A Irmã De Percy Jackson - Tenentes De Caos escrita por LyBook


Capítulo 4
"A gente vai voltar a ficar juntos nem que eu..."


Notas iniciais do capítulo

Me descupem a demora pessoal! Foi mal mesmo!

mas eu juro que tenho um motivo. Eu mudei de casa agora, entao, minha mae teve a brilhante ideia de emcaxotar meu pc cinco dias antes da gente mudar, fiquei so com meu celular. E nesses ultimos dois dias minha mae ta pensando q eu so uma empregada pra limpar a casa nova. Tirei esse dia inteiro só pra escrever o capitulo, que ficou bem grande, quase 3 mil palavras pra recompensar meu atraso.
Me perdoem o atraso, e saibam que eu nunca vou abandonar a fic!
espero que gostem, e na minha opinião esse é o melhor capitulo até agora!
Obrigado por todos os reviews, eu li e amei cada um!
P.S. = O titulo nao coube todo.



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Capitulo 4 - "A gente vai voltar a ficar juntos nem que eu tenha que cortar os céus".

P.O.V. Percy

Não queria mais olhar para o que estava na minha frente. Não queria mais ver meus amigos lutando e se ferindo para me proteger, isso era simplismente imposivel pra mim aguentar.

Me lembrei da conversa que tive com Atena, mãe de Annabeth, quando eu tinha 14 anos e estava na festa no Olimpo depois dos deus decidirem não me matar. Ela havia falado meu defeito fatal, minha lealdade. Me lembro como se fosse hoje o que ela tinha dito, e percebi que aquelas palavras me estavam afetando.

" Em todos os casos aqueles que você ama foram usados para atraí-lo ás armadilhas de Cronos. Seu defeito fatal é a lealdade, Percy. Você não sabe a hora de recuar diante de uma situação sem saída. Para salvar um amigo, você sacrificaria o mundo "

No começo eu tinha achado que Atena estava errada, que isso não era um defeito, e sim uma qualidade. Agora eu percebia que essa minha lealdade poderia custar minha vida. Mas no momento em que estou agora, eu morreria para proteger cada semideus e semideusa que mora no Acampamento Grego-Romano. E é isso que eu vou fazer, não vou conseguir suportar outro dia vendo meios-sangues indo para a ala Hospitalar para me salvar da ira de Zeus.

Só a uma coisa que me impede de ir agora mesmo embora. Eu preciso falar com Annabeth primeiro, dizer a ela tudo o que eu tenho pra dizer.

Sai do meu chalé e fui em direção ao chalé de Atena. Estava no meio da madrugada, ou seja, horario proibido para semideuses estarem fora da cama. Mas eu já tinha quebrado tento as regras, inclusive essa, que não me importava muito com isso.

Enquanto caminhava eu fui olhando atentamente o Acampamento, queria tentar guardar mais detalhes possiveis do meu lar. O Acampamento tinha mudado um pouco, estava meio que uma mistura do Acampamento Meio-Sangue e do Acampamento Júpiter.

A organização em chales tinha continuado, mais como Minerva não tinha filhos Romanos, o chalé de Annabeth continuava tendo apenas semideuses gregos.Entrei de fininho dentro do chalé. Depois de ficar mais de 6 anos lutando e se escondendo de monstros, agente acaba aprendendo a não fazer barulho.

Annabeth estava dormindo tranquilamente em sua beliche. Ela parecia um anjo, daqueles que a beleza pura é de se encantar. Queria tirar da minha cabeça que essa poderia ser a ultima vez que veria a pessoa que mais amo nesse mundo.

Me abaixei ao lado de sua cama e a sacudi devagar, aos poucos ela foi abrindo os olhos.

Assim que aqueles maravilhosos olhos cinzas me fitaram, pude ver interrogação em seu olhar, que foi logo substituido por uma expressão de panico.

Annabeth me conhecia bem demais. Eu tinha certeza que ela sabia perfeitamente o porque de eu estar lá.

- Perseu Jackson, diz pra mim que você não vai fazer o que eu estou pensando que vai! - ela não tinha gritado, mais se falasse um pouco mais alto eu tinha certeza que iria acordar seus irmãos. Coloquei minha mão em cima de sua boca para ela não gritar.

- Por favor Annabeth, apenas escute o que eu tenho pra te dizer. - meus olhos estavam intensos, e por mais que eu tente esconder nessa hora, sei que estou a muito pouco de chorar por estar deixando minha Sabidinha.

Annabeth me olhou, e simplismente afirmou com a cabeça. Peguei sua mão devagar e fui a guiando para fora do chalé.

Quando já estavamos um pouco atrás de seu chalé, soltei sua mão e encarei aqueles lindos olhos que eu tanto gostava. Eles me olhavam com espectativas, e tambem tristeza.

- Annabeth, eu não posso mais ficar aqui. Foi hoje que Zeus declarou minha morte e já temos varios meios-sangues na ala hospitalar. Eu preciso ir embora, só assim Zeus irá parar de mandar seus servos para cá.

- Não Cabeça-de-Alga, você prometeu que nos iriamos ficar juntos não importando o que aconteça. - ela falou, percebi em sua expressão que ela estava desesperada para me convencer. - Todos nos do acampamento somos uma familia, e agora essa familia está protegendo aquela pessoa que sempre os protegeu.

- Sei disso, mais eu não iria conseguir ver algum de vocês morrerem para me proteger.

Nos ficamos nos olhando por um tempo. Assim, apenas vendo os traços um do outro. Me aproximei mais dela e segurei suas duas mãos. Nossos rostos estavam a centímetros de distancia.

- Isso não é uma despedida. Eu juro pelo Rio Estige que eu vou voltar pra você, Sabidinha. Posso estar me afastando agora, mais eu prometo, a gente vai voltar a ficar juntos nem que eu tenha que cortar os céus. - ele diz e percebe que Annabeth está com os olhos lacrimejados, o que não é muito diferente de como ele está. - Saiba que eu sempre e a todo momento vou estar pensando em você. Ficarei o mais perto possível.

Depois que falei isso eu a beijei, transmitindo todo o meu amor e tudo o que estava sentindo neste momento. O beijo foi calmo e doce, quase como um beijo de despedida. A estava beijando gentilmente, e nossas línguas dançavam a dança que já tanto conheciam explorando a boca um do outro. Ficamos ali por um tempo, tentando transmitir o máximo de amor e carinho possível. Estava a abraçando com os dois braços, com medo de perde-la.

Me afastei depois de um tempo, mais nos continuamos abraçados. Uma lagrima solitária escapou pelos olhos de Annabeth, e eu rapidamente e delicadamente a sequei.

- Volte pra mim, Percy. - é tudo o que ela diz. Afirmo com a cabeça.

Me afasto devagar e começo a andar para trás. Annabeth continuava me olhando, como se quisesse salvar na sua memoria todos os meus traços.

- Fale para minha mãe que eu vou ficar bem. - Annabeth balança a cabeça afirmando.

- Se cuida, Cabeça-de-Alga.

Me virei e começei a andar rapido até os estábulos. Meu coração não estava mais aguentando. Sabia que se não fosse embora agora eu não conseguiria ir mais.

[(...)]

Assim que cheguei nos estábulos fui direto até Blackjack. Ele acordou assim que cheguei perto dele.

O que ta fazendo aqui uma hora dessas, chefe? Soube que Zeus está querendo te transformar em adubo de cavalo.

- Muito engraçado, Blackjack. - eu falo. - Estou precisando sair do acampamento e viajar por um tempo, o que acha de ir comigo?

Veio ao Pégaso certo, chefe! Todo lugar que quiser ir, o Blackjack aqui consegue!, ele diz já se levantando. Mas primeiro eu preciso de torrões de açucar, chefe.

- Sabia que iria pedir. - falo dando um pequeno sorriso e tirando da mochila um saco de torrões de açúcar.

[(...)]

Estava montado em Blackjack fazia uma hora. Já havia amanhecido.

Não pense que eu sou burro de estar nos domínios de Zeus, pois eu não estava. Falei para Blackjack voar bem em cima do mar, de um jeito que suas patas toquem a agua.

Tentava tirar a todo custo que aquela poderia ter sido a ultima vez que vi Annabeth, mais simplismente não conseguia.

Não. Eu não podia pensar nisso. Eu havia prometido que voltaria para ela, e não vai ser dessa vez que vou quebrar uma promessa.

Soltei uma mão do pescoço do meu Pégaso e com cuidado tirei uma foto do bolço. Era uma foto minha e de Annabeth. Estavamos na praia do acampamento abraçados olhando o mar, era para ser um momento só nosso, mais Grover apareceu de surpresa e tirou uma foto nossa. Tinha pedido a foto depois para meu melhor amigo, eu a tinha achado linda.

Annabeth estava com um sorriso no rosto olhando o mar, enquanto estava abraçada a mim. Eu estava do mesmo jeito. Tinha o sol se pondo no final da imagem, o que fazia as ondas do mar ficarem alaranjadas.

Mas não tinha sido isso que vez eu gostar tanto da foto, mais sim o jeito de nos dois. Dava para ver, apenas pelas nossas expressões, que estavamos em paz. Simplesmentes felizes e tranquilos, sem se preocupar com o que vai acontecer amanha. Essa foi um dos raros momentos em que estávamos despreocupados, apenas curtindo o momento.

Guardei a foto no bolso de novo. Tentei me concentrar no nosso percurso.

[(...)]

Meia hora depois (depois de ouvir Blackjack falando que merecia mais torrões de açúcar) uma sombra passou pela minha cabeça. Foi bem de relance, mais meus reflexos de semideus não deixaram escapar.

- Blackjack, tem alguma coisa acima de nós. - falei bem devagar e baixo. Não queria que a coisa que estivesse acima de mim ouvisse.

Estranho, estou sentindo cheiro de Pégaso, e não é o meu , ele falou.

- Acelere, tente despistar. - eu falei e no momento seguinte estavamos bem mais rapido.

Blackjack foi até a costa de uma praia vazia e entrou no meio de algumas pedras gigantes. Eu já tinha voado muito em Blackjack, então era muito bom em ajuda-lo a fazer as curvas rapidas e fechadas.

Os movimentos que eu e Blackjack estávamos fazendo eram incriveis, e eu sabia que só conseguimos fazer isso porque tinhamos uma ligação, nós eramos amigos e confiavamos um no outro. Qualquer outra pessoa que só pegou um Pégaso qualquer para poder monta-lo não ira conseguir fazer o que estavamos fazendo agora.

Para minha surpresa percebi que a sombra de qualquer que fosse a pessoa que estava nos seguindo continuava na nossa cola.

- Blackjack, mergu-lhe.

O que? Tá loco chefe? Se lembre que o ser que pode respirar embaixo d'água aqui é você, não eu!

- Confie em mim. - eu falei convincente.

Já disse que odeio suas ideias, chefe? . Ele me diz relinchando, mais logo em seguida se vira para o mar mergulha.

Assim que entramos em baixo d'água eu crio uma bolha de ar em volta de nós dois. Eu só não esperava ouvir o barulho de um Pégaso entrando na agua.

Me virei para o lado e dei de cara com um Pégaso super branco, sua crina e a ponta de suas penas eram azuis e seus olhos totalmente negros.

E em cima de mim estava montada uma menina com mais ou menos minha idade. Ela era linda, isso eu tinha que reconhecer. Seus cabelos eram negros e lisos, um pouco enrolados na ponta e batiam na sua cintura. Suas expressões eram delicadas, mais ao mesmo tempo perigosas.

E meu coração quase parou quando olhei para seus olhos, que estavam no momento com um pouco de diversão mais tambem desafiantes. Aqueles olhos eram familiares. Eu os via toda vez que me via no espelho (o que não era muitas vezes), toda vez que olhava para meu pai. Toda vez que olhava para o mar.

- Pelo truque, mais não é só você que sabe fazer isso. - ela diz com um pouco de divertimento. Só agora tinha percebido que havia uma bolha de ar em volta da garota e de seu Pégaso. Sai do choque de ver aqueles olhos verde mar e olhei para ela desafiadamente.

- Como sabe fazer isso? E porque está me seguindo? - eu falei. Ela apenas deu um suspiro.

- É, é um prazer conhecer você tambem. - ela falou. Continuei a olhando seria e ela revirou os olhos. - Eu sei criar a bolha do mesmo jeito que você, é natural. E o poque deu estar te seguindo é porque eu quero lhe fazer uma proposta.

Tá, agora eu estou totalmente curioso. Que proposta ela poderia me fazer?

- Primeiro, poderia fazer a gentileza de me falar seu nome ou é secreto? - eu falo sendo sarcastico. Ela apenas me olha desafiante.

- Prazer, meu nome é Tálassa e sou uma filha de Poseidon.

[(...)]

ESPERA AI! Eu não posso ter escutado certo. Poseidon não tem mais filhos. Isso não pode ser verdade. E mesmo que fosse, como uma semideusa filha dos três grandes possa ter sobrevivido até essa idade ser estar no Acampamento Meio-Sangue?

Mais a unica coisa que conseguir fazer foi abrir a boca num perfeito "O" e a encarar. Ela ficou me olhando por alguns segundos até parecer extresada com o silencio.

- Já que você não vai falar nada, então eu falo. - ela fala meio impaciente. Continuo a encarando com incredulidade. - Sou uma filha de Poseidon que cresceu desde que nasceu com as caçadoras, e quando tinha dez anos foi chamada para se tornar uma Tenente de Caos.

Tá, agora só pode ser uma brincadeira de MUITO mal gosto. Como alguem pode ser tenente de Caos? Aquele Caos, a super força que criou o universo? Sim, tão fazendo uma brincadeira de multissimo mal gosto.

- Antes que comesse a falar alguma besteira apenas me escute. - falou Tálassa. - Caos vive em um Universo Alternativo, e muitas vezes precisa de ajuda para equilibrar o bem e o mal. E é para isso que ele recruta pessoas da Terra para se tornarem seus Tenentes. Ele nos treina para saber e lutar contra tudo que precisamos, nos manda em missões na Terra, concede pra gente uma parte dos poderes dos deuses, e principalmente, nos da conhecimento que apenas os deuses tem.

- Deixa eu ver se eu entendi. Você é minha irmã e uma Tenente de Caos. - eu falo tentando assimilar o que ela estava falando.

- Você é mais lerdo do que eu pensei. - Tálassa diz, ou melhor, minha irmã diz. Cara, isso é muito estranho.

- Ei! - eu falo. - Não é sempre que uma irmã sua aparece do nada e fala coisas sobre o todo poderoso Caos. - eu falo tentando me defender. - Mas... porque nosso pai nunca me falou sobre você?

- Apenas nosso pai, Ártemis e Apolo sabem sobre a minha existência. Sem contar as caçadoras que ainda estão vivas e que juraram segredo. - percebo que sua expressão tinha ficado mais seria. - Depois que me tornei uma Tenente eu só vinha a Terra para fazer missões, mais acompanhei todas as suas missões pelo holograma que tem na Cidade de Caos.

Eu tinha meio que sentido uma pequena afeição por Tálassa, por isso tinha mais ou menos acreditado que ela era minha irmã. Em suas ultimas palavras agora pude perceber algum sentimento desse, como se ela quisesse que isso tivesse um significado pra mim. E sinceramente, teve sim um significado pra mim. Nunca pensei que alguem poderia ter visto todas as minhas missões, isso nunca passou nem perto da minha cabeça.

- Qual é a proposta que você veio me fazer? - perguntei já temendo a resposta.

- Eu vim aqui para te convidar a se tornar um Tenente de Caos. - ela fala com um suspiro. E desde que nos começamos a conversa, ela nunca demostrou o que ela estava demostrando agora. Ela estava demostrando preocupação. - Se você não se juntar a Caos, Zeus irá conseguir mata-lo algum dia. É sua unica chance.

- Mas se eu me juntar a Caos nunca mais poderei voltar?

- Caos pode permitir que você seja um Tenente que viva na Terra. Você ira sempre continuar seguindo as ordens de Caos, mais poderá ter uma vida e uma família. Irá apenas quando ele o chamar. Mas para conseguir uma permissão de Caos terá que provar que tem um motivo importante para viver na Terra.

Isso não me parecia tão ruim, já tinha provado muitas coisas a varias pessoas. E por mais estranho que isso seja, eu sentia que queria conviver com Tálassa. Conviver com a irmã que nunca tinha sabido sobre a existência. Poderia a ter conhecido agora, mais sentia que queria protege-la.

Meus pensamentos voaram até Annabeth. Será que conseguiria ficar com ela se se torna-se um Tenente de Caos?

- Juro para você Percy que irei fazer de tudo para você e Annabeth ficarem juntos novamente. - ela diz como se tivesse lido seus pensamentos.

Pensei em todos os meus amigos. Grover, Frank, Hazel, Leo, Piper, Jason, Nico, Rachel, Thalia, Reyna, Travis, Connor, até mesmo Clarisse e todos os outros. O que Annabeth havia falado era verdade. Todos nos eramos uma familia, uma familia que protegia uns aos outros.

Tinha prometido a Annabeth que voltaria o mais rápido possível para ela. E se pra que isso aconteça eu tenha que me tornar um Tenente de Caos para poder viver, então será isso que vou fazer.

Será que minha mãe e meu pai ficariam orgulhosos de minha escolha? Acho que essa pergunta eu não vou saber responder.

- Tudo bem irmãzinha, eu aceito me tornar um Tenente de Caos. - eu falo tentando dar um sorriso, o que falho miseravelmente.

Ela me olha feliz, mais dava para ver o desafio em seu olhar.

- Me chame de "irmãzinha" de novo e eu te mando para o Tátaro uma segunda vez.

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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo e das imagens que eu coloquei! O proximo capitulo acho que sai segunds ou terça, depende de vcs se me derem motivação comentando.
Peço mais uma vez desculpa gente pelo atraso, sinto muito mesmo!
Continuem mandando sujestoes sobre o par da Tálassa, eu ainda estou em duvida!
Bjsss e até o proximo!