinatura de Moses, desta vez em sua língua, Inglês, e num campo que pedia para a identificação do dono do diário.

As instruções reais começavam a partir do 4° capítulo. Estava um pouco diferente do tipo de letra que eu encontrara um pouco mais pra frente, na página 143 (sendo que ao todo haviam 620 páginas no mesmo), e na 145 já voltava ao normal, era estranho, mas não dei bola para isso.

O livro parecia simples em minhas primeiras impressões, com cálculos que qualquer cientista que se preze saberia efetuar com os olhos vendados. Porém, ao longo do caminho que o diário era percorrido, os cálculos ficavam cada vez mais complicados, alguns até mesmo com regras que nem o mais renomado matemático saberia por completo. E as declarações de Moses ficavam cada vez mais pessoais, pois no início ele só falava sobre compras de imóveis, relacionamentos, viagens, e coisas assim, mas depois, ele começou a relatar inclusive algumas coisas sobre situações financeiras dos parentes, estado de saúde dos mesmos, ele até mesmo presenciara um assassinato, e colocou o bandido atrás das grades.

Algumas páginas estavam arrancadas, rasgadas, ou molhadas. Para minha sorte em suma eram páginas com relatos do dia-a-dia e relatos não muito importantes. Me espantei ao ler um capítulo em que ele dizia que havia salvado uma moça que havia se metido em uma briga com dois homens, pois logo associei isto ao que ocorrera de fato no livro e no filme. Mas ele não citava nome algum, embora houvesse um nome semelhante a "Ivy" no livro, "Lívia", prima de Moses, que constantemente estava associada as palavras "coitada". "desgraçada", "pena", "violentada", "doei", enfim, por um momento pensei ter sido uma adaptação de Robbie.

Mais ou menos na página 112, ele dedica um texto inteiro para Lívia, dizendo que fora uma perda irrecuperável. Que o criminoso havia sido preso com sucesso, que os dois se conheciam a poucos meses... más como diabos é isso? De acordo com a adaptação de Louis, quem havia matado "Lívia" (Ivy) era Hyde (alter-ego de Moses/Henry), e não o marido dela. Estava me sentindo iludido, desconsolado, não sabia onde daria todo aquele trabalho. Já eram 03:12, eu queria dormir, mas minha curiosidade falava mais alto. Continuei a ler com a mesma atenção forte de antes, dando atenção a todos os detalhes possíveis.

Quando finalmente eram 04:55, me dei conta de como estava cansado. Tinha lido até a página 389, e até lá, havia chegado a uma frustrante conclusão: Os líquidos que Moses estava usando para conduzir sua experiência haviam sido proibidos faziam anos, seria impossível reproduzi-los para criar um produto bebível. Eu não conseguiria ingeri-lo sem isto criar uma infecção em minha garganta, pois o tempo que o líquido levaria para perder seu alto teor queimador. A menos que... sim!

Fiquei empolgado, havia descobrido um jeito de burlar o erro que Jean e Moses cometeram. Eu precisaria obviamente de substâncias químicas altamente proibidas, mas era para o bem exclusivo da ciência! O livro de Robert Louis Stevenson só fez as pessoas crerem mais e mais que Moses (no caso, "Henry" ou "Harry") era louco, e eu tinha algo em mãos que poderia provar o contrário!

–Mas, eu só preciso.. dormir.. um pouco.. - Falei isso entre sussurros e gemidos, caindo no chão, dormindo como um bebê.


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Notas finais do capítulo

Olá, leitor. Peço que se leu e gostou, adicione aos favoritos e recomende. Caso queira, obviamente.

E não se esqueça de acompanhar a descoberta de Cornelius Marccone no próximo capítulo!

Grande abraço!



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