Inimigos Coloridos escrita por Harry Jackson Everdeen


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Quem quer me matar? Eu quero!
Mil e uma desculpas pelo atraso, um atraso ferrado. Mas era porque eu estava viajando, e eu ainda tinha que esperar o cara instalar o Office no meu computador novo. Agora já ta tudo certo, e espero recompensar o tempo perdido.
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/418340/chapter/15

O show de fato começara.

Nico começaria com a introdução. Não estava nervoso, mas quando Beckendorf contou até quatro, suas mãos começaram a suar de ansiedade. Tocou as primeiras notas, com receito de errar algo, mas logo foi levado pela música, e percebeu que não erraria tão cedo. Percy começou a cantar, com sua voz suave e melodiosa, assim, ganhando, literalmente, luz e se fazendo presente no palco.

Hey, don't write yourself off yet

It's only in your head you feel left out or looked down on

Percy, que até agora estava “sozinho” no palco, foi logo acompanhado. Rachel e Connor ganharam luz , e lá estavam três figuras arrasando no palco.

Just try your best, try everything you can

And don't you worry what they tell themselves when you're away

Logo, o refrão apareceu, e Nico e Beckendorf se fizeram presentes. Todos aplaudiram alto quando o moreno apareceu, e Beckendorf lhe direcionou um sorriso de aprovação, devolvido igualmente por Nico.

It just takes some time

Little girl, you're in the middle of the ride

Everything, everything will be just fine

Everything, everything will be alright

Hey, you know they're all the same

Nico pulou, ainda tocando, da plataforma onde Beckendorf simplesmente divava, e foi andando até Connor, este que ria juntamente com o moreno.

You know you're doing better on your own, so don't buy in

Live right now

Yeah, just be yourself

It doesn't matter if it's good enough for someone else

It just takes some time

Little girl, you're in the middle of the ride

Everything, everything will be just fine

Everything, everything will be alright, alright

O refrão foi cantado por Percy, e mostrava o polegar para o amigo que era um ás na guitarra. Nico ficou ao lado de Percy e o moreno de olhos verdes apoiou o braço no ombro do amigo.

It just takes some time

Little girl, you're in the middle of the ride

Everything, everything will be just fine

Everything, everything will be alright, alright

Depois, Percy gritou uoulll e Nico começou a fazer o solo. Os dedos pareciam flutuar de tão rápidos que eram. Nunca tinha se sentido tão bem. E, para terminar o solo, o moreno ficou apoiado por um joelho, só para fazer graça.

Hey, don't write yourself off yet

It's only in your head you feel left out or looked down on

Just do your best, do everything you can

And don't you worry what the bitter hearts are gonna say

Nico e Rachel faziam o coro. O moreno estava dividindo o microfone com a ruiva que sorriu com a empolgação do novato.

It just takes some time

Little girl, you're in the middle of the ride

Everything, everything will be just fine

Everything, everything will be alright, alright

It just takes some time

Little girl, you're in the middle of the ride

Everything, everything will be just fine

Everything, everything will be alright

Aplausos não foram poupados. Todos estavam animados, e gritavam como loucos, fazendo o Sr. D reclamar ainda mais.

– E aí, galera! – gritou Percy. Houve um grito abafado como resposta. – Muitos estavam curiosos, e ansiosos, para conhecer nosso mais novo guitarrista... e que guitarrista. – Percy chamou Nico com a mão e o moreno de olhos negros se encaminhou até chegar ao lado do Jackson. – Uma salva de palmas, pessoal, para Nico di Angelo.

Nico fez uma reverencia, mas logo se levantou, riu abertamente e bagunçou os cabelos com a mão, tirando suspiros de muitas garotas. Voltou para seu lugar, ao lado de Rachel onde colocaram um microfone para ele.

– Que bom que agradou vocês. – falou Percy. – Agora, um pouco mais punk rock. Que tal Connor?

Quando Percy disse tais palavras, Connor começou uma introdução no baixo. Logo veio Nico com Beckendorf, e depois Percy. Só que, agora, sua voz estava um pouco mais forte.

Hey, miss murder can I

Hey, miss murder can I

Make beauty stay if I

Take my life?

With just a look they shook

And heavens bowed before him.

Simply a look can break your heart.

The stars that pierce the sky

He left them all behind

We're left to wonder why

He left us all behind.

Hey, miss murder can I

Hey, miss murder can I

Make beauty stay if I

Take my life?

Dreams of his crash won't pass

Oh how they all adored him.

Beauty will last when spiraled down

The stars that mystify

He left them all behind.

And how his children cry

He left us all behind.

Hey, miss murder can I

Hey, miss murder can I

Make beauty stay if I

Take my life?

What's the hook, the twist within this verbose mystery?

I would gladly bet my life upon it.

That the ghost you love, your ray of light will fizzle out

Without hope

Nessa hora, Percy mudou sua voz, deixando todo mundo surpreso, até mesmo Annabeth, que já ouvira seu moreno cantar milhares de vezes.

Hooooope

We're the empty set just floating through wrapped, in skin,

Ever searching for what we were promised

Reaching for that golden ring we'd never let go

Who would ever let us put our filthy hands upon it?

Hey, miss murder can I

Hey, miss murder can I

Make beauty stay if I

Take my life?

Hey, miss murder can I

Hey, miss murder can I

Make beauty stay if I

Take my life?

Aplausos de novo. Estava indo tudo bem para o primeiro show.

...

...Com vocês, a banda eufórica e estonteante, The Rockers of Goode!” um viva foi audível e o show começara.

Thalia estava ao lado de Annabeth e de um esquisito que cheirava a queijo gorgonzola. Quando alguém começou a tocar a introdução e somente Percy apareceu, Thalia xingou:

– Mas são uns filhos de uma Hera!

A loira riu, mas estava mais focada em seu namorado cantando, lindo com aquele casaco da escola e com o cabelo jogado de lado. Logo apareceu Connor e Rachel, fazendo Thalia xingar ainda mais.

– Eles vão mesmo deixar o guitarrista por último?! – gritou Thalia.

Ela fechou os olhos e tentou respirar fundo. Quando os abriu mais dois holofotes foram acesos e duas pessoas se fizeram presentes. Beckendorf e...

– O DI ANGELO?! – Thalia estava boquiaberta. Igual a Annabeth, mas a loira parecia mais feliz que chocada, este ultimo que era o caso da Thalia.

A morena não piscou nenhuma só vez. “Fica ainda mais gato com a guitarra”, pensou. “Que porra foi essa, Grace?!” estava atordoada, mas logo sua atenção foi para o palco, onde um deus grego com uma guitarra preta fazia um solo tão perfeito, que, se possível, Thalia ficou mais boquiaberta.

Terminou a música, apresentaram o di Angelo para o resto da escola – ele passou a mão no cabelo, e a Grace se segurou para não babar –, começou outra música, terminou, e ela ainda estava boquiaberta. “Cadê o autocontrole quando preciso?” perguntou-se. Eles falaram um tchau, mas avisaram que logo voltariam. Ou seja, o di Angelo estaria em sua frente em alguns segundos, e ela tinha que mostrar indiferença.

Respirou fundo três vezes, e isso foi tempo suficiente para toda a turma se reunir em um canto, somente esperando a banda. Quando Percy se fez presente, falou:

– Não estão deixando o Nico passar. – e riu logo depois.

– Eu ainda não acredito que era o Fantasminha todo esse tempo! – falou Silena, que logo foi abraçada por trás por Beckendorf.

– Mas, falando sério... – disse alguém atrás de todo mudo. Todos se viraram e encontraram Nico com um sorriso de orelha à orelha. – Eu mandei muito bem, não?

Toda a galera deu parabéns, falando como ele fora incrível, e de como escondeu bem sua posição na banda. Até que Nico lembrou-se de uma coisa que disseram.

– Me lembrei que alguém falou: “Tenho a impressão de que ele é gato.” – o di Angelo alfinetou, e todos se viraram para Thalia.

Ela bufou e se xingou mentalmente, mas também xingou Nico pelo fato de ele ter lembrado daquilo.

– Foi por isso que eu rachei. – completou. – Mas, Grace, você gostou do show?

Ela fingiu pensar. Realmente, ele tocava muito bem – até melhor que seu ex – mas ela não queria dar esse gostinho para ele.

– Nhé. – respondeu. O moreno de olhos negros fez uma cara de questionamento. – Só foi legal porque tinha a Rachel, o Connor, o Beckendorf e o Percy. Eles tornaram o show muito agradável. Você... só ocupou um lugar que estava vazio.

Ela esperava qualquer outra reação, mas não que ele começasse a rir alto, escandalosamente.

– Ah, qual é? Eu toco muito bem, modéstia a parte.

– Toca nada. – retrucou Thalia.

– Aposto que toco muito melhor que seu ex.

Thalia o olhou nos olhos, e Nico notou que perdeu uma ótima oportunidade de ficar quieto. Thalia tinha rancor de Nakamura, e o moreno ter mencionado o nome dele a fez se sentir mal, e com muita raiva.

– Talvez você não saiba, mas a única pessoa que eu odeio mais que você é o Nakamura. Então, eu posso dizer que você toca melhor que ele. Mas isso não quer dizer que você toca bem.

Assim, ela deu as costas e foi procurar algo melhor para fazer.

Enquanto praguejava pragas ao di Angelo, não olhou por onde andava e esbarrou em alguém, caindo logo em seguida. Ela estava prestes a mandar o cara se ferrar, queria liberar em alguém toda aquele raiva, mas olhou-o antes de dizer alguma coisa.

– Hey, Thalia! – disse, e estendeu a mão para que a morena a segurasse.

– Oi, Luke. – respondeu animada. – Nossa, faz tempo que não te vejo.

– Quem é vivo sempre aparece. – retrucou feliz. – Mas eu te liguei no sábado, e você não estava em casa. Onde foi?

Não sabia se respondia, mas Luke parecia tão a vontade e indiferente, que acabou soltando.

– Fui no show do Green Day.

O loiro a olhou, confuso.

– Mas você tinha dito que os ingressos haviam acabado, aí você não podia ir... foi com quem? – perguntou.

Agora Thalia congelou. A única pessoa que sabia com quem ela tinha ido no show era Annabeth. Não queria falar, principalmente para Luke, que tinha ido com Nico di Angelo.

– Ninguém importante. – respondeu por fim.

– Ah, pode falar. Eu sou seu amigo. Cofie em mim. – insistiu Luke, com um sorriso (falso) no rosto.

– Hã... foi com o... di Angelo. – falou, mas logo continuou, um tanto que desesperada. – Mas foi porque ele não tinha mais ninguém para convidar. Todo mundo tinha marcado alguma coisa, então, eu era a única opção que tinha sobrado.

Luke, por fora, estava normal, ainda com um pequeno sorriso nos lábios. Mas por dentro ele estava explodindo de raiva. “Aquele idiota acha que eu estava brincando quando eu o ameacei?!”, perguntou-se. “Ele vai ver só. Aquele desgraçado.”

– Hã, Luke. – chamou Thalia, balançando a mão na frente do rosto do loiro.

– Ah, oi. – voltou a sorrir, aquele sorriso Colgate.

– Você ficou fora do ar.

– Foi mal. – falou. Iria chamar a Grace para fazerem algo quando uma garota, muito familiar, apareceu atrás de Thalia.

– Hey, Thalia. – a garota cutucou a morena, fazendo a mesma se virar. – Cadê o meu irmão?

A Grace bufou, mas respondeu com educação para a outra morena.

– Está ali, Bianca. – apontou para o grupo de colegas que faziam alguma brincadeira com Nico. – Oi, Austin.

Luke, só então, percebeu que a tal Bianca estava de mão dada com alguém. O loiro só não sabia como não tinha percebido antes, já que o ruivo era enorme. Bianca e Austin seguiram pelo caminho que Thalia indicou, logo deixando ela e o Castellan, sozinhos.

– Irmã de quem? – o loiro perguntou.

– Do Fantasma. – respondeu brava.

Ele concordou com a cabeça.

– Bom, você quer fazer alguma coisa? – perguntou Luke.

– Eu adoraria. – respondeu Thalia. – Mas, antes, vou pegar uma coca.

– Então, eu vou falar com amigo meu e nos encontramos no portão. Tá bom? – falou Luke.

Thalia fez um aceno com a cabeça e se afastou, indo pegar o refrigerante. Luke ficou observando, e quando thalia saiu de seu campo de visão, resolveu se aproximar da turma que falavam animadamente. Cumprimentou a todos, explicou que estava afastado por motivos de família (o que não era mentira, mas também não era a verdade toda), e logo entrou no assunto. E o loiro percebeu que assim que chegou, Nico se calou, e isso fez com que ele sorrisse internamente.

– Hey, Nico. – chamou Luke. – Vem pegar um salgadinho comigo. Quero falar com você. – disse todo sorridente.

Nico ponderou, olhando esquisito para Luke e pensando O que ele quer? Como o moreno não queria que os demais percebessem o clima estranho entre ele e Luke, o seguiu. Andaram em silêncio até a mesa de snacks, esta que parecia intacta. Ninguém estava por perto. O loiro o olhou, e Nico percebeu que ele não estava com fome.

– E então, Nico. – começou Luke, e o di Angelo percebeu que seu nome foi pronunciado com desprezo. – Fiquei sabendo que foi no show do Green Day. E que não foi sozinho.

Era isso que ele queria, pensou Nico. O moreno deu um sorriso cínico e riu logo depois, respondendo em seguida.

– Fui com Bianca.

Luke ficou vermelho de raiva, e voltou-se para Nico com ódio nos olhos. Já o moreno ria por dentro, mas permanecia inexpressível por fora.

– Não se faça de cínico, otário. – disse Luke, dando um passo à frente. – Eu lhe avisei que ficasse longe da minha Thalia.

– Aviso. – o moreno riu e continuou. – O que você chama de aviso, eu chamo de ameaça.

– Você está brincando com fogo, di Angelo. – Luke se aproximou mais. – Vai acabar se queimando.

Ainda inexpressível, Nico olhou para a mão de Luke e percebeu que o mesmo estava com os punhos cerrados. Riu, voltou seu olhar para a cara do loiro e disse, um tanto petulante:

– Me bata. Aqui mesmo. Quero ver a desculpa que você vai dar para todas essas pessoas.

Só então Luke percebeu que estava prestes a levantar o punho e choca-lo contra a face de Nico. Algumas pessoas olhavam e cochichavam. Tentou relaxar, em vão, e saiu pisando firme. Nico esperou que o loiro saísse de vista, e só então riu baixo e negou com a cabeça, murmurando Depois o otário sou eu.

Voltou para a roda dos amigos e quando chegou, Annabeth perguntou:

– Cadê o Luke?

– Foi embora. – respondeu, sem olhar para a loira. Ele aprendeu da pior forma que se você falar alguma mentira olhando nos olhos de Annabeth, ela descobre que é mentira e te obriga a dizer a verdade.

A loira o olhou, com o cenho franzido, mas deixou de lado, por enquanto. Continuaram a conversar sobre outros assuntos, até que a banda teve de subir ao palco de novo para tocar. E assim ficaram o resto da noite.

...

Thalia estava de olhos fechados, apoiada no portão, de frente para a rua movimentada. Estava escutando Don’t Cry do Gun’s and Roses, e estava relaxada com sua Coca-Cola em mãos. Escutou alguém chegar atrás de si, e escutou:

– Hey, Lia. – a morena olhou para Luke e deu um sorriso mínimo. Não gostava de ser chamada de Lia. – Quer ir no Mc Donalds?

– Claro. – respondeu. – Mas, você está de carro? Porque eu estou com o meu.

– Eu sei que é vergonhoso – disse Luke, coçando a nuca. – Mas, eu vim de carona. Estou sem o carro.

Não era nada vergonhoso, mas Thalia não disse nada referente. Eles foram até o carro dela e se encaminharam para a lanchonete mais próxima. Não demorou muito para acharem uma mesa confortável, já que a lanchonete estava praticamente vazia, e pedirem seus lanches. Conversaram sobre tudo, de comida até coalas usando smoking. Não diria que eles são normais.

– Mas, seria muito fofo, Lia. – e lá vem o apelido... mesmo assim, ela riu. – Pense, os coalas já são fofos. Imagine eles todos ajeitadinhos, indo para um baile com as coalas fêmeas, cada uma com um vestido. Não é muita fofura?

– O que você está falando, não é muito gay? – disse a morena rindo. O loiro fez uma careta de indignado, fazendo-a rir ainda mais.

Entre as piadinhas de Luke e os risos de Thalia, o jantar foi rápido e divertido. Seria assim agora, nas férias de inverno. Jantares com os amigos, piadinhas toscas e brincadeiras idiotas.

– Lia, o que você vai fazer no seu aniversário? – questionou Luke, dando a última mordida no lanche.

Sim, o aniversário de Thalia estava chegando. Está bem. Faltavam umas duas ou três semanas, mas que estava chegando estava. Dia 22 de dezembro ela iria fazer 17 anos. Ela, Luke e, infelizmente, Nico, eram os mais velhos da turma toda, sendo que Luke fazia dia 11 de novembro e Nico, 2 de novembro.

– Nem pensei nisso ainda. Só não sei por que você não fez nada.

O loiro se mexeu, desconfortável.

– Eu te falei. Problemas com a família.

Deixaram o assunto aniversário de lado. Na verdade, deixaram todos os assuntos de lado. Pagaram, cada um o seu, e Thalia levou Luke até sua casa. A casa era incrível. Era bem moderna, mas não muito grande, pintada em tons pastéis. A porta era de madeira escura e as janelas também.

O loiro fez mais uma piadinha, a morena riu e quando foram se despedir, Luke dera um beijo no canto da boca de Thalia, como em outro dia ele fizera. Ele deu boa noite e entrou em casa.

...

– Eu acho que a Thalia foi embora antes. – disse Annabeth.

Estavam os três no carro: Annabeth, Percy e Nico. O moreno de olhos negros combinou de pegar Percy, para eles falarem um pouco sobre a banda, que era um segredo, e depois passaram no prédio da loira.

Nico ficou mal por ter falado o nome do ex da morena. Deveria ter ficado calado, mas ele queria que a Grace falasse que ele tocava bem, mas só levou patada.

Pelo menos ela odeia mais ele do que você – falou sua consciência.

Cala a boca, pensou. Ninguém disse nada depois disso.

Percy seria o primeiro a ser entregue, já que era caminho. Quando chegaram na casa dele, houve, na visão de Nico, um longo adeus. Um adeus muito, muito longo e muito, muito meloso.

– Procurem um quarto. – murmurou, mas Annabeth talvez tenha escutado, já que lhe deu um tapa na cabeça.

– Idiota. – murmurou a loira para ele, e voltou-se para o namorado. – Boa noite. E, eu te amo.

– Também te amo. – falou Percy, dando mais um longo beijo em Annabeth.

– Blé. – falou Nico, fingindo estar vomitando.

O amigo lhe mostrou o dedo do meio, deu mais um selinho em Annabeth e se encaminhou para dentro da casa dos Jackson’s. A loira foi para o passageiro, ao lado de Nico. Depois de alguns meses, os dois haviam se tornado grandes amigos. Annabeth, muitas vezes, contava segredos a Nico, este que se mostrava leal em guarda-los. E o moreno o mesmo para com a loira.

Uma pulga estava atrás da orelha dela. Ela percebeu que Nico evitava olhá-la nos olhos, e também percebeu o modo que ele usou para responder a Luke. Ele parecia frio e cínico junto com o loiro, o que ele nunca era com os outros – talvez com Thalia, mas era pura frescura.

– Nico. – a loira chamou-o. – Você está esquisito.

O moreno encolheu os ombros e depois os relaxou. Esperou para em um semáforo, que havia acabado de fechar, para responder.

– Sério?

– Olhe para mim. – ela falou, mas sua voz sempre fora autoritária, então o moreno a olhou. – O quê que está acontecendo? Entre você e o Luke, digo.

O moreno xingou mentalmente. Por que ela tem que ser esperta e notar tudo?, pensou.

– Ah, não é nada... de mais. – respondeu, desviando o olhar por alguns segundos.

– Mentiroso. – falou Annabeth, cruzando os braços na frente do peito. – Tá. Eu não vou mais te chatear com esse assunto. Por hoje. Entendeu?

O moreno assentiu rapidamente, suspirando. O sinal abriu e o caminho foi silencioso até o Upper East Side.

Annabeth planejava em sua cabeça uma forma de descobrir o que estava acontecendo. Sabia que de Nico não viria resposta, e ela estava disposta a descobrir a verdade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Inimigos Coloridos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.