POV Isabella

- Meninos vem almoçar. – gritei da porta, Artur e Edward estavam na piscina brincando, Artur tinha me acordado cedo e queria passar o dia na piscina para comemorar a volta do pai, então não pude negar e às onze horas sai para fazer o almoço, macarronada que era mais rápido. Já era a segunda vez que eu os chamava, não era uma criança e um adulto que estavam na minha piscina e sim duas crianças.

- Ah mamãe só mais um pouquinho. – disse Artur me olhando com os olhinhos brilhando.

- É mamãe. – concordou Edward, eu gargalhei.

- Iremos voltar depois do almoço bebes. – respondi e Edward ajudou Artur a sair da água e o enrolou em um roupão, vestindo um também e seguimos para a cozinha.

- Hmm que cheiro bom Bella.

- Obrigado. – sorri servindo-o e começamos a comer, Artur estava se lambuzando todo de molho e sorriu para o pai.

- Viu papai agora eu sei comer sozinho, a mamãe ensinou. – disse orgulhoso.

- Estou vendo filho, já e um homem. – disse Edward sorrindo.

- Não papai eu sou um príncipe, não é mamãe? – perguntou a mim.

- Sim meu príncipe. Esta gostoso? – perguntei a ele.

- Sim mamãe muito gostoso, igual sempre. – disse sorrindo e continuou a comer. Edward já tinha terminado e sorriu.

- Esta delicioso Bella.

- Obrigado, quer mais? – perguntei.

- Sabe é falta de educação repetir. – disse sorrindo.

- Papai é falta de educação não repetir se você ainda quiser. - disse Artur com os bracinhos cruzados. – A mamãe que disse.

- Então eu quero sim. – sorri e o servi com mais macarronada, ele comeu tudo e depois de um tempo voltamos para a piscina, ficamos brincando ate tarde e depois do banho Artur desmaiou de tão cansado que ele estava. Fui levar Edward ate a porta e o abracei.

- Tchau ate amanhã. – sussurrei e ele beijou minha bochecha.

- Ate amanhã. Diz ao Artur que quando sair do trabalho venho vê-lo. Posso?

- Claro, sempre bem vindo na minha casa lembra.

- Sim obrigado, por tudo.

- Obrigado também.

Ele saiu e eu fui me deitar, estava tão cansada que não demorou muito para que eu dormisse, na manha seguinte acordei e tomei um banho vestindo uma roupa para o trabalho preparei o café da manhã e fui chamar Artur, o arrumei e descemos para tomar café.

- Cadê o papai? – perguntou quando sentamos na mesa.

- Ele foi para casa dele, e disse que mais tarde vira ver você. – disse lhe entregando uma torrada com geléia.

- Ta bom. – disse comendo. Depois o levei para escovar os dentes e fomos para a escolinha. – Tchau mamãe, te amo.

- Também te amo príncipe. – respondi o beijando.

- Você vai ver o papai hoje?

- Vou sim ele trabalha com a mamãe. – ele arregalou os olhos e sorriu.

- Diz que eu amo ele também.

- Pode deixar que eu falo. Agora entra, e se comporte.

- Sempre mamãe. – disse convencido e eu sorri, ele correu para a mulher que ficava no portão para receber as crianças. E me deu tchau sorri e acenei para ele também entrando no carro, segui para a empresa, ao chegar lá Edward já estava sentado na sua mesa. Sorriu ao me ver e se levantou.

- Bom dia chefa. – disse sorrindo e me deu um beijo na bochecha, serrei os olhos para ele.

- Quer ser demitido? – perguntei entrando na minha sala e ele gargalhou me seguindo.

- Você não viveria sem mim. – disse convencido e se sentou na minha frente.

- Como pode ter tanta certeza?

- Sou vidente como Artur. – disse sorrindo e eu balancei a cabeça.

- Ele pediu para te dizer que ele te ama. – ele sorriu e assentiu. – Agora vamos trabalhar porque você já me irritou.

- Nossa chefa é assim que você trata o pai do seu filho. – disse incrédulo. – Sou a pessoa menos irritante, e você me diz isso.

- Vai trabalhar Edward.

- Estou indo. – disse saindo da sala, sorri e comecei a ler os contratos que tinham que ser assinados, o que levou a manhã toda e a metade da tarde, não pude nem sair para almoçar e Edward, apenas pediu um lanche para nós. Ele ate brigou comigo, dizendo que eu não me alimentava direito e que eu acabaria adoecendo, só parou de falar quando eu prometi que melhoraria minha alimentação.

Já passava das cinco quando saímos da empresa, Edward iria comigo para ver Artur, que ficou todo animado ao ver o pai.

- Agora se esquece de mim. – disse fazendo drama e ele pulou em meu colo.

- Não esqueço não. – disse e me encheu de beijos. – Nunca nunquinha.

- Eu sei bebe. – sorri e ele pediu para Edward jogar vídeo game com ele e eles passaram o resto da tarde jogando, os chamei para jantar e eu abri uma garrafa de vinho para mim e Edward, depois de colocar Artur para dormir descemos e terminamos de beber a garrafa de vinho assistindo um filme, achei melhor Edward dormi ali, porque estávamos meios altinhos. Fui deitar caindo no somo instantaneamente, acordei às três da manhã com fome desci para comer um pedaço de torta, parti e comecei a comer em pé mesmo. Dei um pulo ao ouvir passos atrás de mim.

- Desculpe. – sussurrou Edward. – Só vim beber água.

- Tudo bem. – sussurrei e ele foi ate a geladeira voltei a comer e quase engasguei quando senti seu corpo prensando o meu na pia ele beijou meu pescoço que se arrepiou e me virou de frente para ele colando nossos lábios, suspirei e subi minhas mãos a sua nuca passando minha unha de leve, Edward gemeu e mordiscou meu lábio inferior pedindo passagem e nossas línguas começou a batalhar dentro da minha boca. Estávamos ofegantes e quando o ar foi necessário ele desceu os beijos para meu pescoço. Ele subiu as mãos ao meu seio e o apertou me fazendo gemer, Edward me sentou em cima da pia e ficou entre minhas pernas, ele pegou a barra da minha camisola e a levantou tirando-a e jogando no chão levou meu seio a boca e o sugou, gemi. E desci sua calça, isso pode ser errado, mas para alguém que estava a tanto tempo sem sexo como eu nada era errado. Ele estava sem cueca e seu membro pulou para fora, apontado para mim gemi e o peguei o massageando. Edward me ajudou a tirar minha calcinha e logo estava dentro de mim, gememos e voltamos a nos beijar, quando o orgasmo veio, gememos alto o nome do outro e ficamos abraçados ate que a respiração voltasse ao normal, Edward pegou nossas roupas e me entregou e me beijou subíamos as escadas depois de nos vestir e eu entrei no meu quarto enquanto ele ia para o dele.

***********

- Bella porque esta estranha comigo? – perguntou Edward, ao chegarmos à empresa e eu entrei em minha sala. Sem dizer uma palavra. – Olha se foi por causa do que aconteceu ontem.

- Não Edward nada aconteceu ontem entendeu, estávamos com álcool no sangue e não pensamos direito, isso não irá voltar a acontecer. – disse me sentando e liguei meu computador. – Agora vamos trabalhar.

Edward saiu sem dizer nada e de cabeça baixa, suspirei aquilo tinha sido um erro, não poderia voltar a acontecer, nem sentimentos tínhamos, apenas gratidão e eu nunca tinha feito sexo com alguém que não tinha um relacionamento, por isso estava tanto tempo sem sexo, não tinha namorado e não era como a maioria das pessoas da minha idade que iam a babada para encontrar sexo fácil, não ia negar ia a balada antes de ter Artur, mas não ficava me esfregando em ninguém, e o que aconteceu ontem com Edward por mais que foi maravilhoso, foi errado e não poderia voltar acontecer, se Artur tivesse aparecido aquela hora, não queria iludi-lo, fazendo-o pensar que estávamos juntos.

Edward não foi a minha sala em nenhum momento naquele dia e eu também não o chamei, passei o dia em reuniões e assinando contratos, quando deu à hora de ir embora não encontrei Edward em sua mesa, olhei ao relógio e vi que tinha cinco minutos que seu expediente tinha acabado então ele já deve ter ido. Ao chegar a casa o encontrei com Artur na sala jogando vídeo game. Dei um beijo em Artur e fui para seu quarto tomar banho, a baba de Artur já tinha ido embora. Tomei um banho e fiquei um pouco no quarto, não queria que Artur percebesse o clima estranho entre eu e seu pai, já passava das oito então desci para fazer um lanche antes de dormir. Eles ainda estavam brincando quando Artur me chamou.

- Mamãe vem cá.

- O que foi amor? – perguntei abaixando de frente para ele.

- O papai pode dormir aqui hoje? – perguntou e eu assenti e quando ia respondeu Edward me interrompeu.

 - Não filho o papai vai para casa hoje, amanhã eu trabalho e não trouxe roupa. – disse e Artur fez bico. – Prometo que venho depois do trabalho te ver.

- Ta – resmungou, me levantei e Edward me acompanhou.

- Então eu já vou esta ficando tarde. – disse e se despediu de Artur e saiu sem me dizer nada. Respirei fundo e fui para a cozinha. Estava com um nó em minha garganta e meus olhos começaram a marejar.

***********

Um mês depois.

Tudo estava à mesma coisa Edward não falava comigo apenas coisa do trabalho ou de Artur que para minha surpresa ele não quis tirá-lo de mim depois de brigarmos, pensei que ele daria a desculpa de que se não conseguíamos nem ser amigos eu não poderia ser mãe do filho dele, porque na verdade eu não tenho direito nenhum sobre Artur, se Edward quiser entrar na justiça ele consegue tirá-lo de mim, sem esforço, mas parece que não é essa intenção dele. O que me fazia sentir pior do que eu já estava sentindo, não sei se eu precisava ter dito aquilo a ele, tê-lo tratado de forma tão fria, mas agora é tarde e sei que não poderei mudar. A um mês dormia depois de muito chorar e pensar no que tinha feito, sei que se pedisse desculpa tinha a chance de ele me perdoar, mas também ele poderia dizer que não iria perdoar e era disso que eu tinha medo, de ele me odiar mais do que já odiava, sim eu sei que ele me odeia, e isso estava me destruindo.

- Aqui esta os documentos que a senhorita pediu. – disse ele me entregando os papais.

- Não precisa me chamar assim, já disse. – o repreendi. E ele me olhou e vi dor em seus olhos, senti meus olhos marejados.

- Deveria ter te tratado dessa forma desde o começo, apesar de termos um filho “juntos” não somos nada alem de chefe e funcionário. – disse e saiu senti meu rosto molhado pelas lagrimas e abaixei a cabeça.

- Burra, idiota, imbecil - repetia para mim mesma, porque era isso que eu era.

Passaram três meses e ainda nos tratávamos como dois estranhos, e a cada dia eu me sentia pior, Artur já perguntou o que nos tínhamos, mas sempre respondemos nada, Edward agora evitava a ir a minha casa quando eu estava, e apenas via Artur nos finais de semana, e agora nos víamos apenas na empresa.

Há um mês em venho me sentido mal, na parte da manhã acordo com enjôo e às vezes ate tontura, pensei que era por eu não estar me alimentando direito, mas eu não conseguia sentir o cheiro de comida que já quero colocar tudo o que eu comi no dia para fora. Pedi para Alice ir a minha sala porque precisa conversar com ela.

- O que foi? Você esta pálida Bella. – disse ao sentar em minha frente.

- Quais são as chances de uma pessoa que esta tendo enjôo e tonteira estar grávida? – perguntei com os olhos já marejados. Ela arregalou os olhos.

- Porque esta me perguntando isso? – disse alarmada.

- Por favor, apenas responda.

- Bom, há quanto tempo esta atrasada? – perguntei e eu arregalei os olhos, não tinha pensado nisso.

- Não sei três meses. – sussurrei e as lagrimas já banharam meu rosto.

- Não se desespere, irei comprar um teste na farmácia e já venho. Fica calma. – assenti e ela saiu. Abaixei minha cabeça na mesa e comecei a soluçar. Alguns a porta se abriu, mas eu não levantei a cabeça pensando que era Alice.

- Bella? – perguntou Edward e eu levantei a cabeça assustada enxuguei meu rosto e ele se ajoelhou em minha frente. – O que aconteceu?

- Nada. – sussurrei.

- Como nada esta chorando Bella.

- Edward, me abraça. – pedi e ele me abraçou meus soluços aumentaram e eu me apertei contra seu peito. – Estou com medo.

- De que? Esta sendo ameaçada Bella? – perguntou alarmado e eu neguei. Na hora Alice entrou na sala.

- Edward fora. – disse de uma vez e ele franziu o cenho, mas não se moveu. – Anda Edward preciso da Bella sozinha. – disse e ele me olhou eu assenti e ele me soltou saindo da sala. – Vai ao banheiro e faz o teste.

Assenti e fiz tudo o que mandava na embalagem, Alice tinha comprado cinco de marcas diferentes, e eu esperei foram os cinco minutos mais longos da minha vida, quando o resultado apareceu eu ofeguei todos estavam com o mesmo resultado.

POSITIVO.

E a única coisa que se passava em minha cabeça era “O que eu iria fazer?”