Capítulo 6

A música clássica ecoava pelo local, o número de vozes pareciam duplicar a cada segundo o cheiro de incenso irritava um pouco, seus olhos pareciam que estavam atentos a horas, mas somente agora parecia enxergar, as pessoas de vestes tão pesadas elegantes dançando, conversando e agora, voltando toda sua atenção a ela.

Olhou para seu reflexo num grande espelho preso na parede de pedra, seus cabelos róseos presos com dois ou três cachos soltos, joias tão pesadas que se perguntava com mantinha a postura dentro daquele vestido, vestido esse com diversas camadas, rendas tão detalhas que só poderiam ter sido feitas a mão, a cor rosa num tom mais claro parecia dar mais visão as linhas de ouro...

Segurou o ar de seus pulmões quando sentiu uma mão segurar a sua, olhou o degrau a baixo do seu o moreno de olhos ônix que lhe encarava com uma expressão triste. Tentou falar algo, mas sua garganta doeu, soltou a mão dele segurando seu próprio pescoço, agora todos murmuravam olhando para si, não tinha ar e seus olhos começavam a arder, olhou novamente para o moreno que deixava uma lágrima escapar...

–Acorde... – fechou suas esmeraldas devagar...

–Ela está acordando! – ouviu uma voz feminina gritar, sentia o ar voltando aos poucos e finalmente conseguindo abrir seus olhos vendo somente uma forte luz...

X

–Ela já está acordada, finalmente. – disse o doutor assim que abaixou sua mascará.

–O que Sakura estava fazendo lá? – Tsunade se perguntava, desesperada com o atual comportamento da rosada.

–Calma, Tsunade. – pediu Ino a abraçando – O que importa é que ela esta bem...

–Podemos ir vê-la? – pediu Tsunade ao médico, mas enfermeiras já levavam Sakura numa cadeira de rodas para fora daquela sala – Querida!

–Desculpe, ela disse que quer ficar sozinha. – disse a enfermeira seguindo para outro quarto.

Tsunade ficou ali, olhando a rosada de lábios secos, olhos fundos e pele pálida ser levada para longe de si.

X

Sasuke

Era difícil observar de longe como ela estava, primeiro ver aquelas duas loiras preocupadas com a rosada e dispensadas por ela, não que sentisse pena delas, mas via a relação anterior, era tudo tão diferente, tudo diferente antes que eu surgisse na vida dela...

Segui para o quarto onde estava, sentada na cama olhava para o nada, mas assim que adentrei entre aquelas quatro paredes vi um sorriso se formar em seus lábios, a surpresa tomou conta de mim, ela pareceu sentir minha presença, não somente uma suspeita de sua parte, mas uma certeza que ali dentro havia mais alguém.

–Devo estar horrível, agora... – disse num tom baixo.

Para mim, sempre estará linda...

–Naquela festa, eu me senti gloriosa apesar do susto. – riu fracamente olhando para a janela – Não vejo tanto sentido nas coisas aqui agora, sabendo da sua vida a minha parece tão sem graça...

Não diga isso, sua vida era ótima, eu que estraguei tudo, pequena, mas não posso, não consigo ficar longe de você sequer um segundo...

–Preciso de você... – ela disse deixando uma lágrima escapar de suas esmeraldas – Preciso sentir você...