Mais Que Amigos escrita por Barbara, Melissa França
Ela se debatia até não aguentar mais e acordar com um grito. Rapidamente a porta foi aberta e Steve parou ao lado da cama alarmado.
- Natasha? O que foi? – Perguntou assustado segurando o rosto dela.
- Como entrou? Como me ouviu? – Desabou ofegante.
- Estava passando pela porta... Você está bem? – A verdade é que ficou preocupado se ela estava conseguindo dormir e acabou indo ver se estava tudo bem.
- Não... – Admitiu.
- Tente dormir... Vou ficar aqui... A noite toda. Observando você. E quando tiver medo lembre-se, eu estou aqui. – Steve se sentou ao lado da cama e esperou ela adormecer novamente. Quando ouviu a respiração leve e o corpo imóvel percebeu que finalmente ela teria uma noite tranquila.
Por que era tão difícil dizer que estava perdidamente apaixonado por aquela mulher? Por que era tão difícil querer tocá-la e não poder? Ele estava convicto de duas coisas. Primeira: Estava perdidamente, incondicionalmente e irrevogavelmente apaixonado por ela. Segunda: Ele tinha uma necessidade absurda de se manter ao lado dela e nunca deixar que alguém a faça sofrer... Como se ela fosse uma boneca, ele queria cuidar dela como ninguém nunca havia feito antes. Ele sorriu para sua pele de porcelana e deslizou os dedos levemente por sua bochecha... Queria dizer que amava ela. Na verdade queria acordá-la e dizer que a amava com todas as forças que tinha... Dizer que não podia mais respirar nem mais um minuto longe dela. Ela suspirou enquanto dormia chamando a atenção dele.
- Steve? – Ele a observou achando que pudesse estar acordada, mas ela não estava... Estava sonhando com ele... E estava sorrindo. Ele queria se inclinar e beijá-la... Quando se recompôs seu rosto já estava mais próximo ao dela. Ele se levantou suspirando e saindo de perto dela. Foi até o banheiro e jogou água fria no rosto.
- Acorda Steve, você nunca vai ter essa mulher! – Ele se virou e quando saiu do banheiro encontrou Natasha acordada. – Ah, Natasha! Já acordou?
- É, pensei que tinha ido embora.
- Só fui acordar.
- Ah é? – Ela perguntou se levantando. – Obrigada por ficar... Tive uma noite bem tranquila.
- Quando precisar... Foi ótimo, ficar aqui, olhando você... – Steve se aproximou colocando uma mexa de cabelo dela atrás da orelha... Ele estava cansado de esconder o que sentia... Queria que ela soubesse, mesmo dizendo não para ele... Decidiu contratriar tudo que pensavam sobre ele. Decidiu que queria e que diria a ela. Que correria atrás. Ele se aproximou mais com o olhar fixo na boca dela, ela sorriu já prevendo o momento tão esperado... E quando ela entreabriu os lábios e começou a se inclinar para beijá-lo alguém bate na porta.
- Tasha, Perdeu o horário? Tem um cara que não abre o jogo... Precisamos de você. – Steve revirou os olhos e Natasha abaixou o olhar, constrangida.
- Sempre no caminho. – Sussurrou indo em direção a porta. – Depois nos falamos Nat, talvez eu apareça para ver como se sai no interrogatório. Ele abriu a porta dando de cara com Clint.
- Tash... Ah, oi Encantado, bom dia.
- Sai da frente. – Disse nervoso.
- Ué Tasha, não fez o serviço direito não? – Perguntou rindo.
- Você é um merda! – Disse batendo nele.
- Então não fizeram nada? – Perguntou rindo.
- Saí daqui Clint e não volta mais, ok? – Disse empurrando ele para fora. Ela não estava com um pingo de paciência para interrogar idiotas...
Se trocou rapidamente e saiu marchando pelos corredores.
- O que querem saber? – Perguntou irritada.
- Onde é o sistema de tráfico... Estão exportando...
- Tá, tá... Não quero saber o que estão exportando. – Entrou dando de cara com um homem de costas.
- Voltou Zé Mané? Eu não vou... Wow! – Disse quando viu Natasha. – Agora sim as coisas vão ficar boas. – O sangue de Natasha ferveu e ela foi logo acertando um soco no nariz dele.
- Se alguém já te interrogou você sabe o que eu quero saber... Vai falar ou vamos ter que nadar no seu sangue antes? – Gritou acertando de novo seu rosto. – Eu vou dar uma última chance, vai falar por bem ou por mal? – Perguntou agressivamente no ouvido dele. Pressionou o braço contra o pescoço dele o impedindo de respirar. – Quando eu começar eu só vou parar quando partir o seu crânio em dois... Vou bater em você enquanto eu tiver forças! – Ela notou que ele já estava ficando sem nenhum ar e solto o pescoço. Ela se preparou para acertar outro soco.
- Já chega! É no México! Na divisa com o Texas! É um esquema de gangues... Nos roubamos em Nova York e passamos para nosso pessoal no México... Eles atravessam pelo Texas... Revedem para todo lugar... Funciona com quem paga mais.
- Onde está o seu pessoal do México?
- Não sei, mudam de lugar todos os dias... – Ela se virou e ele encolheu achando que iria apagar mais.
- Já sabe o que precisa... Está bom ou precisa de mais coisa? – Perguntou a Fury enquanto limpava o sangue das mãos. Notou Steve lá atrás olhando para ela.
- Acordou com o pé esquerdo hoje?
- Eu sempre acordo... – Respondeu se virando para sair.
Passou para dar um “olá” a Bruce.
- E aí Banner. – Ela ficou desconfortável ali com ele, afinal era ele o motivo de não conseguir dormir direito.
- Bom dia Romanoff.
- Algum problema? – Perguntou notando seu desconforto.
- Não, imagina. Nenhum. – Respondeu dando um sorriso sem graça.
- Eu... Bem gostaria de te pedir desculpas novamente.
- Pelo outro cara?
- É, eu quase te matei...Eu não tenho controle sobre ele. Me perdoa?
- Eu já perdoei. – Disse se recordando das últimas noites de insônia.
No mesmo momento em que terminam o assunto Steve entra no local.
- Ainda tem pesadelos?
- Pesadelos? – Indagou Bruce.
- Ah, perdão não te vi aí doutor. Bom dia. – Banner parece nem ligar para a última frase de Steve e logo pergunta:
- Vem tendo pesadelos Romanoff? Espero que o outro cara não tenha nada a ver.
- Eu não tenho pesadelos... - Natasha sentiu uma pontinha de desconforto, ela era uma mulher forte não tinha pesadelos. – São só sonhos ruins... – Respondeu incomodada com situação. Ela não era mulher de pesadelos. Steve sorriu abaixando o rosto e Bruce ergueu uma sobrancelha. – Ah! Tchau pra vocês dois também. – Enquanto caminhava pelos corredores notou que estava sendo seguida. - Olha só Clint, me deixa em paz.
- Não sou Clint. – Steve respondeu. – Mas se quiser eu posso ir.
- Ah, Steve. Não, tudo bem pode falar.
- Aquela Natasha do interrogatório existe? Parecia a antiga Viúva Negra. A assassina fria e psicopata.
- Estava irritada. – Respondeu parando na porta do dormitório.
- Foi alguma coisa que eu fiz? – Perguntou confuso.
- Na verdade... Foi o que você não fez... – Se virou entrando no dormitório e deixando o loiro confuso...
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