Tomoeda High School escrita por TaediBear


Capítulo 7
Mentiras, Beijos, Mortes e Separações


Notas iniciais do capítulo

tã-dãããã, novo capítulo :D



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A chuva começou a cair pela cidade. Alguns alunos continuavam na escola fazendo as provas, outros já tinham voltado para casa para estudar para a outra prova. Mas havia uma que continuava na escola procurando por uma certa pessoa.

Zero estava sentado em um dos bancos cobertos, em frente à escola. Olhava fixamente para a rua e lembrava-se das palavras de Yuuki:

“Você tem razão, eu amo você, Kamui, não a ele. Eu aceito a proposta, ano que vem eu vou morar com você”.

“O que ela queria dizer com aquilo?” ele pensava.

- Desculpe-me – uma voz feminina na frente dele pôde ser ouvida. Ele levantou a cabeça e a olhou parada chorando. – Zero-sensei, desculpe-me. Mas você sabe que aquilo não é verdade. Como eu poderia amar outra pessoa, se eu te amo? Como eu poderia, ano que vem, morar com outra pessoa, se eu vou morar com você? Por favor, não fique com raiva de mim, mas não conte a ninguém sobre nós dois, até ano que vem. Por favor. Você pode ser demitido e eu, suspensa. Se isso acontecer, não nos veremos mais, e isso é o que eu menos quero.

- Yuuki-chan... Como você consegue ficar ao lado de um cara como eu? Como pode um professor se apaixonar por uma aluna?

- Eu já lhe disse, o amor...

- Não me venha com essa de “o amor não escolhe quem atinge”. Essa foi uma brincadeira do destino. Se nosso destino fosse ficar junto, eu teria me apaixonado por você depois de você se formar, mas...

- Zero-sensei, não diga isso! – ela tentou abraçá-lo, mas ele a empurrou.

- Não me toque! Não se aproxime mais de mim! – ele gritou. – Eu não mereço você. Nós não podemos ficar juntos. Kamui seria muito melhor para você.

- Zero-sensei... – ela começou a chorar.

- Ei, Yuuki-chan... – ele sussurrou arrependido do que disse. Ele tentou puxá-la para perto dele, mas ela não deixou. 

- Se você não quer que eu te toque, então não me toque também. Podia ter apenas me dito que não me amava, em vez de ficar o tempo inteiro me iludindo. Idiota!

Ela saiu correndo, chorando. Zero só pôde ficar observando-a.

 

“O que eu sinto pela Haruhi?” Tamaki pensava. “Eu gosto dela, ela é minha melhor amiga, mas tem algo mais. Eu fiquei com raiva quando a vi com o Hikaru. Algo dentro de mim estava doendo. Meu coração? O que eu sinto pela Haruhi? Eu gosto dela? Eu a adoro? Ou... Eu a amo? Preciso descobrir isso logo, ou será tarde demais”.

Tamaki se levantou do banco onde estava sentado e caminhou em direção à sorveteria onde estava com Haruhi e Hikaru.

- Pare, Hikaru – Tamaki pôde ouvir quando ele se aproximou o bastante da sorveteria. – O que está fazendo? Somos amigos...

- Haruhi, eu te amo.

“Essa não. Eu cheguei tarde demais” pensou Tamaki ao ver Hikaru beijando Haruhi.

 

Os dois se separaram depois daquele beijo, então puderam ouvir os passos apressados de Tamaki indo embora novamente.

- Tamaki! Tamaki! – gritou Haruhi, tentando impedi-lo de ir embora.

- Haruhi, ele não vai te ouvir. Depois do que ele viu... Bem, Haruhi, eu te amo – ele disse se aproximando dela. – Eu fui mais rápido que ele, e percebi meus sentimentos primeiro – ele segurou o queixo dela e quando ia lhe dar outro beijo, sentiu aquela forte batida no rosto. Haruhi tinha lhe dado um tapa.

- Por que fez isso? – ele perguntou com os dentes cerrados e uma mão sobre a bochecha.

- Hikaru... Desculpe-me, mas eu amo o Tamaki, não você. Eu sinto muito. Eu não sei por que eu sinto isso por ele, mas...

Ele suspirou.

- Eu entendo. É assim que é o amor verdadeiro. Você não sabe o porquê de senti-lo, e é impossível de descobrir. O amor verdadeiro não tem resposta para os porquês, você apenas o sente. – Haruhi o ficou observando com os olhos cheios de lágrimas.

- Obrigada, Hikaru. Você sempre será meu melhor amigo – ela disse segurando a mão dele e sorrindo. Ele pegou no cabelo dela.

- E você sempre será a minha. Ah, e se o Tamaki te fizer chorar, me diz, que eu vou fazê-lo sofrer... e muito – ele disse, levantando uma sobrancelha.

- Certo – ela sorriu.

Depois disso, Haruhi saiu correndo atrás de Tamaki.

 

- Onii-chan! – gritou Sakura ao chegar em casa. – Você já fez o jantar? – nenhuma resposta. – Onii-chan?

Ela caminhou até a cozinha e a viu vazia.

- O que aconteceu, Sakura-chan? – perguntou Meilin-chan a seguindo. – Seu irmão não está em casa?

- Bem, era para ele estar, mas... O que será que aconteceu com ele? – perguntou Sakura um tanto preocupada.

            - Não se preocupe, ele deve ter tido assuntos mais importantes para tratar – ela disse tentando acalmar a amiga.

- Tem razão, Meilin-chan. Eu vou fazer o jantar, pode esperar no sofá se quiser.

- Não, eu te ajudo.

- Não precisa – ela disse um pouco sem graça.

- É sério. O que vamos comer? Eu sei fazer comidas chinesas deliciosas.

- Então ta. O que você quer cozinhar?

- Vamos fazer tenshin? – ela disse entusiasmada.

- É a comida preferida do Syaoran-kun, depois de chocolate, né? Que pena que é uma sobremesa...

- Podemos fazer macarrão e de sobremesa tenshin – ela disse sorrindo.

Sakura concordou. As duas foram para a cozinha preparar o jantar. Meilin fazia o molho, Sakura o macarrão. Meilin depois fez o delicioso tenshin.

- Obrigada pela comida! – elas agradeceram depois de comer o macarrão.

- Meilin-chan! Seu tenshin está delicioso – Sakura disse enquanto comia a sobremesa.

- Obrigada – ela respondeu, sorrindo. – Sabe, Sakura-chan, como está indo seu namoro com o Syaoran-kun?

- Ah, bem... – ela começou um pouco sem-graça, derrubando o tenshin que estava comendo. – E-está tudo b-bem. Por que, Meilin-chan?

- Ah, tem certeza?

- Sim, Syaoran é tão perfeito. Sabe o que ele fez hoje? Ele entalhou em uma cerejeira: “Eu sempre vou amar essa linda flor de cerejeira, Lobo”.

Meilin abaixou seu rosto e sorriu maliciosamente, de novo.

- Sakura-chan, você é tão ingênua. – Sakura continuou observando-a, sem entender. – Pois saiba que Syaoran-kun me beijou – ela disse, levantando a cabeça e colocando os dedos sobre os lábios.

- Meilin-chan, isso não pode ser verdade, Syaoran-kun me ama, ele nunca me trairia. – Sakura dizia tentando não acreditar naquilo.

- É verdade, Sakura-chan. Logo depois que vocês começaram a namorar, ele me procurou e disse: “Meilin-chan, a verdade é que eu não gosto da Sakura. Na verdade,  eu amo você. Só queria te fazer ciúmes para que me amasse, mais”. Então me beijou.

Sakura olhava incrédula para Meilin, que voltou a falar:

- Se eu fosse você, prestava mais atenção nele, nunca confiaria nele. Pense nisso. Bem, preciso ir – ela disse se levantando. – Obrigada pelo jantar estava delicioso.

Depois, ela foi embora. Sakura só pôde ficar parada, sem saber o que fazer.

 

 

“Eu tenho que matá-lo, mas... Mas eu não posso. Bem, na verdade, eu não quero. Ele é meu único amigo humano na escola” Momo pensava, enquanto voltava para casa com Kaoru.

- Momo-senpai? O que aconteceu? – Kaoru percebeu que Momo estava muito distraída.

- Hã? Ah, não é nada, Kaoru-kun – ela disse e sorriu.

Kaoru segurou os ombros dela e a virou para si. Olhou seriamente nos olhos dela e continuou:

- Tem alguma coisa errada, sim. Por favor, não minta para mim.

- Não tem nada de errado. É sério.

“A última coisa que eu quero é contar isso ao Kaoru-kun. Não posso contar de jeito nenhum. Eu devo, pelo menos, mentir apenas sobre isso para ele”.

Momo virou o rosto para o outro lado, tentando se desviar daquele olhar. Kaoru segurou seu queixo com os dedos e a forçou a olhar para ele.

- O que aconteceu? – ele perguntou.

Ela não queria mais mentir, nem olhar para o rosto dele. Empurrou-o e saiu correndo.

“Desculpe, Kaoru-kun. Mas me dê um tempo para eu tentar escapar disso”.

Ela continuou correndo com lágrimas nos olhos até ouvir uma voz em sua cabeça, novamente:

- Mate-o. O que está esperando? Esse garoto deve morrer.

- Mas, por favor, eu não quero matá-lo – Momo disse já chorando.

- Shinigami Momo! Esse é seu dever! Se você não cumpri-lo, perderá a imortalidade e nunca mais voltará para a Terra.

- Eu sei, mas...

Enquanto ela tentava arranjar um jeito de fugir daquele terrível destino, um garoto tocou em seu ombro. Ela virou e viu aquele rosto já conhecido e o cabelo alaranjado.

- Kaoru-kun...

- Bem, na verdade...

Ela pulou em cima dele e começou a chorar mais e mais. Ele a abraçou, meio sem jeito. Ela levantou seu rosto vermelho e molhado, e uma foice apareceu perto dela. Afastou-se um pouco e apontou a foice para ele.

- Se você não vai matá-lo, nós o matamos, e com o seu corpo – a voz ecoou em sua cabeça.

- Não... Não! Parem! Kaoru-kun, não sou eu que estou fazendo isso acredite em mim, por favor.

- Mas... Eu não... – ele falava com o olhar assustado. Não conseguia formar frases. A única coisa que conseguiu fazer foi cair no chão.

Momo levantou seu braço e dirigiu a foice na direção dele.

- Parem, por favor! – ela gritou, mas já era tarde.

O sangue molhava os sapatos de Momo. Seu rosto também estava sujo do sangue que espirrara. Ela não queria acreditar. Caiu de joelhos no chão, ao ver o corpo de seu amado, sem vida, caído no chão.

- Kaoru-kun! – ela berrou e colocou a cabeça sobre o peito dele. Ela chorava descontroladamente.

 

 


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado ^^
Reviews são sempre bem vindos ;D

beijos:* Takoyaki-chan desu ~ :3