Pov’s Violetta

Fomos para um local que eu particularmente conhecia, eu e Leon já havíamos ficado juntos lá (Namorando). Era como os fundos da Universidade, o lugar que praticamente todo mundo conhece, mas quase ninguém vai lá.

Bom, o som tocava em um volume razoável, nem alto nem baixo, acredito que eles não queriam fazer barulho, pois não queriam ser achados. Perto do som vimos à figura baixinha encapuzada pelo boné, Maxi conversava com dois garotos, acho que já os vi em uma aula chata de história da música.

Naty o encarou bravamente, Maxi não tinhas nos visto lá, tentei localizar Leon e os outros garotos mas a única coisa que consegui, foi ver Federico se embebedando no canto da “festa”, provavelmente “afogando as mágoas”, Porém, nenhum sinal de: Leon, Marco e Broduey. Naty foi até Maxi, e nenhuma de nós tentou impedi-la, assim que Maxi a viu, abriu um largo sorriso, porém isso não amoleceu o coração furioso de Naty, ela o pegou pelo braço e o arrastou até nós.

–Meninas, o que fazem aqui? –Maxi perguntou surpreso, mas parecia gostar da nossa presença.

–Cadê os outros? –Cami perguntou, Maxi sabia a quem “os outros” se referia.

–Não sei. –Maxi disse, ele estava nervoso devido aos olhares “fulminantes” que recebia. –Realmente não sei. –Ele disse se defendendo.

–Leon disse que eles viriam conhecer os seus “amigos” novos. –Eu disse.

–Sim, mas eles pareceram não gostar do ambiente, e das pessoas que aqui estavam, então decidiram ir em bora. –Maxi disse e deu de ombros.

–Vou mandar uma mensagem para o Leon e ver onde aquela criatura se meteu. –Eu disse pegando o celular.

Onde você está?

A mensagem foi curta e rápida. Naty ignorava Maxi, e o mesmo parecia não entender o motivo, ele tentava puxar assunto, mas ela fingia não ouvi-lo. Eu, Cami e Fran só observávamos tentando conter o riso. Logo depois o bip do meu celular apitou.

Estamos com o Maxi e os amigos dele.

Leon respondeu, senti meu rosto queimar, eles estavam mentindo, o que nos leva a conclusão que provavelmente estão aprontando, mostrei a mensagem para todos ali.

–Vou procura-los. –Fran disse preocupada.

–Nós também. –Eu e Cami dissemos em um uníssono.

–Se importam se eu ficar? Preciso resolver algumas coisas. –Naty disse e Maxi engoliu em seco.

–Tudo bem. –Eu disse e logo nós três saímos andando por aquele campus gigantesco. Cami parecia ser a mais calma, Fran estava preocupada, não com os meninos, e sim no que eles estavam fazendo, e eu estava “super calma”, eu só queria sabe o motivo do Leon ter mentido. Vimos uma figura cabeluda entrando no dormitório masculino sorrateiramente.

–Marco! –Fran o reconheceu, ele nos olhou assustado, tentou correr, mas acabou tropeçando, nós fomos até ele.

–Cadê o Leon? –Eu perguntei segurando em seu colarinho.

–E o Broduey? –Cami disse me olhando feio.

–Claro! Cadê o Leon e o Broduey? –Eu disse rindo fraco.

–Estão na festa do Maxi, eu estava lá até agora, mas..-Fran o interrompeu.

–Pare de mentir, nós que estávamos lá até agora. –Eu disse apertando com força seu colarinho.

Onde os nossos namorados estão? E se não contar logo eles irão acabar virando ex-namorados. –Cami disse, e eu a olhei inconformada.

–Ex? –Eu disse.

–Violetta! E se eles estiverem com outras garotas? –Cami perguntou.

–Eles não fariam isso. –Eu disse, detalhe ainda estava com o Marco em minhas mãos.

–Como sabe? –Cami disse e arqueou a sobrancelha, porém antes que eu pudesse me manifestar, Marco me interrompeu.

–Meninas! Eu garanto que eles não estão com outras garotas. –Marco disse.

–E onde estão? –Eu disse quase o sufocando.

–No meu quarto...-Ele disse baixinho e quase sem respirar, larguei Marco rapidamente e junto de Cami fomos ao quarto de Marco, que por sinal era o mesmo de Leon.

–Espera? –Eu disse antes de irmos.

–Sim? –Marco perguntou massageando o pescoço.

–Você o Leon fizeram as pazes? –Eu perguntei o obvio.

–Sim nós...-Cami nos interrompeu me puxando.

–Temos coisas mais importantes para resolver. –Ela disse e eu assenti. Fomos rapidamente ao quarto deles, ouvimos alguns barulhos estranhos de dentro do quarto.

–Leon acha que se as meninas descobrirem, elas vão ficar bravas? –Broduey perguntou a Leon, era possível ouvir por trás das portas. O sangue de Cami ferveu e ela abriu a porta sem a mínima cautela. Os olhares assustados dos meninos eram evidentes. Eu não acreditei no que vi, tanto sufoco para os meninos estarem...

–Vocês estão jogando vídeo game? –Cami gritou.

–É....sim. –Broduey disse e Cami bufou, ela saiu do quarto furiosa (Eu sinceramente não entendi por que) Broduey foi atrás dela. Leon estava sentado na beira da cama e me olhava assustado, o quarto estava com salgadinhos e refrigerantes espalhados pelo quarto.

–Você está brava? -Leon perguntou preocupado.

–Eu estava, mas aí eu descobri o motivo do sumiço de vocês, e eu tenho vontade é de rir com tudo isso, mas eu gostaria de saber o por quê de você mentir. –Eu disse fechando a cara, Leon riu e pediu que eu fosse até ele, eu o fiz, ele me puxou pela cintura e me prendeu entre suas pernas.

–Eu não queria te dizer que eu estava trancado em um quarto jogando um jogo “de nerd” com meus amigos. –Leon disse.

–Realmente acha que eu iria me importar? Sabe por uma mentira tosca você me fez pensar que...-Eu parei ao pensar na besteira que iria dizer, mas como o Leon parece que lê mentes ele completou minha frase.

–Pensou que eu estivesse com outra garota. –Ele disse e eu assenti timidamente. Leon me puxou mais ainda e deu risada.

–Sempre com a mesma desconfiança. –Leon disse fazendo uma careta e me dando um selinho. Mesmo com ele sentado e eu em pé, nós ficávamos quase da mesma altura.

–Disse o senhor ciumento. –Eu disse rindo.

–Eu jamais vou te trair Vilu, eu pretendo criar uma história com você, e isso inclui um pedido de casamento. –Leon disse risonho e logo me deu um beijo, e foi retribuído de bom grado.

Pov’s Violetta (Modo narração) Um ano depois.

Lembro-me claramente daquele dia que Leon me prometeu um pedido de casamento, e ele cumpriu esse pedido. Passei minha mão pelo anel dourado que estava em meu dedo, pena que o pedido não foi como ele havia planejado.

Pergunto-me o porquê disso ter acontecido conosco, com todos nós, uma verdadeira tragédia aconteceu naquela Universidade, e o pior, Leon era considerado culpado. Fico assombrada só de pensar na tragédia de ontem, por sorte eu estou bem, apenas me restou uma marca de queimadura no braço esquerdo, o médico disse que logo some, eu não estaria aqui se não fosse Leon, e é isso que me faz sentir culpada, não era para eu ter sobrevivido, era para eu estar no lugar de Leon.

Enquanto eu esperava, me recordava de todos os momentos vividos na Universidade, foram realmente ótimos momentos. Desde a reconciliação, todas as brigas causadas por mero ciúmes, desde a promessa do pedido de casamento.

Eu esperava por noticias de Leon, já faziam oito horas, e nessas oito horas eu não sai do hospital, até tentaram me tirar daquele lugar triste e conturbado com os choros pela perda de entes queridos, mas eu não queria, só de pensar em perder Leon eu chorava, passei as oito horas chorando. Um homem de branco adentro a sala de espera, sua aparência era cansada, aparentava ter a idade de meu pai.

E por falar em meu pai, ele estava muito contente, juntamente com Angie, agora criavam minha meia-irmã, que havia nascido há três meses. O doutor veio até mim, provavelmente ele sabia quem eu era, seu olhar era triste.

–Sabe, essa é a terceira notícia que dou hoje, as duas anteriores não foram fáceis. –Ele disse suspirando pesadamente. –Você está acompanhando o paciente Leon, certo? –Ele perguntou.

–Ele é meu noivo. –Eu disse segurando o choro. O homem coçou a nuca, e eu sabia que noticia que vinha não era nada fácil.

–Senhorita, sinto lhe informar, mas o seu noivo entro em estado de coma....