O Piano escrita por Isabella Cullen


Capítulo 12
Tudo que importa


Notas iniciais do capítulo

Meus amores desculpa a demora, mas estou meio enrolada com esse final de ano! Espero conseguir continuar escrevendo, mas será uma tarefa complicada na próxima semana por causa dos milhares compromisso sociais que tenho, mas vamos ver se consigo um pouco de tempo, não prometo! Espero que tenham um pouco de paciência!



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Eu estava deitada na cama lembrando do meu jantar com Edward, ele tinha feito para nós uma salada quente com legumes e frango. Estava leve deliciosa, ríamos com nossas tragédias musicais e todo os esquemas que armamos contra o maestro principal. Não foi tão desconfortável como eu imaginei a hora de dormir, nos despedimos no corredor nos olhando profundamente. Eu fiquei algum tempo parada na porta como uma menina imaginando o que ele estaria fazendo e se estaria pesando em mim. Sorri com isso e ouvi Rivers Flow in You no piano e sorri mais um pouco deitada, acho que era Edward me dizendo que acordou. A música era um calmante natural e sorria sentindo o efeito de ser acordada assim, era simplesmente perfeito. A música cessou, mas eu continuava a ouvi-la em minha mente e lembrei das palavras dele: quando acordar vá para a janela.

Levantei animada e então olhei para a janela e vi o esplendor da cena a minha frente. Havia um lago um pouco distante e nele havia flores ao redor, era lindo e tinha um ar antigo e tão tranquilo. A linda grama verde natural que envolvia o lago na parte de trás da casa era a coisa mais linda que eu já havia visto em anos. Eu amava Nova York e toda sua modernidade rústica e cinzenta, mas isso aqui era o paraíso, tranquilizante e sonhos. Eu poderia ver crianças correndo e pessoas sentadas fazendo um piquenique agradável no verão, as borboletas dançando entre as pessoas e a felicidade que a cena emanava.

– Gostou?

Edward estava parado atrás de mim encostado na parede de braços cruzados.

– É lindo demais.

Ele sorriu torto.

– Eu sabia que iria adorar, essa é a hora do dia que mais gosto de ver o lago.

– Então venha ver porque ele está nos dando um lindo bom dia.

Ele se aproximou e eu percebi que estava de camisola, era um daqueles momentos que poderiam ser estranhos, mas não foi. Ele se colocou ao meu lado e ficamos em silêncio ouvindo a natureza. Era tão bom e respirei fundo tentando absorver tudo.

– Quando comprei essa casa eu jurei a mim mesmo nunca mudar nada dessa parte. Poderia aumentar a casa, reformar a parte externa, mas essa cena deveria ficar para se’mpre exatamente assim. O pedaço do paraíso na terra. Foi isso que comprei.

– É um ótimo juramento. – falei admirando ainda a paisagem.

– Vamos tomar café. Precisamos ainda arrumar nossas coisas, vamos para a casa de minha mãe, mais tarde, Jean já me ligou avisando que Rose e Jasper por alguns imprevistos chegarão somente na hora do jantar.

– Sim, vamos.

A mesa já estava pronta e eu sentei olhando a diversidade de coisas nela. Paes, chá, café, frutas e bolos. Suco, torrada e até panquecas.

– Vamos receber quantas pessoas?

– Eu não sabia ainda muito bem o que você gostava... – disse tímido.

– O bolo...

– Foi a senhora que trouxe mais cedo. Ela faz os melhores bolos caseiros de toda região, esse é de laranja com baunilha, tem um sabor único quando se toma com chá. Quer experimentar?

Como não fazer isso depois dessa sugestão? Tomamos café conversando sobre coisa banais, Edward leu o jornal que estava na bancada da cozinha com muito interesse e eu via como os seus hábitos não me incomodavam nem um pouco, tudo que Jacob fazia era como um insulto mudo a mim. Cada toque dele era uma onde vômito que eu deveria segurar.

– Preciso fazer algumas ligações. Vai ficar bem?

– Claro... acho que vou me deitar um pouco.

– Está se sentindo mal?

Ele estava preocupado mesmo. Seus olhos me avaliaram e eu sorri.

– Tenho poucas oportunidades de não fazer nada. Posso aproveitar?

Ele riu e eu imaginei o furacão Rose e suas perguntas mais tarde e então tive a certeza de que precisava de mais daquela cama confortável.

– Sinta-se a vontade para aproveitar a casa inteira, eu te chamo na hora do almoço.

– Chama da mesma forma que me acordou? - provoquei e então ele sorriu meu sorriso.

– Da mesma forma.

Eu levantei ajudando ele a arrumar a cozinha e quando terminamos eu subi percebendo que ainda estava de camisola e sem nenhuma vergonha. Deitei e então quis mais da passagem, me troquei rapidamente colocando um vestido florido e sandálias. Desci animada não vendo Edward e então procurei pela casa uma toalha grande para estender no gramado, achei algo parecido no armário de baixo da cozinha e saí animada para fora, não tinha visto Edward enquanto fiquei sentada do lado de fora olhando a paisagem, em alguma hora eu deitei e fechei meus olhos.

– O almoço está pronto. – a voz de Edward me despertou. Quando abri os olhos ele estava do meu lado. A quanto tempo ele estava lá?

– Estou me sentindo ótima. Obrigada por me dar essa chance.

– É um privilégio receber você.

Ri pensando em como Edward parecia o senhor Darcy naquele momento. Levantamos e fomos para a cozinha e mais uma vez a mesa estava pronta. Olhei para ele curiosa.

– Conseguiu fazer suas ligações?

– Resolvi alguns problemas sim, ainda tenho que acertar as datas da turnê com meus compromissos já agendados, isso está deixando Alice nervosa.

Sorri sentado na cadeira e vendo o lindo buquê de flores silvestres. O vaso de vidro trabalhado parecia tão feminino, mas eu quis acreditar que ele tinha feito aquilo para me agradar. Edward me serviu, como sempre ele era um perfeito cavalheiro, conversamos sobre Alice e sua falta de calma quando se tratava de prazos e de como Esme já tinha ligado mais vezes do que o necessário para saber se estava tudo bem. Ela era realmente uma mãe maravilhosa e parecia nunca perceber que seus filhos cresceram e estavam indo muito bem em suas vidas. Edward assim que terminamos lembrou de pegar alguma coisa na parte anexa e eu comecei a arrumar as coisas para não causar mais trabalho.

O jornal aberto saltou aos meus olhos. A foto de Jacob estava estampada e uma matéria sobre o meu suposto divórcio. Droga como isso vazou tão rápido. Na mesma matéria eles especulavam sobre o fim de nosso casamento ser a perda de nosso filho e que eu estava em depressão. Eu não estava em depressão. Me revoltei com a ousadia deles, eu teria que falar com Jasper e pedir uma retratação ou algo assim, não queria nunca mais ler algo do tipo e a memória do meu filho ser tratada desse jeito. A foto de mim grávida fazendo compras me fez sentir o aperto inevitável em meu coração.

– Bella...

– Oi...eu...

– Não fique assim, já pedi para Jean tratar disso com Jasper.

Olhei surpresa para ele.

– Já?

– Sim, a essa hora com certeza eles já devem estar tendo algum tipo de dor de cabeça sobre isso.

Eu larguei o jornal e o abracei chorando um pouco. Chorando pela dor de não ter meu bebê e de ver minha vida totalmente distorcida e exposta. Edward me abraçou e eu soluçava me sentindo mais fraca do que o normal, ele então me pegou em seus braços e subiu comigo me deitando na cama e deixando eu me acalmar. Eu as vezes pensava o que ele achava desses meus ataques, Jacob não sabia lidar com eles, nunca soube. Ele saía como se pensasse que eu quisesse privacidade e só voltava uma semana depois, nunca entendi o que fazia ele pensar que estar longe era a solução, ele sempre voltava como se nada tivesse acontecido e eu já tinha desistido nesse ponto de ter alguma discussão que valesse a pena.

– Bella, precisamos ir.

Eu estava desorientada, a luz do dia não estava mais lá e eu levantei sem saber que horas ou quanto tempo tinham se passado desde meu ataque com a notícia. Eu senti um aperto quando lembrei, mas me forcei a não me entregar aquilo novamente.

– O que aconteceu?

– Você dormiu, mas...

– Dormi muito? – perguntei alarmada.

– Um pouco, às vezes é melhor, precisamos disso para seguir em frente.

– Eu sempre tenho ataques perto de você. – falei com vergonha e senti meu rosto ficar vermelho. Edward parecia um pouco fascinado por isso e tocou meu rosto.

– Pode ter quantos quiser apesar de eu não gostar de ver você assim, mas eu entendo.

– Não por causa dele sabe... – o meu rosto deveria estar mais corado ainda – Foi pela gravidez... pela distorção dos fatos, quando eu realmente estava em depressão ninguém publicou nada e agora...

Ele passou os dedos em meu rosto suavemente.

– Então agora... hoje você não está mais tão triste? – na sua pergunta tinha tanto mais do que ele queria dizer, eu já tinha aprendido que em alguns momentos as palavras dele eram profundas demais e seus olhos tinham um segredo imaculado. Sorri encarando ele.

– Não estou, só é triste saber que ninguém mais sabe disso.

Ele me olhou satisfeito.

– Eu sei.

– E isso é tudo que importa. – conclui.


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Notas finais do capítulo

Então meus amores????????? Eu sou rendida a esse Edward! E vocês?