Apocalypse of the GODS escrita por Simpoles, Coalinha, Hanelly


Capítulo 4
Nunca pensei que fosse odiar uma aula de arco e flecha...


Notas iniciais do capítulo

Ooooe lindos... esse e o ultimo capitulo de hoje ( ou melhor, da madrugada de hoje )... Então, espero que gostem...

leiam as notas finais okay? okay...



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Pov. Helena

  Fomos para a minha aula preferida, arco e flecha. Todo os colégios que frequentamos tem aulas desse tipo, eu adorava, já a Liss, nem tanto. Você pode dizer o que quiser sobre mim, mas uma coisa que eu não costumo fazer é não ir com a cara de um(a) professor(a) de arco e flecha, mas aquela ali, eu posso jurar que não era humano. Acho a Sra. Derwin me assustou de um modo que a muito tempo uma professora não me assustava.

  A quadra para o treinamento era grande, com diversos tipos de arcos diferentes espalhados na parede e alvos com diferentes distâncias. As paredes eram cinza-azuladas e a quadra em si era laranja. A professora estava parada ao lado de um arco prateado e várias flechas. Ela foi chamando de um por um e os mandou atirar em diferentes distâncias, sempre fazendo anotações na prancheta.

  Após muitos alunos e muitas flechas no lugar onde não deviam (um aluno quase acertou a professora) ela finalmente chamou o meu nome.

— Senhorita Mathews por favor - fui em direção a ela e você pode até não acreditar em mim, mas eu posso jurar que vi ela pôr a língua para fora e provar o ar igual a uma cobra - pegue este arco e acerte o boneco na cabeça, fique em cima da linha vermelha - o boneco mais próximo estava a sete metros da linha vermelha. Parei em cima dela. - Não, não, não, Srta. Mathews, não estou falando desse boneco, estou falando daquele último - o último do qual ele falava, estava a vinte e dois metros de distância da linha vermelha.

  Você pode achar estranho eu não reclamar, ou pedir por um mais fácil, mas o negócio é o seguinte, eu gosto de desafios, principalmente quando se trata de arco e flecha. Aquela distância seria mais fácil para mim se eu estivesse usando o arco com o qual estava acostumada, mas aquele teria de servir.

  Testei a tensão da corda, boa. O comprimento da flecha, adequado. E então posicionei a flecha no arco, mirei minunciosamente e atirei. Se aquele boneco tivesse boca, ela teria acabado de ser trespassada por uma flecha. Meu irmão Lion foi o próximo a atirar.

  Ele era tão bom quanto eu no arco e talvez até melhor, mas eu nunca admitiria isso em voz alta.

— Sr. Mathews, por favor, atire no terceiro alvo, pisando na linha vermelha - o terceiro alvo estava a dezoito metros de distância da linha vermelha.

  Lion fez os mesmos preparativos que os meus. Colocou a flecha no arco e atirou. A força da flecha foi tamanha que ficou cravada até a metade no alvo. Bem no centro, nem um centímetro a mais, nem um a menos.

  Ele voltou ao banco. Estávamos todos juntos. Desde o idiota que tinha esbarrado em mim até aquele tarado do irmão dele. O garoto que se chamava Jaime conversava acaloradamente com Manny num canto mais afastado, já o outro sentava ao lado da namorada, bem mais afastado. Liss conversava baixinho com Lion, e Lucan havia saído a algum tempo para ir ao banheiro, acho.

  Eu, meu irmão e Liss estávamos conversando quando Manny e Jaime se aproximaram de nos. Liss estava sentada entre mim e Lion, então, Manny sentou-se ao meu lado e Jaime ao lado dele. Dava pra ver que o Lion não estava muito contente com a presença do Jaime.

— Então, vocês dois atiram muito bem hein - disse Jaime como forma de puxar assunto. Lion o ignorou e voltou a conversar baixinho com Liss, o que fez com que sobrasse para mim responder ao comentário.

— É, a gente tem um certo gosto pela coisa.

— Ah, eu e o meu irmão também, na verdade temos muito mais do que um simples "gosto pela coisa" - ele disse, provavelmente tentando impressionar, não conseguiu.

— Sr. Nicholas Mahealani, poderia atirar naquele alvo pendurado ali - e o garoto levantou de cara fechada, pegou o arco, não fez um teste se quer, apenas encaixou a flecha e atirou. E esta foi perfeitamente para o centro do mais que pequeno alvo a vinte metros de distância. Ele era bom. Muito bom.

  Jaime deu um sorriso.

— Acho que está no sangue, vai ver você é nossa parente distante - e deu um risinho, Manny bateu com o cotovelo em sua costelas.

— Srta. Walker por favor atire naquele quinto alvo pisando na linha vermelha - Liss levantou com a mesma cara de alguém que estivesse prestes a ir para a forca. Pegou o arco, se aproximou da professora e cochichou no ouvido dela.

  Ela acenou negativamente com a cabeça.

— Não Srta. Walker, não posso abrir uma exceção para a senhorita, não me importa que você seja ruim, muitos aqui são - ela olhou de relance para o garoto que quase a havia acertado com uma flecha, este se encolheu - É por isso que estão aqui, para aprender - e mais uma vez eu pensei ter visto uma língua ofídica sair de sua boca, como se estivesse com fome e Lisbeth fosse um ótimo aperitivo.

  Talvez ela também o tenha visto, por que deu um passo para trás quase derrubando várias flechas de uma estante. Então ela foi para alinha vermelha que a Sra. Derwin havia indicado, colocou a flecha no arco, puxou a corda, fechou os olhos e disparou. A flecha atingiu o pé da professora.

  Não pense que ela o fez de propósito. Ela nunca o faria, foi uma fatalidade o que aconteceu (ou nem tanto). Mas, o mais estranho era que a professora não parecia ter notado que a flecha havia trespassado o seu pé. Sangue pingava dos dedos de Liss, provavelmente um corte provocado pela tensão da corda do arco. Ninguém parecia ver que a professora acabara de ser ferida, até que o alarme de incêndio estourou em nossos ouvidos e todos começaram a correr para fora.

  A professora tentou gritar para que ficassem calmos, mas ninguém parecia escutá-la. Olhei para os lados e vi que Manny é que havia acionado o alarme. Na quadra restavam apenas o nosso grupo. Então a Sra. Derwin pareceu notar que havia uma flecha alojada em seu pé e nesse momento eu tive certeza de que vi uma língua de cobra sair da boca dele, Hugh, eu odiava cobras. Não é que eu tenha medo delas, muito pelo contrário, mas eu, com certeza detestava cobras.

— Filhote de deuses - disse a Sra. Derwin com a mesma voz que uma cobra teria se falasse - eu tenho fome e os meus filhos também - ela começou a se contorcer e das suas roupas começaram a sair cobras. Por um segundo achei estivesse louca. Meus olhos não conseguiam acreditar no que viam. Ela continuou a se contorcer fazendo suas roupas caírem no chão, por baixo ela usava o peitoral de uma armadura, nenhuma roupa nas pernas, se é que eu poderia chamar aquilo de pernas.

  Dois corpos de cobras, era isso que ela tinha no lugar das pernas e não havia pés, por isso ela não sentira a flecha de Lisbeth. Ao meu lado, Lion segurava o meu braço forte. Nicholas e a namorada Ashley estavam lado a lado, ela tinha uma adaga nas mãos e ele olhava para o arco mais próximo, calculando a distância que os separava, a única coisa que o impedia de ir buscar eram as centenas de cobras que estavam entre eles.

  Jaime, que estava ao meu lado, tinha um arco nas mãos.

— MANNY, VOCÊ JÁ SABE O QUE FAZER! - ele gritou para Manny que se encontrava do outro lado da quadra, ainda segurando o alarme nas mãos, ele assentiu com a cabeça e tirou uma flauta de bambu do bolso, tudo bem que ele era bom com música, mas no que aquilo ali vai ajudar?

  Ele levou a flauta aos lábios, Nick correu em direção as cobras, Ashley ficou em posição de combate, Jaime preparou o arco, Lion apertou meu pulso e meu mundo virou de cabeça para baixo.


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Notas finais do capítulo

Bem me desculpem pelos erros ortográficos e...
deixem REVIEWS... obrigada... de nada...



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