E Por Que Não? escrita por Annabeth Prior


Capítulo 5
Casa do Sangue


Notas iniciais do capítulo

Fiquei triste com poucos reviews no outro capítulo quando usamos os outros como base. Gostaria de chorar para que recomendem a história... Hum, se possível claro!
(Para você, LaraCastellan, isso é uma obrigação)
Outra coisa que quero deixar claro é que: acabei de ler A Culpa É Das Estrelas e vou roubar umas ideias daquela perfeição da qual chamamos de livro!
Aproveitem, obrigada pela atenção!



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P.O.V. Thalia

De volta ao meu carro, uma pontada de dor me atinge na cintura.

Estou vendada, mas sei que é uma chave ou algo tão perfurador quanto.

- Criança feliz? - diz uma voz. Putz! - Que bobagem é essa? - um barulho de papel amassado. - Thalia Grace, com você é tão... inocente?

- Porra, ela não é inocente! - essa parece... Não! Essa é a voz de Percy Jackson.

- Como você sabe, Percy? - pergunta a primeira voz.

- CALA A BOCA, bestão! - grita o Percy.

- Okay, desvende ela, menino de 2 metros! - diz a voz.

Sou desvendada. Quem está dirigindo é um amigo de Jason, Leo Valdez, o garoto de 2 metros é Luke e o Percy é o Percy vulgo (/) primo idiota.

- Que diabos vocês estão fazendo no meu carro? - berro.

- O Leo e o Percy queriam aprender a dirigir - conta Luke, que está ao meu lado -, aí eu disse "não vou emprestar o carro" aí o Percy disse "a minha prima tem um carro" e eu "quem?" Percy "Thalia". Por que não me disse que era prima do Percy?

- Quem eu chutei? - pergunto.

- Eu! - diz Percy.

Comemoro.

- Tá, mas e a criança feliz? - pergunta o Leo.

- Sou uma criança feliz! - respondo.

- Thalia viveu como adolescente na infância. - Percy explica. - Na adolescência ela vive como criança.

- Não foi isso, Perseu! - retruco, mentindo.

Os caras riem.

- Perseu! - fala Leo no meio de uma risada. Isso me satisfaz.

- É Percy! - diz Perseu. - P-E-R-C-Y. Per-Cy!

- Ai, Perseu... - digo.

Olho ao redor, procurando a Annie. Não encontro ela.

- Cadê a Annie? - pergunto olhando para o Luke.

- Ah, ela cabia no porta-malas - fala Leo sem preocupação.

- Sabe o que cabe também? Meu punho do seu olho, Valdez!

Silêncio.

- Aqui! - diz Leo estacionando o carro muito mal.

- Você vai estragar meu carro, caralho! - digo.

- Não vou não!

Desço do carro. Que raio de lugar é esse?

- Aqui, Thalia Grace - diz Luke -, é um lugar onde eu vinha quando criança. Para me esconder.

- Do que você se escondia, Luke Castellan? - sei que o sobrenome irrita nós dois tanto quanto uma coceira.

Ele me olha. Me arrependo na mesma hora de ter dito qualquer coisa. Os olhos azuis de Luke brilham no escuro ridiculamente sombreado por causa das lágrimas que ele está contendo. Ele faz uma tentativa de falar e não consegue.

- Shhh! - digo enquanto coloco meu dedo nos lábios dele. Lembro de quando ele me beijou e eu não tive reação surpreendente.

Ele tenta falar de novo.

- Luke, não precisa falar nada! - agora estou com raiva.

- Eu... Só... - ele começa.

- EU NÃO QUERO SABER! - berro alto demais. O que faz Leo e Perseu lançarem seus olhares sobre eu e Luke.

- Posso ajudar a tirar ela daí? - Luke pergunta.

- Tire ela, por favor - diz o fracote do Perseu.

Luke faz isso e leva Annie para a casa. Quando chego mais perto, percebo que está escrito "Casa do Sangue" no topo da porta. Pensei, quando ele me contou de esconderijos, que eu veria apenas coisas idiotas de garotos. Mas lá havia uma televisão, antiga, mas estava ligada e vários pedaços de jornais colados na parede junto com alguns posteres. Os jornais falavam sobre assuntos diferentes: um sobre aulas de surf, outro sobre uma nova pasta de dente Tandy e coisas tão similares quanto essas. Ao ver os posteres, esperei encontrar alguma pornografia, pois garotos de dezesseis anos tem tendência a gostar disto. Mas não tinha. Eram todos de bandas de rock alternativo. Luke era diferente. Ele era como eu me sentia perto de alguém como a Annie, o Percy ou até mesmo o Leo, que e mal conhecia. Ele demorava para achar alguém semelhante e acho que foi por causa das minhas mangas curtas que ele me beijou aquele dia.

Se Luke soubesse de meus problemas, ele não faria isso.

...

Desvio minha atenção para a Annie, ela parece que vai morrer asfixiada. Agora estamos todos em volta dela.

- Olhe o que vocês fizeram! - grito para eles.

- Ei, ela não ia querer que você gritasse, baixinha - responde Luke com um sorriso torto e forçado.

Olho diabolicamente para ele como quem desaprova o outro. Acredite, eu conheço esse olhar. Ele se vira para a Annie.

- Será que ela... - Perseu começa.

- Nem termine! - diz Luke. - Não desejamos isso.

- Não mesmo! - diz Perseu.

Todos nós olhamos para ele.

- Que gente? - Perc... Perseu fala. - Ela... Eu não... Eu não quero matar ninguém, poxa!

Percy, sim agora é Percy, não parece o mesmo Percy que eu conheço. Ele está aflito pelo que causou para a Annie. Ele não parece ser o primo bundão que eu tenho. Talvez a presença de Nico conosco mude as atitudes dele.

...

A luz bate em meu rosto.

Há um sol nascendo em algum lugar distante. Percebo que passei a noite ali. Estou deitada ao lado do sofá onde a Annabeth estava. Luke, Leo e meu primo dormiram no quartinho de Luke, me deixando sozinha com uma quase-asfixiada.

Mas ela não está mais ali. O que me preocupa.

- Annabeth! - me levanto de súbito.

Saio a procura dela pela estrada. Nem um rastro.

Annabeth sumiu.

Sinto algo me cutucando enquanto estou voltando para a Casa do Sangue. Me virou e lá está uma versão pálida de Annabeth. Segurando uma frigideira e com marcas de batom na volta dos olhos.

Abraço ela.


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