Doce Tormenta escrita por Beatriz Dionysio
Notas iniciais do capítulo
Oi gente, espero que estejam gostando do nosso fim. Decidi o que fazer, vou escrever a história da Trice primeiro, vocês vão amar tenho certeza.
Comentem ok?
~~ Nathan ~~
Ouvi a voz dela antes mesmo de abri os olhos. A suavidade e a ternura com que ela lia, aquecia meu ferido coração.
“ Seu ou meu sonho,... essas questões são para sábios de braços fracos. Você é a lua da minha vida, isso é tudo o que sei, e tudo o que preciso saber. E se isso for um sonho...."
– “Matarei o homem que tentar me acordar” Abri os olhos encontrando Melanie na poltrona ao lado de minha cama segurando um livro, e Ethan no carrinho com os olhos pregados em sua mãe, olhando-a com adoração. Também conhecia essa sensação, era impossível não adora-la. Nossos olhos se encontraram e vi quando ela prendeu a respiração. Dei um pequeno sorriso quando minha mulher se atirou sobre mim.
A sensação de tê-la em meus braços novamente era indescritível, mas algo estava diferente, olhei para baixo e fiquei abismado com o que vi, Melanie ostentava uma barriga de aproximadamente 9 meses.
– Sabia que você voltaria. - ela suspirava entre lágrimas.
– Eu sempre volto para,e por você Melanie, não seria capaz de deixá-la, nem se minha vida dependesse disso. Afinal, não tenho vida alguma sem você.
– Amo você Nathan Clark.
– Você...,você está gravida amor. - ela apenas balançou a cabeça, concordando.
– Eles estavam inquietos o dia todo, eu devia saber.
– Eles? Vendo a confusão em meus olhos, ela continuou.
– Acho que serão meninos, aposto em meninos.
O que?
– Esta dizendo que... Que são...
– Gêmeos.
– Deus! Fiquei desacordado por quanto tempo?
– 4 meses.
4 meses era muito tempo. Melanie era a mulher mais forte que já conheci, lidando comigo no hospital, Ethan, a gravides inesperada, o cancelamento de nosso casamento.
– Sinto muito pelo casamento, prometo aparecer no próximo.
– De qualquer maneira não acho que possa fugir agora. - Melanie apontava sua barriga monstruosa fazendo biquinho. Deus como amo essa mulher.
Mais tarde ainda naquele dia, ela me contou tudo. Chorei com ela e a abracei dizendo que tudo ficaria bem. Também me desculpei por não ter cuidado dela como deveria.
Em alguns dias finalmente pude voltar para casa, junto de minha mulher e nosso bebê que ria sem parar e os outros dois que não a deixavam em paz, cutucando-a é a chutando muito.
Os últimos dois meses passaram muito rápido, Melanie não queria casar gravida, então resolvi respeita-la embora a vontade de desposa-la fosse maior que eu. Não marcamos uma data precisa, mas sabíamos que até o fim do ano estaríamos casados. Ela também tinha muitos pesadelos, e recusava-se a ir ver Susan, ou qualquer outra pessoa.
Na segunda noite de Outubro enquanto líamos para Ethan, Mel perguntou
– Como sabia a frase aquele dia no hospital?
Não pretendia dizer a ela que tinha uma certa paixonite pela série. - Vi algo parecido na internet uma vez. - acho que não pareci muito convincente, também não iria falar sobre o box da série que tinha na segunda gaveta na mesa do escritório.
– Curioso, achei que soubesse por conta dos DVDs que achei no escritório.
Olhei para ela como se não tivesse ideia do que ela estava falando. Quando abri a boca para dar a ela uma desculpa esfarrapada o telefone tocou. Fui até nosso quarto para atende-lo.
– Sim?
– NATHAN TRAGA O SEU TRASEIRO ATÉ AQUI, AGORA!!!! - Beatrice gritava fazendo com que meus tímpanos reclamassem.
– Acalme-se já estou indo. Onde Adden está?
– NAO FALE O NOME DESSE FILHO DA PUTA, EU COMEÇO A PARIR E O DESGRAÇADO DESMAIA. - juro que tentei sufocar o riso enquanto colocava meus tênis de corrida.
– NATHAN CLARK, VOCE ESTÁ RINDO?
– Desculpe Trice, te vejo em um minuto. - desliguei o telefone e corri para o quarto de Ethan ainda rindo.
– Precisamos ir amor, Trice entrou em trabalho de parto.
Melanie agora de oito meses tinha dificuldade de se locomover, a ajudei a levantar, pegamos Ethan e partimos para a casa vizinha. Enquanto eu carregava uma Trice muito mal humorada até o carro, Mel tentava acordar Adden.
Algumas horas mais tarde nasceu a pequena Amy, tão linda quanto sua mãe, herdando da mesma o mesmo nariz francês arrebitado, a pele que facilmente podia ser comparada a porcelana, e os cabelos cor de cobre. Do pai pouco era visto prematuramente além de seus olhos verde oliva. Melanie não parara de chorar durante o parto, culpando os hormônios. Assisti a tudo aquilo maravilhado, pensando que em pouco tempo eu seria o próximo. Melanie não sabia, mas eu sonhava com uma pequena garotinha de cabelos negros e olhos azuis cor de oceano.
"- Quero uma menina. - falei enquanto assistia pelo vidro o parto de Beatrice. Mel me olhou, fazendo uma careta como se a ideia a desagradasse, porém pude ver como seus olhos brilharam.
– Uma garota?
– Sim, a nossa garota."
Mais tarde naquela noite enquanto a banhava em nossa banheira, pensei em um nome, acho que ele seria perfeito.
– Melissa? O que acha? – levantei o olhar e vi que Mel tinha dormido, ela fazia muito disso nos últimos meses. Gentilmente a tirei da banheira, a sequei, vesti e a depositei cuidadosamente em nossa cama. Olhando para certificar-me de que ela realmente dormia, peguei o notebook no criado mudo ao lado da cama, e me atualizei em Game of Thrones.
~~
– Susan disse que pode ficar com ele. – Mel fazia beicinho.
– É claro que sim, ela ama nosso garoto tanto quanto nós o amamos. – Beatrice e Adden também vão deixar Amy com eles. Melanie parecia tensa em ter que deixar Ethan com alguém, mesmo que esse alguém fosse Susan. – Relaxe amor, são só por algumas horas. – falei a abraçando e depositando um beijo no topo de sua cabeça. Aos pouco senti ela relaxar.
– Tudo bem. É só que... não gosto de me separar dele.
– Eu também não princesa, mas precisamos voltar a fazer coisas normais, como sair em casal, ir ao cinema, ou qualquer outra coisa que nos agrade. Não faz bem ficar em casa remoendo o passado, pensando no que de ruim poderia nos acontecer novamente.
Ela fitava o vazio com os olhos baixos. Desde que acordei, Mel não tinha posto os pés fora de casa. Eu a entendia, e a amava ainda mais por isso. Meu senso de proteção nunca falharia outra vez.
– Pode fazer isso? Por mim? – perguntei, erguendo seu queixo até que seus olhos encontrassem os meus. Uma tempestade nebulosa se passava dentro deles.
– Sim. – ela suspirou, dando-se por vencida. Melanie era tão forte quanto era bela. Sabia o quanto fora difícil para ela ir me visitar todos os dias no hospital, quando tudo o que queria fazer era deitar-se em sua cama e chorar. A mulher a minha frente era a minha base, precisava dela como preciso de ar, talvez ainda mais.
Depois de deixarmos Ethan e Amy na casa de Susan, fomos com meu irmão e Trice para um restaurante mexicano. Melanie estava excitada com a ideia de comer tacos.
– Você não sabe do que esta falando cara. – Adden insistia que o Seahawks era melhor que o 49ers. Fala serio!
– Eu não sei? Me diz você cara quantos...
– CALE A BOCA PORRA! – aquilo tinha saído de minha mulher? A olhei totalmente surpreso. Todos no restaurante nos olhavam como se fossemos loucos.
– Amor? – perguntei, tentando entender o por que de sua irritação.
– É agora Nathan. – sua voz estava esganiçada. Espera? O que ela queria dizer com “ é agora”?
– Faça alguma coisa Nathan, ou espera que eu vá ter seus filhos aqui?
Filhos? A Deus, ela estava...
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Beijos *)