Depois daquela mensagem, eu calculei, se a Victoria estava beijando Bryan quando eu recebi a mensagem... Significa que, NÃO ERA ELA. Quem mais seria? Eu poderia desconfiar de todos, por todos os tipos de motivos., inclusive da minha madrasta. Porém, a foto que eu havia recebido, foi tirada de cima da árvore, ela não iria conseguir, então já foi tirada da mira, que puta sorte dela. Mas a questão ainda não era essa, por quê Bryan estava beijando aquela puta? Acordei no sábado para perguntar-lo sobre isso. Quando fui para o corredor, eu ouvi ele tocando guitarra, e cantando, ele tinha uma voz perfeita.

You call to me, and I fall at your feet

How could anyone ask for more?

And our time apart, like knives in my heart

How could anyone ask for more?

But if there's a pill to help me forget

God knows I haven't found it yet

But I'm dying to, god I'm trying to

Trying not to love you, only goes so far

Trying not to need you, is tearing me apart

Can't see the silver lining, down here on the floor

And I just keep on trying, but I don't know what for

Cause trying not to love you

Only makes me love you more

Only makes me love you more...

–Bryan, posso entrar?- perguntei, enquanto batia na porta. Ele estava cantando Nickelback.

–Pode!- ele estava sentado no sofá do quarto, eu nem sentei-me, porque eu estava com "ojeriza" à ele.- Não vai sentar?

–Não muito obrigado! Vou direto ao assunto. Como é que você um dia, transa comigo, e no outro beija aquela vadia?- perguntei, expressando total irritação.

–Ué, ela quis me beijar, e eu embarquei no beijo! E ela é muito gostosa também.- ele falou de uma maneira que, parecia normal isso.

–Sinceramente, sinto nojo de você, pensava que você fosse diferente... Pelo visto não é!- fiz uma cara de nojo.

–Avy lindinha, os homens são todos iguais. Aprende isso.- disse, como se ele fosse o garanhão da parada. Pera... Ele era um garanhão. Eu sai do quarto dele quase chorando.

Como que ele pode fazer isso comigo. Eu não acredito! Eu corri atordoada para o meu quarto, eu ia destrurir a vida daquela vadia da Victoria... Ai eu pensei, se eu mostrar a mensagem que eu recebi à ele, talvez ele pense melhor! Resolvi, e fui até lá, na metade do caminho o meu celular apitou, eu tinha recebido uma nova mensagem...

"Ouse você contar à alguém sobre mim, que você irá se arrepender!- V."

Uma frase, uma ameaça. E agora? Se eu precisar de ajuda estou fodida. Voltei até o meu quarto, larguei o meu celular em cima da escrivaninha, e deitei no sofá do meu quarto. "Por quê alguém faria isso comigo?", "Quem é essa pessoa?", "O que mais ela quer de mim?"... Essas perguntas rodearam a minha cabeça, esse "amor", não pode me consumir, e eu estava decidida à esquecer Bryan. Eu vi que seria uma longa jornada, dolorida, tortuosa, mas eu tinha que esquecê-lo, afinal de contas, eu não era nada pra ele, eu só era um objeto! Como é que eu fui burra à este ponto, em acreditar que ele realmente seria diferente dos outros! Resolvi ligar para Sophie. Sophie para mim era a amiga que eu mais confiava, ela me entendia de forma sobrenatural.

–Soph?

–Oi Avy, fala!- nesse momento eu comecei a chorar, a chorar muito.

–Soph, eu não aguento mais viver! Eu quero morrer! Eu quero sumir, pra sempre! SEMPRE!- declarei entre soluços.

–Me espera dez minutos, vou na sua casa!- ela falou, e desligou o telefone. Em menos de dez minutos. Abri a porta para ela, e a abracei, e me desabei a chorar.

–Me fala o que aconteceu meu amor!- ela perguntou preocupada.

–Minha vida está uma droga, eu quero morrer!- falei com grande dificuldade, por conta dos soluços.

–Vamos subir!- fomos até o meu quarto. E ela se sentou na poltrona e eu na cama.

–Soph, eu transei com Bryan!- confessei.

–O quê?- ela ficou boquiaberta.

–E isso não é a pior parte! Além de ter sido I-N-C-R-Í-V-E-L, não tem aquela vadia da Victoria!

–Sei, o que tem ela?

–Eu vi eles dois se beijando, hoje! Cara, isso doeu muito, você não tem noção.- voltei a desabar a chorar.

–Amore, não chora, por favor, por mim! Aconteceu mais alguma coisa?

–Sim, hoje ele quis dizer que eu não fui nada pra ele, e que ele beijou ela mesmo, e que ela é muito gostosa... Ah, eu não aceito isso, vou transformar a vida dela em um inferno!- declarei, enquanto pegava o meu celular para mostrar à ela as mensagens, eu nem pensei em hesitar.- Olha essas mensagens.- falei baixinho no ouvido dela, para ninguém escutar. Enquanto ela lia, mudava de feições, o que me espantava.

–QUEM É -V?- ela basicamente, gritou, mas gritou tão alto, que eu acho que o quarteirão todo pode ouvir.

–Fala mais baixo! Ela ou ele, ou sei lá quem, pode estar em qualquer lugar.

–É a Victoria, não?- sugeriu.

–Eu pensei nisso, mas quando eu recebi a mensagem ela estava engolindo Bryan. Então não é ela.

–Entendi.- ela ficou mais uma hora comigo, e depois foi para o curso que ela fazia todas as tardes.

Fiquei no meu quarto de tarde, estudei um pouco de química, (que eu amo, só que não), e resolvi redescobrir um dom, pintura, peguei um quadro em branco, algumas tintas, pincéis, e passei o resto da tarde pintando.

***

Na quinta, fui para a escola, e eles continuavam colados, e cada vez estava mais nojento de presenciar. Eu já estava enojada da cara dele, e o pior é que ele ainda morava na casa da minha tia, e eu era obrigada a olhar para a cara dele, porém, a cara dela me enojava o triplo. Quando o intervalo terminou, e quando a Victoria adentrou a sala, eu pude sentir o cheiro, maravilhoso, de Bryan. Não me contive.

–Victoria!- dei um "tapinha" na costa dela.

–O...- e virei a mão na cara dela.- Olha o que você fez sua vagabunda.- ela gritou, ela xingou, não admiti, como ela estava caída no chão subi em cima dela, e dei um soco no nariz dela, a sala toda parou, e fizeram uma roda, e começaram a gritar.

–AVERY, AVERY!- todos gritaram em coro.

–Você tem que voltar para o seu galinheiro, sua VADIA.- e dei outro tapa nela.- É isso que você gosta não é!- ela já estava com o rosto sangrando, até Sophie chegar e tentar me acalmar.

–Não faz isso garota! Sai dai.- suplicou Sophie, enquanto todos gritavam.

–Não vou não, ela já passou dos limites, ela vai me pagar!- tive o prazer de arrancar um tufo de cabelo, abri a boca dela e enfiei o tufo de cabelo que eu tinha acabado de arrancar. Nesse momento, Sophie entrou no meio e me tirou de cima dela.

–Já está na hora de parar Avy! A garota está super machucada.- advertiu-me, enquanto levavam a vadia para a enfermaria.

–Cara, aquela puta merecia!

– mas Avy, ela tem razão, Bryan não tem dona. Esquece ele.

–Pode deixar que ele vai ter o troco dele.- eu já sabia o que fazer com ele.

***

Na hora da saída, senti que algo me puxou pelo braço.

–Avery, por que fez aquilo com a Vic?- era a desgraça para me perturbar, quando eu virei, meti a minha mão na cara dele.

–É isso o que você merece.- e cuspi na cara dele, na frente de todo mundo, detalhe, todos estavam olhando.- E VÊ SE VOCÊ VIRA UM HOMEM DE VERDADE, PORQUE VOCÊ NÃO PASSA DE UM MOLEQUE, OTÁRIO!- exaltei-me e sai andando.

***

Quando cheguei em casa, larguei a minha mochila no meu quarto, peguei o meu celular e subi, fui para o quarto da minha tia, ela não estava. Resolvi deitar um pouco e assistir tevê, quando eu estava quase cochilando me assustei com o meu celular vibrando, era uma nova mensagem...

"Querida Avy, tem uma caixa no quarto da sua tia que irá te chamar atenção, dentro dele, você verá uma grande papelada, nessa papelada toda, tem um conteúdo que você desconhecia... Até agora.-V."

Cacei a tal da caixa, até achar... Sim, achei! Eu abri, a caixa me chamou atenção realmente, peguei um dos papéis... "Registro de adoção, de Bryan Smith."

Isso fez com que o meu coração acelerasse, quer dizer então que...

Ele não era meu primo...