[P.O.V. CASTIEL]

Eu e Yume estamos em frente a escola, ela vai almoçar lá em casa e estamos esperando a Emily, que não chega nunca!

- Cast-kun, onde está a Emily? Será que ela já saiu?

- Não sei, mas podemos voltar até a nossa sala e ver.

Foi o que fizemos, mas chegando lá, ela não estava.

- Vou ver se ela não está no banheiro. - diz Yume que logo volta - Não, lá ela também não está...

- Vai ver ela já foi para casa, ou está nos pregando uma peça,

- Pode ser, vamos indo então.

Chegamos até minha casa que é um belo sobrado branco com uma sakura na frente, que, a propósito, esta com suas lindas folhas cor-de-rosa.

- Oh! Como a sakura está linda! Me lembra meu país natal... - diz Yume, dando um abraço na árvore.

Abro porta e entro, Yume tira os sapatos e fica de meias, costume dela...

- Oi mãe!

- Oi Castiel, oi Yume!

- Ohayo, Tia Toshio! - ela faz uma leve reverência, Yume continua com vários costumes de sua terra.

- Onde está a Roberta? - Minha mãe pergunta.

- Pensamos que ela estivesse aqui! - eu respondo.

- Oh, não fiquem assustados, ela só deve ter se atrasado, ou deve estar conversando com a Lola, ou com a Rosalya, logo ela deve chegar. - Yume tenta nos ''acalmar''.

- Bom, se é assim, melhor vocês já irem comendo, ou vão morrer de fome, sentem-se e sirvam-se. - Minha mãe diz, já mais contente.

O prato do dia é galinha escabelada,uma das especialidades da minha mãe, o queijo ficou no ponto e está bem derretido, uma delicia! Comemos e deixamos um pouco na travessa, para Emily.

- Mãe, por que não se deita um pouco, eu e Yume lavamos a louça para você.

- Hai, podemos arrumar tudo, pode deixar com a gente.

- Muito obrigada!

Minha mãe sai e começamos a tirar os pratos da mesa, Yume os lava e eu os seco. Até que Yume me dá uma rajada de água.

- YUME!!!

- HAHAHAHAHAHA, você devia ver sua cara, hahahahahaha.

- Ah é? Então toma!- encho um cop com água e atiro nela, que agora está molhada da cabeça aos pés.

A partir daí começamos uma bela guerra, que acaba em empate, com nós dois encharcados tanto quanto o chão da cozinha.

- Acho melhor trocarmos de roupa e depois secarmos a cozinha, deve ter um dos meus kimonos no quarto da Emily - diz Yume, com seus lindos cabelos ruivos (sim, eu acho cabelos laranja lindos) pingando de tão molhados. E sobe até o quarto de Emily. Eu vou para o meu quarto e me troco também.

[P.O.V. EMILY]

Me acordo repentinamente com algo me espetando e meu corpo dolorido. Olho para o lado e vejo que estou deitada em meio aos espinheiros, minha roupa está rasgada, estou descalça, com dor de cabeça, cheia de hematomas e sangue O+ (sim, eu sei mei tipo sanguíneo), parece ser umas três da tarde e está nublado. Me levanto devagar para que mais espinhos não se prendam em mim, não adianta muita coisa.

Já de pé percebo que estou em um bosque. Ele é bonito e parece familiar. Vejo que minha mochila está atirada perto de uma árvore junto com um pedaço de madeira ensanguentado. Abro minha mochila e parece estar tudo bem lá dentro. Pego meu espelho em um bolso para ver meu rosto. Há uma cicatriz em toda a minha bochecha esquerda, minha testa e meu nariz estão sangrando (e não é uma hemorragia nasal de fofice). Guardo o espelho e pego meu celular de dentro da mochila ele está com quase nada de bateria, talvez de tempo de uma ligação, digito o numero do telefone de Castiel e quando ''aperto no verde'' a bateria acaba. OBRIGADA MESMO, VIDA, COMO VOCÊ BOAZINHA!!! Ótimo, a questão é, vai começar a chover, escurecer e onde eu vou passar a noite desse estado, não dá para enxergar a escola, ou minha casa, ou qualquer sinal de civilização. Me sento no chão e olho em volta, vejo uma bandeirinha vermelha com as letras ''ER'' cravada no chão, isso é muito familiar...

[FLASHBACK EM PRETO E BRANCO ON]

Garota de 6 anos: - E mais uma aqui, olha vovó você pode deixar seu arco e flecha nessa árvore oca.

Vovó: - Ótima ideia querida! Pronto, vamos, a cabana é logo ali na frente.

[FLASHBACK OFF]

Eu me lembro! É claro! É só seguir em frente! E é melor eu ir rápido, está escurecendo e começando a a chover, começando não está quase caindo uma tempestade! O jeito é sair correndo na chuva. É claro que pego o arco e flecha antes. Ouço o som de tiros, os caçadores estão por aí. Melhor ir logo.

Depois de correr muito, seguir as bandeirinhas e estar encharcada (por causa da chuva) encontro uma clareira, onde tem uma cabana que parece estar abandonada. Tento abrir a porta, mas está trancada. Como não pensei nisso antes?! Meu colar! O tiro e encaixo o pingente de chave na fechadura, ENCAIXA! Abro a porta, está do mesmo jeito de 10 anos atrás, a mesa com as cadeiras, armários, a cama, e o banheiro. Acho que os caçadores ainda vem aqui, pois há dois armários um tem uma placa dizendo: ''Victória, nã mexa'' e em outro: ''Castiel e Princesinha, não mexa''. Abro-os, no meu tem um vestido lolita e sapatos lolita também, tem uma tiara com orelhinhas de gato vermelha. Na do Castiel tem uma calça jeans, uma camiseta, um tênis e uma tiara com orelhinhas de cachorro preto, o único porém é que são roupas para crianças de 6 anos! Abro o armário de Victória, minha avó, tem um vestido azul florido, uma sapatilha azul e uma presilha de flor, e o mais ''legal'' (talvez), tudo cabe em mim! Dentro do armário dela também tem uma toalha, um gravador e uma caixa de curativos escrito: ''para Emily, Castiel nunca irá precisar deles''.

Vou até o banheiro, me seco, coloco os curativos e troco de roupa. Não é meus estilo, mas é o que eu tenho. Não tem água, nem na torneira, nem no chuveiro, senão eu teria tomado um bom banho. Pego o gravdor e me sento na cama. Ouço a gravação inteira, e choro, sinto saudades, reelembro o passado.

Até que alguém da um chute na porta, que está aberta, é um menino de cabelos loiros e olhos azuis, e está armado!

- Mãos para cima, responda! Quem é você? Responda, ou atiro! - ele diz.

- Por favor, não me machuque, piedade (ok, chega de drama). Eu me chamo Emily, Emily Roberta Toshio, neta de Victória Toshio. - eu respondo assustada e com as mãos para cima.

- Emily? Neta de Victória? Espera, Princesinha? - ele abaixa a arma.

- Quem é você? Como sabe meu apelido?