Temos aqui um caso original, originalíssimo. Dois títulos para um único capítulo. Estres brigaram arduamente para ver quem preencheria a vaga disponível. Tendo em vista que ambos são ótimos candidatos, tratei de emprega-los os dois. O leitor fica com o que achar melhor.

   Seguindo o som da trombeta, olhei para frente avistando uma deslumbrante carruagem do tipo Sege da época vitoriana, puxada por quatro éguas pampa, acompanhada por seis homens a cavalo, três jovens a pé puxando mulas carregadas de não sei oque e conduzida por um cocheiro, que diga-se de passagem, uma figura mui interessante. Era um senhor de aparência centenária, porém, no sorriso trazia uma vivacidade juvenil de dar medo; era um jovem velho, ou velho jovem, sei lá. Na cabeça trazia uma cartola alta de um palmo e meio com um cifrão dourado bordado. Vestia calças de brim, blusa, colete e uma espécie de sobretudo, tudo verde, com exceção da gravata dourada e dos detalhes em suas vestes, cravejadas de pequenos cifrões, também dourados, por todos os lados. O Tropel parou em frente a escadaria de um palanque que antes eu também não tinha visto e a corneta novamente soou. Rapidamente, dois, dos três jovens que acompanhavam a sege a pé, desenrolaram um longo tapete vermelho que ia da porta da sege até o patamar da escadaria do palanque. O espalhafatoso cocheiro apeou, deu a volta na sege apressado, abriu a portinhola fazendo uma reverência tão estranha quanto a sua figura e ajudou a descer uma galante e formosa dama. Logo em sequência desceram mais duas damas, não menos elegantes que a primeira. Todas as três usavam vestidos longos de estilo neoclássico do século XIX, daqueles cheios de saias e espartilhos. Também não pude deixar de reparar seus decotes, não pelos seios fartos, mas sim pelos reluzentes colares que envolviam seus pescoços e descansavam no colo. Vá lá, admito que reparei os seios, qual homem não teria reparado? Enfim, não percamos o foco. As três damas acompanhada do cocheiro subiram ao palanque, os criados recolheram o tapete vermelho e partiram com a sege. De fato foi uma chegada triunfante a do tropel... Agora, voltemos ao século XXI, sim?