– Nathan

A droga do sistema havia caído, e até o meu elevador pessoal não estava funcionando. Desci os 15 andares e abri bruscamente a porta que dava acesso ao hall, acertando uma garota tola que estava atrás da porta. Demorei um pouco estudando sua suave expressão, ela era linda de certa forma, pele clara, cabelos negros e lindos lábios rosados.

Tentei acorda-la, mas ela não respondia. Suspirei e a tomei nos braços, então comecei a subira as escadas. Ela era pequenina e extremamente bela, não sabia a cor de seus olhos, mas imaginava-os azuis como o oceano. Quando cheguei ao escritório a depositei no sofá branco do lado esquerdo da sala. Ao deixa-la senti um desconforto estranho. Fui até a mesa, e peguei o telefone e disquei o número de Brian.

– Nathan, como vai? –ele respondeu no segundo toque.

– Preciso que venha até aqui Brian. – disse suspirando.

– Estou a caminho. –respondeu desligando. Gostava de Brian, embora ele me trouxesse lembranças desagradáveis sobre a morte de meus pais. Sentei na poltrona enquanto a observava, uma meia hora se passara, já estava ficando preocupado quando ela gemeu.

Minha atenção voltou-se para a porta, onde alguém batia.

– Entre. – disse e levantei.

Brian a examinou e disse que ela ficaria bem, só precisava de alguns minutos de repouso. Assim que ele se foi, meu irmão mais novo Adden entrou.

– Soube o que aconteceu, a Srta. Davis está bem? – então aquela era a minha nova secretária? Belo começo Nathan.

–Sim. – respondi.

– Você deveria ser mais cuidadoso.

–Eu sei de certa forma até sinto muito, Brian me garantiu que ela ira ficar bem, então daremos um tempo a ela. – realmente sentia muito, mas não deixaria transparecer.

–Certifique-se disso Nathan, receio ter que ir agora. – disse enquanto caminhava até a porta. - Ela é linda, se não cuidar bem dela, então eu cuidarei. – e saiu rindo.

Senti uma raiva repentina, Adden era um conquistador e quando encontrava uma presa, não desistia até tê-la em sua cama. Por algum motivo não queria Melanie perto dele. Aproximei-me dela e toquei a região onde a porta batera, estava meio verde. Um gemido de dor escapou dela, droga, então ela abriu os olhos, eles realmente eram tão azuis quanto eu havia imaginado.

–Sinto muito senhorita...? – fingi não a conhecer.

– Melanie Davis, Tudo bem. – não podia explicar como me sentia olhando aqueles belos olhos, podia jurar já tê-los visto em algum lugar.

–Meu médico, Dr. Brian a examinou a pouco, e a senhorita vai ficar bem. Tome algumas aspirinas mais tarde.

Ela levantou, mas ao dar um passo cedeu, não pensei apenas me aproximei e a peguei, puxando-a para mim. Um calor me invadiu e a apertei mais. Seus olhos encontraram os meus e estes refletiam o calor de nossa aproximação. Percebi que ela estava estudando-me com aqueles belos olhos que me queimavam. Rapidamente a soltei e fui até minha mesa, tentando parecer indiferente.

–Desculpe. – ela disse corada, retirando-se de minha sala.

Virei-me, mas ela já havia saído. Teria ela sentido aquela conexão que apouco havia me dominado? Como era tolo, nunca deixei me apaixonar por mulher nenhuma outra vez, a única a qual senti algo fora a muito tempo e esse sentimento era patético, o amor é patético , nos torna fracos, eu a amava demais, agora a odeio.

Dispersei meus pensamentos com o trabalho, este era um dia difícil, duas reuniões antes do almoço com Etienne, e Jorge. Não teria nem mesmo tempo para o almoço.

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Já eram 12h45min quando retornava da sala de reuniões, cansado, irritado e com fome. Decidi pedir algo e ficarem no escritório, as reuniões foram muito bem, eu era bom no que fazia. Após a morte de meu pai a 3 meses, tive de assumir as industrias Clark, Adden me ajudava, tudo aqui é dirigido por mim e uma equipe competente.

Cheguei ao escritório pronto para pedir algo para comer, estava indeciso entre comida italiana ou chinesa. Peguei o telefone pronto para discar, quando ouvi risos. Vinham da porta que dava acesso a sala de Melanie. Por impulso resolvi ir até lá, não bati, simplesmente entrei. O cheiro de comida me atingiu, era maravilhoso. Melanie estava preparando-se para almoçar.

– Olá Srta. Davis, sinto muito, me esqueci que essa sala está ocupada agora, só preciso de alguns formulários que deixei em sua mesa. – ela abriu a gaveta, de onde tirou uma pasta azul. Porque eu estava mentindo, porque ficava nervoso perto dela?

– Tomei a liberdade de organiza-los por ordem alfabética e data, também os estudei para saber mais sobre o assunto. – ela me encarava como se me desafiasse a contradizê-la. Ficava surpreso com suas ações, não a deixaria saber disso.

– Obrigado Srta. Davis fico feliz que comesse o quanto antes a se familiarizar com meus assuntos. – me aproximei e ela estendeu a pasta de formulários, quando a peguei, estendi os dedos para que eles tocassem os dela. Senti um arrepio, encontrei seus olhos e vi que ela parecia confusa, em seguida puxou a mão se ocupando em arrumar a mesa.

Decidi me retirar, caminhei até a porta e ao tocar a maçaneta a ouvi dizer.

– Fique você parece faminto, Pamela não pode se juntar mim e eu já havia feito o pedido. Gosta de comida italiana? – me virei e vi que ela me encarava com aqueles malditos olhos, apenas assenti e me sentei do outro lado da mesa, de frente para ela.