Unica Et Opposita escrita por Sali


Capítulo 35
Capítulo XXXV


Notas iniciais do capítulo

Che-guei, lalala. Che-guei, lalala. Che-guei, lalala.
Tá, parei.
Chegueeeeeei, gente! Finalmente! Caramba, desculpem mesmo a demora. Dessa vez foi uma mistura de bloqueio criativo e tanta coisa junta que dá até preguiça de explicar e.e Faz quase um mês! Eu nem dei feliz natal pra vocês! Nem feliz ano novo! Santo Zeus, me desculpem mesmo. E feliz natal/ano novo atrasados!

Agora, bora ler?



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Lizzie

Abri um sorriso ao ver Jude abrindo a porta de sua casa para mim.

– Liz! – Ela abraçou-me ali mesmo, antes de me puxar para dentro.

– A Sra. May não está? – Estranhei, ao perceber a ausência da mulher sempre disposta a atender cada pedido de Jude.

– Saiu para fazer compras. – Ela sorriu. – Fora James e os jardineiros, não tem ninguém aqui.

Também sorri. Eu havia ido até a Mansão Ward apenas para buscar Jude; o plano daquele dia – uma semana depois do início do feriado – era passarmos um tempo na casa da Sra. Bennet, a pedido dela mesma, e então, talvez, sair para qualquer lugar.

– Está pronta?

Ela riu baixo, olhando-me com uma meiga cara de culpada.

– Eu vou me arrumar.

Sentei-me no sofá da sala.

– Te esperarei aqui.

Observei enquanto Jude subia as escadas de um jeito saltitante e ri, até que ela sumiu pelo corredor e eu me me voltei para analisar mais detidamente a casa. Eu já havia a visitado umas quatro vezes, mas ainda me surpreendia com o tamanho; aquela sala, que abrigava o sofá de seis mil libras, a porta de entrada e a escadaria que levava aos quartos era facilmente maior que dois ou três cômodos da casa da minha avó. Isso sem contar o comprido corredor e todos os cômodos do andar de cima, de onde, muito provavelmente, saiu a garota de cabelos loiros e curtos que descia as escadas tranquilamente.

– Ah… Olá. – Murmurou ao me ver, com um leve estranhamento no olhar. Como resposta, apenas acenei com a cabeça, vendo-a se dirigir muito provavelmente à cozinha. Minutos depois, ao voltar, cruzou com Jude, que descia as escadas revirando os olhos.

– James é um idiota.

Dei risada do seu tom irritado.

– Por que diz isso?

Ela voltou a revirar os olhos.

– Não viu a tal “Alissa”? – Voltei a rir baixo com o seu tom. – Ele fica trazendo essas garotas para casa…

– Jude, você já me trouxe aqui quatro vezes.

– Eu sei, mas…

Olhei-a por alguns segundos, séria, o que acabou nos fazendo rir.

– É diferente.

Abri um sorriso.

– Vamos, então?

Jude confirmou, tomando minha mão na dela.

. . .

Bebi mais um gole do chocolate quente com canela que a minha avó preparara “especialmente para Jude”, sentindo o calor dela nos meus braços, no sofá pequeno da sala.

– Liz, posso te perguntar uma coisa?

Abri um sorriso de lado.

– Como sempre, claro que pode.

Jude deixou a sua caneca na mesinha diante do sofá, e então virou-se para mim.

– Com quantas garotas você já… sabe, dormiu antes de mim? Além de Carrie, claro.

Engasguei com o meu chocolate quente ao ouvir a súbita pergunta.

– Você… Sabia?

Ela deu um sorriso meigo, encolhendo os ombros.

– Não é difícil juntar um mais um.

Olhei para baixo, sentindo o meu rosto esquentar. Aquilo, a saída com Carrie, era algo que eu preferia esquecer; algo que eu não gostaria que Jude soubesse.

– Eu… Não sabia que você sabia.

Ela sorriu.

– Não se preocupe, eu não me importo. Quero dizer, não mais. Na época me incomodou um pouco, mas sei lá. Passou.

Mordi o lábio, ainda não muito convencida.

– Eu me arrependo um pouco. Disso, dela.

Jude riu.

– Está tudo bem, Liz. Eu sei que é passado. Certo?

Sorri de lado.

– Certo.

– E você não respondeu minha pergunta.

– Jude…

Ela olhou-me.

– Eu quero saber, Lizzie. Não ficarei chateada.

Sorri de lado.

– Não vai me ignorar por três dias, vai?

Foi a vez dela de corar, com um sorrisinho tão lindo que me fez ter vontade de beijá-la. Após deixar minha caneca na mesinha, ao lado da dela, e me certificar de que não havia nenhuma Senhora Bennet por perto, tomei seus lábios nos meus. Ela riu baixinho.

– Você não vai me distrair, Lizzie. Quero a minha resposta.

– Só se você me der uma resposta em troca. – Respondi, sem afastar-me. Ainda sentia sua respiração bem próxima.

Seu nariz roçou o meu.

– É justo. Agora diga.

– Eu não lembro. – Sorri de leve, mesmo que aquilo não fosse totalmente verdade. Eu me lembrava bastante bem de todas as garotas com quem dormi. Dos rostos, jeitos e sensações, mas mesmo assim, não possuía um número.

– Não é possível. Tantas assim?

– Jude! – Exclamei, olhando-a assustada. – O que você acha que eu sou?

Ela riu baixinho.

– Eu não acho nada. Você é que disse que perdeu a conta.

– Eu não perdi a conta. – Defendi-me. – Só não acho que isso é algo que deva ser contado. Nunca fiz esse tipo de coisa pensando em adicionar números a uma lista. Fiz pelo momento, pela vontade.

Vi um sorriso pequeno brincar em seus lábios.

– Tudo bem. Você me convenceu… Mas ainda tenho curiosidade.

Sorri então, analisando-a.

– Você quer mesmo saber, não quer?

Jude olhou-me com aquela expressão de anjo caído que me deixava rendida e confirmou com a cabeça.

– Certo. – Suspirei, lembrando-me de Jenny, a dona da gata Whisky e minha primeira namorada. Me lembrei também de Amanda, a segunda garota com quem dormi, num relacionamento de um ou dois meses que foi muito mais físico que sentimental. Pensei então em Andy, a garota de óculos que possuía a aparência de uma pessoa tímida e estudiosa, mas que me ensinara uma boa quantidade de coisas em seu quarto. Carly, uma amiga de April, com quem eu ficara por apenas uma noite, Keyra, a irlandesa do meu aniversário, e Carrie, na piscina de St. Leonards. – Seis.

– Contando comigo?

Seis, e então vinha Jude. Jude e cada curva do seu corpo, cada sorriso tímido, cada suspiro, cada momento.

– Não. Seis e você, que é simplesmente a mais importante de todas.

Vi os lábios de Jude se abrirem levemente, como sempre faziam quando eu soltava declarações como aquela do nada. E então um pequeno sorriso surgiu.

– Como tenho certeza de que você não disse isso a todas as outras?

Franzi o cenho, sentando-me ereta no sofá, e então fixei os olhos acinzentados da garota que eu amava.

– Porque nem pela minha primeira namorada eu senti o que sinto por você. Porque por você foi demorado, complicado, e eu não costumo largar facilmente o que eu luto para conseguir.

Os lábios de Jude estavam novamente entreabertos. Ela me encarava com sua expressão levemente surpresa. Então vi o lampejo de outro sorriso se abrir, meio segundo antes que ela deslizasse os dedos pelo meu cabelo, me roubando um beijo e me roubando o fôlego.

Antes mesmo que eu percebesse, tinha as mãos na sua cintura, descendo-as lentamente a fim de explorar um pouco mais. A pressão do corpo de Jude no meu me era extremamente agradável.

– Você… – Suspirei. – Não me deu a minha resposta. Em troca.

Ouvi seu riso.

– Dê-me sua pergunta.

Deslizei os lábios suavemente pelo pescoço dela, até chegar ao lóbulo da orelha.

– Quero saber se gostou do que fizemos.

Surpreendentemente – ou talvez nem tanto –, o que saiu da garganta de Jude foi um pequeno e baixo suspiro.

– Como nunca imaginei gostar de algo. – Ela arranhou-me a nuca, levando o meu corpo a arrepios involuntários. – Como nunca desejei antes.

Abri um sorriso levemente convencido, avançando beijos pela parte do colo que a blusa dela não cobria. Ouvi outro suspiro baixo, que foi abafado pelo toque do telefone.

– Mas que droga.

Jude riu, erguendo-se no sofá e acertando a blusa. Estiquei-me a fim de pegar o aparelho, ouvindo então a voz de April, que me chamava para sair.

– Jude? – Olhei-a, sorrindo. – Quer conhecer meus amigos daqui?

Vi um sorriso lindo se desenhar em seus lábios, e ela confirmou com a cabeça.

– Sim, April. – Sorri. – Nós vamos.

. . .

– Então essa é a famosa Jude.

Envolvi a cintura da garota que eu amava ao vê-la enrubescer levemente.

– Muito prazer, sou April. A amiga mais legal dessa má influência.

Ri baixo, vendo Jude rir também, enquanto cumprimentava a garota negra. John, seu namorado, não deixou de cumprimentar-me mal humorado, mas Jimmy, por sua vez, fez questão de ressaltar como Jude era fofa, o que acabou fazendo com que eu lhe desse um tapa forte o suficiente para fazê-lo reclamar de dor.

– Nada de agressões, Lizzie. Vamos logo?

Abri um sorriso de lado, concordando, e nós cinco seguimos April pela rua, enquanto ela tentava arrancar mais informações sobre Jude e a nossa relação e eu tentava ao máximo evitar muito contrangimento.

Por sorte, quase não demoramos a chegar ao pub, que estava relativamente cheio. Senti a mão de Jude deslizar pelo meu braço até encontrar a minha, e sorri de leve ao segurá-la enquanto seguíamos na direção da mesa vazia que Jimmy havia encontrado.

– O de sempre? – John perguntou, antes mesmo de se sentar. Como sempre acontecia, ele era o responsável por pedir a primeira rodada de bebidas.

– Claro! – April riu, obtendo a aprovação de Jimmy e risos tímidos de Mary.

– Para mim, não. Hoje eu só quero Coca.

Os três olharam para mim quase simultaneamente, com expressões surpresas. April, então, riu.

– Ah, ela quer impressionar a Jude. Claro.

Balancei a cabeça, ainda rindo, e coloquei o braço sobre o encosto da cadeira em que Jude sentava, num semi-abraço de lado.

– Eu vou ignorar isso. – Ri baixo, e, me voltando para ela. – E aí, vai querer o que?

Ela deu de ombros e, após uma breve explicação minha sobre o que era “o de sempre”, também optou pela Coca-Cola pura.

No segundo em que John saiu, April inclinou-se para frente, aproximando-se de Jude.

– Olha, eu sei que a Lizzie está fingindo ser séria e responsável, mas na verdade ela não é nada disso. Na verdade, ela é a pior má influência daqui.

A garota ao meu lado riu, e eu sorri apenas por isso.

– Já não basta a minha avó, você também, April? Assim a Jude vai sair correndo.

As duas garotas voltaram a rir, e a minha linda colega de quarto virou-se para mim.

– Sair correndo de você? Claro que não.

Abri um sorriso de lado, puxando-a mais para mim ao mesmo tempo em que John chegava com os seis copos.


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Notas finais do capítulo

Agora, sobre a fic... E aí? O que acharam? Lizzie cafajeste, ou nem tanto? Vou deixar essa pra vocês.
Mais uma coisa: eu vi isso num grupo e achei bem interessante, então quero testar: o que vocês acham se as personagens responderem os reviews desse cap, em vez de mim? Exatamente, a Lizzie, a Jude ou até mesmo a Anne respondendo o que vocês quiserem! Caso gostem da ideia, é só comentar qualquer coisa, mandar as perguntas e dizer pra quem são direcionadas, e eu darei meu melhor pra fazê-las responderem o que vocês quiserem.

E... Bora pra quem comentou, yaaay!
#partiu
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> caçadora de jujubas
> tamis
> Guida Loxar

Agora, pra finalizar... Nesse período de ausência eu escrevi três novas one-shots, e seria lindo se vocês dessem uma passadinha lá. Aqui estão os links:
http://goo.gl/pXZGD0 - - - http://goo.gl/7jtAO2 - - - http://goo.gl/c0yyyb
E também tem essa pessoa que me pediu pra divulgar a fic dela - um conjunto de one-shots orange. Leiam também! >> http://goo.gl/ZQI3xO
E agora sim, acabaram-se as notas. Até mais ver, gente. Fiquem aí com as ones pra não sentirem saudades. Comentem o cap! Comentem as ones! Beijos!