Give Me Love escrita por Izabell Hiddlesworth


Capítulo 1
Prólogo - A Maldição


Notas iniciais do capítulo

Bem-vindos!

Como ainda é só o prólogo, ficou curtinho. Os capítulos serão bem mais longos.

Boa leitura~



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Todo anjo tem sua maldição. A do cupido é de não poder se apaixonar. É uma regra, um tabu, uma perdição. Sua principal arma é seu pior veneno. Apaixonar-se rende consequências dolorosas que possuem diferentes formas de serem cumpridas, sempre terminando em morte.

Esta raça de anjo corre o risco de tornar-se um demônio sem nem mesmo precisar cair do Paraíso. Sem amor, o ódio ganha vez e espaço. Mas há tanto espaço, que a solidão se acopla. Em suma, cupidos podem se tornar vazios, sem nenhuma perspectiva de vida, fadados ao fogo eterno.

Cupidos são alvos constantes de pedidos e julgamentos bipolares. Os outros anjos os olham torto por confundirem a mente e o coração seus protegidos; os humanos, mesmo não tendo plena consciência de sua real existência, os maldizem pelas amarras amorosas.

Poucos sabem que os verdadeiros responsáveis pelas paixões errôneas e falsos sentimentos afetivos são os Eros, cupidos infernais. Eros foram criados para atrapalhar o trabalho dos cupidos. O fazem tão bem e tão discretamente que, se a divisão de paladinos não manter-se sempre em alerta, eles poderiam dissipar uma considerável quantidade de amor da face da Terra.

Cada cupido possui um par de asas pequenas ou médias que crescem conforme sua experiência, um instrumento para atirar flechas e uma aljava a sua escolha e marca que designa a divisão a qual pertencem. Quando em missão, assumem a aparência humana de dia para agir com asas e armas à noite. Vivem à espreita, repuxando a solidão de lado e se concentrando em sua principal função.

Durante sua missão, cupidos devem evitar o contato com Eros. Se algum deles aparecer, as normas dizem para ignorá-lo, fugir ou se esconder. Os paladinos que devem se livrar de Eros, exorcizando-os e os exterminando.

A pena por interagir com um Eros - a não ser para exterminá-lo -, para qualquer anjo, é a morte.

Não há salvação para os anjos, só há regras e sentenças. Não há hinos de louvor gloriosos no canto dos malditos que caem para a terra da tortura. Só há arpões e tritões, choro e ranger de dentes, lamúria e súplicas. A esperança se recusa a passar por lá.

Todavia, anjos foram criados para sobreviver, não para viver. Esta é a prática da lei que rege um terço do Paraíso.

Ser um anjo é pior do que ser um demônio. A maldição dos divinos é cair e se tornar livre.


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Notas finais do capítulo

Bom, o que acharam?

Deixem suas opiniões, críticas e dicas nos reviews, sim?

Até mais,
Lollallyn~