POV Edward

Respirei fundo, já tinha dez minutos que estava parado na porta da casa da Bella, mas não tinha coragem para tocar a campainha não sabia como eu iria aguentar ver crianças correndo e não se lembrar de meu filho. Prometi a Bella que viria ela estava toda animada para que eu conhecesse seu filho, mesmo sendo adotado podia ver que ela o amava. Comprei uma motinha motorizada para ele, Bella disse que eu não precisava gastar com presente, mas meu coração disse que eu teria que levar algo. Toquei a campainha e minutos depois Bella abriu a porta sorrindo.

- Pensei que não viria.

- Por quê? – perguntei sorrindo. – Eu disse que viria não é?

- Sim, vem entra. – entrei e ela olhou o embrulho em minha mão e me olhou repreendendo-me. – Edward disse que não precisava comprar nada.

- Deixa de ser chata chefa. – resmunguei sorrindo, ela abriu a boca para retrucar quando uma vozinha gritou fazendo com que meu coração disparasse.

- Papai. – gritou Artur, meu bebe estava ali correndo em minha direção, sorri chorando e o peguei no colo o abraçando apertado, tinha um nó em minha garganta não conseguia falar nada. Artur olhou para Bella sorrindo e vi que ele também chorava. – Você prometeu mamãe e trouxe meu papai. Você trouxe.

- Sim bebe eu trouxe. – Bella respondeu sorrindo.

- Tava com saudade papai.

- Eu também filho, eu também. – sussurrei o abraçando ainda chorando. – Desculpa por demorar.

- Você voltou, voltou para mim, eu disse mamãe que ele iria vim. – disse sem tirar o sorriso do rosto. – Agora você não vai mais embora a mamãe disse que quando te achasse você ia trabalha com ela, e não vai mais ficar longe.

- Não vou, prometo.

- Eba, vem conhecer meu vovô e vovó. – olhei para Bella e ela assentiu. Sorri e segui com Artur em meu colo dizendo onde era para ir, ao chegar perto de homem que ele chamou de vovô se virou e sorriu. – Vovô o meu papai voltou.

- Edward? – perguntou incrédulo. – Meu Deus por que você não me disse que estava sem emprego, teria te ajudado menino.

- Desculpe. – sussurrei e ele me abraçou.

- Sei que esta trabalhando com minha filha agora e não faria ela sofrer, mas não tira esse menino dela, ela o ama e irá sofrer muito se afastar dele. – pediu e eu assenti.

- Não se preocupe, não irei fazer nada para prejudicá-la.

- Obrigado. – sorri e conheci sua esposa Renne que me pediu o mesmo. Não estava pensando em tirá-la da vida de Artur, sabia que ela o amava e sabia que Artur retribuía esse sentimento, nunca faria meu filho sofrer e nesse dia percebi que estava fora de questão fazer Bella sofrer. Nesse mês que trabalhei com ela, fiquei cada dia mais encantado com ela, e sabia que seria fácil me apaixonar, mas não poderia enquanto não tivesse uma vida estável. Artur começou a brincar e eu fiquei o acompanhando com os olhos sorrindo. Não encontrei Bella em lugar nenhum e estranhei. Perguntei ao seu pai se a tinha visto e ele negou, entrei na casa e fui ate a cozinha e a encontrei sentada em um dos bancos altos de cabeça baixa, cheguei perto dela e vi que seus ombros balançavam, franzi o cenho.

- Bella? – chamei e ela levantou o rosto assustada e virou para o lado ao contrario que eu estava, enxugando o rosto. – Está chorando?

- Não. – respondeu e um soluço saiu entre seus lábios. Segurei seu rosto e o virei para mim, enxuguei suas lagrimas, podia ver a dor em seus olhos. – Eu sei que não tenho direito de te pedir isso, mas não o leve de mim, por favor, ou ao menos me deixe visitá-lo, eu o amo – disse soluçando e eu a abracei. – Se eu soubesse que ele era seu filho já teria te dito, me desculpe eu não sabia.

- Eu seu Bella, calma. – sussurrei e a fiz me olhar. – Eu não irei lhe afastar dele, sei que você o ama, vejo isso em seus olhos e nos dele também, não tenho ainda uma vida estável então ele continuara aqui com você, e mesmo que tivesse nunca entraria na justiça contra você. Podemos fazer como pais separados. – disse sorrindo. – Ele fica aqui com você no meio de semana e comigo no final de semana. Ou podemos passar o final de semana juntos, sei lá vamos dar um jeito, as não irei te afastar dele, prometo.

- Obrigado e você sempre vai ser bem vindo aqui, sabe disso. – disse e eu sorri.

- Eu sei, agora vai lavar esse rosto porque a festa de nosso filho esta acontecendo lá fora e ele vai sentir sua falta.

- Tudo bem, pode indo na frente. – disse se levantando, antes de dar um passo Artur entrou correndo na cozinha,

- Mamãe tava te procurando. – disse com os braços cruzados. – Porque você ta chorando?

- De felicidade que o seu papai esta aqui. – disse ela sorrindo o pegando no colo e enchendo de beijos fazendo com que ele gargalhasse, sorri e Bella o colocou no chão. – Vou ao banheiro e você vai voltar para o jardim com seu pai.

- Ta bom, mas não demora. Vamos papai. – disse pegando minha mão puxando ate a porta que dava para o jardim. – Papai pega refrigerante para mim.

Fui ate a mesa de bebidas e peguei dois copos e o entreguei. E abaixei em sua frente.

- Estou feliz que encontrou uma mamãe tão legal como a Bella.

- Eu também, ela e a melhor mamãe do mundo, como você é o melhor papai. Vocês vão namorar agora? – perguntou e eu engasguei com o refrigerante.

- Não filho.

- Por quê? Você não gosta da mamãe?

- Claro que gosto. – respondi e o joguei na grama fazendo cócegas em sua barriga. – Esta cedo de mais para isso, campeão.

- Para papai. – gargalhou e eu continuei com as cócegas. Parei e o peguei o abraçando, beijei sua testa e sorri.

- Te amo filho.

- Te amo papai.

O resto da festa ocorreu sem choros nem meu e nem de Bella, apenas sorrisos por ver nosso filho – estava adorando dizer isso. – feliz. Quando todos foram embora, Artur pediu para que eu dormisse com ele, Bella disse que não teria problema, então estávamos os três abrindo os presentes de Artur. Quando terminamos resolvemos conversar com Artur.

- Príncipe precisamos conversar com você. – disse Bella e ele sentou entre nos no sofá.

- Eu não fiz nada de errado mamãe, prometo. – disse com os olhinhos arregalados me fazendo rir.

- Sabemos que não fez nada de errado filho, queremos dizer que você continuará morando com sua mãe.

- Ebaa, viu mamãe você não vai ficar sozinha de novo. – interrompeu-me sorri.

- Sim bebe. – respondeu Bella. – Edward irá vim te ver quando quiser e você vai poder dormir na casa dele também.

- E o papai vai dormir aqui também. – disse ele sorrindo. – Vamos ser uma família não é mamãe?

Bella arregalou os olhos.

- Eu e sua mãe Artur somos amigos, mas vamos poder sair juntos sim.

- Eu sei que vão namorar um dia. – disse Artur convicto. – Eu sei.

- Acho que já esta na hora de você tomar banho, vidente. – disse Bella o pegando e ele gargalhou.

- Vou ser vidente mamãe.

- Então ta.

Sorri vendo os dois juntos e segui ate o quarto dele, ela começou a dar banho nele e eu o vesti e o coloquei para dormir. Descemos as escadas em silencio e fomos para a cozinha, Bella partiu dois pedaços de bolo e me entregou um, suas bochechas estavam corada. Ela sentou de frente para mim com a cabeça baixa e começou a comer.

- Ele esta mais atrevido do que antes. – sussurrei rindo e ela apenas assentiu. – Bella você não esta com vergonha pelo que ele falou está?

- Não. – disse rápido de mais me fazendo ri e suas bochechas ficaram mais rosadas, minhas mãos coçaram com vontade de acariciá-la. – Quer dizer um pouco, ele disse tão convicto sei lá.

- Não vou negar que fiquei um pouco surpreso também, nunca tinha ouvido ele disser algo com tanta convicção. – ela assentiu concordando. – Mas parece que o destino está querendo nos juntar não acha? – sorri e ela abaixou a cabeça sabia que ela estava entendendo o que estava falando.

- Primeiro você vende sua empresa para meu pai, depois eu adoto seu filho, você foi me pedir ajuda e agora descobrimos que você e o pai de Artur é você parece certo.  – disse ela ainda corada.

- Sim, se tiver que ser será, chefa.

- Para de me chamar assim. – disse irritada. Gargalhei.

- Não se estresse chefa.

- Esta muito engraçadinho hoje. – resmungou me fazendo gargalhar. – Vou dar um desconto. Acho melhor irmos dormir Artur ira acordar cedo amanhã querendo ir à piscina.

Bella me levou ao quarto de hospedes, eu tomei um banho e deitei adormecendo logo em seguida. Na manha seguinte acordei com um corpinho pulando em cima de mim, sorri abrindo os olhos.

- Vamos papai. Vamos para a piscina, vamos. – disse pulando e eu o puxei e deitei encima dele sem colocar totalmente meu peso sobre ele.

- Não se pode acordar alguém assim. – fingi de bravo e ele gargalhou. E eu comecei a fazer cócegas em sua barriga. – Vai acordar o papai assim mais? – perguntei e ele gargalhou.

- Todo dia. – sorri e o beijei.

- Muito bom garotão.

- Vem vamos acorda a mamãe. – disse levantando e puxou minha mão.

- Pode ir depois eu vou.

- Não papai vamos agora. – disse e eu o segui. Ao entrarmos no quarto de Bella, ela ainda dormia e sorri. Ele era linda ate dormindo, aprecia um anjo. Meu anjo particular.