O Piano escrita por Isabella Cullen


Capítulo 28
Nossa música


Notas iniciais do capítulo

Eu estou feliz com o resultado da fictiom, eu quero agradecer a duas leitoras novas que comentaram em todos os capítulos. Meninas foi muita consideração, obrigada pelo carinho, eu sei que nem todo mundo comenta e que nem sempre sei o que passa na cabeça de vocês. Obrigada a todas as leitoras que pacientemente esperam os capítulos e que comentam ou não! A vocês meninas um grande beijos e abraço a todas. Espero que gostem do nosso penúltimo capítulo.



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Olhei a nossa casa de Paris e deixei algumas lágrimas caírem pelo meu rosto, eu estava emocionada por finalmente estar aqui de volta e feliz, eu lembrei de quando a vi pela primeira vez e a achei tão linda e perfeita como agora. Esme saiu de dentro com um sorriso lindo e veio me abraçar enquanto Carlisle foi ajudar Edward com as malas que ele tirava do carro e colocava no chão.

– Minha querida como você está?

– Bem, em casa. – sorri e limpei as lágrimas me sentindo finalmente feliz.

– Está tudo bem? – Edward tinha duas malas nas mãos e parou para ver como eu estava, Anthony remexeu ao ouvir ele e toquei minha barriga.

– Estou ótima.

Ele assentiu e depois voltou a andar para casa. Eu entrei com Esme me ajudando a caminhar, eu não precisava disso, mas eles queriam fazer. Estava tudo no mesmo lugar, todas as coisas que me faziam amar a casa.

– Venha tomar um chá, a viagem deve ter sido cansativa.

– Foi boa, rápida.

– Isso é ótimo! Sempre achei a volta mais rápida que as idas, o bebê está bem?

– Sim, consultamos um médico quando estávamos ainda em Boston e ele me garantiu que estou com o peso melhor do que na última consulta e que Anthony está muito bem.

Eu passei pela sala, Edward e o pai estavam descendo para pegar mais coisas no carro, sentei na cozinha percebendo a mesa posta para um maravilhoso chá característico dos ingleses.

– Sente-se querida, deve estar com fome.

Eu estava com mais fome do que estava há alguns segundos longe dessa mesa linda com bolos, bolinhos de chocolate, chá, sucos e biscoitos diversos. Eu comecei a comer um bolinho de chocolate e gemi de prazer fazendo Esme realmente feliz, ela sentou do meu lado e me serviu um chá de camomila que tinha um cheiro maravilhoso, adoçou com mel como Edward me ensinou e pôs duas gotas de limão. O chá para eles era um verdadeiro evento.

– Edward me disse que os pais dele procuraram vocês antes de partirem.

– Sim, eles queriam saber se eu estava grávida de Jacob.

– Oh...

– Eu disse a eles que não estava e acho que isso os deixou mais triste se possível.

Tomei um gole de chá apreciando cada gota.

– É triste tudo isso, mas eles foram simpáticos?

– Sim, eles não entendiam como o filho pode levar essa situação adiante por tantos anos. Eles só queriam ver o filho feliz e acho que culpam meu pai por toda essa tragédia, eles acham, e foi o que eles comentaram, que ele alimentou essa obsessão de Jacob por mim até o último momento.

– Isso é algo revelador não? – Esme tomou o seu chá – Nunca imaginei que eles estavam contra isso.

– Ninguém é abertamente contra eles apesar de saber que a culpa disso em grande parte é deles que mesmo depois de tudo estavam alimentando as esperanças deles e conduzindo a situação da forma como queriam.

– Sim...

Carlisle e Edward entraram sorridentes e sentaram conosco para o chá, conversamos sobre todo o tipo de coisa e Esme estava contente por Emmett e Rose se casarem, mesmo eles não sabendo ainda onde iriam morar e era isso que a deixava preocupada. Mas eles iriam se casar em Paris em uma cerimônia pequena e discreta, era o que Rose tinha me falado no telefone e ela queria que isso acontecesse antes de Anthony nascer.

De noite eles foram embora e eu e Edward fomos dormir juntos no nosso quarto curtindo os próximos dias sem muitas agitações, Alice passava e ela e Edward resolviam algumas coisas referente a carreira dele. Eu sabia que ela estava nervosa por ele não querer mais assinar nenhum contrato ou gravar mais nada, tínhamos decidido que acabou mesmo. A música faria parte de nós de outra forma, mas nada que nos tirasse muito tempo de casa. Eu visitei no dia em que ele precisou sair a parte da casa que ele guardou tudo que ele tinha no antigo escritório, o anexo estava cheio de fotos, livros e artigos. Todos eles tinham alguma coisa sobre mim, ele tinha uma foto que eu suspeitava que ele mesmo tirou de mim sentada em um banco no Central Park com Rose e algumas amigas, eu me emocionei vendo essa em particular porque foi um dia em que pensei muito em meu menino e fui sair com elas para sair da melancolia que estava me abatendo. Foi nessa semana que impulsivamente eu casei com Jacob Black e tudo mudou.

Esme veio nos visitar algumas semanas depois e estava cheia de argumentos que tinham como objetivo me convencer ir para Londres. Eu estava com sete meses de gestação e todos estavam preocupados porque o bebê poderia nascer prematuro e a casa de Paris não era próxima de muita coisa. Edward mesmo estava tenso com isso, mas eu amava nosso pequeno paraíso e a rotina que tínhamos estabelecido ali.

– Sua mãe quer que voltemos para Londres... eu tenho o apartamento...

Edward me olhou naquela noite com um ar um pouco suspeito. Eu me sentei do seu lado e ele pôs a mão em minha barriga.

– Eu tenho uma casa em Londres.

– Oh... eu não sabia...

– Podemos ver e se gostar... melhor que apartamento...

– Sim.

Ele sorriu abertamente e ligou para Alice na mesma hora, ele falava alguma coisa sobre empregados e limpeza, para ela ver isso para logo depois do casamento de Rose e Emmett quando os pais poderiam ir com eles. Antes do casamento ele falou várias vezes que poderíamos morar em algum outro lugar, mas o piano que tanto gostava foi levado para Londres dois dias antes do casamento e ver aquele cômodo fazia me fez sentir uma tristeza muito grande, mas Edward me disse que ele estava voltando para a sua casa. Eu não entendi isso porque estava quase dormindo quando ouvi ele falando.

O casamento de Rose e Emmett foi lindo, uma pequena e discreta Igreja no interior de Paris. Uma casa que foi construída ainda no século XVIII foi o lugar para a recepção, ela estava linda em seu vestido de noiva nada clássico. Ele era branco, mas no joelho e tinha pétalas pratas caindo sobre todo ele. Lindo e segundo ela, a cara deles. Jasper e ela estavam radiantes cada um com seu parceiro, Alice foi questionada quando eles se casariam e isso a chateou mais do que necessário porque segundo ela deveria haver uma proposta antes. Olhei cúmplice para Jasper e sabia que ele já tinha comprado um anel, ele demorou para achar algum que realmente gostasse e finalmente achou um que foi de uma princesa Russa e tinha o formato delicado e oval que ele tanto queria. Diamantes pequenos e um grande faziam dele único e especial. Edward aprovou assim que o viu.

– Acho que essa viagem foi um pouco demais. – Edward comentou quando paramos um pouco. Resolvemos ir de carro do casamento para Londres porque algumas companhias aéreas já não permitiam que eu viajasse, fizemos duas paradas e eu estava cansada demais, tinha que confessar, eu estava muito cansada quando fizemos a pequena travessia de barco.

– Vamos chegar ainda a tempo do chá não?

– Com certeza.- ele disse rindo. – Já providenciei tudo, não se preocupe.

Quando chegamos na Inglaterra Edward mencionou que um motorista estava nos esperando e ele nos levaria para a casa, a nossa casa. Eu só esperava que aquilo tudo valesse a pena porque eu estava com pés doloridos e cansados da viagem. Rose estava em lua de mel uma hora dessas em uma ilha deserta e aproveitando cada segundo para agarrar Emmett, ela disse isso em alto em bom tom na festa e todos riram.

– Você sempre dorme em carros...

Eu sorri abrindo os olhos e olhando para Edward que estava sentado do meu lado. Eu ainda estava com muito sono e queria dormir mais. O carro estava parado e me ajeitei para conhecer a nossa casa. Ele saiu e abriu a porta, tinha pessoas do lado de fora e quando saí me dei conta de que eram empregados.

E foi quando eu olhei dos empregados para casa que eu vi. Era a casa em que Edward tocou quando menino, a casa que eu o conheci.

– Oh...

Eu olhei para trás vendo que nada tinha mudado, eu podia sentir como se fosse hoje o carro passando pela primeira vez na estrada que nos levou para o meu destino. Esme saindo de uma porta avisando que Alice estava com alguém e Edward estava dentro da casa.

– Edward...

– Nossa casa.

E eu sentia que pela primeira vez em muitos anos que estava em casa realmente. Essa casa era grande e espaçosa, eu ainda lembrava de como foi percorrer os corredores e ouvir a música pela primeira vez.

– Gostou?

– Como... como conseguiu?

– O casal que morava aqui morreu, eu comprei dos filhos que não tinham como manter uma casa dessas. Ela parecia maior quando crianças não?

– Mas ainda está igual...

– Sim, ela é considerada patrimônio do País. Foi a casa de um Duque no tempo ainda de Elizabeth I, foi construída para sua amante o grande amor de sua vida.

– Mesmo?

– Sim, juntos eles tiveram seis filhos e cada um recebeu uma parte de sua fortuna, os filhos que ele teve com sua esposa ficaram somente com o título. Ele amou a amante até a sua morte.

– Meu Deus...

– Venha, os empregados querem conhecer sua senhora.

Eu fui apresentada a cada um deles, todos trabalham lá há anos e conheciam cada parte da casa. Edward e eu entramos de mãos dadas pela primeira vez desde que nos conhecemos. E como se fosse magnético ele me levou para a sala do piano. O nosso piano. Ele sentou em seu lugar e eu fiquei em pé como da primeira vez. A sala não tinha nada diferente e eu sabia o que tocaria antes mesmo dele começar, a nossa música.


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Notas finais do capítulo

Eu tenho ideia de como quero o final da fiction, vai ser um pouco diferente dos que já escrevi por isso peço calma meninas. Pretendo postar assim que acabar, estou sem revisora no carnaval porque ela vai beijar muito na boca.. do namorado e sou grata a ela por fazer isso com meus capítulos. Ela pegou a coisa no meio do caminho e mesmo assim revisou cada capítulo com muito carinho.
Preciso dizer que não estou pronta para deixar nosso pianista, quando eu comecei a escrever ele não estava apaixonada, eu sabia que ele seria apaixonante, mas eu não ainda não estava. Mas quando começamos com a parte do reencontro meu coração batia forte com cada palavra, gesto e tudo mais que ele fazia. Louca não? Eu sei kkkkkk me apaixono por eles também e de todos os Edwards que escrevi penso que esse seja o mais doce e o mais apaixonante.

RECADO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Hoje minha amiga e grande escritora Lia_ Cullen estará postando a nossa mais nova parceria, DIGA QUE É VERDADE! Quer rir horrores? É uma comédia surpreendente com personagens loucos e apaixonados! Aproveitem meninas!