Corujas Para Você escrita por Amanda


Capítulo 22
Fim de Voldemort


Notas iniciais do capítulo

Oiiie



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O trio adentrava Hogwarts que agora estava destruída, um pó espesso pairava no ar, destroços para todos os lados mostravam que ali havia sido cenário de explosões. Todos os feridos e alguns corpos estavam no salão principal que tinha as mesas no canto abrindo espaço no centro para todos. Harry entrou na frente junto de Ron, Hermione observava cada pedacinho do que fora a porta do salão principal e assim lembrou-se da primeira vez que passou por ali, o nervoso que sentiu ao pisar em Hogwarts, seu medo ao ser chamada para colocar o Chapéu Seletor. Logo lembrou-se da cada momento que passou, segurava a porta com um sorriso de saudade no rosto, de quando entrou correndo pelo corredor depois de ter sido curada da petrificação no segundo ano, haviam sido ótimos anos. Sacudiu a cabeça. Olhou para um grupo de ruivos em um canto e o sorriso desapareceu de seu rosto, Harry estava em pé olhando com expressão triste, Ronald chorava, Hermione apenas correu até o local e ao ver o corpo do namorado ali desabou em lágrimas. Estava a alguma distancia de todos, caiu de joelhos no chão e com o desespero chamou a atenção dos outros que a envolveram em um abraço e tentavam reconforta-la de toda maneira possível. Levanto-se e chegou mais perto do corpo do namorado, ajoelhou-se e acariciou seu rosto sem cor e sem expressão.

–Fred! Por favor! –Disse chorando. –Não brinca assim comigo, por favor. -E-Eu não te disse eu te amo! –Chorava e golpeava com um pouco de força o peito do rapaz imóvel. –Fred. É sério eu... Eu te amo! –Batia no peito do rapaz com a esperança de que a respiração voltasse milagrosamente e tudo não passasse de um susto.

Todos observavam a cena com tristeza. George aproximou-se de Hermione a abraçou-a, deixando que as lágrimas juntassem-se com as dela.

–Eu deveria ter falado que o amava! –Soluçava no ombro de George que negava.

–Ele sabia! –Disse baixinho tentando reconforta-la. Hermione por um longo tempo chorou no ombro de George que acariciava seus cabelos bagunçados com carinho. Depois de mais calma apenas ajoelhou-se ao lado do corpo e limpou a fuligem em seu rosto, aproximou-se mais e selou seus lábios agora frios em um ultimo beijo. Se abaixou até o ouvido do rapaz e sussurrou seu ultimo “eu te amo”. Andou pelo salão que também abrigava os corpos de Remo e Tonks que mesmo mortos seguravam suas mãos fielmente. Secou o rosto inchado e vermelho, e juntou-se a Ronald na escada próximo ao salão.

–Sinto muito! –Disse aproximando-se do amigo que levantou o olhar e apenas assentiu. Juntou-se a ele segurando suas mãos em sinal de carinho. Passos ecoam pelo local chamando-lhes atenção.

–Eu vou fazer isso! É a mim que ele quer! –Harry diz. Hermione segura as lágrimas.

–Eu vou com você! –Diz abraçando-o com toda a força que podia ter em seus braços.

–Fique aqui e acabe com isso! –Olhou para Ron que assentiu. –Adeus.

Hermione não aguentava mais perder ninguém, começara por seus pais, Fred e agora Harry. Não podia, mas continuaria lutando, por todos que morreram. Alguns minutos depois o som estridente tomou conta de todos que correram para o pátio da escola. Bellatrix tomava a frente de Voldemort que era seguido por um batalhão e comensais da morte. E Hagrid carregava o corpo de Harry. Hermione segurou a mão de Ron firme enquanto com um discurso vencedor Voldemort prendia a atenção de todos.

–Cale-se! –Gritou Neville segurando o chapéu seletor. –Não podemos desistir. Harry morreu, mas ele continua vivo, em nós. Bem aqui.

Com a mão livre apontou o coração e então rapidamente tirou a espada de Godric Gryffindor do chapéu e empunhou-a contra o lorde das trevas. Nesse momento Harry se joga dos braços de Hagrid que surpreso o deixa cair.

George vira-se chamando Fred como se por um milagre ele estivesse fiel ao seu lado, Hermione vira-se e encara o ruivo que suspira pesadamente e tateia a varinha, olha para garota e assente firme.

–Quantas vezes terei que te matar garoto insolente? –Voldemort agora tinha os olhos vermelhos de raiva. Harry apontou sua varinha e uma faísca alcançou Nagini que se contorceu.

Dentro do castelo a batalha continuava, Ron tentava distrair a serpente para que Hermione pudesse acerta-la com a ultima presa de basilisco que tinha em mãos, mas o plano falhou e o dente foi quebrado. Hermione e Ronald desciam as escadas apressados, o ruivo puxou Hermione para seus braços, protegendo-a do ataque e foi aí que Neville entrou em ação e cortou a ultima Horcruxe no meio, destruindo-a.

Voldemort finalmente foi destruído pelo menino que sobreviveu. E em fim o mundo bruxo estava a salvo.

–Sempre juntos? –Harry perguntou aos amigos.

–Sempre! –Responderam em um único som.

.....

Dois dias se passaram.

Todos rodeavam um caixão detalhado, e sobre ele as letras F.W eram bem desenhadas. Hermione perto dos amigos não conseguia parar de chorar, seu coração doía, e infelizmente era uma dor que demoraria a passar. Antes de finalmente se perder na terra, colou sobre a madeira uma rosa azul que enfeitiçara para tomar aquela tonalidade. O tempo antes nublado agora começara a mostrar a chuva que se escondia por dentro das nuvens densas. Hermione permaneceu ajoelhada ao lado da lápide, com um aceno da varinha fez que algumas flores aparecessem por ali. Limpou o rosto e sentiu uma mão em seu ombro, olhou rapidamente e voltou a encarar a pedra.

–Desculpe, eu já estou indo! –Disse levantando-se e passando pelo ruivo.

–Sei como está se sentindo! –Respondeu George segurando o pulso da amiga. –Seu braço está... Azulado.

Hermione olhou para o pulso e então entendeu, a poção que tomara para atrasar a gravidez estava finalmente terminada. Agora teria que continuar.

–Eu sei! –Disse caminhando ao seu lado, protegendo suas cabeças com o casaco. –Ele me contou sobre você estar grávida e da poção que você tomou para... Atrasar?

Hermione assentiu.

–Ele disse que estava feliz em saber que seria pai! –Hermione disse com lágrimas nos olhos. –Mas agora...

George abraçou-a e aparatou para a loja.

–Por que me trouxe aqui? –Indagava Hermione enquanto bebericava uma xícara de chá bem quente.

–Porque tenho muitas coisas para te contar e acho que aqui seria o melhor lugar! –Respondeu olhando para a escrivaninha no canto na pequena sala. –Sabe... Ele lia as suas cartas ali, lembro-me de quando ele leu para mim a carta que você deixou depois de tê-lo estuporado.

Ele remexeu-se desconfortável na cadeira, abriu a boca algumas vezes e fechou-a sem pronunciar nenhuma palavra.

–Estou ficando nervoso! –Disse à Fred que tateava o papel como se fosse algo extraordinário.Ele então assentiu e iniciou a leitura.

“Fred,

Não sabe quantas vezes eu escrevi essas mesmas palavras torcendo para que um dia você me perdoe. Não quero que se machuque, e por isso sai daquela forma. Encontrar você aqui não estava nos meus planos, e contigo por perto fico mais frágil, vulnerável e não posso me sentir assim agora. Descobri há um tempo que você meu amor, é o meu ponto fraco, meus pesadelos agora são sobre perder você e apenas por você eu mudaria minhas escolhas. Acredite, minhas escolhas nesse momento se resumem a uma e não revire os olhos! Se estivesse no meu lugar faria o mesmo.

Quero me desculpar por te estuporar, foi difícil apontar minha varinha e pronunciar a palavra sabendo que te machucaria. O que me lembra...

Durante algumas semanas passei mal, achei que fosse pela falta de comida, mas com um feitiço descobri o contrário. Eu estou grávida! Realmente não sei qual será sua reação ao ler isso, mas daria qualquer coisa para ver seu rosto, ou não. Tenho medo do que pode acontecer, não sei se você quer essa criança, na verdade estou com medo. Provavelmente vai se perguntar como não percebeu e é aí que eu te explico. Bebi uma poção que atrasa o crescimento por algum tempo. Eu só queria que soubesse que seja lá sua escolha eu vou aceitar. Queria contar a você pessoalmente, abraça-lo, mas infelizmente estou longe o suficiente para morrer de saudade. Cuide-se, por mim.

Eu te amo e sempre te amarei.

Hermione Granger.”

Fiquei paralisado após ouvir a carta. Não acreditei de primeira, então li novamente a carta.

–E o que você está achando disso? –Perguntei para Fred que andava de um lado para o outro.

–É quase um sonho realizado! –Sorriu. –Eu vou ser pai!

Sorri ao ver a felicidade do meu irmão.

–Não me importo com o que vão achar por sermos jovens nem nada assim, apenas estou feliz de que seja com ela. –Disse satisfeito. Abracei-o, estava feliz com a novidade.

De repente aquela expressão de felicidade se tornou uma expressão de medo que me assustou.

–Se acontecer algo comigo nessa batalha, prometa que vai cuidar dela e do meu filho! –Pediu e na pressão do momento assenti. –Obrigado irmão.

Hermione olhou para o chão com todas aquelas informações.

–Ele estava feliz Hermione! –Respondeu George. –Ele estava muito feliz em ter esse filho!

–Ele tinha desde aquele dia esse pressentimento de que algo aconteceria! –Ela disse tristemente sacudindo a cabeça, tentava livrar-se das lágrimas em demasia.

–Você está cansada! Durma aqui hoje, amanhã te conto o restante! –Pediu George e Hermione assentiu e despediu-se do ruivo, andou até o quarto que supôs ser de Fred, apenas pelo perfume. Tocou alguns móveis e pegou uma de suas camisas, vestiu-a e deitou-se sob os cobertores quentes, inalou o perfume de Fred que ainda estava impregnado em seu travesseiro e dormiu.


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Notas finais do capítulo

Por favor não me matem, chorei um pouquinho quando escrevi essa parte!!



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