Inimigos Coloridos escrita por Harry Jackson Everdeen


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu demorei - muito - porque eu não tinha ideia do que escrever. Fiz um capítulo curto, não ficou muito bom, mas é que eu não gosto do triangulo laranja na minha história. Pretendo voltar o mais rápido possível e com melhores ideias do que estas.
Boa leitura.



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As férias estavam ótimas, embora o frio constante fosse perturbador. Praças estavam completamente vazias, o barulho de automóveis eram cada vez menos frequentes. Pessoas, nem sinal. Mas, também com aquele friozinho, qualquer um ficaria em casa.

Annabeth, da janela de seu quarto, percebia tudo isso. Estava tudo enfeitado de branco, mas algumas luzes se destacavam. Já era véspera de ano novo, mas algumas árvores ainda estavam com enfeites natalinos. Ficou muito tempo ali, sentada, olhando o quão silenciosa estava a cidade que nunca dorme. Nunca havia visto algo tão parecido.

O Natal havia sido uma chatice. Percy e ela convenceram os pais – a mais difícil fora Atena – a unirem as famílias e festejarem juntos. Mas, Atena e Poseidon nunca se deram bem: desde a adolescência, acho eu, que os dois têm essa rivalidade. Sempre disputando. Sempre brigando. Nada mudou no Natal. Atena implicou com a decoração que Poseidon havia feito; Poseidon implicou com a comida que Atena havia preparado.

– Será que os dois podem parar?! – gritaram Sally e Frederick.

Depois todos ficaram em silêncio, durante a ceia e a abertura dos presentes – que não eram muitos, porque ninguém mais era criança ali. Mas também fora divertido: a loira passou um bom tempo com Percy, o que era gratificante.

A campainha toca, mas Annabeth nem a escuta, só sai de seu transe quando a mãe abre a porta e lhe diz:

– O Jackson está aqui. – e sai.

Ao virar-se, a loira vê Percy apoiado na porta com as mãos nos bolsos da jaqueta enorme e com a cara de lesado que só ele possui. Annabeth ri.

– Do que está rindo?

– Essa jaqueta te faz parecer uma bola de praia.

Percy se olha por um momento.

– Valeu pela sua sinceridade. – ele leva sua mão até o zíper. – Agora entendo porque o porteiro riu.

Ele tira a jaqueta e a coloca na cadeira da escrivaninha. Abraça a namorada e a beija na testa. Ela fecha os olhos e aproveita a sensação, abraçando sua cintura. Ela apoia sua cabeça no peito de Percy e suspira, e ele a acompanha.

– O que veio fazer aqui? – questiona a loira, ainda de olhos fechados.

– Bom, depois do fiasco do Natal, meu pai se recusa a passar o Ano Novo com Atena – ele ri pelo nariz ao se lembrar da briga pelo peru de natal. – E tenho quase certeza de que sua mãe também não está afim.

Annabeth ri e concorda com a cabeça.

– Você ainda não falou por que está aqui – disse, abrindo os olhos para olha-lo.

– Bom, eu vim lhe desejar um feliz Ano Novo – disse, olhando para o cinza dos olhos dela.

O beijo foi lento e calmo, sem pressa de acabar. Separaram-se e Percy lhe deu mais um selinho, sorrindo em seguida. Ficaram em silêncio – um bem confortável – por um longo período; testas coladas, olhos fechados e respirações igualadas. Annabeth quebrou o silêncio.

– Onde você vai passar a festa?

Percy abriu os olhos e respondeu alegre.

– Em Montauk. Meu pai acha que eu, minha mãe e ele já está de bom tamanho. E você? Tem alguma ideia de onde vai?

Annabeth fez uma careta.

– Meu pai quer ir para a Time Square, mas eu queria ficar aqui em casa, como a minha mãe. Mas ainda estamos decidindo.

– Bom, agora eu já vou indo. Tenho que arrumar minha mala.

Deram mais um longo beijo e Percy sumiu pela porta, deixando Annabeth para trás, com um sorrisinho e um pensamento.

...

– Meu pai vai passar com o pessoal da empresa, ‘em uma festa tão chique que alguém com meu porte não pode ir’. – disse Thalia ao telefone, tem uma tentativa falha de imitar a voz de seu pai. A pessoa do outro lado da linha riu. – Ele vai voltar umas 4 da manhã.

Ok. Até logo.

A morena desligou o telefone. A tarde tinha sido entediante até aquele momento. Ela recebeu uma proposta muito boa para passar o Ano Novo, e agora tinha de se arrumar para a noite. Foi tomar um banho – aquele banho tão quente que você fica parecendo um minhoca, tudo fica dormente – depois secou seu cabelo e o arrumou, fez a maquiagem e tudo que uma garota faz antes de ir para uma festa.

Ela desceu até o salão de entrada, e logo depois de se despedir da John, escutou a buzina. Foi até o carro, abriu a porta de trás e ela, o japonês, o loiro e a morena de olhos coloridos foram embora.

...

As luzes estavam deixando-o desnorteado, e havia muita gente naquele lugar. Já tinha bebido um tanto razoável, mas era Ano Novo, então que se foda.

Já tinha pego uma – talvez duas - meninas, mas elas tinha ido embora cedo, então ele procurava a próxima. Isso é que é ser mulherengo, mas, como eu disse antes, que se foda. Estava no bar, pedindo um copo de vodca, enquanto olhava o pessoal dançando na pista, todos espremidos, onde não se sabia onde começa uma pessoa e terminava outra. Meu Deus.

O Dj pronunciou no microfone – Dez minutos, galera! – Todos responderam com gritos, e começaram a dançar descontroladamente. O moreno pretendia ficar com alguma garota dali quando fosse meia noite.

Pedindo seu quinto copo seguido, esperou dançando em seu lugar o barman – esse que estava quase louco de tantos pedidos. Quando seu copo chegou, tomou em um gole todo o liquido e partiu para a pista de dança. 5 minutos, disse o Dj Mason. Até que o Mason era legal. O garoto o conhecera fazia um tempo, e o cara era simpático. Loiro e de barba, com óculos de grau, sempre usando um suspensório caído e uma gravata dobre a camiseta – uma combinação exótica para alguns padrões.

Faltavam, mais ou menos, dois minutos, e o moreno não parava de dançar, até que sentiu uma sensação estranha. Parou e olhou ao redor, procurando alguma coisa. Parou quando a viu. Estava de vestido branco e salto preto. Sorriu maliciosamente e foi até ela – com uma certa dificuldade, porque, sério, tinha muita gente em um espaço muito pequeno.

A garota dançava. Já tinha bebido bastante, mas não estava bêbada ainda. Ela estava realmente se divertindo, mesmo que seus acompanhantes já tivessem se separado no meio da multidão e ela estivesse sozinha. Estava aproveitando a música até que sentiu uma respiração em seu pescoço. Era fria. Sentiu mãos em sua cintura e seu corpo sendo puxado. Sentiu o troco do rapaz e revirou os olhos, mas estava sorrindo. Ele lhe beijou no pescoço, e ela aproveitou e puxou os cabelos dele. Ele riu.

– Já está tão acostumada assim? – perguntou rente à orelha dela.

Ela respondeu arranhando o braço dele, que estava em sua cintura, com a outra mão. Como troco, o garoto a mordeu no nódulo da orelha, o que a fez arrepiar levemente, e continuou trilhando mordidas até a base do pescoço.

Começaram a contagem regressiva.

– Feliz Ano Novo – ela disse, virando-se e, finalmente, beijando o rapaz.

...

Quando finalmente conseguiu abrir a porta de casa, ela foi atacada pelos lábios do garoto – frios e macios. Aos beijos e mordidas – e vários puxões de cabelo, com também alguns palavrões nada agradáveis -, ela foi andando de costas até ser prensada na parede. O garoto começou a trilhar beijos do nódulo da orelha até o colo. Ela abriu os olhos e viu que a porta estava fechada.

“Pelo menos ele fechou a porta.” – ela pensou.

Ia falar algo quando ele a atacou na boca, deixando suas palavras entaladas na garganta, que logo foram esquecidas. Quando pararam para respirar novamente, já estavam na porta do quarto dela. A morena puxou o cabelo dele e deixou o pescoço a sua mercê, dizendo-lhe em seguida:

– Está muito apressado, di Angelo – sua voz saíra sensual e rouca, e isso o fez arrepiar.

– Você me deixou oito dias de seca – devolveu, olhando para o azul dos olhos dela.

Ela riu.

– Você é um viciado em sexo, isso sim.

Ele sorriu maliciosamente e roubou-lhe um beijo de tirar o fôlego.

– Não vejo problema nenhum nisso.

Entraram no quarto, fecharam a porta e começaram a se despir em uma velocidade incrivelmente rápida. Quando ficaram só de roupas íntimas, Thalia examinou o corpo de seu inimigo colorido, sorriu e o jogou na cama da casal. Ele a puxou para cima de si e inverteu as posições.

– Você sabe como funciona – disse Thalia, arranhando com vontade as costas do di Angelo.

– Terminou, vaza. – respondeu Nico, logo mordendo o colo dela, fazendo-a arquear as costas.

...

Abriu a porta sem tentar fazer barulho nenhum, mas não adiantava nada, já que Bianca estava acordada, assistindo televisão.

– Eu sabia que você logo chegaria. – disse ela, olhando para o irmão. – Eu não te achei depois dos fogos de artifício, mas como você estava de carro... Por que demorou?

Nico sorriu sem graça e coçou a nuca, como sempre fazia quando estava nervoso.

– Ah. Não precisa responder. – disse Bianca, chegando perto do irmão. – Você está cheirando à mulher. – ela chegou perto e sentiu o cheiro. O olhou, com uma sobrancelha erguida. – É o mesmo perfume da semana passada. Você está de rolo com alguma pessoa especifica?

– Não, né Bianca – disse, enquanto andava até o quarto. – Desde quando eu fico de ‘rolo’?

Fechou a porta.

Bianca sorriu e percebeu que seu irmão mentia. E mentia muito mal.


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