Pela manhã Steve acordou com o rosto coberto por alguns fios ruivos, sabia à quem pertenciam. Então logo sorriu.

- Bom dia... – Disse pressionado os lábios contra a pele macia da moça.

- Bom dia. – Ela respondeu se virando.

- Se eu acordar todos os dias assim vou pensar que estou no céu... – Steve sorriu.

- Na verdade... Eu estou no céu com você aqui do meu lado...

- Eu poderia ficar aqui o dia todo...

- Exatamente, poderia... Não vai por que vamos para Nova York agora. Vai buscar algumas roupas. Anda! – Falou puxando ele para se levantar.

- Passo aqui em cinco minutos. – Respondeu caminhando para a porta.

- Estou te esperando. – Ela sorriu e abriu uma bolsa para colocar algumas roupas. Minutos depois de arrumar tudo foi tomar um banho. Steve apareceu enquanto ela saía apenas com uma toalha preta envolta do corpo. Ele suspirou a fazendo sorrir satisfeita... – Ainda da tempo de mudar de ideia...

- Olha tem que se acostumar com isso, eu sou de 'séculos' atrás... Não estou acostumado com as coisas do seu jeito. – Mesmo um pouco decepcionada ela ainda continuou sorrindo.

- Já que prefere assim eu acho melhor eu vestir isso no banheiro... – Disse seguindo para o banheiro.

- Exatamente, que bom que compreendeu. – Ele disse se sentando na cama. Natasha não pôde evitar rir da cena.

- Só não se esqueça Capitão, que eu também sou de alguns 'séculos' atrás. – Ela disse já passando pela a porta do banheiro. Enquanto voltava para o quarto foi pega de surpresa por Steve, que encarava uma foto...

- Isso parece uma arma... – Disse mostrando a foto para Natasha... Era a única foto dela que conseguiu salvar... A única coisa que tinha do seu passado miserável.

- Isso é uma arma... – Respondeu um pouco triste e retirando rapidamente a fotografia das mãos dele.

- Perigosa... – Ele brincou para quebrar o clima pesado. Ela deu um sorriso forçado e abaixou a cabeça. – Ei... Não precisa ficar assim. É uma brincadeira. – Ele a abraçou.

- Tudo bem... Vamos?

- Claro... Vamos. – Ele a segurou pela cintura e pegou as bolsas no chão.

Quando chegaram ao apartamento estava tudo como Natasha previu que estaria... Não tinham errado em quase nada.

- Olha eu tenho que admitir, é mesmo bonito. – Steve disse reparando nos traços mais antigos que Natasha escolheu, reparou na decoração que tinha um toque moderno mas com leves detalhes que estavam em perfeita harmonia. Ela sorriu se aproximando.

- Estou pensando em não ficar como uma maluca em missões da SHIELD... Isso não é muito bom... Isso era para antiga Natasha, a Viúva Negra.

- Vai deixar a SHIELD? – Ele perguntou confuso.

- Não, apenas vou deixar de morar na SHIELD e estar a disposição 24 horas por dia.

- Acho que entendi... – Ele sorriu acabando com o curto espaço entre eles e a beijou delicadamente. Ela deslizou as mãos pelo peito dele até envolver seu pescoço com os braços ela sentiu as mãos dele serem postadas timidamente em sua cintura.

- Por mim eu ficaria o resto da minha vida aqui...com você.- Disse ele aconchegando Natasha em seus braços ainda mais.

- Steve... – Ela sorriu.

- Sim? – Respondeu com a testa colada a sua.

- Do que está com vergonha? – Ele corou. – Estamos sozinhos... Eu e você... Sou sua namorada...Do que está com vergonha?

- Não sei... – Ele continuou corado.

- Eu também não. – Ela riu se sentando em uma poltrona. – Quando descobrir eu estarei aqui... Esperando o Steve sem vergonha. – Ela riu.

- Como? – Ele perguntou se virando.

- Quer dizer... O Steve, sem ser tímido demais. – Ela riu novamente.

- Natasha... É sério. – Ele se aproximou sorrindo. – Eu acho que estou com vergonha de você. – Ele disse tímido.

- Aaah... – Respondeu encarando ele. – Demos um primeiro passo. – Ela sorriu se levantando. – Sente-se. – Ele obedeceu, ela se levantou e sentou-se em seu colo, encarando seus olhos azuis. – Por que tem vergonha de mim?

- Não sei... Isso tudo é muito novo para mim. Nunca tive uma namorada antes. É estranho. – Ela sorriu.

- Não precisa ter vergonha de mim... - Ele sorriu e se inclinou um pouco para beijá-la.

- Natasha?

-Sim?

- Pode repetir de novo aquela história de eu ser seu namorado? - Perguntou sorrindo.

- Bobão! - Disse se levantando.

- Não! É sério... Namorado? - Perguntou erguendo uma sobrancelha.

- Sabe aquela história de passar o resto da vida aqui... abraçado a mim ?

- Ahãm.

- Então é meio exagerado... mas e o final de semana ?

- Acho uma boa ideia, namorada.- Dizendo isso os dois caem na risada.- Eu te amo. – Disse sem pensar duas vezes... Aquilo deixou Natasha um pouco impressionada... Nunca ninguém dissera isso para ela. Ela sorriu retribuindo aos beijos dele como se pudesse morrer se não o fizesse. Ela começou a se deitar sobre ele na poltrona e sentiu que uma gota de suor brotou na sua testa. Ele estava ficando nervoso.

- Tudo bem... Vamos esperar até que seja a hora certa. – Disse se sentando normalmente.

- É sério que não liga mais?

- É... Não que eu não queira... É só que é engraçado, você é o primeiro a não querer que as coisas caminhem rápido... Mas também foi a primeiro a dizer eu te amo... – Ela sorriu, dessa vez estava realmente tímida...

- Meu deus, isso é timidez! Natasha Romanoff está com vergonha! Meu deus! – Ele brincou se inclinando para beijá-la novamente. – Estou adorando esse tom rosado nas suas bochechas e a medida que eu vou falando ele vai escurecendo e... Oh! Você está vermelhinha! – Ele riu dela, pela primeira vez não estava tímido nem incomodado que ela estivesse no colo dele, nem que ele sentisse uma vontade incontrolável de beijá-la até seus lábios ficarem dormentes... Ele realmente conseguia imaginar sua vida com Natasha... Filhos, ruivos e loiros, correndo por uma casa... Podia ser até aquele apartamento.

- No que está pensando? – Natasha perguntou notando seu sorriso e seus olhos fechados.

- Em você, em como é linda e em como eu posso ver um futuro para nós... Crianças correndo pela casa... Ruivinhos, como você, e loirinhos como eu. – Ele sorriu mas ao notar a expressão que se dividia em aborrecimento e tristeza dela foi ficando confuso. – O que foi? Não pretende ficar comigo até termos filhos?

- Não! Não é isso... É que... É que... – Ela não conseguia dizer.

- Fala Natasha. – Disse temendo que ela não planejasse um futuro com ele.

- Eu não posso ter filhos... É impossível. – Uma lagrima escorreu por sua bochecha e ele a pegou antes que passe por seu queixo.

- Ei, ei, ei! Tudo bem meu amor... Não se preocupe... Era apenas uma ideia, não é regra. Te amo do mesmo jeito e vou te amar ainda mais se colocar seu melhor sorriso e voltar a me beijar. – Ele sorriu se inclinando e a beijando. – Vamos, onde está aquele belo sorriso que eu adoro contemplar? – Ela forçou algo mas não deu.

- Me desculpe... – Outra lagrima impossível de ser contida rolou pela bochecha dela. – Mal começamos algo e já estou te decepcionado.

- Não Nat... Ei, calma... Está tudo bem meu amor. Para de chorar, vai ficar tudo ótimo. – Ela conseguiu conter qualquer vestígio de tristeza e sorriu. – É assim que eu gosto de ver minha vida... Sorrindo e bem... E agora você é minha vida.

- Para de falar essas coisas... Me faz parecer uma vilã malvada que quer... Tirar a sua virtude. – Ele riu da maneira como ela via as coisas e a abraçou.

- As coisas também não são assim! Eu não sou nenhum garotinho inocente que vai perguntar o que é sexo.

- Mas se quiser perguntar ficarei honrada em te mostrar o que é. – Ela sorriu maliciosa se inclinando novamente para outro beijo.

- Vai começar? Ligou o modo Natasha pervertida? Cadê aquela Natasha que disse que não ligava para o meu modo preservado?

- Tá bom, tá bom! Já entendi, vou ligar o modo Natasha freira.- Disse na ironia enquanto ele ria.

- Tasha... Pode desligar o modo sarcástico também?

- Talvez... Peça com jeitinho... Quem sabe. – Sorriu o encarando.

- Com jeitinho? – Perguntou segurando sua cintura com firmeza dessa vez. Observou ela assentir. – Acho que não sei fazer isso muito bem... – Ele se inclinou mordendo o pescoço dela logo em seguida deixando um rastro de beijos até sua orelha, onde deu outra mordida e seguiu para seus lábios. – Vai me deixar louco um dia. – Disse enquanto voltava a beijá-la.

- Estou contando com isso. – Respondeu puxando o para mais perto.

- Controle-se querida... – Disse sentindo a mão dela deslizar por baixo de sua camisa. Ela bufou e puxou a camisa dele para cima tirando-a. – Natasha... – Ele repreendeu.

- Calma, vou ficar apenas na camisa... Eu acho. – Ela sorriu distribuindo beijos pelo peito dele.

- Mas com você fazendo isso eu não confio em mim mesmo... – Ele disse suspirando quando ela mordeu seu pescoço.

- Mas eu confio em você... Não se preocupe, você resiste. – Ela sorriu voltando a beijá-lo...

Depois de uma tarde cheia de carícias e gargalhadas eles tomaram banho e foram dormir. Foi uma noite fresca e tranquila, estavam perto da estação refrescante, Steve deslizou os dedos pelos cabelos dela até ela dormir. Por mais que se sentisse tentado a sucumbir aos truques de Natasha ele foi firme por que sabia que não era proposital, Natasha era uma mulher atraente sem fazer esforço algum para isso. E por isso ele estava perdidamente apaixonado por ela