O Piano escrita por Isabella Cullen


Capítulo 20
Para sempre


Notas iniciais do capítulo

Bom meus amores eu disse que não ia demorar a postar e não demorei!
Obrigada pelos comentários, espero que gostem!



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– Ele simplesmente não cede. – Jasper me avisou um dia depois da apresentação que tivemos. As nossas fotos estavam em alguns jornais e eu tinha visto no caminho para o restaurante que Jasper tinha marcado comigo. – Precisará voltar para resolver isso.

Respirei fundo sentindo o frio e vendo a neve.

– Não posso voltar nesse momento, ele sabe disso. Por isso está fazendo de tudo para que seja necessária minha presença. Meu pai deve estar orientando o grupo de advogados. Isso não vai acabar tão cedo, mesmo que eu volte.

– Eu imaginei algo assim, tem muito em jogo não percebe?

– Dinheiro. Tem muito dinheiro em jogo é isso?

– Isso também.

Eu via a derrota nos olhos de Jasper, eu via como estávamos chegando em becos sem saída. Quanto tempo duraria uma luta judicial? Quantas alegações ele poderia fazer até um juiz se compadecer e me dar o divórcio. Nosso caso saiu de Nova York, estava agora em Boston. Meu pai tinha os juízes de Boston nas mãos. Meu café chegou e eu tomei em silêncio repensando em tudo. Jasper só me olhava como se esperasse mais alguma observação.

– Cuidou daquela conta? – perguntei.

– Sim, já está tudo em uma conta privada e bem discreta. O dinheiro Jean também está passando para esta, dei os dados para ele assim que consegui abrir.

– Bom, eu quero que faça um favor.

– Pode pedir Bella, sabe que somos amigos.

– Não se estresse com isso, não vale a pena. Se ele faz tanta questão que sejamos casados que sejamos. Em que Estado eu posso mudar meu nome?

Jasper não esperava por isso. Ele estava tão assustado como eu saberia que todos ficariam.

– O que está me falando?

– Isso mesmo que ouviu. Em que Estado eu posso simplesmente tirar o Black sem que isso seja ilegal?

Ele precisou de alguns minutos pensando e tentando assimilar o que eu pedia.

– Califórnia. Talvez Montana isso seja possível também. Preciso confirmar essas informações.

– Veja isso o mais rápido possível, se ele não quer me dar o divórcio que seja, não preciso disso para nada. Tenho que fazer uma coisa Jasper antes de voltar para o apartamento e se precisar de mais alguma assinatura, eu sei que pode sempre me encontrar. Obrigada por tudo.

Levantei deixando ele ainda pensativo quanto a minha decisão. Era um último recurso, mas eu sabia que era mais rápido que um divórcio. Peguei um taxi e fui para o Hilton, eu sabia que eles deveriam estar lá. Não tinha outro hotel que mamãe se permitiria estar. Eu tinha uma adrenalina correndo em mim e usaria isso para me manter sã e não fazer uma besteira.

– Boa tarde, os senhores Swan estão em que quarto?

– Quem deseja?

– Isabella, filha deles. Pode anunciar.

A atendente prontamente ligou para o quarto e depois sorriu me avisando que estavam na cobertura, um rapaz simpático me acompanhou e eu fui recebida com olhares severos, como uma menina que fez algo de muito errado. Não tirei o casaco quando o rapaz saiu, não sentei e muito menos coloquei minha bolsa em qualquer outro lugar.

– Está satisfeita? – minha mãe deixou cair uma revista com minhas fotos e de Edward estampada em um jornal. Não me dei ao trabalho de olhar mais que alguns segundos.

– Venho dizer uma coisa para os dois. – meu pai nem olhou para mim – Não vou voltar atrás, não vou voltar com Jacob e apesar de tudo que estão fazendo para atrasar meu divórcio eu não dou a mínima para isso. Estou com Edward e é com ele que vou ficar daqui até o dia que ele ainda me quiser, não vou fazer o jogo de vocês e parar minha vida por conta disso. Querem me fazer de maluca? Problema de vocês. Só digo uma coisa, não me procurem.

Minha mãe tapou a boca cheia de horror com as palavras que estava jogando em cima deles. Meu pai se levantou calmamente e foi para o lado dela.

– Não me liguem, me esqueçam. Não sou mais filha de vocês e se caso algum dia acontecer alguma coisa não me procurem.

– OLHA O QUE ELE ESTÁ FAZENDO COM VOCÊ! SOMOS SEUS PAIS! – minha mãe gritou.

– Não são, foram algum dia, mas não são mais. Tenho completo desprezo por tudo que me fizeram passar. Por não me apoiarem no que eu queria, por tentarem fazer da minha vida um jogo que manipulavam os resultados. Não sou a boneca de pano de vocês! Não sou! Eu sou feliz com Edward e com a música. É com eles que vou ficar, me esqueçam.

Assim que me virei ouvi os soluços de minha mãe e vi Jacob parado com os olhos surpresos. A quanto tempo ele estava ali mesmo?

– Você não o conhece. – ele disse espantado. – Está largando tudo por alguém que não conhece, não sabe se vai durar...

– E eu te conheço? Algum dia te conheci?

– Sou seu marido. Você me amou. Eu te amo Isabella.

– Você ama a si mesmo e é tão pateta quanto um fantoche que se deixa levar por esses dois. Eu odeio a sua fraqueza Jacob, odeio quando foge e não encara as consequências, quando finge que somos um casal, odeio como é manipulado e levado pelo vento mais forte. Odeio até mesmo saber que um dia eu me deixei levar por você, um homem fraco e sem o menor amor pela sua vida.

– Não fale assim com ele Isabella. Está descontrolada e louca! – papai gritou e eu me virei para olhar nos seus olhos pela última vez. Eu sabia que era última vez. Não tinha ali nenhuma dor em mim em saber que era a última vez. Mamãe chorava e ele abraçava como se fosse um funeral.

– Nunca mais me procurem, não vou responder. Nunca mais ousem falar algo de mim que não seja verdade, mando processar por calúnia e difamação. – me virei para Jacob – Fique longe de mim ou mandarei entrarem com uma ordem de proteção.

Saí deixando tudo aquilo para trás. Procurei dentro de mim algum remorso, alguma dor ou qualquer outro sentimento parecido e não achei. Eram meus pais e como eu poderia estar aliviado por deixa-los para trás dessa forma? Jacob nem entrava nesse pensamento, há anos não éramos nós. Andei apressada pelas ruas tentando assimilar e ganhar tempo, se ele me visse dessa forma ficaria preocupado. Jean me mandou uma mensagem e mudei meu rumo. Fiz o caminho mais longo eu precisava de um pouco de solidão.

Uma nevasca nos impediu para seguir. Tinham fechados todos os aeroportos da Irlanda e isso estava nos atrasando, mas eu estava mais descansada e disposta depois de alguns dias de folgas forçadas. Eu estava na sala de ensaios privado de uma pequena escola de música, Edward tocava uma de suas composições para algumas crianças de cinco a dez anos da Royal Academy of Music, ele estava lindo tocando e fazendo o que sabia de melhor. Encantar a todos. Jean estava ao meu lado e tinha seus olhos fechados ouvindo ele tocar uma valsa alegre e muito complexa. Assim que terminou todos aplaudiram animados e eu sorri aplaudindo também, ele ainda ficou conversando com as crianças, respondendo as várias perguntas e sendo paciente com o professor também que o faia responder a perguntas muito complicadas no objetivo de testa-lo.

– Vamos? – ele perguntou se aproximando.

– Estava aqui admirando você, poderia ficar mais algumas horas fazendo isso.

– Vamos almoçar. Tenho um presente para você.

Jean se despediu falando que assim que tivesse mais alguma informação voltaria a nos contatar, eu e ele fomos para um pequeno restaurante não muito longe. Eu gostava quando andávamos de mãos dadas sem nenhum compromisso importante, deixando apenas as coisas serem como elas deveriam ser. Ele pediu um pato ao molho de ervas para nós dois e disse que eu morreria para comer isso mais uma vez.

– Um dia vai me contar como entende tanto de cozinha.

– Sou curioso, aprendo um pouco de tudo. – ele me olhou – Eu não sei ainda o que achar da sua decisão de... mudar o nome sem o divórcio. – isso era nos últimos dias uma coisa complicada. - Eu sonho em me casar, te ver entrar numa igreja de branco para mim... é algo que sonho muito. E eu sei que você só está fazendo isso porque ele não vai facilitar.

– Edward... – eu não queria brigar com Edward por causa de Jacob.

– Me escute. Eu sei que nunca mais vão voltar, eu sei disso. E que vamos ter que adiar isso um pouco, sobre o casamento e tudo mais. Mas mesmo assim, usa uma coisa para mim?

O olhei querendo entender e ele tirou um anel do bolso. Era lindo. Um solitário. Um lindo solitário de ouro branco. O brilhante era um pouco maior do que o comum, mas mesmo assim tinha um ar delicado que eu tanto gostava.

– É lindo...

Ele pegou minha mãe e colocou suavemente. O anel entrou com perfeição e eu senti que era ali que ele deveria estar.

– Oh Edward isso é maravilhoso. Lindo!

Ele sorriu amplamente. Meu Edward, meu menino e meu noivo.

– Um dia nos casaremos em Paris. Moraremos em Londres, teremos filhos em uma grande mansão antiga e seremos os velhos mais viajados do mundo. – ele disse emocionado – Eu pretendo envelhecer ao seu lado. Aceita ser minha esposa?

– Sim...

Foi a única coisa que consegui falar antes que ele deixasse sua cadeira se ajoelhasse ao meu lado chamando alguma atenção.

– Eu, Edward Cullen me comprometo a ser o homem mais determinado a fazer uma mulher feliz. Eu prometo sempre colocar suas prioridades em primeiro lugar e entender e tentar entender tudo que se passar conosco. Eu te amo Isabella e é uma honra estar ao seu lado para sempre.

– Para sempre. – repeti convicta. – Eu te amo Edward.

E selamos esse momento com um beijo, eu ouvi aplausos ao nosso redor e fiquei vermelha de vergonha. Ele se levantou sorridente e beijou a mão que continha o anel como um verdadeiro lorde inglês. Eu amava esse homem de todo meu coração.


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Notas finais do capítulo

Então... para sempre? Beijos minhas lindas!