Pov’s Violetta

-Claro. –Eu disse prontamente, Fran me lançou um olhar malicioso e eu dei um sorrisinho tímido. Leon estendeu a mão para mim e eu a segurei, ele me guiou até um canto mais reservado do studio.

-Queria esclarecer as coisas entre nós dois. –Ele disse.

-Não tem oque esclarecer!

-Como não tem? Você diz que não me quer, mas quando eu me aproximo seus olhos brilham, você fica toda corada e você sorri como nunca, eu te conheço mais do que você pensa Vilu. “Vilu” Fazia tempo que ele não me chamava assim.

-Leon, você tem que parar com isso, você tem namorada e.......

-Eu e a Lara terminamos. –Ele disse, não pude evitar de dar um pequeno sorriso, mas eu não podia esquecer que ainda tinha o Diego nessa historia toda.

-Isso ainda não muda nada, precisamos nos esquecer. –Eu disse e Leon suspirou pesadamente.

-Ok, eu entendo que você queira isso, mas preciso que saiba de uma coisa. –Ele pegou minha mão e a posicionou sobre seu peito do lado esquerdo. –Meu coração bate por você Violetta, jamais se esqueça disso. –Ele sussurrou bem próximo de mim fazendo minhas pernas bambearem, eu me senti agoniada, eu o amo tanto e não podia tê-lo comigo, pelo menos não agora.

-Adeus Leon! –Eu disse. Um adeus soa muito dramático, mas se eu quero esquece-lo preciso começar de alguma maneira, por mais que meu coração mande eu ir até lá e dar um abraço apertado nele e nunca mais larga-lo.

-Adeus Violetta. –Ele disse enquanto eu me retirava de lá entre lágrimas.

Uma semana depois....

Hoje tudo muda, hoje nos formamos e depois vamos para a faculdade, sim eu sei que é estranho, mas o studio tinha um sistema diferente de se trabalhar, e um jeito diferente de lidar com as coisas, e esse jeito diferente era oque me fazia ter mais paixão por esse lugar. Daqui alguns minutos eu irei subir no palco para receber o meu diploma, e daqui a algumas horas estarei viajando a caminho da Universidade de Buenos Aires.

-Violetta Castillo. –Pablo me chamou.

Subi no palco onde se encontrava a maioria dos formandos, entre eles Leon, este se encontrava com um sorriso de tirar o fôlego.

-Parabéns Violetta, você merece, e um dia se tornará uma cantora muito famosa igual a sua mãe. –Pablo me disse, uma lágrima escorreu pelo meu rosto.

-E agora eu gostaria de anunciar a turma de formandos desse ano. –Antônio disse, todos jogaram seus “chapéus” para o alto, inúmeros sentimentos me rondavam.

-Parabéns Vilu. –Disse Leon surgindo atrás de mim.

-Parabéns Leon. –Eu disse sorrindo. -Tira uma foto comigo? Para recordar esse momento, como amigos é claro. –Eu disse meio sem jeito. Leon assentiu, ele envolveu seu braço em minha cintura e deu um sorriso encantador para que tirássemos a foto. Depois disso nós fomos puxados por uma roda de pessoas que pulavam, dançam, cantavam e etc..

Pov’s Leon

Durante essa comemoração toda, eu acabei encontrando o louco do André.

-Cara, eu nunca imaginei que te veria assim. –Eu disse para ele.

-Assim como? Extremamente feliz? –Ele perguntou confuso.

-Não, nunca pensei veria você se formando. –Eu disse rindo.

-Pois é, estranho né? –Ele disse.

-Oque?

-Eu e você, nos formando, nós dois nos conhecemos com cinco anos de idade, e somos amigos até agora, passamos por tantas coisas juntos, e agora estamos aqui, juntos, nos formando. –Ele disse chorando.

-Pois é, acredite, você foi meu primeiro amigo, lembra de quando nós vivíamos aprontando?

-Como esquecer, como aquela vez que nós colocamos pimenta na comida da minha irmã. -Ele disse rindo.

-Ou aquela vez que nós dois caímos dentro da caixa d’água. –Eu disse o acompanhando nas risadas.

-Ai, ai! Bons tempos. –Ele disse.

-Ei, fica tranquilo que esses tempos não acabaram, nós vamos aprontar muito na universidade . –Eu disse.

-Assim espero em! –Ele disse

-Garotos, odeio interromper o momento “melhor amigo” de vocês, mas nós temos que ir para acabar de arrumar as coisas para a Universidade. –disse meu pai, eu assenti, me despedi o André.

-Ah Sr. Vargas lembra aquela vez que eu e o Leon derrubamos tinta no seu cabelo, e ele ficou laranja por uma semana. –André disse rindo.

-Como esquecer. –Meu pai disse sem humor. –Vamos Leon! –Ele disse e me puxou para ir embora.

Pov’s Violetta

-Violetta vem logo! Você vai acabar perdendo o ônibus para a universidade. –Gritava Angie pela décima vez.

-Estou indo, estou indo.-Eu disse já descendo apressadamente, Angie me esperava eufórica, já meu pai estava com um olhar meio triste.

-Vamos? –Eu perguntei extremamente animada.

-Filha, você não quer pensar mais um pouco. –Meu pai disse.

-Germán! Por favor né! Deixa de ser inseguro, nós estamos conversando sobre essa universidade á meses, e olha bem para a Vilu, veja como ela está animada. –Angie disse o repreendendo.

-Desculpa! É que não é fácil para mim. –Ele disse, e eu o abracei dando risada.

-Quero ver no dia do seu casamento Vilu, ele vai estar te deixando no altar e vai perguntar: Você não quer pensar mais um pouco? –Angie disse e eu gargalhei, meu pai ficou pálido só de ouvir a palavra casamento.

-Mas está muito longe para o seu casamento certo? –Meu pai perguntou.

-Claro pai, mas agora nós temos que ir. –Eu disse os apressando.

Fomos para o carro e logo pude ver o studio, afinal de lá iriamos sair. Quase todo mundo já estava lá.

-Oi Vilu. –Disse Fran bocejando e apoiando a cabeça no ombro de Marco, afinal eram cinco horas da manhã. Depois de aproximadamente uns dez minutos, o ônibus iria dar partido, a despedida foi aquele chororo.

Já dentro do ônibus eu me sentei ao lado de Cami, pois queria evitar qualquer contato com Diego. Creio que dormi a viajem toda pois acordei com cutucões.

-Já disse que odeio que me cutuquem. –Eu disse brava.

-Me desculpe, mas eu estou te chamando ao maior tempão e você não acordava de jeito nenhum. –Disse Cami tentando se defender.

-Não se preocupe, eu acordo de mau-humor,

-Eu percebi. –Ela disse, descemos do ônibus e nos juntamos aos outros.

-Bom, meu nome é Jackie, e eu serei a coordenadora de vocês. Aqui está a lista do numero de seus respectivos quartos, hoje vocês tem o dia livre para conhecer o campus. –Ela disse e saiu.

Rapidamente todos foram procurar o numero de seus respectivos quartos, o meu era 730, pelo canto do olho pude ver Leon me observando, e como sempre eu corei. Diego? Nem sinal dele, ele pegou o numero do quarto e se mandou.

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Respirei fundo, abri a porta do quarto com delicadeza, adentrei aquilo que eu chamaria de lar pelos próximos quatro anos, observei o local atentamente, tinha duas camas, dois guarda roupas, uma televisão e uma escrivaninha, era um local muito confortável, tinha uma mesinha de centro com lírios brancos e um cartão de boas vindas.

Logo a porta do quarto se abriu e eu me virei para ver quem seria minha companheira de quarto, uma figura de cabelos pretos encaracolados, baixinha e meio desastrada, adentrou o quarto derrubando todas as suas malas.

-Deixa eu te ajudar.

-Obrigada Vilu, espera.........VILU! –Era Naty, que ao gritar atraiu toda a atenção dos corredores. Ela entrou de vez no quarto e se jogou sobre a cama soltando um suspiro cansado.

-Naty, sei que você acabou de chegar, mas se importa se eu for dar uma volta no campus? –Eu perguntei.

-Claro, eu ainda tenho MUITO oque arrumar por aqui. –Ela disse bufando.

Comecei a andar pela universidade, era um lugar fantástico, se assemelhava muito ao studio, porém era dez vezes maior. Andei pela parte de lazer da faculdade, me sentei em uma espécie de jardim para dar uma relaxada.

-Se divertindo? –Perguntou uma voz conhecida se sentando ao meu lado.

-Sim e você? –Eu perguntei para Leon.

-Bem....bem. –Ele disse meio desanimado.

-Pois não me parece tão bem assim, pode me dizer. –Eu disse.

-Eu estou bem, ok? –Ele disse curto e grosso.

-Nossa, tudo bem então. –Eu disse me levantando, mas ele segurou minha mão e me puxou (delicadamente) para baixo.

-Me desculpe, eu ando meio alterado ultimamente. –Ele disse.

Vê-lo triste me deixava mau, e acariciei seus cabelos fazendo o mesmo sorrir.

-Agora você fica todo alegre.

-Não tem como ficar triste com você ao meu lado. –Ele disse. –Porém nem tudo está perfeito. –Ele encostou sua testa na minha, deixando minha respiração acelerada, ter o Leon tão perto assim era extremamente “perigoso”.

-Eu sei oque você quer, mas é errado. –Eu disse a ele.

-Sinto te dizer, mas desta vez, eu vou escolher o errado. –Ele disse e selou nossos lábios apressadamente, sentir sua pele sobre a minha, foi com certeza umas das melhores sensações que eu já senti, por mais que fosse errado foi bom, eu desfrutei cada momento do beijo, mas quando eu menos esperava o ar fez falta, fazendo que nós dois nos separássemos. Leon sorria que nem bobo.

-Não me diga que não sentiu nada. –Leon disse.

-E se eu disser?-Eu disse e Leon fez uma careta. –Esse beijo foi apenas uma...uma.....rebeldia juvenil. -Eu disse mentindo.

-Rebeldia juvenil Violetta? Esse beijo não teve nada haver com rebeldia juvenil, não tinha uma desculpa melhor não? –Leon disse rindo.

-Não foi uma desculpa. –Eu disse, ok eu sou uma péssima mentirosa, mas eu tinha que tentar.

-Violetta, sabe qual foi a verdadeira causa desse beijo? –Ele perguntou.

-Qual? –Eu disse, já pensando em uma próxima desculpa.

-Amor.