Inimigos Coloridos escrita por Harry Jackson Everdeen


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Cara, quero agradecer quem vem acompanhando a história. Valeu mesmo, pessoal! E para provar o meu amor com vocês, escrevi outro capítulo mesmo estando em semana de prova.
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/418340/chapter/10

Thalia fechou a porta. Que merda, agora o di Angelo sabe onde eu moro, pensou. Ainda era cinco e meia da tarde e não tinha nada para fazer, pensou em talvez ir comprar algumas coisas para o encontro da turma no dia seguinte. Pegou um dinheiro e foi até o supermercado, comprar refrigerantes, salgadinhos e doces. Gastou bastante, mas valeria a pena. Aquele encontro seria épico.

Quando chegou em casa, encontrou a luz do escritório acesa, provavelmente seu pai. Colocou as coisas na bancada da cozinha e foi até seu quarto, mexer no notebook. Não prestava atenção em nada, só pensava que o Sr. Di Angelo tinha falado coisas horríveis sobre ela para os dois, Will e Zoe. E agora? Com que cara olho para Zoe?, pensava. Deixou quieto e foi se deitar, colocando seu pijama, um short de malha bem curto e um blusão, só que agora o blusão era do Lanterna Verde. Colocou musica no celular e pegou no sono assim, com os fones de ouvido.

Acordou meio surda. Os fones estavam em cima da escrivaninha, mas seus ouvidos doíam. Provavelmente Natalie havia tirado, pois ela chega muito cedo e logo ia no quarto da morena, dar uma ajeitada. Levantou-se e tomou um banho. Colocou uma camiseta do nirvana, que caia em um ombro e mostrava parte de sua barriga. Uma calça preta colada e um All Star preto. Passou sua famosa maquiagem pesada e um perfume.

– Bom dia, minha nega – disse Thalia, adentrando a cozinha. Deu um beijo estalado na bochecha de Natalie e a mesma deu uma risadinha.

– Que bom humor – falou – posso saber o porquê?

– Eu não estou com um ótimo bom humor, mas é que hoje tem o encontro da turma aqui em casa – respondeu a morena.

– Que maravilha! – exclamou a senhora.

Tomou seu café da manhã sozinha. Seu pai não estava em casa, de novo. Pegou o carro e foi para o colégio. Viu que Nico estava chegando com ela e a morena reparou em como ele ficava lindo em cima do skate... Acorda Thalia!, repreendeu-se.

Saiu do carro e foi até o pessoal, que conversava animadamente.

– Oi povão – falou a morena.

– Na sua casa hoje, né Morena? – perguntou Annabeth. A morena fez sinal de concordância.

– Vai ser só zoeira na sua casa, Cara de Pinheiro – falou Travis.

Thalia mostrou o dedo do meio com resposta, pelo apelido, sabe? Ficaram falando o que fariam durante o tempo na casa dela. Ninguém queria fazer o Jogo da Garrafa, pois a maioria estava namorando. A não ser que alguém queira ver seu namorado beijando outra. Os únicos solteiros eram Rachel, Connor, Thalia, Nico e Luke. O loiro não ia, como já sabe. Rachel e Travis, talvez. Thalia e Nico? Acho que não, hein.

– Então, nada de Jogo da Garrafa – falou Nico meio que... desapontado? Obviamente fariam ele ficar com a Grace, e o moreno queria isso – O que vamos fazer? Não aguento mais assistir filme!

A última frase fez Thalia soltar uma risadinha, e Nico a encarou, dando um sorrisinho de lado, só para ela ver. A morena desviou o olhar se não os outros iriam perguntar.

– Eu também não aguento mais assistir filme – ela falou.

– A gente podia fazer um verdade ou desafio, mas com quem namora, nada de beijo – falou Charles, que estava calado até agora – Que tal?

A maioria concordou e, quando o sinal bateu, foram para a aula. Thalia estava indo para sua última aula do ano. Estava uma baderna aquela sala, mas a aula era com o professor Hipnos, um cara sonolento. Para a infelicidade da morena, sua aula era com Drew. A punk estava feliz da vida com sua música até que a vadia da Tanaka resolveu provocar.

– Oh Punk Maldita. Que roupa é essa? Parece até que saiu do velório – e deu risada.

– Era uma piada? – perguntou Thalia com sarcasmo - Por que eu não vi graça nenhuma para você ficar rindo igual a uma hiena – voltou sua concentração para algo mais importante, sua música.

Drew levantou-se e foi cheia de si na direção da morena, arrancando os fones de ouvido. Thalia piscou varias vezes para ter certeza do que havia acontecido, e olhou para cima com um olhar assassino quando tirou a conclusão. Levantou-se, respirou fundo e contou até dez mentalmente.

– Qual o motivo, razão ou circunstancia para você tirar os meus fones de ouvido? – perguntou a morena de olhos azuis, que pareciam até raios no momento.

– Quero que me escute enquanto falo com você – respondeu com um olhar superior. Quando a morena viu aquela expressão, não se aguentou... rolou no chão de dar risada.

Riu muito mesmo, tipo, dando gargalhada e até chorando. Quando se recompôs um pouco, Drew tinha um olhar de questionamento. A morena levantou-se, mas ainda ria.

– Está rindo do que, garota? – perguntou Drew.

– É que... eu não sei... como você se acha tão superior... – ria tanto que nem conseguia formular uma frase completa. Parou, e respirou – Como você se acha superior. Você é uma merda, Drew. Sabe aquela merda que não serve nem para fazer adubo? Essa é você.

A classe explodiu em gargalhadas. Todos riam, até mesmo Hipnos deu um sorrisinho escondido. Drew nem pensou duas vezes, deu um tapa na cara da Grace.

Fogo. Sua bochecha, com a marca dos cinco dedos, parecia estar pegando fogo. Ela colocou a mão por cima da marca. Olhou para Tanaka que dava um sorriso satisfeito. Estava pronta para pega aquele pescoçinho e torcê-lo, mas alguém a impediu. Mas não impediu que ela soltasse palavrões aos quatro ventos.

– Vadia, piranha – e se debatia no colo de quem a levava para fora da sala.

A morena temia que fosse o diretor, o Sr. D, mas estava pouco se lixando para o que saia de sua boca. A pessoa que a prendia, segurava sua cintura e falava algo em seu ouvido.

– Fica calma, Thalia. Calma, tudo bem? – ela respirou fundo e sentiu um arrepio. Mas se acalmou no mesmo instante.

Só quando chegou no corredor, virou-se para ver quem era. Tomou um susto. Moreno, olhos incrivelmente negros e pela pálida. Não preciso dizer quem era, preciso?

– Por que me ajudou? Não era você que estava ficando com aquela vadia? – perguntou Thalia.

– Eu não estou mais ficando com ela – respondeu Nico – Vem, vamos na enfermaria cuidar desse rosto – pegou a mão da morena e a mesma a puxou de volta – O que foi?

– Eu não quero mais a sua ajuda! – falou grossa.

– Por que você não deixa o seu orgulho de lado só um pouco, e aceita minha ajuda? – perguntou – É sério. Está feia a marca. Só dessa vez, deixa eu te ajudar – falou estendendo a mão novamente para que ela a segurasse.

A morena ponderou. Olhou para Nico, agradecida, e aceitou sua mão. O moreno deu o sorriso mais fofo da face da Terra. Foi puxando-a até a enfermaria, onde cuidaram de seu rosto, colocando gelo. O moreno não saiu de perto de Thalia uma vez sequer. Até a acompanhou até o carro.

– Não acredito que vou dizer isso, portanto, escute porque não vou repetir – falou a morena se virando para Nico – Obrigada.

Nico soltou outra vez aquele sorriso, o mai fofo do mundo. Pegou a mão de Thalia, depositou um beijo e foi andando, mas virou-se no meio do caminho.

– Na sua casa hoje, né? – perguntou alto para ela escutar. Ela respondeu com um joinha – Até daqui a pouco então – correu e pulou em cima do skate.

A morena entrou no carro, sua mão formigava. Dirigiu tranquilamente até sua casa, com o rock o mais alto possível. Entrou feito um furacão no prédio e deu oi a John, e subiu. Quando chegou em seu corredor, parou e bateu na porta do apartamento de Zoe.

Já vai – alguém gritou La de dentro. A porta se abre, e uma garota de cabelos pretos em uma trança aparece – Ah, oi Thalia – falou alegre.

– Oi. Viu, hoje vai ter um encontro da turma aqui em casa, e eu pensei se você quer vir – disse, dando um sorriso amigável.

– Claro, mas eu não conheço ninguém – falou, meio encabulada.

– Bom, o di Angelo vem,e também você pode fazer amizade. Todo mundo que vem é gente boa – garantiu a Grace.

– Então tudo bem – disse Zoe – Até... que horas?

– Umas sete – respondeu, já abrindo a porta de seu apartamento.

– Até as sete – e fechou a porta. A morena seguiu seu exemplo.

Thalia e Natalie arrumaram a casa para os convidados,e enquanto a senhora terminava os últimos detalhes, a morena foi tomar um banho e se arrumar. Um blusão do Capitão América (eu sei, ela tem vários blusões de super-herois) um shorts jeans preto e um All Star vermelho. Fez uma maquiagem um pouco mais leve e pssou um perfume novo. Ela só não sabia o porquê de tanta arrumação.

...

– Boa tarde, César – falou Nico, pegando seu skate e colocando embaixo do braço.

Já no seu humilde lar (ironia), encontrou Bianca sentada na frente do computador com algumas cartas a seu lado.

– Conta de novo? – perguntou Nico, colocando o skate e a mochila no quarto.

– Na verdade, correspondência para você... – o moreno estranhou – do papai – correu feito um louco até a sala de jantar.

Pegou o envelope e o rasgou verificando o que tinha dentro. Seus olhos se iluminaram, que, pela primeira vez em muito tempo, deu para distinguir o que era a pupila e o que era a íris.

– Olha, o papai te mandou... tiras de papel – falou Bianca, que obviamente não conseguia ver o que seu irmão segurava.

– Não são meros papéis – disse Nico – Não programe nada para amanhã. Vamos ver o Green Day – mostrando, assim, quatro ingressos com as palavras Green Day escritas.

Ligaram para Hades e agradeceram e o homem reforçou que dois era para Bianca e os outros dois para Nico. Bianca chamaria Austin, obviamente, mas Nico não sabia quem chamaria. Talvez um dos garotos.

Estava muito feliz. Por volta das seis, foi tomar um banho quente mas rápido. Colocou uma calça jeans clara, um tênis preto e uma camiseta branca.por cima da camiseta, colocou uma jaqueta de futebol americano do Mackenzie. Estava realmente lindo. Despediu-se de Bianca e seguiu até o prédio da morena de olhos azuis.

Como já sabia o andar e tudo mais, somente deu oi para o porteiro e o avisou que ia na casa dos Grace. Subiu e quando chegou no corredor, viu Zoe fechando sua porta.

– Zoe – chamou. Deu uma pequena corridinha e parou ao seu lado – Você vai no encontro?

– Aham. A Thalia me convidou – disse.

Seguiram juntos até a outra porta e Nico tocou a campainha. Uma loira abriu a porta, e um sorriso formou-se em seu rosto.

– Nico. Que bom que chegou, porque só eu e Percy chegamos até agora – disse Annabeth. Ela olhou para Zoe e questionou – Você não é a vizinha de Thalia? Zoe, não é?

– Sou sim – respondeu Zoe, meio tímida – E sou amiga do Niquito aqui – disse, colocando uma mão sobre o ombro do amigo.

A loira fez sinal de concordância e deu passagem para os dois entrarem. Zoe foi primeiro e quando Nico foi passar também, Annabeth o puxou de volta.

– Você está namorando ela? – questionou. O moreno ficou tipo What the fuck?, mas respondeu.

– Não – aloira pareceu aliviada e empurrou Nico para dentro.

Estava tudo arrumado, muitas bebidas, salgados e doces espalhados. O moreno cumprimentou Percy e questionou onde estava Thalia.

– Hum – zombou Percy, fazendo Nico revirar os olhos – Está na cozinha.

O moreno foi até a cozinha andando bem devagar e olhando a decoração. Não prestava atenção e acabou trombando com alguém. Segurou essa pessoa pela cintura antes que os dois caíssem (eu sei que é clichê). Nada mais nada menos que Thalia Grace se encontrava nos braços de Nico.

– Olhe por onde anda, di Angelo! – exclamou a morena.

– Eu olho. Trombei com você propositalmente – Nico disse com uma voz sedutora.

Estavam muito próximos. Um palmo de distância entra as bocas vermelhas e cheias de desejo. Se ela fosse feio facilitaria as coisas para mim, pensou Thalia. Se ela fosse feia estaria melhor para mim, pensou Nico. Quando o moreno pensou em se aproximar, a Grace se livrou dos braços do di Angelo e disse.

– Não quero que encoste em mim – o moreno olhou inexpressível para ela – Eu agradeço você ter me ajudado hoje, mas... espaço pessoal, pode ser? – desviou dele e foi até a porta, ver quem tinha tocado a campainha. Alguém sussurrou atrás dela.

– Você disse mais cedo que não iria repetir o agradecimento. Como posso acreditar na sua palavra? – o corpo da morena se arrepiou, mas ela continuou andando até a porta. Nem eu acredito mais em minha palavra, pensou ela.

Travis, Katie e Connor haviam chegado. Os outros não demoraram muito. Ficaram conversando até que Connor lembrou o que tinham combinado: jogar Verdade ou Desafio, mas sem agarração com quem tem namorado. Annabeth foi pegar uma garrafa na cozinha e logo voltou, sentando-se do lado de Percy e Thalia.

– Primeiro a anfitriam – disse a loira, estendendo a garrafa para a amiga.

A morena de olhos azuis girou e parou em Grover e Rachel. Grover respondia e Rachel perguntava.

– Verdade ou desafio?

– Pode ser... desafio – falou, não muito feliz com sua escolha.

A ruiva pensou, pensou, até que deu um sorriso nada amigável.

– Eu te desafio a... ir lá na recepção e cantar o porteiro – todos riram, até mesmo Juníper.

– Sacanagem vocês, viu – falou Grover se levantando.

– Connor, vai lá e filma – falou Juníper, ainda dando muita risada. O ruivo a olhou incrédulo.

– Até você, amor? – recebeu uma gargalhada como resposta.

Grover e Connor desceram. Continuaram o jogo e parou em Katie e Thalia.

– O que quer, Gardner? – perguntou a morena.

– Verdade – falou sem pensar duas vezes. Thalia tinha uma mente maquiavélica.

– Vamos ver – coçou uma barba imaginária e olhou Katie com um olhar de assustar qualquer pessoa – É verdade que você já beijou um mendigo? Não minta.

Katie amaldiçoou Thalia mentalmente. Só a punk sabia disso, porque tinha sido uma aposta das duas. E Thalia venceu.

– Verdade – respondeu. Travis a olhou, incrédulo – Foi uma aposta maldita.

Todos riram, menos Travis, que não sabia o que falar. Quando se recuperaram, Travis ainda olhava para Katie de um jeito esquisito.

– O que foi? – ela perguntou, exasperada.

– Mas... eu beijo melhor, não é? – e deu um sorriso de lado.

A garota pulou no colo do namorado e o beijou intensamente como uma resposta. Pararam o beijo e ela disse:

– Mas é lógico, gato – e o beijou novamente, com mais intensidade.

Continuaram o jogo mesmo com a agarração Stoll e Gardner. Parou em Percy e Nico. O moreno de olhos verdes estava prestes a perguntar quando entra na sala, escancarando a porta, um Connor se rachando de dar risada e um Grover, de cara marrada atrás dele.

– O que aconteceu? – perguntou Juníper. Connor apenas levantou o celular onde um vídeo estava exposto, apenas esperando o play.

Quando o Stoll se recuperou sentou-se no meio da roda e todos se aglomeraram em sua volta, querendo ver o vídeo.

– Já ia ser engraçado só com a cantada, mas melhorou muito – falou Connor. Grover lhe deu um soco no braço e se afastou do tumulto, sentando-se no sofá –Olhem só. – e deu play.

Video on.

– Vai lá, Menino Bode – falou a voz de Connor, este que segurava a câmera, em forma de sussurro.

O ruivo foi andando meio desconfortável até a bancada do porteiro, mas tinha pedido desafio, então, sofreria com as consequências. Chegou na frente do porteiro e disse com uma voz, numa tentativa falhada, sedutora.

– E ai... gatinho? Você faz meio expediente ou o turno todo? – deu para escutar o risinho segurado de Connor. John olhava com espantado para o ruivo, mas a atenção de todos, tanto de Connor quanto de Grover e John, foi tirada por uma voz vinda da porta de entrada.

– Não to dizendo. Foi por isso que terminei com ele. Sabia que ele era gay – Falou Mellanie, ex-namorada de Grover, para um bando de garotas que a acompanhava.

– Eu não sou gay! – Grover gritou, exasperado. John levantou-se e tomou partido.

– É sim! Você estava dando em cima de mim agora a pouco! – Connor não aguentou nessa hora e caiu no chão de dar tanta risada.

O resto foi: Grover vindo em direção a Connor e o pegando pelo braço e assim a tela ficou preta.

Video off.

O bando de gente virou-se para Grover e a sala explodiu em gargalhadas, até de Juníper. O ruivo mandou todo mundo se ferrar e negava com a cabeça. Que tipo de amigos fui arranjar, lamentava-se.

– Calma, amor – falou Juníper, sentando-se ao lado dele – O importante é que eu sei que você não é gay.

Isso tirou um sorriso dele. Se beijaram, mas coisa rápida. Ninguém estava pensando no jogo até que Connor perguntou:

– De quem é a vez? – todos se ajeitaram na roda, do mesmo jeito que antes, só que agora, Nico e Zoe sentaram-se no sofá e o resto no chão.

– Percy pergunta para Nico – falou Annabeth. Queria que Nico pedisse desafio, assim, Percy o desafiaria a fazer uma única coisa.

– Se ferrou, Fantasminha – falou Percy com um sorriso do mau.

– Merda... eu quero – ficou em um impasse. Se pedisse verdade, obviamente Percy perguntaria de quem ele gostava. Se pedisse desafio, teria que ficar com essa mesma garota - Desafio.

Percy pediu a mesma coisa que Nico havia pensado e Annabeth pedido.

– Eu te desafio a... ficar com a Thalia – disse Percy, com um sorriso do tipo você-já-sabia-que-era-isso-né-seu-filho-da-mãe.

– O QUE? – gritou a morena

– Foi ele que pediu desafio – defendeu-se Percy.

– Mas a regra não dizia que não era para ter essa coisa de agarração? – questionou Thalia. Ela estava desesperada por uma brecha para não ter que beijar o gostoso... não, o idiota do di Angelo.

– Só para quem tem namorado – falou Annabeth. A Grace a fuzilou com o olhar.

A morena não tinha mais nenhum argumento. Não queria ficar com o di Angelo, em parte. O seu subconsciente gritava “você quer sim”. Percy não voltaria atrás. Droga, pensou. O moreno estava no sofá e sem dar aviso prévio levantou-se e foi em direção a Nico muito rápido. O puxou pela gola da camiseta branca.

Não sei muito o que falar sobre beijos, mas esse com toda certeza havia sido quente, de tirar o fôlego. O moreno, embora surpreso, passou as mãos pela cintura da morena e ela pelo seu pescoço. Eles fecharam os olhos. A morena tinha que ficar na ponta dos pés porque Nico era mais alto. Foi um beijo de 30 segundos, mais ou menos. Era cheio de desejo e luxuria.

A morena o empurrou com uma mão de volta ao sofá e voltou para seu lugar. Alguns bateram palmas, outros riram feito condenados. O moreno ficou inexpressivo, olhava fixamente para Thalia e pensava Essa garota ainda me mata do coração.

– Se eu te disser – falou Nico olhando diretamente para a morena, como se ninguém mais estivesse naquela sala – Que vou querer mais alguns desses, você me mataria?

Thalia corou violentamente, mas a luz estava fraca então não dava para perceber tanto. O di Angelo tinha perguntado com tanta convicção, com tanta seriedade, que a morena suspeitou ser verdade. Mas logo desfez dessa suspeita. Ele era o menino mulherengo que Percy falou tanto. (Sinceramente, às vezes Percy é muito burro. Ele estava tentando juntar Thalia com Nico e fala coisas ruins do garoto para ela?)

– Com certeza eu te mataria se falasse algo do tipo – respondeu.

Nico continuava inexpressível. Mas que merda. É gata, gostosa, e tem atitude. Parece que não basta. Ainda tem que beijar muito bem, pensou o moreno. Passou a mão no rosto tentando ver se voltava para realidade, mas não. Ela tinha mesmo beijado ele. Zoe, que estava do seu lado, falou rente ao ouvido do amigo.

– Sinto em lhe informar isso, mas acho que você gostou muito do beijo.

Ela tinha razão. Total razão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Inimigos Coloridos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.