The One With The Birthday Party... escrita por ThEvilqueen
Notas iniciais do capítulo
Com a nova personagem, os capitulos agora estão bem divididos em presente e flash backs do passado de Regina...
Espero que curtam essa nova mulher misteriosa que ainda vai ter muita importancia no decorrer da fic ;)
Enjoy it o/
– E foi assim que nos conhecemos... – Regina acabou de contar por alto o encontro que ela tivera com a misteriosa mulher anos atrás.
Todos estavam intrigados. Até mesmo Gold. Pelo relato de Regina, ele e a mulher estavam claramente em lados opostos, mas ainda assim Emma conseguiu visualizar em seus olhos uma pitada de admiração.
– E então quer dizer que nós só estamos aqui porque ela quer? Não teríamos conseguido atravessar o portal? – a loira perguntou.
Regina assentiu. Isso fez com que a coisa se tornasse cada vez mais parecida com a “viagem” a Neverland.
– Não teríamos conseguido nem ao menos criar um portal pra cá, se ela assim não desejasse.
– Mas quem é realmente essa mulher? – Emma indagou um pouco ríspida – A “manda chuva” da ilha?
– De fato- respondeu- Ela é – Regina concordou e Emma arregalou os olhos.
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– Você deve voltar para o castelo – disse a mulher.
O sol estava começando a se esconder e levava consigo o calor agradável do dia. Um vento gelado começou a soprar trazendo algumas nuvens carregadas do oeste.
– Vai precisar de mais cuidados – continuou dando um toque final na atadura improvisada – E de pontos também. Vou pegar algumas ervas para ajudar na cicatrização. Espere por mim aqui – ela disse se levantando.
A dor agora era o suficiente para Regina admitir que ficar parada era a melhor opção, sendo assim ela concordou. Mesmo que o fato de ficar sozinha novamente na clareira, agora não tão bem iluminada, não fosse lá tão convidativo quanto antes. A outra pareceu notar sua inquietação.
– Não demoro. E não se preocupe, não vou deixa-la sozinha e ferida aqui no meio do nada – ela sorriu e um assobio agudo cortou o ar.
Lançando- lhe uma piscadinha ela logo desapareceu na mata. Regina não entendeu muito bem o que aquilo significava, mas alguns segundos depois ela ouviu um som abafado vindo da direção onde tinha visto a mulher pela última vez.
Não... De novo não... – ela pensou com o coração prestes a sair do peito.
Mas ao invés de uma fera qualquer que ela estava imaginando, seus olhos foram contemplados com a visão de um belo garanhão negro que trotava clareira adentro. Ela soltou um suspiro de alívio. O cavalo caminhou até se deparar com a rainha. Sentada no tronco ela se sentiu minúscula perto do animal. Seus grandes olhos azuis a encaravam de forma curiosa.
Então pra me proteger... Você deixa um cavalo.
De fato, aquela mulher continuava a intriga-la cada vez mais.
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Após horas de caminhada na terra desconhecida o grupo se recostou em alguns troncos para recuperar o folego. A única que parecia não estar prestes a cair era Ruby. Aparentemente seu “lobo” lhe conferia, além das habilidades de quando estava transformada, algumas particularidades também na forma humana.
A vegetação do lugar era composta por árvores altas e robustas e o solo era rico em todo tipo de vida: flores, gramíneas, cogumelos e um animal ou outro que corria por ali.
– Acho que devemos parar e acampar aqui – disse Regina fazendo uma fogueira aparecer bem no meio da pequena clareira em que se encontravam.
Quase que imediatamente o pessoal foi se reunindo em volta dela tentando amenizar a sensação fria que o crepúsculo vinha trazendo. Henry foi o primeiro a se sentar e os avós se colocaram ao seu redor, um de cada lado, formando o que parecia ser um sanduíche humano. O garoto riu e acenou para que Emma se juntasse a eles.
– O que?? Creio que ainda nos resta algum tempo de luminosidade Madam Mayor... – começou a protestar Gold – Estou aqui para encontrar Belle e não para assar marshmelows. Pensei que tivesse dito que já esteve aqui. Até agora só caminhamos sem rumo.
– Eu estive aqui – Regina começou a falar nervosa – Mas foi há muito tempo atrás e eu não estava exatamente focada em memorizar o cenário, Gold.
Ouvindo aquilo Emma lançou- lhe um olhar zangado e a prefeita desejou ter escolhido melhor as palavras. Ela puxou Gold para um canto e continuou num tom de voz mais baixo.
– Olha aqui – ela carregava o homem pelo braço – Você veio por Belle e eu vou encontrar a minha filha, custe o que custar. Só que desesperar e sair correndo por ai não vai nos trazer melhores chances de sucesso. Neverland não te ensinou nada?
Gold abaixou os olhos e chutou uma pedrinha que estava por ali.
– Entrar em pânico não é a melhor saída – ela continuou – E nós precisamos ser mais fortes pra que o resto deles - ela apontou disfarçadamente para o grupo – não fique sem rumo. Sabe tão bem quanto eu que exatamente como da outra vez a magia aqui é imprevisível. Ela controla a ilha Gold, e você sabe disso. Nós vamos encontra-la, mas creio que isso não vai depender muito da nossa vontade.
– Como assim? Quer dizer que você acha que ela vira até nós?
– Exatamente.
O homem pareceu um pouco confuso.
– Porque se eu a conheço bem – Regina completou – ela não está por trás disso, Gold. E não há nada que possamos fazer para acelerar esse processo, por enquanto.
Gold pareceu ponderar sobre a questão.
– Eu sinto... Sinto que Helena está realmente aqui, nesta ilha. Mas não acho que a estão machucando. O que você diz?
– Também sinto que Belle está bem... Por hora.
Regina assentiu.
– Então vamos voltar pra lá antes que as coisas piorem.
Emma e Ruby cuidavam dos preparativos para um suposto jantar. Os charmings tentavam entreter Henry com algumas outras histórias da floresta encantada. O garoto parecia nunca perder o interesse nos contos fantásticos. Quando viu Regina retornar com Gold, Emma sussurrou para a morena a seu lado.
– Ela tem estado estranha, não acha?
– Quem? – Ruby indagou.
Emma indicou Regina com a cabeça. Esta se sentou ao lado de David e quando encontrou o olhar discreto da mulher acenou um “oi” com a cabeça. Emma retribuiu e com o cotovelo cutucou Ruby, que aparentava um pouco ocupada demais cortando os cogumelos para prestar inteira atenção ao que a loira dizia.
– Ahh.. – Ruby murmurou esfregando o braço – Olha Emma... Estamos todos preocupados. Demais. Só que estamos tentando manter a calma e resolver as coisas da melhor forma possível.
Emma assentiu.
– Eu sei... Mas ela não tem falado muito comigo desde que chegamos aqui e eu estou tão preocupada Ruby.. – o olhar da loira era agora carregado de tristeza – Minha pequena... Está por ai sabe-se lá como e..
Ruby passou o braço em volta da loira. Emma realmente agora era uma mãe e ela se sentiu orgulhosa da amiga.
– Calma... Talvez, sei lá... Não sabemos o que se passou quando Regina esteve aqui, Emma. Talvez ela só não esteja pronta pra colocar as coisas pra fora ainda. E nós vamos encontra-la, sã e salva. O que o seu coração lhe diz?
Emma enxugou os olhos e anuiu. Ruby sorriu.
– Nós vamos resolver as coisas. Como sempre – ela piscou para a loira.
O silêncio caiu sobre o lugar por alguns instantes e só foi quebrado quando Henry falou.
– E ai? Qual é o plano?
Regina e Gold se entreolharam como que para decidir quem teria a palavra.
– Olha filho... – a prefeita tomou frente da situação – Eu estava conversando mais cedo com Gold. As coisas aqui não são tão simples como na floresta encantada – ela agora falava se dirigindo a todos – Não há muito o que possamos fazer imediatamente, mas tudo o que eu peço é que confiem em mim.
– E enquanto isso não fazemos nada? – David perguntou.
– Pelo menos até o amanhecer. Nossa vontade não tem muito poder por aqui David – respondeu Regina – E algo me diz que as coisas estão para se encaminharem amanhã. Por enquanto, nós descansamos. Quando chegar a hora, ela nos encontrará.
Henry sentou-se agora ao lado de Regina e abraçou a mãe.
– Com tudo isso acontecendo e pelo que nos contou, você parece realmente ainda acreditar que essa mulher não está envolvida nisso de forma direta... – constatou Mary Margaret – Por que Regina?
– Eu a conheço... – a prefeita procurou algum tempo por mais argumentos, porém, no fim decidiu que aquele era realmente verdadeiro. Era o que seu coração sentia – Eu a conheço. – foi tudo o que completou.
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Regina não sabia muito bem o que deveria fazer. O cavalo continuava à sua frente, estático, como se esperasse por um movimento seu. Depois de algum tempo ela finalmente esticou a mão e tentou toca-lo. O cavalo desvio dando um passo para trás e bufou batendo com uma das patas no chão.
– Oraaa, mas o que é que você quer que eu faça então? – ela protestou.
O animal bufou novamente. Regina não pode evitar rir.
– E agora eu estou falando com um cavalo...
Ele relinchou balançando a cabeça nervosamente. A rainha ergueu as mãos em um ato de rendição.
– Perdão alteza, não foi minha intenção ofende-lo – ela continuou num tom engraçado.
O cavalo então lhe deu as costas e bufou uma terceira vez. O rabo que balançava quase atingiu Regina no rosto e ela continuou rindo. Era um animal um tanto temperamental, era verdade. Mas era magnífico, tinha de admitir. O pelo negro extremamente bem escovado reluzia como uma joia. A crina e o rabo eram da mesma cor, encaracolados, e bem mais compridos do que os de um cavalo comum. As patas também eram cobertas com pelo próximo aos cascos e isso fazia com que o animal parecesse ainda mais robusto. Não era como os cavalos dali. A rainha lembrou-se de que a mulher havia dito ser de outro lugar. Onde quer que fosse, parecia ser mais frio. O animal era troncudo demais para ser um cavalo de campo batido.
Forte e bem cuidado...
Por um momento Regina pegou-se imaginando como seria montar um animal como aquele. O quadrúpede pareceu notar sua atenção e se virou de volta.
– Qual seu nome, afinal? – ela perguntou meio que retoricamente.
Ele relinchou sacudindo as patas no ar.
– Claro... Como não pensei nisso antes – ela continuou, sorrindo.
O animal parecia se divertir agora com a humana a sua frente. E a recíproca era verdadeira. Regina “contou” a ele como deu um simples passeio a situação havia se desenrolado até ali. O cavalo a encarava pensativamente, como se realmente estivesse entendendo. Regina sentiu que uma ligação entre eles estava se formando. Gostava da presença do animal e aquela era a primeira “conversa” agradável que ela tinha em tempos. Ele deu um passo à frente, diminuindo ainda mais a distância entre eles. Institivamente ela estendeu o braço no ar. Lentamente então o próprio cavalo tocou a palma de sua mão com o focinho. Regina sorriu e eles ficaram ali por um instante.
Do outro lado da clareira a mulher do pingente assistia a cena por entre os arbustos. Ela sorriu também e acabou de recolher algumas plantas pelo chão.
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É isso ai... Ja vem mais um pela frente o/
Espero que esteja agradando vocês xD